Apenas Meu

Capítulo 4:

Essa música é linda, gente! Boa leitura <3

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It's a little bit funny this feeling inside. I'm not one of those who can easily hide.
É um pouco engraçado esse sentimento aqui dentro. Eu não sou uma daquelas que facilmente conseguem esconder. (Your Song – Ellie Goulding).

- Vão à festa da piscina de hoje? – Laila perguntou ao telefone para Henrique.

O mesmo estava deitado no sofá com a cabeça apoiada em meu colo. Meus dedos estavam fundos na maciez de seus cabelos negros.

Algumas semanas se passaram após nossa conversa. Todos na Jimks nos olhavam torto, esperando o momento em que Henrique diria que enfim transou comigo e em seguida me dando um pé na bunda. Porém tentávamos provar a todos que éramos amigos, pois não queríamos criar falsa fama de má conduta. Da nossa má conduta. Como se fosse errado garotos e garotas serem amigos.

- Espera. – Henrique mais ordenou do que pediu.

A série televisiva de todo início de sábado estava com o som no mínimo. Eu só via os personagens movendo as bocas, não ouvia o que os mesmos diziam devido à repentina ligação de Laila. Henrique tirou a cabeça do meu colo e se sentou no sofá. Os cabelos estavam desalinhados e eu sorri. – Vamos?

Movi minha cabeça em negativo. – Não. – Olhei-o de soslaio.

Sábado era o meu dia nacional da preguiça. Eu queria ficar deitada no sofá sem notar as horas passando e dormir por lá mesmo.

- Sim. Nós vamos, sim. – Confirmou ele com um sorriso.

- Então, tchau. – Eu disse com um sorriso falso, movimentando a mão. – Porque eu não vou. – Sussurrei para que Laila não escutasse nossa pequena discussão. Ou teimosia.

Ele pegou seu celular entre os dedos e pressionou o bocal com força. Aproximou seu rosto do meu, e enxerguei fio por fio de seus cílios. Maldito costume.

- Pense nisso como uma chance, visitante. – Ele deu de ombros com um sorriso de entusiasmo. – Podemos ir e mostrar para todo mundo que somos apenas amigos. – Ele sussurrou e sua respiração batia contra meu queixo.

- Ainda ontem você disse que não se importava com a opinião das demais pessoas. – Refresquei sua memória com uma sobrancelha erguida. Lembrando-me de seu repentino ataque de raiva durante o jantar.

- Eu não me importo. Mas você sim. E me importo com o que pensam de você. Vamos. Só para mostrar a eles que somos apenas amigos. – Implorou e enrugou as sobrancelhas com os lábios prensados.

Ele já sabia qual faceta usar para me convencer, tocando um ponto meu que era muito fraco. Revirei os olhos.

 – Tudo bem. – Bufei.

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Cate deu um gritinho quando contei a novidade. Começou a saltitar, enquanto me abraçava consequentemente me levando a pular junto.

Ela entrou no quarto como um furacão, com uma sacola em mãos e empurrando Bruno para fora do quarto.

- Vai lá escolher. – Sorri me jogando na cama.

Ela passou pela porta do banheiro, batendo-a atrás de seu corpo. Depois de alguns segundos, voltou usando um biquíni negro e simples. Ela deu algumas voltinhas exageradas, olhando em um espelho apoiado contra um espaço vago da parede. Ela prensou os lábios e me olhou pelo reflexo do espelho. Acenamos em negativo ao mesmo tempo.