Capítulo catorze

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Capítulo catorze: Flynn.

LUKE - 2020

— Você me libertou. Eu e você juntos é mais do que química. Me ame como eu sou. Vou segurar sua música aqui em minhas mãos. — releio o trecho pela terceira vez cantarolando o que escrevi. Não consigo tirar essa música da minha cabeça um segundo se quer.

Apesar de poucas palavras, elas dizem muita coisa. Ainda que eu esteja na dúvida que a música seja para Nick, sinto a necessidade de escrever uma continuação. Sinto algo faltando e por isso estou adicionando alguns versos. Talvez a Julie me bata depois por isso.

Não me importo. Realmente queria ela aqui para me bater por isso.

— Você mexeu nas minhas coisas de novo, Luke?! — afino a voz e faço uma careta imitando-a.

Sorrio sozinho e suspiro. Meu deus, que tortura. Nunca pensei que pudesse estar vivendo com saudade forte de alguém.

— Ei cara, está pronto? — Reggie aparece com Alex na garagem.

— Onde estavam?

— Com Carlos. — Alex responde com suas mãos no bolso.

— Ele não pode ver vocês. — enrugo as sobrancelhas. Esses dois agora vivem grudados em Ray e Carlos. Só não entendo porque.

— Estávamos tentando testar os poderes misteriosos que você disse que tinhamos! — Alex debocha.

— Ei nem fale assim. Estava falando a verdade! Só não descobriram ainda.

— Tudo bem! Só acho estranho que não faço ideia do que eu sou capaz de ter como poder, truque ou sei lá.

Reviro os olhos e fecho meu caderno com o papel de Julie.

— Vejo vocês lá. — desapareço e paro na escola.

Não demora segundos para que Reggie e Alex façam o mesmo. Encaramos o grande letreiro da escola de Julie e ajeito minha roupa antes de entrar. — Vamos. Precisamos achar Flynn.

— Por que eu tenho a impressão que essa escola ficou estranha sem a Julie? — Reggie cochicha enquanto andamos no meio dos alunos no corredor.

— Talvez todos sentiram um pouco da perda. — Alex responde.

— Não fale desse jeito! Até parece que ela morreu. — digo bravo.

Logo na frente vejo Nick com Carrie. A cara do garoto não é uma das melhores e posso até mesmo notar algumas olheiras embaixo dos seus olhos. Minha nossa!

— O garoto loiro está ali. — Alex aponta.

— Não aponta, Alex! Ele pode acabar vendo.

— Gente, precisamos achar a Flynn primeiro. — Reggie nos dá um toque. — Oh! Sala de música! — ele grita chamando atenção unicamente da pessoa que não poderiamos.

Paramos de andar quando Nick olha diretamente para nós e estranha nossa presença. Ele parece confuso.

— Meu deus. — Alex exclama. — Ele realmente está nos vendo. Isso é assustador!

Remember [Juke]Where stories live. Discover now