Amor a Dez Mil Pés - Saga: Destinos. Livro 3 -

Capítulo Dez: Explicações.

As cortinas cinzas estão fechadas, mas o ambiente ainda é bem iluminado, olho ao redor e encontro um porta retrato, a foto que está nele me faz fechar os olhos com força me xingando mentalmente por ter bebido demais.

Na foto, um casal, lindo, a mulher ruiva sorri, o homem com tatuagens e barba está com o braço ao redor da cintura da mesma, um outro homem, mais novo, está ao lado de uma mulher de cabelos castanhos, que segura a mão de uma linda garotinha que veste um vestido branco, ela parece um anjo. Em seguida, uma mulher de cabelos negros, ao lado de um homem que segura sua cintura com o braço, ela está sorrindo. Do outro lado, Thomas, que sorri, ao lado dele, um outro homem um pouco mais jovem, ele se mantem sério, mas com um leve ar que riso.

Eles são a família perfeita.

Caio sentada no chão depois de ter levantado, minha cabeça gira rapidamente.

_Você vai se sentar e esperar que eu traga o café, depois, vamos conversar e então, eu te levo para casa! – Thomas fala, me erguendo e fazendo com que eu me sente na cama.

_Você não pode me prender aqui! – Exclamo.

_Não estou vendo algemas em você! – Thomas fala, malicioso.

_Vá a merda Harvelle! – Exclamo, ele sorri.

_Vou buscar o café! – Thomas exclama.

Minutos depois, Thomas adentrou no quarto novamente, segurando uma pequena bandeja de madeira com algumas coisas em cima.

_Coma e tome o remédio! – Thomas exclamou.

Na bandeja, um copo de suco de laranja natural e ovos com bacon me esperam, um pequeno frasco com dois comprimidos e um pequeno copo de água também foi colocado na mesma.

Comi, pois meu estomago estava implorando por algo, logo depois, tomei o remédio.

_Pode me levar agora? – Pergunto.

_Me deixa explicar sobre a festa! – Thomas falou, pousando seu olhar em mim.

_Explique para a sua namorada, é a ela que você deve explicações! – Exclamo, sentindo a raiva me consumir.

_Alina ela não é minha namorada! Terminei com ela a quase cinco meses quando peguei ela dando um tapa na minha sobrinha! Ela é uma dessas mulheres que infelizmente não conseguem viver sozinhas e precisam de algo para se ocupar! – Thomas exclama.

_Ela bateu na sua sobrinha? – Pergunto.

_Sim! A menininha de branco no porta retrato! Ela veio passar alguns dias aqui e eu precisei ir ao mercado, deixei ela dormindo e quando voltei, encontrei chorando agarrada a boneca com uma marca na perna! – Thomas exclamou.

_Então, na festa... - Começo a falar.

_Na festa, aquela cena, foi só teatro da parte dela! – Thomas exclamou.

_Você tem certeza que não está mentindo? – Pergunto.

_Eu jamais faria algo para te magoar, Alina! – Thomas exclama.

Involuntariamente o abracei, tão forte que eu achei que não o soltaria tão cedo, Thomas acariciou meus cabelos e respirou fundo, ele parecia tão em paz quanto eu, agora, depois de saber a verdade.

_Isso não muda as coisas! Ainda temos um contrato que diz que não podemos nos envolver! – Exclamo.

_Não ligo se me demitirem! – Thomas fala.

_Claro que não, você é rico! Eu não sou, meu emprego é importante! – Falo, suspirando logo em seguida.

_O contrato só diz que seremos demitidos se o clima pesar e isso afetar a empresa, e como eu disse, não pretendo partir seu coração, Alina! – Thomas exclama, olhando para mim, não evito sorrir.

_Então suas intenções são as mais puras? – Pergunto, sorrindo.

_É o que o horário permite! – Thomas exclama.

Começo a rir, Thomas revira os olhos e ri comigo, de forma leve.

_Você pode ficar aqui, comigo, se quiser! – Thomas exclama.

_Não, eu realmente preciso ir para casa, Caio deve estar subindo pelas paredes por eu não ter chego em casa ainda! – Exclamo.

_Tudo bem, vou te levar. – Thomas fala.

Saímos do quarto onde estou e cruzamos o corredor, nele, algumas fotos em formato de quadro foram prendidas a parede, as observo, uma delas me chama tanto a atenção que eu paro em frente a ela.

_É você? – Pergunto a Thomas.

_Sim! Essa cachorrinha se chamava Tequila! – Thomas fala, apontando para a pinscher preta que ele segurava no colo, enquanto ela tentava lamber o rosto dele.

_Uau! – exclamo.

_Meu irmão mais novo achou essa foto a alguns anos e tratou ela, então, ele fez esse quadro! Quando estou longe deles, eu olho para essas fotos e a saudade até passa! – Thomas fala, divertindo-se com o meu olhar.

_Sua família é incrível! – Exclamo.

_As vezes, mas as vezes eles me enlouquecem! – Thomas exclama.

Saímos da casa de Thomas e fomos para a garagem, onde entramos no carro do mesmo e ele me levou para casa.

_Obrigada por me aturar bêbada! – Exclamo, fazendo uma careta, envergonhada.

_Eu cuidaria de você de qualquer forma, além disso, só levei você para o quarto e te coloquei na cama! – Thomas exclama.

_Se cuida! – Exclamo, dando um breve beijo em seu rosto.

Thomas segurou meu rosto antes de eu me virar para sair e beijou meus lábios rapidamente.

_Golpe baixo senhor Thomas! – Falei, ele sorriu.

_Eu sou totalmente culpado! – Thomas exclamou.

_Tchau! – Falei, saindo do carro.

Assim que entrei no apartamento, Caio pulou em mim, me fazendo bater com as costas na porta.

_Onde caralhos você estava? – Caio perguntou, visivelmente preocupado.

_Você me deixou sair com Thomas Harvelle e não se lembra? – Perguntei, rindo do meu amigo.

_Então vocês tiveram uma longa noite de sexo? Ele é tudo o que eu imagino que seja? – Caio pergunta, me fazendo gargalhar.

_Não Caio, não tivemos! Eu apenas dormi na casa dele! – Exclamo, caiu me olha, decepcionado.

_Você é a decepção da minha vida! – Caio exclamou, voltando para o sofá.

_Lembra o que eu disse sobre não querer me comprometer? Acabei de terminar meu namoro! – Exclamo e Caio me olha, furioso.

_Mandei você se casar com ele? Não! Mandei você não negar aqueles braços fortes e corpo sarado! – Caio fala, revirando os olhos.

_Eu mereço! – Exclamo.

_Merece uns tapas! Vai tomar banho, você está cheirando a bebida! – Caio fala, jogo uma almofada no mesmo.

_Você vai almoçar aqui? – Pergunto.

_Eu vou dormir aqui! – Caio exclama.

**Até semana que vem****