Capítulo Treze: Não Ouse Me Ameaçar.

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Thomas Harvelle. - Bônus - 

A uma linha entre a justiça e a vingança, e o entremeio dela, pode ser bem pequeno.

Olho para a foto dos meus pais biológicos, sinto falta deles, mesmo sem ter os conhecido. Lia sempre me falou que eles estão orgulhosos de mim e de quem me tornei, mas, talvez não se orgulhem do que estou prestes a fazer.

Bernardo não queria que eu aprendesse certas coisas, mas, com o passar dos anos, Kauan e eu fomos crescendo e involuntariamente, fomos aprendendo sobre o seu mundo, aprendendo a nos defender e proteger aqueles que amamos.

Me mudei a alguns anos, para o centro do Rio, onde comprei uma cobertura, apesar de não gostar muito de morar em apartamento, com a rotina de piloto, o mesmo me acolheu bem. Bryan nesse momento está trabalhando no novo comercial da minha empresa de aviação, Kauan, viajando com Clara e Mariana, para comemorar o terceiro ano de casado.

Bato no fundo falso do meu guarda roupas, tirando o mesmo, encaro as armas presas a parede, respiro fundo, pego duas Glock G17, prendo uma no meu quadril, garantindo que ela ficara ali e que se necessário poderei usar, desço as escadas rapidamente, meus nervos estão repuxando por conta da raiva acumulada.

Vou para a garagem, destravo o alarme do carro, um Volvo XC90 preto, blindado, coloco a arma presa em baixo do banco do motorista, onde tenho livre acesso para pegar a mesma.

Sigo em direção ao apartamento de Alina, sei que ele está lá, observando ela, o desgraçado está obcecado por ela deste que a viu, quando fui buscar a mesma para irmos jantar juntos, vi ele a observando de longe, seus olhos pegaram fogo quando nos encontramos.

Caio, acabou me falando que Henrico incomodou Alina durante um voo, Henrico não sabe jogar limpo, ele tenta intimidar as pessoas para conseguir o que quer e apesar do começo entre eu e Alina ter sido um pouco conturbado, ela merece mais do que um homem que a quer por poder.

Alina não é minha, apesar de eu estar completamente apaixonado por ter a sua companhia, entretanto, o que Henrico irá fazer, o conhecendo como o conheço, não será nada agradável.

A última mulher que tentou fugir das garras de Henrico, foi assassinada a mando dele, o mesmo tinha ligação com a mãe do Diogo, que na época era chefe da máfia Italiana, sendo assim, não foi uma tarefa difícil para ele a sequestrar e depois de ela ter fugido, mandar matar ela sem deixar rastros.

Karina era uma pessoa boa, trabalhou durante alguns meses com Bryan, se tornou a melhor amiga dele e quando ela morreu, meu irmão queria saber o que tinha acontecido, então, descobrimos tudo.

Ligo o carro e sigo o caminho para a casa de Alina, que a essa hora deve estar dormindo tranquilamente, sem ter noção do que acontece do lado de fora.

Assim que chego na rua do apartamento onde Alina mora, vejo o carro de Henrico parado, sorrio.

_Eu ainda mato esse filho da puta! – Exclamo, de dentro do carro.

Desço do carro, com o maxilar travado, Henrico desse do carro dele, acompanhado por mais três seguranças, não seguro o riso.

_Veio ver se eu já não tinha levado a sua amada? – Henrico pergunta, irónico.

_O que você quer com ela, Henrico? – Pergunto.

Ele ri, malicioso.

_Eu quero ela! E sabemos, que tudo que eu quero, eu consigo! – Henrico exclama.

É a minha vez de rir.

_Sei bem como consegue, vou falar apenas uma vez, fica longe dela! – Falo.

Amor  a Dez Mil Pés - Saga: Destinos. Livro 3 - Where stories live. Discover now