— Com licença, o policial Jeon está? — pergunto para o policial a minha frente.
— Ele está, posso saber quem quer falar com ele?
— La-Lalisa. — gaguejo, o policial assente e entra no escritório. Jungkook logo sai me olhando de cima a baixo, ele franze as sobrancelhas. E eu mais uma vez estou suando frio.
— Lisa? — ele para na minha frente, ótimo, como você conta para homem que você só viu uma vez na vida que está esperando um bebê dele? — Você tá pálida, vem comigo.
Sigo o mesmo, entramos em uma sala. Tem duas mesas, ambas estão cheias de papéis, Jungkook aponta para uma cadeira e se senta na minha frente.
— E então, quanto tempo né. — sua expressão está confusa, e lá vai eu deixar a vida dela uma confusão total. — O que você veio falar comigo? — seu semblante muda, ele está tentando segurar o riso.
— E-Eu vi-vim — paro, olho para o chão. Um, dois, três, quatro, cinto, seis, sete, oito, novo, dez você consegue Lisa! — Jungkook eu...
— Você? — ele definitivamente está achando graça. — Vamos lá Lisa, se você não falar eu nunca vou saber.
— Tô começando a achar que seria a melhor opção — Sussurro.
— O que disse? — aceno com a mão negativamente, ele está zombando de mim? Sorri — Liz, eu vou pegar uns papéis enquanto você decide se fala. — ele se levanta, suspiro.
Que ódio! Lalisa sua besta. Penso, olho para os lados. E se eu sair de fininho? Aposto que ele nem ia notar, e eu posso me virar com uma criança. Me levantando, mas sento novamente ao lembrar das palavras de BamBam "vai contar para o pai da criança, agora! Sua imagem depende disso Lisa."
— Eai, já se decidiu? — ele entra e coloca um bolo de papel na mesa, como se não tivesse o suficiente.
— Ha Ha engraçadinho. — ele ri, reviro os olhos. — olha eu vou falar rápido, entendeu? Eu vou falar e sair, afinal você já tem muita coisa para fazer.
— Diga, estou esperando. — diz, apoiando a cabeça nas mãos.
— Eu estou grávida! — cuspo as palavras, meu coração está acelerado. O mesmo está confuso — eu estou grávida, e o filho é seu. — ele arregala os olhos e fica me encarando paralisado. — Eh, bom, eu já vou indo então.
Me levanto, e começo a sair de fininho. Jogar a bomba e sair correndo, isso é bem o que estou fazendo. A diferença é que eu não estou correndo. Ele segue meus passos com o olhar, ele presta atenção em cada passo. Mas tenho a impressão que ele está aéreo.
— Aonde diabos você está indo? — pergunta se levantando, ele vem até mim e para na minha frente. Eu encolho com sua presença.
Droga! Eu quero gritar e sair correndo, por que é tão difícil?
— Para casa. — ele pega meu braço e me puxa de volta para cadeira. — Você tem trabalho para fazer, eu tô te atrapalhando. Então depois a gente se fala ou coisa assim...
— Você nem tem meu número, e eu aposto que você não ligaria e nem ia voltar aqui. — abro a boca para protestar mas ele começa a falar: — um bebê, eu vou ser pai. Eu tô sentindo que minha cabeça vai explodir! — se joga para trás, batendo as costas no assento da cadeira.
— Eu te entendo, olha não precisa ficar pressionado. Eu só achava que você tinha o direito de saber, mas você não precisa assum... — ele começa a rir.
— É óbvio que eu preciso assumir Lalisa! Você não fez esse bebê sozinha, não sou um babaca para te deixar na mão quando precisa.
— Mas você vai se mudar para Busan mês que vem. — sussurro, ele arqueia a sobrancelha.
— Não mais, olha eu vou precisar ir para Busan para pegar algumas coisas. Mas eu vou voltar, se você quiser pode ir comigo.
— Pera, você acha que eu estou com medo de você fugir? — ele assente, reviro os olhos. — eu não preciso de você, pode fugir á vontade. — digo com desdém. Ele fica me encarando.
Mas ele não vai fugir, né?
— Decidido — olho para ele — você vai comigo para Busan.
— Olha, não precisa. — ele estreita os olhos. — tô falando sério Jungkook. Não sou uma criança, não preciso que você fique no meu pé.
Sei que no fundo eu estou mentindo, eu não sei o que fazer. E seria de grande ajuda se ele ficasse no meu pé.
— Você precisa conhecer minha mãe — arregalo os olhos. — ela vai me matar se eu chegar lá e falar que vou ser pai, e não tiver a mãe comigo. — ele bagunça o cabelo, eu começo a rir.
— Então você é filhinho da mamãe? — ele pega um paninho e joga em mim. — eu preciso ir, tenho que ligar pro BamBam e resolver o assunto dos desfiles.
— Me da seu celular, vou anotar meu número. — desbloqueio e entrego.
— Você sabe onde tem táxi por aqui? O meu Uber bugou. — pego meu celular de volta.
— Você tá sem carro?
— É uma história engraçada, quem sabe outra hora.
— Vem, eu te deixo em casa. — ele pega a chaves e levanta.
— Você tem trabalho a fazer — olho as papeladas. — já te atrapalhei demais.
— Isso são papeladas do apartamento que eu estava, agora não vou precisar devolver.
Caminhamos para a saída. Não queria atrapalhar os planos dele, mas eu não fiz esse bebê sozinha e ele merecia saber. É Lisa você fez o certo em bagunçar a vida do rapaz.
Eu te odeio mente!
— Jungkook, já está indo? — um policial nós para.
— Vou levar a Liz para casa — sem perceber eu estou encolhida atrás de Jungkook.
— Ah, leve sua garota para casa. — sua garota? Espero Jungkook negar, mas ele não o faz. E eu que não vou falar. — Espero vê-la de novo, eu sou o policial Joohun. — diz, me cumprimentando.
— Eu sou a Lalisa. — digo sorrindo.
— É um prazer, cuide bem dela. — ele passa e para ao meu lado — ele é meio cabeça dura, espero que vocês fiquem em Seoul. Convença ele de ficar — sussurra para mim, e sai.
— ele quer que você fique em Seoul. — Digo, caminhamos até o estacionamento.
— Ele pediu para me convencer? — afirmo — bom você conseguiu.