Capítulo 31:

3.9K 346 26
                                    

NI: Ao longo da história, eu escrevi muitos capítulos emocionantes e esse é um deles... eu não parava de ouvir essa música enquanto escrevia, então... boa leitura!

**

Lost and insecure, you found me, you found me. Lying on the floor, surrounded, surrounded.
Perdido e inseguro, você me achou, você me achou. Deitado no chão, cercado, cercado. (You Found Me – The Fray).

Júlia estava de volta. E agora, ela frequentava uma escolinha. Onde aprendia poucas coisas para sua idade, mas já era algum tipo de aprendizagem. Como meu relacionamento com Henrique mudou drasticamente, ele não viu mais necessidade para continuar na antiga casa. Agora, morávamos junto no meu apê, enquanto ele aguardava sua casa nova ficar pronta.

Meus projetos estavam abarrotando a mesa do meu escritório e estávamos perto do horário do almoço. Mas havia algo que não se encaixava no planejamento daquela festa...

Meu telefone tocou e atendi ao segundo toque. – Agatha, organiza...

- Princesa. Vamos almoçar juntos, hoje? – Henrique indagou, sua voz fazendo com que arrepios percorressem caminhos no meu corpo.

- Hmm. – Murmurei, sorrindo. – Posso pensar no seu caso.

- Não te dou oportunidade para pensar. – Ele rebateu risonho, enquanto eu o ouvia digitar em seu computador. – Mas preciso que almoce aqui na minha sala. Sua entrada está liberada. Vou pedir para Tomas buscar Júlia para nós.

- Eu busco Júlia. – Ofereci, já arrumando minha bolsa enquanto prendia o telefone junto ao ombro.

- Tudo bem. Espero minhas mulheres então. – Ele disse contente e desligou em seguida.

Meu celular vibrou e uma mensagem de Bruno chegou, estou indo aí. Precisamos de um tempinho ;)

*

Depois de anunciar à minha assistente que demoraria mais tempo durante o almoço, sai pela porta giratória e encontrei Bruno ao longe. Ele abanou a mão acima de sua cabeça. Seus olhos estavam cobertos por um par de óculos escuros. Usava uma camiseta branca e jeans escuros, seus cabelos castanho-escuros estavam ao vento e seu sorriso de derreter pernas de quaisquer garotas estampado no rosto.

Meu coração se animou com a felicidade proporcionada em vê-lo e naquele momento, me senti como uma criança quando reencontra um amigo que não via há um bom tempo. Corri, sem me importar com as pessoas que encaravam e Bruno abriu os braços, me esperando. Saltei contra seu peito e ele me aparou entre seus braços que me gritavam: casa!

Ele estava rindo sob mim e seu peito tremia em meu abdômen.

- Que recepção calorosa, docinho. – Ele disse, e depois de me pousar no chão com delicadeza, seus lábios estalaram no canto do meu rosto.

- Eu estava com saudades. – Me expliquei, olhando-o de perto e vendo que ele era ainda mais belo daquele ângulo.

- Juro que nem tinha percebido. – Deu de ombros, passando os dedos por meu braço.

- Temos que ir buscar Júlia. Vou almoçar com Henrique, mas...

- Ah! Não quero interromper o encontro dos pombinhos. Só vim até aqui para te ver. Vamos. Busco Júlia com você. – Ele disse tudo bem rapidamente, com uma piscadela.

Eu sorri grata por ele compreender e ruborizada pelo uso da palavra “pombinhos”, depois ele passou seu braço pelo meu, enquanto caminhávamos até seu carro estacionado dentro do bolsão de estacionamento da rua. Entramos a bordo e Bruno encaixou o porsche dentre o mar de veículos de Alphaville.

Apenas MeuWhere stories live. Discover now