Capítulo 3: Piloto Harvelle.

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As cinco e meia da manhã, meu telefone começou a despertar, me fazendo xingar o mesmo. Levanto da cama ainda com sono, preparo um copo de café, enquanto tento comer algo para não sair de barriga vazia.

Arrumei também a minha mala, já que, teria que dormir no hotel do aeroporto. Pedi um carro de aplicativo e rapidamente, por sorte, cheguei no aeroporto, depois de confirmar que teria que despachar a mala, fiz o check-in e finalmente entrei no avião, junto com a tripulação.

_Brasileira? – Um homem, de cabelos castanhos, pergunta assim que me vê entrando.

_Sim! – Falo e ele suspira.

_Finalmente! Seja bem-vinda! Me chamo Caio! – Caio fala e eu sorrio, brevemente.

_Alina! – Falo, cumprimentando o mesmo.

_Menina, não querendo fazer fofoca, mas já fazendo, você viu o piloto? – Caio pergunta e eu nego com a cabeça.

_Quem é? – Pergunto.

_Thomas Harvelle! O homem deve ser lindo até dormindo! – Caio fala e eu começo a rir.

_Que bom, porque eu fiquei com a cabine! – Falo e Caio começa a rir.

_Boa sorte com a tentação do diabo! – Caio fala e eu nego com a cabeça.

_Olha o contrato, Caio! – Falo e ele nega com a cabeça.

_Eu não me importaria de ser demitido! – Caio fala e eu seguro o riso.

Apesar da propaganda que Caio fez, não vi o momento em que o piloto entrou, pois, estava ajudando uma senhora a achar o seu acento.

O voo seguiu tranquilamente, no horário de servir a cabine, peguei o telefone e depois de pedir autorização para entrar e ser liberada, entrei na mesma.

O piloto cujo Caio fez propaganda, estava conversando em inglês com o copiloto, então, depois de esperar eles terminarem de conversar sobre os comandos, conclui que deveria me dirigir a eles também em inglês.

_Senhores, desejam alguma coisa além da água? – Pergunto, formalmente.

_Não obrigada! – O piloto responde e eu me impressiono com o quanto a voz dele é bonita.

_Sendo assim, quando quiserem algo, me chamem! – Falo, depois de entregar as águas, confiando de que, os anos de cursinho de inglês, valeram a pena.

_Que nota você dá para essa? – O copiloto pergunta em português para o piloto.

_Cara, isso é tão infantil! – O piloto responde.

_Vai logo Thomas! – O Copiloto fala e eu me preparo para sair da cabine.

_Oito e meio! – O piloto fala e só então percebo que eles não estão falando de algo relacionado ao voo, mas sim, de mim.

Me viro novamente para os dois, furiosa.

_Senhores, antes de dar nota para as pessoas, verifiquem se elas não falam o seu idioma! – Falo e saio da cabine, enfurecida.

Não consigo evitar a minha expressão de indignação, assim que Caio passa por mim, ele para ao meu lado.

_Que cara é essa mulher? – Caio pergunta.

_Eles me deram uma nota! Seu piloto pedaço de mal caminho, dá nota para as aeromoças! – Falo e Caio começa a rir.

_Alina, se acalma! – Caio fala e eu reviro os olhos.

_Oito e meio, Caio! – Falo e ele ri mais ainda.

_Harvelle é exigente, eu sou gay e te daria no mínimo nove! – Caio fala e eu reviro os olhos, rindo.

Dezesseis horas de voo se passaram e eu só entrei na cabine, mais duas vezes, para levar algo para eles, sem dizer uma palavra se quer. Pensei em mandar Caio no meu lugar, mas, seria contra as regras de convivência da companhia, apenas deles terem quebrado uma delas primeiro.

_Senhores passageiros, voltem as suas poltronas, estamos nos preparando para pousar! – Caio falou no microfone, enquanto eu afivelava o sinto.

_Alina, estamos em Nova York, dá para você se animar? – Caio pergunta.

_Desculpa! Vai dar tempo de a gente passear? – Pergunto, sorrindo, animada.

_Sim! Vamos tomar algo no bar para comemorar, não aceito não como resposta! – Caio fala e eu concordo com a cabeça.

_Um drink e pronto! – Falo e ele ri.

_Chata! – Caio exclama.

_A gente embarca de volta amanhã, Caio! – Falo e ele me olha com estranheza.

_Não, a gente não embarca amanhã, a gente volta daqui a dois dias! – Caio fala e eu o encaro.

_Ah! – Falo e ele nega com a cabeça.

Pousamos sem nenhuma dificuldade, tirei o cinto de segurança e andei até a porta, onde Caio também esperava pelos passageiros, entretanto, ele não abriu a porta até a figura masculina, vestindo o uniforme de piloto, sair da cabine.

Finalmente a descrição de Caio, anteriormente feita, fez sentido. O homem de mais de um e oitenta, cabelos pretos e olhos azuis, com uma barba bem feita, direcionou seu olhar poderoso até mim, enquanto andava, em direção a porta, onde eu e Caio estávamos.

Caio abriu a porta do avião e a medida que os passageiros saiam, agradecíamos por terem escolhido nossa companhia aérea. Senti o olhar de Thomas as vezes, sob mim, entretanto, não olhei para ele, convencida de que, sim, ele é extremamente bonito, mas, isso não anula o comentário infeliz que ele fez.

Depois que todos os passageiros saíram, organizamos o que era necessário e finalmente, junto com Caio, fui pegar nossas malas em seguida, finalmente, fomos para o hotel do aeroporto, o qual foi reservado para a nós, antes de fazermos a viagem.

Depois de trocar de roupa e vestir um vestido preto, colado no corpo, mas, confortável e desci até o bar do hotel, encontrando Caio sentado, flertando com o barman.

_Passa no meu quarto mais tarde! – Caio fala para o barman.

_Caio! – Grito e ele se assusta, dando um pulo na cadeira.

_Misericórdia, fantasma! – Caio fala e eu gargalho.

_Sei que você me ama! – Falo e ele ri.

_A gente se conhece a menos de vinte e quatro horas, pega leve Alina! – Caio fala, me zoando.

_Magoada! – Falo e ele ri, me abraçando brevemente.

_Vamos beber! – Caio exclama e assim, pedimos nossas bebidas.

Confesso que, não bebemos apenas um drink, mas, não exageramos, logo depois do terceiro drink, subimos até o andar do nosso quarto e cada um foi para o seu, deixando claro que, no dia seguinte, iriamos visitar os pontos turísticos de Nova York.

Continuo?

Amor  a Dez Mil Pés - Saga: Destinos. Livro 3 - Where stories live. Discover now