Capítulo Doze: Segure Minha Mão.

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Duas Semanas Depois...

Thomas ainda me olha, esperando por uma resposta, sorrio.

_Eu aceito! – Falo.

Thomas me parou na sala de espera dos tripulantes e me convidou para, oficialmente, ir jantar com ele, agora, o moreno de olhos azuis, sorri para mim, provavelmente, aliviado.

_Tudo bem! Eu te busco as nove! – Thomas fala, pisco para ele.

_Te vejo mais tarde! – Falo, discretamente.

Por sorte estávamos sozinhos na sala, mas, sei que em algum lugar dela tem câmeras e por mais que, goste muito de estar com Thomas, preciso do meu emprego mais do que nunca. Semana passada recebi uma ligação da minha avó, nela, ela contou que meu avô quebrou a perna, tentando consertar a cerca da fazenda e que vai precisar tomar diversos remédios por conta de ter sofrido uma fratura na idade dele.

Por muito pouco ele não precisou de cirurgia. Desde então, meus pensamentos estão voltados a Minas Gerais como nunca antes. Queria poder voltar correndo para casa para ajudar a minha avó a cuidar dele, mas, tudo que pude fazer foi mandar uma quantia em dinheiro para eles e garantir que daria para comprarem os remédios do mesmo.

As escolhas da vida me trouxeram para o Rio de Janeiro e agora, tenho que aceitar a distancia entre nós e viver com isso, mesmo que seja doloroso.

Thomas provavelmente notou o fato de eu estar muito quieta e se aproximou ainda mais de mim nos últimos dias, ele tem me feito companhia nos meus piores momentos e tem alegrado cada um deles.

Estar com Thomas ao meu lado é como se sentir acolhida o tempo todo, sentir que a pessoa ao seu lado está te ouvindo, mesmo que você esteja falando sobre o céu ou, qualquer coisa do tipo.

Hoje, por fim, iremos jantar juntos, depois do trabalho, claro.

Entro no avião em silêncio, desde semana passada minha escala tem sido a mesma do Henrico Cooper, o qual lança sorrisos e olhares em minha direção toda vez que pode e, apesar de ele ser visivelmente atraente, me incomoda um pouco.

Novamente, estou servindo a cabine. Aparentemente nenhuma das outras comissarias de bordo gosta de fazer isso quando Henrico está no comando da aeronave e jogam o trabalho para mim, que aceito de bom grado.

_Senhor! – Exclamo, servindo a água que Henrico pediu.

_Obrigada Alina! – Henrico responde.

_Pode me trazer um lanche? – O copiloto pergunta.

_Claro, o que deseja? – Pergunto.

_Temos algo doce? – Hugo - O copiloto recém contratado – pergunta, sorrio para o mesmo ao ver a sua animação.

_Temos "sonho" o senhor quer? – Pergunto.

_Sim! Por favor! – Hugo exclama, sorrindo alegremente.

Hugo parece uma criança, ele é muito simpático, o conheci no seu primeiro dia como funcionário da companhia, ele me contou uma piada que fez a minha barriga doer, desde então, nos damos bem.

Hugo tem vinte e dois anos, nasceu em Santa Catarina e se mudou para o Rio por conta do trabalho, Caio, vive flertando com ele, todas as vezes que pode.

Por fim, levei o sonho até a cabine e entreguei para Hugo.

_Você é um anjo Alina! – Hugo exclama, mordendo o sonho.

Amor  a Dez Mil Pés - Saga: Destinos. Livro 3 - Where stories live. Discover now