Capítulo Vinte e Oito: Bem Vinda Ao Inferno

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Três Dias Depois

Nesse momento, estou no telefone com Thomas, conversando com ele sobre o jantar na casa dos pais dele, onde os meus pais também vão, para que possam se conhecer, oficialmente, meus avós, também virão para o Rio, Thomas irá busca-los, queremos reunir a maior parte dos membros que conseguirmos.
_amor, se acalma, vai dar certo! - Falo para Thomas.
_Estou preocupado com você, não te vejo a quase uma semana! - Thomas fala.
_O nome disso é saudade! A gente se vê amanhã! - Falo, sorrindo, apertando o botão do elevador.
_Tudo bem! Te amo, noiva! - Thomas fala.
_Te amo, noivo! Durma direito, se os pesadelos voltarem, me ligue! - Falo.
_Está bem! - Thomas fala.

É incrível ver o quanto ele pode ser carinhoso comigo e tão sério com o restante do mundo, sorrio com isso. Abro a porta do apartamento, empurrando a minha mala para dentro do mesmo, Caio chega hoje a noite, meus vôos foram para países perto de casa então cheguei mais cedo.
Levo a mala para o meu quarto, abrindo a porta do mesmo.
_Caralho! - Exclamo, dando três passos para trás ao ver o homem sentado na minha cama, me encarando.
Os olhos dele são aterrorizantes, sinto minha mão começar a tremer imediatamente, por conta do medo.
_Oi Alina! - Henrico Cooper exclama, sorrindo logo em seguida.
_Como você entrou aqui? - Pergunto, sentindo minha respiração falhar.
Henrico se levanta e anda lentamente até mim, me afasto dele, olhando para a porta, pensando se consigo ou não sair correndo por ela.
_Sugiro que não tente correr! - Henrico exclama.
Ele está armado.
A arma prata é apontada para mim, me fazendo paralisar no lugar, engulo em seco, sentindo o medo dominar cada parte do meu corpo.
_Henrico, por favor! - Exclamo, implorando.
Ele solta uma gargalhada, enquanto me encara, se aproxima de mim, pressionando a arma na minha barriga, ele lentamente ergue a mão e acaricia o meu rosto.
_Eu não vou te fazer mal, docinho, se você for uma boa menina! - Henrico exclama, enquanto limpa as lágrimas que descem por todo o meu rosto, ele sorri.
_Henrico eu imploro, me deixa em paz! - Falo, chorando cada vez mais.
_Cala a boca, Alina! Você é minha agora, e eu só não vou te provar isso, porque antes, quero ver seu noivinho quebrado! - Henrico exclama, reforçando a parte do noivo.
_Por favor, não machuca ele! - Falo, soluçando.
Henrico ri, descaradamente, pressionando ainda mais a arma contra a minha barriga, ele segura o meu rosto, me fazendo olhar para ele.
_Eu não vou machucar ele, docinho, você vai! E vai machucar tanto, que ele vai preferir ter morrido! - Henrico exclama.
_Isso não faz sentido, Henrico! - Falo.
Henrico não deixa de sorrir, me causando o pior dos medos possíveis.
_Você vai ligar para ele e falar que não quer mais ele! - Henrico exclama.
_Não, não eu não vou! - Falo, me afastando dele.
Sinto o meu rosto arder com o atrito da mão de Henrico contra o mesmo, me fazendo cair no chão.
_Tem outras formas de eu me livrar dele, Alina, estou te dando a chance de deixar ele vivo, apesar de achar uma ótima ideia matar ele! Olhe isso! - Henrico fala, mostrando o celular.

Solto um grito, aterrorizada, Thomas está sentado na frente da casa dos pais dele, conversando com Bernardo e Tyson, marido de Rafaela.
_O meu soldado só precisa de uma mensagem, para acabar com ele! Você quer isso? - Henrico pergunta.
_Porque você está fazendo isso? - Pergunto, chorando.
_Porquê eu te amo, meu amor! - Henrico fala, sorrindo.
_Por favor me deixa em paz! - Imploro.
_Tem outra pessoa que eu posso dar um fim também, o seu amigo, Caio, ele está vindo para cá agora mesmo! Você ficaria surpresa com a rapidez que um acidente de carro pode matar alguém! Seus pais, eles tem um restaurante, não tem? Um dos clientes de hoje é especial! Devo citar os seus avós? - Henrico pergunta, rindo do meu visível desespero.
_VOCÊ VAI MATAR TODOS ELES E ACHA QUE VOU AMAR VOCÊ? - Grito, tentando sair correndo.
Sinto meu corpo ser arremessado contra o chão novamente, me fazendo perder o ar, por conta do impacto.
_Aah! - Grito, assim que consigo.
Minhas mãos se agarram ao tapete do chão, na tentativa falha de amenizar a dor.
_LIGA PARA ELE OU EU MATO AQUELE DESGRAÇADO E QUANTOS MAIS FOR NECESSARIO! - Henrico grita.
_Tudo bem, eu ligo! Só deixa ele vivo! Por favor! - Imploro, chorando.
Henrico se aproxima de mim e acaricia meu rosto novamente, me fazendo sentir vontade de vomitar.
_Boa menina! - Henrico exclama.

Amor  a Dez Mil Pés - Saga: Destinos. Livro 3 - Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu