Capítulo Vinte e Um: Senhora E Senhora Harvelle Novack.

171 15 2
                                    

Dois Meses Depois...

_Droga! - Exclamo, ao sentir mais um tremor na aeronave.

             "Senhores passageiros, afivelem os cintos e permaneçam em seus lugares, por gentileza!"

      A voz do piloto ecoa por toda o local, respiro fundo, me sentando, prendendo o cinto de segurança ao redor do meu corpo, sentindo meu estomago embrulhar cada vez mais. Péssima hora para passar mal Alina. Penso, olhando para os passageiros que estão com o semelhante completamente apavorado, sinto um arrepio percorrer a minha espinha, o medo se instala em mim quando novamente, o avião se vira, depois de ser atingido por outro raio. 

As luzes se apagam por alguns instantes, escuto o choro de um bebê, em uma das ultimas poltronas da classe executiva, lembro de, depois de decolarmos ter brincado com ele e segurado a mão do mesmo, enquanto ele sorria e apertava meu dedo de forma animada, depois que entreguei o lanche para a mãe do mesmo, que sorriu animadamente quando o filho começou a brincar comigo, já que, ela estava preocupada com o fato do bebê começar a chorar por conta da altitude.

Maria Clara, minha colega de voo e única Brasileira além de mim presente nesse voo, está apertando a unha conta a palma da mão, vejo ela segurar o grito, assim como eu, quando outro raio atinge a aeronave. Estamos voltando para o Rio de Janeiro, diretamente de Madrid - Espanha, um voo como esses normalmente é calmo, já que na maior parte do tempo os passageiros estão ocupados assistindo filmes, dormindo, ou, trabalhando de forma online, agora todos eles estão em completo silêncio mas por conta do pânico que se instalou.

Andrew - o piloto - anuncia mais uma vez para todos manterem a calma e permanecerem em seus lugares, pois, estamos sobrevoando em torno de uma grande tempestade, e por conta dela não podemos pousar no aeroporto, portanto, precisamos tentar ficar no ar o máximo de tempo no ar, para podermos pousar em segurança.

Sinto minhas mãos tremerem, talvez por conta da minha ansiedade ser causada por a falta de controle, eu gosto de controlar todas as coisas ao meu redor e nesse momento, enquanto raios batem contra a aeronave, tenho falado sobre isso com a minha psicóloga, desde a ultima crise que tive na casa de Thomas, depois de falar com os meus pais e entender que eles realmente irão ficar no Rio e que, consequentemente irão permanecer na minha vida, conversei sobre a possibilidade de voltar a fazer terapia e meus avós concordaram que não seria má ideia, então, procurei uma clínica e comecei a fazer as secções.

Outra turbulência, o desespero se instala na minha garganta, pego meu celular - que no momento está fora de área - olho para o número de Thomas e cogito por alguns segundos tentar mandar mensagem para o mesmo.
 
Procuro uma resposta logica para sentir medo do avião cair, mesmo sabendo que a chance ainda é mínima, e que ficarei bem assim que pousarmos, quando o avião é atingido por outro raio, tranco a respiração e xingo mentalmente.

             Como Thomas consegue lidar com isso?

Me acalmo, quando o piloto finalmente anuncia que iremos pousar, então, dentro de alguns minutos, as rodas do trem de pouso da aeronave onde estamos pousam no chão, me fazendo respirar fundo e sorrir, aliviada.

_Senhores passageiros, o desembarque está autorizado! - Anuncio, no microfone do mesmo.

Um a um, os passageiros começaram a sair, me despedi do bebê que havia parado de chorar a alguns segundos e sorriu para mim quando acenei para ele.

Hoje, é o dia em que eu irei conhecer os pais de Thomas, marcamos um jantar na casa deles, segundo Thomas, irei conhecer seus irmãos  e sua sobrinha também.

Saio do aeroporto e entro no taxi, indo em direção ao meu apartamento, onde provavelmente Caio está, com o namorado, pois o mesmo falou que levaria o namorado para dormir com ele. Chego no prédio e mando mensagem para Caio, perguntando por ele, o mesmo não me responde, então, entro no apartamento, encontro o mesmo completamente limpo e organizado, sorrio, já que Caio deve ter feito uma faxina completa para poder trazer alguém aqui e ficar mais a vontade.

Amor  a Dez Mil Pés - Saga: Destinos. Livro 3 - Where stories live. Discover now