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NOBRU

Depois de chegar em terra firme, eu fui direto pra fluxo. Cerol queria falar com a gente o mais rápido possível.

Precisávamos colocar a agenda em dia, aliás, estávamos muito tempo sem gravar. Tava na reunião já e sinto meu celular vibrar. Por instinto eu decido olhar. Entro na mensagem e leio “bruno, me ajuda. Tem um estranho aqui em casa e ele está conversando c lucas”.

Eu gelei e sem ligar pra reunião, eu deixei aquela sala o mais rápido que dava. Escutei eles me chamando perguntando o que tinha de errado, mas nem me preocupei em responder.

Eu não ia arriscar perder o meu filho e a mulher da minha vida por causa de uma reunião. A fluxo não ia me deixar sem eles de novo.

O trânsito está horrível, por incrível que pareça é só quando a gente precisa chegar mais rápido mesmo. Foda-se, já estava chegando mesmo — deixei o carro em qualquer calçada e fui correndo. Meu medo era acontecer qualquer coisa com eles, vai saber o que esse cara quer.

Não vou pensar duas vezes antes de socar a cara desse filho da puta. Aí dele fazer alguma coisa com qualquer um dos dois.

Pela primeira vez eu senti medo, medo de perder eles. Medo de não chegar a tempo.

[...]

Cheguei e sem demora abri a porta e corri lá pra cima. Olhei nos quartos e escutei a voz dela vindo do quarto do Lucas.

— por favor, nos deixa em paz. Cê quer dinheiro? eu te dou — em sua voz havia medo, eu pude sentir isso até porque eu também estou sentindo.

Entrei no quarto e de cara vi s/n com lucas atrás dela, escorado em uma parede e do outro lado do quarto o tal cara com um corte no pescoço.

— bruno! ô meu deus, obrigada — ela agradeceu aos céus. Seus olhos brilharam ao me ver e isso de algum jeito me deixou mais tranquilo sobre a situação. Ver eles bem me deixou bem mais calmo.

— quem é esse? Manda ele sair e aí nós negociamos, eu deixo o garoto em paz e sigo com a minha vida.

— seguir com a sua vida depois de amedrontar minha família? — dou uma risada — cê viajou, meu parceiro.

Ele me olha e fala:

— acho que eu e você podemos negociar então, mãe sempre tem um coração mole, mas já o pai não.

— tu quer ele? — ele concordou — foda-se.

Parti pra cima dele sem ligar que s/n e lucas estejam vendo. Dei um soco nele e ele revidou com um no meu nariz fazendo meus olhos lacrimejarem. O ódio tomou conta de mim e eu já estava totalmente dominado.

Só de imaginar o que ele faria com o meu filho meu sangue ferve. Segurei ele forte pelo pescoço e o vi se debater. Ele ficava vermelho e tentava puxar ar, mas não seja por isso que eu irei soltar ele.

Ele tem que torcer para que a polícia chegue porque se ela não chegar eu juro que mato ele.

Soltei ele e antes que ele pudesse respirar dei outro soco mais forte fazendo ele quase cair. Escuto uma sirene, dou uma olhada no quarto e ela e lucas já não estavam mais lá.

Provavelmente ela aproveitou que o cara estava apanhando para tirar lucas daqui. Sentei na cama de lucas olhando o desgraçado passar a mão pelo pescoço. Não é querendo me gabar, mas ele estava acabado! E isso me tranquilizava.

Uns polícias entraram no quarto com as armas apontadas como se fossem atirar, levantei a mão e disse que era aquele homem que invadiu.

Ele agradeceram a informação, s/n subiu e confirmou que era ele. Logo ele foi preso e eu falei para a polícia que tudo que ele sofreu foi em legítima defesa.

Ele teve que ser segurado por dois policiais porque ele não estava se aguentando em pé, eu fiz um trabalho e tanto!

Eles desceram e eu fui atrás, s/n estava dando o seu depoimento e lucas estava sentado no sofá. Logicamente estava em seu campo de visão, aliás, ela ainda estava com medo.

Não pude deixar de reparar que quando o cara passou segurado por policiais lucas escondeu seu corpo no sofá para que o cara não o visse. Lucas me viu e veio correndo, s/n em momento nenhum deixou de prestar atenção no que o menor estava fazendo.

— papai! — ele correu e eu o peguei no colo — você me salvou do homem mal!

Confesso que a felicidade em escutar isso quase explodiu dentro de mim. Lucas completou dizendo:

— eca, seu nariz tá com sangue — ele fez cara de nojo e nós rimos — papai gabriel não veio, mas você estava aqui!

Ele sorriu e abraçou meu pescoço, sentir que estou conseguindo conquistar eles aos poucos me deixa feliz. Sempre quis isso.

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O FILHO DO NOBRU || (REESCREVENDO)Where stories live. Discover now