Escuto alguém batendo com força na porta da minha casa, e peco aos céus que não seja Pietro novamente. Faz duas semanas que terminei meu namoro com Pietro e durante essas duas semanas, ele não me deixa em paz.
Escuto a porta do quarto dos meus avós abrir e acabo levantando da cama, a medida que as batidas na porta aumentam.
_Eu vou matar esse moleque! – Meu avô exclama, andando até a porta.
_Fique a vontade! – Falo, abrindo a boca, com sono.
_Quantos anos esse rapaz tem? – Minha avó pergunta, indo para a cozinha e voltando com uma frigideira nas mãos.
Meus avós e eu, moramos em uma pequena fazenda no interior de Minas Gerais, onde, por incrível que pareça, é quase sempre calmo, exceto por essa noite.
_Chega Pietro, eu juro por Deus que vou chamar a polícia! – Falo, me aproximando da porta.
_Alina, eu te amo! Não vá embora! – Pietro fala, com a voz embriagada por conta da bebida que com certeza, ele tomou.
_Abre a porta Miguel! – Minha avó fala e meu avô abre a porta.
Segundos depois, lá estava a minha avó, dando frigideiradas em Pietro.
_Deixa minha neta em paz, seu espírito do mal! – Minha avó dispara, me fazendo rir da cena.
_Dá nele, Maria! – Meu avô fala.
Assim que um dos funcionários viu a confusão que estava acontecendo, ele se prontificou de tirar Pietro de perto da minha avó, que ainda batia nele, com a frigideira. Quando minha avó voltou para dentro de casa, ela parecia furiosa.
_Ele já vai embora vó! – Falo, tentando confortar ela.
_Não estou aborrecida por ele ter me acordado não! Estou aborrecida, por ter amassado minha frigideira com esse espírito do mal! – Minha avó fala e eu gargalho.
_Minha neta, você tem um mal gosto para macho! – Meu avô fala e eu começo a rir.
_Eu vou dormir, porque meu voo sai cedo! Bença vô! – Falo e ele ri.
_Deus abençoe filha! – Meu avô fala e eu subo novamente as escadas.
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Na manhã seguinte, acordei bem cedo, exatamente as seis e vinte da manhã, terminei de arrumar as malas que ainda faltavam, verifiquei o horário da minha passagem e preparei o café antes dos meus avós acordarem.
_Bom dia filha! – Minha avó fala, beijando rapidamente minha testa.
_Bom dia! É hoje vó! – Falo, sorrindo animada.
_É hoje que ela vai abandonar a gente, Maria! – Meu avô fala e eu começo a rir.
_Pense pelo lado bom, vô! Toda vez que você ver um aviãozinho no céu, pode ser que eu esteja dentro! – Falo e ele nega com a cabeça.
_Toda vez que um avião cair eu vou pensar que é você lá dentro! – Meu avô fala e eu começo a rir.
_Miguel pelo amor de Deus! – Minha avó exclama.
Tomamos nosso café juntos, pela última vez, em um bom tempo, pois, não sei quando terei folga da companhia aérea para vir visita-los, depois do café, enquanto eu colocava as malas no carro, meus avós, foram se arrumar para me levar para o aeroporto, de Belo Horizonte.
Me despedi também dos funcionários da fazenda. Três horas depois. Depois de fazer todos os processos exigidos pelo aeroporto, finalmente, chegou a hora de dizer tchau para os meus avós.
_Prometam que vão se cuidar! Amo vocês! – Falo, abraçando os dois ao mesmo tempo.
_Se cuide e por favor, não esteja em um avião que vai cair! – Meu avô fala e eu sorrio.
_Tchau querida! Não olhe para trás! – Minha avó fala e eu solto os dois, indo para o avião.
Entrei no avião, sentindo um pequeno frio na barriga, pois, desde que nasci, quase nunca fiquei longe dos meus avós. Já no Rio de Janeiro, peguei as minhas malas e um táxi, dando o endereço do apartamento que aluguei pela internet, quando cheguei no mesmo, tomei rapidamente um banho, avisei meus avós que eu estou bem e finalmente dormi. Me preparando psicologicamente, para o meu primeiro dia de trabalho, no dia seguinte.
Devo continuar?
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Amor a Dez Mil Pés - Saga: Destinos. Livro 3 -
RomanceThomas Harvelle é um piloto bem-sucedido, dono da própria escola de aviação, aos vinte e oito anos, Thomas vive com a agenda lotada, o que acabou fazendo com que ele não tenha tempo para outras coisas, como o amor. O que o fez se meter em algo que...