Capítulo 02 - Cheesecake de goiaba light

7K 510 55
                                    

Base:

100g de biscoito de maisena diet

3 col de sopa de margarina ligth

Recheio:

1/2 embalagem de ricota (200g)

2 ovos

5 col de sopa de adoçante em pó

Raspas da casca de meia laranja

1 lata de creme de leite ligth sem soro

Goiabada:

2 goiabas vermelhas e bem maduras

3 colheres de sopa de adoçante em pó

Ou você pode trocar por doce de goiaba pronto

Modo de fazer:

Triture os biscoitos e misture com a margarina. Forre o fundo e a lateral de uma forma de fundo falso. Asse por 10 minutos em fogo médio. Misture os ingredientes do recheio leve ao fogo até cozinhar, depois distribua por cima da base. Coloque na geladeira por meia hora. Em seguida distribua a goiabada ou o doce de goiaba. Gele e depois desenforme.

~

Depois da formatura, passava o dia estudando pra concursos e fazendo provas pelo meu estado e algumas cidades de estados próximos. Pra relaxar, testava receitas. Enquanto estava na cozinha, conseguia não pensar, não sofrer.

Por ironia do destino, o resultado de um concurso que fiz pra Fortaleza saiu, e fui aprovada.

Que merda.

Morar na mesma cidade do Danilo e da namorada dele. Maravilha. Só que não.

Podia ficar e esperar outros concursos. Desempregada. Mas seria melhor ficar desempregada na casa dos pais, do que morando longe e tendo que arcar sozinha com todas as depesas de uma casa, nem que fosse uma kitnet, não seria?

Não quando seu pai não cansa de dizer que, na sua idade, já era casado e concursado. Nem quando sua mãe reclama até de colocar crédito no seu celular.

É, Mariana, antes só do que desempregada. Levanta a bunda dessa cadeira e vai achar onde morar em Fortaleza, de preferência bem longe do Danilo.

Fui. E só lá, descobri que o Danilo nem morava mais com os pais, e muito menos em Fortaleza. Ele também tinha passado num concurso e estava no Norte do Brasil. Que ótimo! A vida segue, pensei. E seguiu. Foi um bom tempo sem notícias. Alguns meses até sem pensar no Danilo.

Trabalhava de oito da manhã à uma da tarde, numa equipe de saúde da família. Almoçava, ia pro meu cubículo, tirava um cochilo, e ficava com bastante tempo livre. Às vezes estudava, outros dias lia, via filmes, e em alguns, não conseguia fazer absolutamente nada, a não ser pensar na vida, queimar a cabeça me perguntando se um dia encontraria outra pessoa, se me apaixonaria novamente, se morreria sozinha, e outras neuroses.

No começo, não sentia vontade de usar a cozinha, mas as tardes livres começaram a ficar sufocantes, longas e monótonas demais. Um dia, muito entediada, resolvi fazer o bolo que estava morrendo de vontade de comer. E novamente, foi mágico.

Enquanto me concentrava pra separar as gemas das claras, em bater a massa até deixar no ponto certo, em medir os ingredientes, não pensava em problemas, não pensava na minha solteirice, não me preocupava com a velhice, nem se ia morrer sozinha ou acompanhada de sete gatos. Não me preocupava com absolutamente nada!

Cozinhar me fazia bem. Minhas receitas ficavam uma delícia. No trabalho, sempre elogiavam meus quitutes. Inicialmente, nem acreditavam que eu mesma fazia. Minha auxiliar de consultório ficou impressionada porque a "doutora" sabia cozinhar!

Caderno de ReceitasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora