Capítulo 12 (parte 2/3)

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NI: Esse capítulo não tem música, pois, durante a minha revisão, adicionei algumas coisas e com isso o número de palavras aumentou drasticamente, então estou dividindo o capítulo em três partes.

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- Vamos, Henrique! – Chamava pela terceira vez, tentando puxá-lo pelo punho.

Os três rapazes do time de futebol pareciam nervosos em ter de esconder algo dele. Mudando o peso dentre uma perna e outra, e Henrique continuava lá, inerte pela conversa. Ah droga! Se mexa.

E lá foi ele, prolongando a conversa, será que ele estava notando algo? Puxei seu pulso novamente, desta vez com mais força.

Arregalei os olhos para um dos rapazes e ele pareceu notar a deixa.

- Cara, sua garota quer te levar para algum lugar, veja só. – Um dos meninos de olhos verdes balançou a cabeça na minha direção.

Enrubesci e sorri em seguida, jogando os cabelos diante do rosto, tentando me esconder de toda e qualquer forma.

Henrique nem me olhou. Será que ele estava desconfiando de algo? Tentando fazer com que alguém contasse algo para ele?

Ele pode ter notado pelo fato de o pessoal ter ficado alheio de ir lhe desejar os parabéns. Mas todos nós havíamos combinado assim, para a surpresa ficar um pouco mais significante.

Henrique continuou a conversar a todo vapor, mas, mesmo assim, sorri para o garoto em agradecimento que me retribuiu com uma piscadela.

Bati o pé no chão, irritada por não conseguir tirá-lo de lá.

Me movi para trás dele, enquanto os garotos olhavam de Henrique para mim, provavelmente tentando adivinhar a tática que eu utilizaria para tirá-lo de lá o mais rápido possível. Já havia sentido meu celular vibrar umas trezentas vezes e nem precisava puxá-lo do bolso para saber que era Cate.

Mexi, com os dedos, nos bolsos traseiros do jeans de Henrique, sentindo seu bumbum por baixo do tecido, mas lá só tinha sua carteira e aquele não era meu foco. Mexi então nos bolsos da frente e encontrei o molho de chaves da moto, puxando-os e deixando em minhas mãos.

Henrique não se moveu. Bufei e joguei a cabeça para trás, ainda irritada.

Segurei as chaves com força e corri o mais rápido possível. Ouvi as passadas de Henrique atrás de mim e sorri, animada pela conquista. Já estava na hora!

Apressei-me e entrei no estacionamento, estarrecida pela adrenalina que se apossou em minhas veias e com um sorriso no rosto. Deixei o papel do capacete sobre a bancada e retirei o meu do compartimento, mas isso serviu para que Henrique chegasse mais rápido até mim.

Senti meus pés abandonarem o chão quando ele me puxou, com um braço só, pela cintura.

Dei risada, ainda mais feliz por ele ter me alcançado. Abanei os pés no ar.

- Pensei que ficaria lá a noite toda. – Resmunguei, beliscando seu antebraço.

- Ficou irritada? – Ele indagou, sua voz se propagando mais alta pelo estacionamento.

Ele me girou no ar, me deixando tonta e soltando minha gargalhada por todos os lados.

- Ai! Estou tonta! – Reclamei quando ele parou, dentre risos.

- Mais do que já é? – Indagou, brincalhão.

Dei uma cotovelada nas suas costelas.

- Me coloque no chão. Estou com fome. – Pedi.

Apenas MeuWhere stories live. Discover now