Capítulo vinte e cinco

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Capítulo vinte e cinco: Contra o tempo.

ALEX
(Em 2020)

— Eu não consigo acreditar.

— Eu te falei! — meu novo amigo diz empolgado.

— Aquela... aquela é...

— A Julie! Julie Molina é uma das melhores personagens do Caleb! Entrega tudo! Drama, romance, luta e é muito forte. Amo personagens assim!

— Eu... — estou vendo a Julie bem na minha frente. Ela está sozinha e quebra as coisas por toda parte. E então desaparece. Caleb continua a contar a história apenas na narração.

Não acredito que é realmente possível. Um jogo de ilusão. Não era um holograma ou a Julie realmente ali, é um jogo de ilusão! O controle da mente. Ele tem alma de todos nesse Clube e consegue controlar essas pessoas? Calma Alex... tudo é apenas uma teoria da sua cabeça.

Ele tem a minha alma? O acordo nunca foi esse. Mas talvez a escolha de ficar seja esse o preço.

— Preciso de um ar.

— Ar?

— Preciso apenas de um tempo, licença. — Me retiro da mesa às pressas e subo para alto do Club, perto da entrada. Me encosto na grade e olho para tudo lá de cima. Aquelas pessoas parecem tão conformadas com suas vidas. Que droga!

Isso é um jogo de ilusão? E se não for? E se for por isso que não a achamos? Todo esse tempo buscamos por respostas. Todas essas semanas buscamos nos lugares errados. Não eram os lugares. Estamos buscando no tempo errado.

Se Caleb quer me confundir, está conseguindo. Ele me escolheu por isso? Eu tinha mais chance de descobrir primeiro ou sou o mais poderoso dos meninos?

— E se o meu suposto poder for a chave de nos tirar dessa? — faço um questionamento no meio da loucura dos meus pensamentos. — E se eu puder salvá-los? Me trancar aqui é manter o seu inimigo por perto. É estudar e impedir que isso se volte contra você, não é? — falo sozinho.

— Tenham uma ótima noite! Até breve! — as luzes se apagam por alguns segundos e voltam no segundo em que me viro para ver o que rolou.

— Sair no final do show é falta de educação. — Caleb batuca na grade em que me apoio.

Tenho um sobressalto pelo susto que levei. Dou um passo para trás e engulo seco.

— Não quando o show se trata da história de uma amiga. Talvez fictícia ou talvez não. Por que me daria o a faca e o queijão na mão? — dou um sorriso debochado. Preciso mostrar confiança e arrogância no mesmo nível que ele.

— Do que está falando? — Caleb mostra um sorriso sonso e não muito contente.

— Você e eu sabemos que não é de ajudar e se importar com ninguém. — sua cara se fecha ao ouvir minhas palavras. — E sei que não me daria a dica imensa que a Julie não está nesse tempo aqui.

— Tem razão. Eu não daria essa dica. Continue o raciocínio! — ele tem um olhar meio soberbo.

— É uma distração. Está querendo me manter preso a uma informação para esconder outra, não é? Mantenha sempre os inimigos por perto! Frase típica. Mas tão perto é perigoso.

Remember [Juke]Where stories live. Discover now