Capitulo Vinte e Um: O lado secreto

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       Algumas pessoas definem o amor como algo indefinível, outras põe suas próprias expectativas diante dele e esperam que a pessoa que elas irão amar, se casar e quem sabe ter um familia com filhos, supram a falta de carinho ou de realizações em suas vidas, a questão, é que cada um vê o amor como quer, alguns, como complemento e outros, como algo que transborda.
       Eu, acho que o amor é o sentimento de ter um dia ruim, chegar em casa e ver àquela pessoa te esperando e então, sentir que chegou em um lugar bom, acolhedor, pois, você tem aquela pessoa e ela, ou, ele, também tem você.
          Estou deitada na cama de Thomas, aguardando o mesmo terminar seu banho, já que temos que ir no mercado comprar as coisas para fazermos o jantar, que não será nada além de feijão, arroz e alguns bifes, entretanto, Thomas passa mais tempo viajando do que na própria casa, por isso, ir ao mercado é necessário.
_Alina, você pode pegar uma toalha para mim, por favor? - Thomas pede.
_Em qual das mil gavetas? - Pergunto, levantando da cama e indo para o closet do mesmo.
_Na porta perto da janela, terceira gaveta! - Thomas fala.
          Encaro a terceira gaveta, puxo a mesma, mas ela não abre, puxo novamente e então, ela destrava, mas ainda assim não abre. Uma porta falsa se abre diante de mim revelando varias armas presas a parede.
_Puta que pariu! - Exclamo, encarando tudo ali.
           Fico paralisada olhando para a parede, não sei até que ponto isso me assusta, apenas fico observando as - com certeza - mais de vinte armas a minha frente.
_Merda! Não era para você ver isso! - Thomas exclama, fechando a porta onde as armas estão.
_Eu posso perguntar o porque? - Pergunto, olhando para ele.
_O porque de eu ter ou o porque de você não ver? - Thomas pergunta.
_Ambos! - Falo.
_Meu pai adotivo, tem um trabalho, complicado! Ele tem muitos inimigos, inimigos que tentaram me matar a alguns anos! Eu não sou exatamente fã do que ele faz mas, preciso delas caso algo aconteça e o porque de não querer que você visse é, porque não quero que acha que sou um psicopata ou se assuste! - Thomas fala e eu começo a rir.
_Isso é... Uau! - Falo, ainda rindo.
_Eu sei! - Thomas fala.
_Então, o que seu pai faz? - Pergunto.
           Vejo Thomas ficar desconfortável com a pergunta.
_Ele comanda o morro do alemão! - Thomas fala.
      Fico alguns segundos em silêncio.
_Você também faz parte disso? - Pergunto.
_Não! Tudo que tenho, foi trabalhando como piloto! Mas, eu prometo que meu pai não é tão ruim quanto parece! - Thomas fala, vejo o receio em seus olhos.
_Thomas, eu não vou falar que é exatamente o que eu imaginei mas, é a sua família, quer dizer, meus pais sumiram por anos, não posso julgar alguém! Não poderia amar menos você porque você é filho dele! É algo em mim acha isso muito engraçado! - Falo, voltando a rir.
_Ele não é ruim, sabe? Não com pessoas inocentes! Ele nunca levantou a voz para a minha mãe desde que casaram! Nunca se quer me deu um tapa, ele sentava e conversava! Ele daria a vida por mim e eu nem sou filho dele, não biologicamente! Sei que ainda assim ele tem um lado errado mas eu, não consigo ver ele assim! - Thomas fala, eu o abraço.
_Eu sei! Está tudo bem! - Falo.
_Mesmo? - Thomas pergunta.
_Claro! O modo como você fala dele, justifica a maior parte das coisas que eu possa pensar de errado sobre ele! - Falo, Thomas sorri.
_Eu amo você, Alina! - Thomas fala.
_ Eu também amo você! Mas você está literalmente pelado com a cabeça cheia de shampoo! Termine seu banho! - Falo, piscando para ele.
        Eu confesso, talvez tenha um lafo meu que agora esteja morrendo de medo de conhecer os pais de Thomas, mas, tem um lado, o lado que conhece o filho que eles criaram que sabe que eles não são pessoas ruins, que sabe que as vezes pessoas com corações bons escolhem destinos ruins e isso se torna frequente.
        Assim como eu amo meus pais, Thomas ama o pai adotivo, e o amor, felizmente, não vê o lado ruim das coisas.
        No mercado, começo a rir, o que era para ser uma compra rápida se tornou quase uma compra do mês, já que Thomas e eu nos empolgamos na hora de comprar as coisas para o jantar e os armarios da casa do mesmo estão, literalmente, vazios.
_Chocolate? - Thomas pergunta.
_Depois de tudo que comemos? Você mantem esse corpo, como? - Pergunto.
_Com muita academia! - Thomas fala, piscando para mim.
_Eu aceito sorvete! - Falo, Thomas começa a rir.
_Você mantém esse corpo como? - Thomas pergunta.
_Ah, qual é, eu sou nota... Como era mesmo? Oito e meio? - Pergunto, em um tom divertido.
_Eu vou precisar pedir desculpas de novo? - Thomas pergunta.
_Você me chamou de oito e meio! Isso foi errado, além de que eu merecia no mínimo nove! - Falo, Thomas começa a rir.
_Desculpa, mas você, Alina White, sempre será nota dez! - Thomas fala, rindo.
_Fala isso agora, que já conquistei seu coração! - Falo, sorrindo.
_Não posso negar que é verdade! Mas sempre foi! Era uma brincadeira idiota! - Thomas fala.
_Ainda bem que sabe! - Falo, empurrando o carinho.
_Pegamos tudo? - Thomas pergunta.
_Sim! Isso vai dar uma fortuna! - Falo.
_Eu nunca vou me acostumar a ter tanto dinheiro ao ponto de não me preocupar com isso! - Thomas fala.
_Deveria! Falando nisso, onde será a convenção desse ano? Caio comentou algo sobre isso mas eu não gravei! - Falo.
_Dubai! E você, vai comigo! - Thomas fala.
_Aeromoças vão em convenções de pilotos? - Pergunto.
_Não, mas as namoradas com toda certeza vão! - Thomas fala.
      Não é a primeira vez em um mês e meio que eu sorrio feito boba ao ver Thomas me chamar de namorada, pois, ouvir ele falando isso, enquanto seus olhos brilham faz meu coração disparar cada vez mais, e é exatamente por isso que eu descobri que o amo, e que, não quero perde-lo nunca.





Segundo capítulo no ar! Como prometido! O que acharam?

Shippam?

Alina & Thomas na mídia!
Até sábado!

Amor  a Dez Mil Pés - Saga: Destinos. Livro 3 - Where stories live. Discover now