FALLING - JAMES POTTER

By gifwrnandes

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De volta para o castelo mágico da Grã-Bretanha para um novo ano letivo, uma jovem estudante da Lufa-lufa é su... More

FALLING
CAPÍTULO UM
CAPÍTULO DOIS
CAPÍTULO TRÊS
CAPÍTULO QUATRO
CAPÍTULO CINCO
CAPÍTULO SEIS
CAPÍTULO SETE
CAPÍTULO OITO
CAPÍTULO NOVE
CAPÍTULO DEZ
CAPÍTULO ONZE
CAPÍTULO DOZE
CAPÍTULO TREZE
CAPÍTULO QUATORZE
CAPÍTULO QUINZE
CAPÍTULO DEZESSEIS
CAPÍTULO DEZESSETE
CAPÍTULO DEZOITO
CAPÍTULO DEZENOVE
CAPÍTULO VINTE
CAPÍTULO VINTE E UM
CAPÍTULO VINTE E DOIS
CAPÍTULO VINTE E TRÊS
CAPÍTULO VINTE E QUATRO
CAPÍTULO VINTE E CINCO
CAPÍTULO VINTE E SEIS
CAPÍTULO VINTE E SETE
CAPÍTULO VINTE E OITO
CAPÍTULO VINTE E NOVE
CAPÍTULO TRINTA
CAPÍTULO TRINTA E UM
CAPÍTULO TRINTA E DOIS
CAPÍTULO TRINTA E TRÊS
CAPÍTULO TRINTA E QUATRO
CAPÍTULO TRINTA E CINCO
CAPÍTULO TRINTA E SEIS
CAPÍTULO TRINTA E SETE
CAPÍTULO TRINTA E OITO
CAPÍTULO QUARENTA
CAPÍTULO QUARENTA E UM

CAPÍTULO TRINTA E NOVE

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By gifwrnandes

A névoa nítida e esverdeada permanecia firme no céu quando a garota de cabelos loiros abaixou a sua varinha. O barulho característico de folhas sendo esmagadas ao chão chamou a sua atenção e ela se virou bruscamente em busca de outra presença humana no local.

Uma ardência se destacou em seu antebraço esquerdo e ela deixou um suspiro de dor escapar de seus lábios. Assim que levantou a manga de seu suéter, Agatha viu o símbolo tatuado de um crânio com uma serpente saindo de sua boca, transformando-se na cor vermelho-vivo.

Aquele sinal excruciante fez a jovem sentir arrepios em sua pele descoberta. Ficou evidente para Agatha, quando a dor foi aliviando aos poucos, que, o Lorde das Trevas estava contando com o seu trabalho e aquela seria a noite definitiva para exercer a sua missão e consequentemente, provar o seu valor.

Próximo a Comensal da Morte recém-descoberta, escondidos atrás das densas árvores naquele local, os dois jovens ainda observavam a garota que havia mentido para todos os seus amigos durante muito tempo.

— Eu não consigo pensar em nada — Liam sussurrou, desesperado. — Aquele era o símbolo dele? — ele perguntou, referindo-se ao bruxo das Trevas.

— Sim — a lufana confirmou. A adrenalina corria em suas veias, deixando-a cada vez mais descrente da situação. — Como eu nunca tinha visto a marca no braço dela?

— Como você sabe que ela tem a marca no braço?

— Todos os seguidores dele possuem essa marca tatuada no braço — ela explicou, procurando manter a calma, mesmo em meio à tensão do momento. — Nós precisamos avisar todo mundo antes que ela tente algo ruim.

Enquanto os dois adolescentes se apressavam em passos largos para encontrar o grupo de amigos um pouco distante, a Comensal da Morte ouvia atentamente a conversa deles. Com a varinha em mãos, a garota andou sorrateiramente atrás dos dois jovens e apontou o braço em direção ao corvino.

— Incarcerous! — Agatha exclamou e irromperam finas cordas da ponta de sua varinha que colidiram com o garoto, prendendo o seu corpo.

No momento seguinte o garoto da Corvinal foi ao chão, as cordas cercando os seus pés e as suas mãos faziam ele se sentir agoniado e apertado. Quando viu o melhor amigo amarrado e amordaçado no chão, a lufana preparou a sua varinha e apontou em direção a origem do feitiço.

A jovem de cabelos áureos sentiu a fúria inundando o seu organismo, misturando-se com a adrenalina constante, assim que os seus olhos avistaram aquela que dizia ser a sua melhor amiga em um passado nem-tão-distante. A Comensal da Morte abriu um sorriso carregado de malícia.

— Expelliarmus! — Ellie exclamou, irritada.

— Quase sete anos estudando magia e você não conhece outro feitiço? — Agatha desviou ágil do feitiço enquanto dava uma risada maléfica. — Eu esperava mais de você.

— Engraçado alguém como você esperar alguma coisa de qualquer pessoa — ela ironizou, cuspindo as palavras com irritação. — Qual é a graça de ser uma mentirosa?

A lufana desviou rapidamente a direção de sua varinha, apontando para o corvino encurralado sobre o chão e sussurrando um contrafeitiço para ajudar o seu melhor amigo. As cordas sumiram ao redor do corpo do garoto, libertando Liam para que ele se levantasse do chão e firmasse a varinha em mãos.

— Nós temos companhia agora — Agatha bufou. — Dois contra um nunca é justo. Parece que alguém não sabe se dar bem sozinha nesse jogo.

— Eu sinto muito em dizer mas isso não é um jogo — a lufana disse, séria. — Por que diabos você mentiu durante todo esse tempo?

A pergunta serviu como uma nítida desestabilização para a jovem de cabelos loiros. A sua mão que segurava a varinha começou a ficar trêmula e os seus olhos bem abertos demonstraram claros sinais de tensão, surpresa e nervosismo mútuos.

— Talvez se prestasse uma melhor atenção nas pessoas ao seu redor, você entenderia o motivo — ela ironizou.

— Encostou na ferida — Liam sussurrou.

— Crucius! — Agatha apontou a varinha em direção ao corvino, mas ele conseguiu desviar o feitiço ainda no ar. — Não interessa o que me levou a mentir para vocês.

— Pelo menos alguma vez na sua vida, diga a verdade — ela persuadiu. — Ninguém vive somente de mentiras a vida toda.

Fez-se um silêncio ensurdecedor. A Comensal da Morte parecia pensar em uma resposta para revidar as palavras da lufana, mas não obteve sucesso nesse âmbito. Após quase um minuto, ela decidiu quebrar o silêncio com o tom de voz trêmulo e abalado pela tensão momentânea.

— Vocês entenderiam se conhecessem a minha família — Agatha começou. Ela dizia as palavras com nojo expressivo. — Desde criança, eu odiava eles por nunca me tratarem direito. Eu sempre tentava agradar os meus pais, mas nunca era acolhida ou compreendida por eles.

Ela deve ter percebido como as suas palavras soaram infantis para alguém em sua situação, à claridade verde que ainda voava no céu era possível ver as bochechas enrubescidas em destaque no seu rosto.

— Para agradar eles, eu fui capaz de coisas extraordinárias — disse Agatha, hesitante. — Eu me tornei Comensal da Morte como eles. No início, eu fui fraca e tive medo, mas eu fui escolhida pelo próprio Lorde das Trevas e a missão me fortaleceu.

— Você é maluca — Liam resmungou, apertando a varinha com força. — Você fez coisas horríveis. Magoou, machucou e traiu a sua verdadeira família por puro egoísmo.

— Calado! — Agatha soltou um grito ameaçador. — É impressionante da sua parte achar que alguma vez eu considerei vocês como uma família. Pessoas tolas morrem rápido por pensarem desse jeito.

De algum ponto nas profundezas daquela área repleta de árvores, os jovens ouviram um grito abafado e o som característicos de passos humanos. Agatha se enrijeceu e espiou por cima do ombro, distraindo-se por um segundo.

— Everte Statium! — Ellie gritou.

O feitiço proferido irrompeu de sua varinha e atingiu diretamente a cintura da outra menina. Ela foi arremessada para uma distância um tanto longa, enquanto o seu corpo rodopiava bruscamente no ar.

Em um ato rápido e inconsciente, a lufana apanhou a mão do melhor amigo ao seu lado e eles correram juntos, ofegando durante uma boa parte do caminho. Quando pararam por conta do cansaço, eles olharam em volta e não identificaram um sinal evidente de presença da Comensal da Morte.

— Eu acho que a gente se perdeu — Liam ofegou. — É bom que tenha usado o feitiço certo contra ela.

— Era o melhor feitiço para atrasar ela — a jovem murmurou. — Nós precisamos manter a calma para agir agora.

— Manter a calma? — ele franziu o cenho, confuso. — Eu nunca estive tão apavorado na minha vida.

O ar se encheu repentinamente com o rumor de capas esvoaçantes e assustou os dois jovens, fazendo com que eles voltassem a prestar atenção no local a sua volta. O riso gélido de causou arrepios na espinha da garota de cabelos claros.

— Vocês pensaram mesmo que poderiam escapar de mim? — disse ela, caçoando da tentativa de fuga. — Eu ainda não acabei com vocês.

Ela parecia estar preparada para um possível ataque contra os seus antigos amigos, mas, de repente, o mesmo som de passos escutado anteriormente chegou aos ouvidos dos jovens, fazendo a Comensal da Morte se alarmar em direção à origem do barulho.

Uma figura masculina, alta e iluminada por um feixe de luz irrompido da varinha saiu de uma região de arbustos. Em um instante, a pessoa misteriosa foi reconhecido pela lufana. Era David Macmillan.

— Você me ataca pelas costas e pensa que pode fugir sem dizer nada? — ele disse, ameaçando com a varinha em direção à Agatha. — As coisas não resolvem dessa maneira.

— Quem é você para me dizer a maneira certa de qualquer coisa? — ela exclamou. — Ninguém. Você não é ninguém, Macmillan.

— Os seus amigos já sabem a verdade? — ele provocou, um sorriso audacioso preencheu os seus lábios. — Talvez ela não teria conseguido espalhar boatos na escola se não contasse com a minha ajuda.

— Seu trasgo! — Ellie resmungou, nervosa. — Eu sabia que você estava envolvido em alguma coisa.

— Não se gabe por ter feito o mínimo — Agatha repreendeu o garoto, ignorando as exclamações da outra menina.

— Além de ser mentirosa, você também é ingrata — ele caçoou.

Agatha não respondeu de imediato, estava boquiaberta e a mão da varinha continuava a tremer. Ela torceu a boca involuntariamente, como se tivesse acabado de provar alguma coisa muito amarga.

— E você foi um erro — ela vociferou, nervosa. Ela firmou a varinha em sua mão e proferiu uma maldição com vontade de sobra. — Avada Kedavra!

Uma luz esverdeada irrompeu da ponta de sua varinha e atingiu o peito do garoto em cheio, derrubando-o no chão. O fantasma de sua última expressão amedrontada ainda permanecia em seu rosto pálido e sem vida.

Ela riu, observando o corpo do garoto no chão. Um filete de satisfação podia ser notado somente de observar o brilho em seus olhos, mesmo após ter acabado de matar uma pessoa.

— Você não tem um resquício de humanidade — disse Ellie em uma tentativa de distraí-la. — Como você consegue ser desse jeito? Nós éramos os seus amigos. Eu era a sua melhor amiga e você age como se não tivéssemos vivido uma história.

— Você não é capaz de compreender porque é fraca — Agatha explicou, ferozmente. — Eu vou acabar com isso de uma vez.

— Me mate e cumpra a sua missão, então.

As palavras corajosas da lufana confundiu a Comensal da Morte. Ela colocou uma expressão de confusão em seu rosto, arqueando uma sobrancelha e franzindo os lábios.

— Você não tem coragem — Ellie concluiu. Ela deu um riso nervoso. — Talvez você esteja errada sobre quem é realmente a fraca da história.

— Crucius!

A exclamação furiosa alertou a lufana e ela desviou a maldição da dor no ar, causando revolta na Comensal da Morte. Ela soube que, naquele momento, havia chegado a infeliz hora de duelar contra alguém que já havia chamado de melhor amiga.

— Expelliarmus!

A varinha de Agatha voou ao chão e ela colocou uma expressão indignada em seu rosto, enquanto os outros dois bruxos se preparavam para o contra-ataque assim que ela apanhou a varinha caída de sua mão.

Uma explosão de barulhos e feitiços encheu a rua principalmente habitada por trouxas. À medida em que os feitiços irrompiam das varinhas de Ellie e Liam, Agatha desviava de cada uma das luzes de magia e revidava com outros feitiços.

— Avada Kedavra!

A lufana impediu a maldição com um feitiço de proteção rápido e a luz esverdeada quebrou em meio ao vento.

Quando percebeu a sua falha com a Maldição da Morte, Agatha atingiu o rosto de Ellie com um feitiço estuporante, fazendo a menina exclamar devido a dor e a ardência. Um líquido vermelho, quente e pegajoso escorreu de sua têmpora até o pescoço.

— Eu achei vocês! — ouviram uma voz conhecida em meio à confusão de barulhos. — O que está acontecendo aqui?

— Sectumsempra!

Os olhares assustados de Ellie e Liam encontraram James em meio aos feitiços esvoaçantes. Um grito cruzou a garganta da lufana quando viu o sorriso maléfico cruzando os lábios da Comensal da Morte e o feitiço voando em direção ao seu namorado.

Em uma reação inconsciente, Liam se colocou à frente de James para defender o feitiço, murmurando um Protego.

Porém, o jorro de luz branca disparado da ponta da varinha atingiu Liam no meio no peito. O grito de horror de Ellie jamais saiu, silencioso e paralisado, ela foi obrigada a presenciar o seu melhor amigo sendo arremessado ao chão.

O feitiço equivalente à uma espada invisível fazia Liam se contorcer de dor no chão. Ele segurava o peito cortado com as mãos, enquanto as lágrimas desciam sobre as suas bochechas pálidas.

— Petrificus Totalus! — Ellie exclamou, soluçando por conta do choro. O corpo de Agatha ficou completamente paralisado. — Reducto!

Assim que proferiu os dois feitiços ao mesmo tempo, o corpo daquela que havia traído a confiança dos seus amigos foi reduzido em cinzas que se espalharam no vento daquela noite envolvida pelo rigoroso inverno.

— Liam!

A lufana correu em direção ao melhor amigo e se ajoelhou ao seu lado no chão. Ele apertou firmemente a mão dela, procurando forças para proferir algumas palavras em meio àquela dor excruciante em seu corpo.

— Eu não consigo aliviar a sua dor — ela choramingou, enquanto tentava pensar em alguma solução. — Desculpa. As pessoas sempre se machucam por minha causa. Por favor, Liam, me desculpa.

Sentia-se culpada por ver alguém naquela situação e não poder fazer nada para ajudá-lo. Ela nunca havia ouvido falar na maldição Sectumsempra, nem mesmo sabia se havia algum contra-feitiço.

— Você não tem culpa — Liam suspirou. Os seus lábios tremiam à medida que ele falava. — Está tudo bem. Vocês vão ficar bem agora.

O garoto abriu um último sorriso e a sua mão foi se desapegando da mão da melhor amiga. A preocupação inundou os sentidos da lufana quando reparou em seus olhos cinzentos e sem vida.

O seu batimento cardíaco se intensificou à medida que chacoalhou o corpo do corvino, mas não obteve nenhuma resposta. A realidade fez a menina entrar em pânico. Liam estava morto em seus braços.

— Não — ela soluçou. — Por favor, não.

Ela encontrou um abrigo no abraço caloroso de seu namorado. Por mais que a pessoa que mais havia temido ultimamente estivesse longe de sua preocupação, a garota sentia como se o pesadelo ainda não tivesse acabado em sua vida.

— Vai ficar tudo bem — disse James, acariciando o cabelo da menina, carinhosamente. — Eu prometo que nós vamos ficar bem.

Fez-se silêncio enquanto o casal de namorados se abraçava. Apesar da dor que afogava o seu coração em desânimo, a garota desejava que eles realmente pudessem viver em paz a partir daquela noite e que, acima de tudo, ficariam bem.

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