FALLING - JAMES POTTER

By gifwrnandes

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De volta para o castelo mágico da Grã-Bretanha para um novo ano letivo, uma jovem estudante da Lufa-lufa é su... More

FALLING
CAPÍTULO UM
CAPÍTULO DOIS
CAPÍTULO TRÊS
CAPÍTULO QUATRO
CAPÍTULO CINCO
CAPÍTULO SEIS
CAPÍTULO SETE
CAPÍTULO OITO
CAPÍTULO NOVE
CAPÍTULO DEZ
CAPÍTULO ONZE
CAPÍTULO DOZE
CAPÍTULO TREZE
CAPÍTULO QUATORZE
CAPÍTULO QUINZE
CAPÍTULO DEZESSEIS
CAPÍTULO DEZESSETE
CAPÍTULO DEZOITO
CAPÍTULO DEZENOVE
CAPÍTULO VINTE
CAPÍTULO VINTE E UM
CAPÍTULO VINTE E DOIS
CAPÍTULO VINTE E TRÊS
CAPÍTULO VINTE E QUATRO
CAPÍTULO VINTE E CINCO
CAPÍTULO VINTE E SEIS
CAPÍTULO VINTE E SETE
CAPÍTULO VINTE E OITO
CAPÍTULO VINTE E NOVE
CAPÍTULO TRINTA
CAPÍTULO TRINTA E UM
CAPÍTULO TRINTA E DOIS
CAPÍTULO TRINTA E TRÊS
CAPÍTULO TRINTA E QUATRO
CAPÍTULO TRINTA E CINCO
CAPÍTULO TRINTA E SEIS
CAPÍTULO TRINTA E OITO
CAPÍTULO TRINTA E NOVE
CAPÍTULO QUARENTA
CAPÍTULO QUARENTA E UM

CAPÍTULO TRINTA E SETE

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By gifwrnandes

Os flocos de neve rodopiavam e dançavam no ar, cobrindo todo o jardim da casa em penugem branca. Era véspera de Natal e a garota de cabelos claros estava em êxtase por ser a sua época favorita a cada ano. Amava os presentes, as comidas e principalmente, passar o dia com os amigos e a família. Porém, este ano seria um tanto diferente em relação a sua comemoração.

Há algumas semanas, ela havia sido convidada a passar a data comemorativa na casa de seu namorado, juntamente com os Marotos. De início, a garota relutou, sentindo-se um tanto apreensiva com o convite, ela iria conhecer verdadeiramente a família de James e não sabia se eles iriam recebê-la bem.

— Eles vão adorar você — James assegurou. — Não tem motivo para estar nervosa desse jeito.

— Não é como se James não falasse sem parar sobre você para a família dele — Sirius caçoou. — O segredo é não dizer nada estúpido, muito menos fazer algo estúpido.

— Não diga ou faça algo que ele diria ou faria — Peter apontou para o garoto de cabelos longos e escuros como a noite.

— Foi um ótimo exemplo, Rabicho, mas saiba que eu estou muito ofendido com ele — Sirius abriu um sorriso terrivelmente falso.

— Ele não está errado — Remus alfinetou.

— Vocês não estão ajudando nem um pouco — ela deixou escapar um suspiro exausto. — Não é como se eu fosse apenas me apresentar para os seus pais, você disse que é basicamente metade da sua família.

— Eu não me lembro de ter dito isso — James franziu os lábios.

— Você citou graus de parentesco que eu nem sabia que existiam — ela refrescou a memória do namorado.

— Pensando bem, eu me lembro de ter dito isso.

— Eles vão detestar todo mundo se chegarmos atrasados. Já viram o horário? — Remus checou o relógio em seu pulso. — É melhor a gente entrar.

— Vocês perceberam que a gente está na frente da casa faz vinte minutos? — Sirius cruzou os braços. Ele fingiu estar paralisado e continuou a falar em sussurros. — Eles vão achar que nós somos anões de jardim.

— Não — James riu. — Eles vão achar que nós somos idiotas mesmo.

Os quatro garotos se adiantaram para caminhar até a entrada da residência, mas a garota permaneceu no mesmo lugar do jardim, chamando a atenção de seu namorado. Ele deu uma risada fraca quando viu a expressão aterrorizada no rosto da menina.

— O que foi? — James perguntou, curioso.

— Nervosismo em excesso — ela respondeu em um tom quase inaudível. — Eu acho que nem consigo me mexer.

— Eles vão amar você — ele garantiu. — Assim como eu amo você.

Ela arriscou um sorriso fraco e James colocou um fio solto de seu cabelo atrás da orelha. As bochechas da garota foram naturalmente tingidas por um tom rosado e os dois jovens selaram um beijo rápido, mas apaixonado.

Eles entrelaçaram os dedos da mão um com o outro e caminharam juntos até a entrada da residência, assim como os outros convidados. Quando a porta foi aberta para a entrada dos dois adolescentes, a lufana se viu em um ambiente apinhado de pessoas.

A casa estava lindamente decorada com um toque natalino. Uma grande árvore no canto da sala de estar estava coberta de enfeites brilhantes e chamativos. Próximo a uma lareira, havia algumas casas de pão de gengibre e meias penduradas. Os embrulhos com presentes debaixo da árvore de Natal deixavam qualquer pessoa ansiosa para abri-los antes do momento certo.

— Os meus pais estão bem ali — James inclinou a cabeça em direção aos seus pais que estavam sentados no sofá e fraternizando com alguns amigos. — Vem comigo.

— Não fazer ou dizer nada que Sirius Black faria ou diria — a garota murmurou.

— Quer parar de usar esse exemplo? — Sirius exclamou ao aparecer do lado dos dois amigos. — É péssimo.

— Pelo contrário, é um ótimo exemplo e muito eficiente — Remus deu um riso de escárnio.

— Quem precisa de inimigos quando tem você como namorado? — Sirius revirou os olhos. — Eu vou afogar as minhas mágoas na bebida.

— Nada de bebida em excesso — Ellie advertiu com veemência. — Você ficou com medo de uma almofada da última vez.

— Era a minha almofada e você jogou ela na lareira — Peter lembrou.

— Eu não me lembro de ter feito isso — Sirius deu de ombros. — Se eu não lembro, eu não fiz nada. A regra é bem simples.

— Sem bebidas.

— Tudo bem, mãe.

Remus, Peter e Sirius saíram juntos em direção a uma mesa repleta de comidas típicas da comemoração, enquanto o casal de namorados se reunia com Fleamont e Euphemia.

As mãos da lufana estavam trêmulas e suadas devido ao nervosismo. Aquela sensação estava fora de seu controle e ela detestava estar nervosa daquela maneira por conta de algo simples.

— Finalmente chegaram! — Euphemia se levantou do sofá. Um sorriso genuíno iluminava o rosto da mulher. — Eu já estava ficando preocupada com o meu garotinho.

As bochechas de James ganharam um tom avermelhado por conta do apelido dado por sua mãe. A garota de cabelos áureos mordeu o lábio inferior para conter uma risada causada pela reação do namorado.

— Mãe — James fechou os olhos por um segundo, encabulado. — Eu fiquei fora por trinta minutos.

— Trinta minutos é muito tempo — disse a mulher. Ela desviou a sua atenção para a garota ao lado do filho e o seu sorriso se intensificou. — É um prazer finalmente conhecer você.

— Igualmente, senhora — ela sorriu.

— Você não precisa me chamar assim — Euphemia balançou uma mão no ar. — Já podemos considerar você na família apenas pelo jeito que o meu garotinho fala sobre você.

— Mãe! — James corou.

— A sua mãe está certa — Fleamont riu e estendeu a mão para cumprimentar a namorada do filho. — O nosso filho está sempre falando sobre você.

— Eu espero que sejam coisas boas — disse ela, tímida.

— Sempre — James abriu um sorriso apaixonado.

— Chegaram mais convidados — Euphemia falou, retirando-se junto com o marido para receber as pessoas recém-chegadas. — Aproveitem a festa e pelas barbas de Merlim, James, arrume esse cabelo.

— É um charme! — James exclamou. Ele se virou para encarar a namorada. — Você não acha que é um charme?

— Com certeza é um charme, garotinho da mamãe — ela caçoou, enquanto levava as mãos ao cabelo do namorado para deixar os fios ainda mais bagunçados.

— Como você é engraçada — ele forçou uma risada falsa. — Eu falei que eles iriam amar você.

— Sim — ela assentiu com a cabeça. — Agora restam os outros convidados que podem não gostar de mim.

— Eu não vou apresentar você para todo mundo — James deu de ombros. — Eu não conheço nem metade dessas pessoas.

— Metade dessas pessoas são da sua família.

— Eu sei — ele cochichou. — Uma delas falou que me pegou no colo quando eu era um bebê.

— Você não sabe nem o nome da pessoa — ela segurou o riso.

— Isso mesmo — James abriu um sorriso nervoso. — Eu quase entrei em desespero por não saber o nome da mulher.

Uma gargalhada escapou dos lábios da menina e contagiou o namorado. A risada frouxa dos dois adolescentes chamou a atenção de alguns convidados que confraternizavam na sala de estar, fazendo com que eles se envergonhassem um pouco.

— Para de rir! — ela golpeou levemente o braço do garoto.

— Foi você quem começou — James retrucou, enquanto falhava em conter a risada. — Até parece que eles nunca viram duas pessoas felizes.

— Eles nunca viram duas pessoas rindo como se fossem hienas — eles reconheceram a voz de Sirius.

Os outros três garotos se aproximaram do casal de namorados, Sirius segurava um copo vermelho de plástico em cada mão, enquanto Peter e Remus conversavam sobre um assunto específico.

— O que você está bebendo? — Ellie perguntou.

— Água — Sirius mentiu, olhando para o copo na sua mão direita. Depois ele voltou a olhar para a lufana e deu um sorriso maroto. — Uma água diferenciada, mas ninguém precisa saber disso.

— Você pegou duas bebidas de uma vez? — ela arregalou os olhos.

— Qual é o problema?

— Eu não vou cuidar de você se começar a ter medo de uma almofada — Ellie frisou. — Pelo contrário, eu vou jogar ela em você.

— Nem eu — James, Peter e Remus disseram em uníssono.

— Obrigado — Sirius bebeu um gole da bebida. — Eu tenho ótimos amigos.

A garota nem mesmo obteve tempo suficiente para pensar em uma resposta por conta de uma distração. Uma mão fria cutucou a sua perna e fez a jovem dar um pequeno pulo de susto. Quando olhou para baixo, ela avistou um menininho de cabelos escuros e despenteados, e com os olhos azuis como a cor do céu em uma manhã ensolarada.

— Por Merlim, por que essa criança parece o James em miniatura? — Sirius correu os olhos do melhor amigo até a criança.

— Oi! — o menino falou, animado.

— Oi! — Ellie retribuiu o sorriso. — Como é o seu nome?

— Noah — disse ele, um tanto atrapalhado com a fala. — Eu fiz um desenho para você — Noah mostrou o papel em sua mão com alguns rabiscos vermelhos, azuis e amarelos.

Ele estendeu o pergaminho e a menina apanhou com uma mão, analisando o desenho feito pela criança com um sorriso genuíno no rosto.

— Ficou lindo!

— Ficou horrível — Sirius cochichou.

— Sirius! — Ellie repreendeu o garoto. — É uma criança.

— Você está treinando para ser uma mãe mentirosa e eu estou treinando para ser um tio que fala a verdade para criança — ele deu de ombros, rindo. — O que há de mal nisso?

— Dê um jeito no seu namorado ou eu vou jogar ele pela janela — Ellie encarou Remus e apontou para Sirius com o dedo indicador. Ela voltou a atenção para a criança. — Você quer brincar?

— Sim! — Noah exclamou, eufórico.

— Você já pode trabalhar como animadora de festa — James caçoou, fazendo a namorada revirar os olhos.

— Claro — ela disse, segurando a mão da criança. — E vocês serão os palhaços da minha empresa.

O menino agarrou a sua mão com força e guiou a lufana até um dos poucos cantos vazios da casa. Havia naquele lugar um tapete amarelo e estampado com figuras de animais e estava repleto de brinquedos, desde carrinhos até bonecos. Assim que eles se sentaram no tapete, a garota sentiu como se estivesse voltando a ser uma criança.

— Chama ele para brincar com a gente — ela cochichou para Noah e apontou para James. — Mas não diga que foi minha a ideia do convite.

— Eu estou velho demais para isso — James inventou uma desculpa esfarrapada. A namorada colocou em seu rosto o melhor olhar de súplica e ele bufou. — Tudo bem. O que você não me pede sorrindo que eu não faço chorando?

Ela abriu um sorriso vitorioso.

— A gente pode brincar de tomar chá com os bonecos — Noah sugeriu, entregando um boneco para cada um dos dois adolescentes.

— Diga olá para o senhor Floquinho, James.

A garota estendeu o brinquedo e fingiu estar cumprimentando o namorado com o braço do boneco de pano.

— Você é a pior pessoa para escolher nomes — James explodiu em risadas. — Eu não vou falar com um boneco.

— Por que você não quer falar comigo? — ela inventou uma voz fina para o boneco. — O senhor Floquinho vai ficar muito triste com você.

— Isso é ridículo — James resmungou. A garota o encarou com uma expressão de reprovação e ele não hesitou em entrar na brincadeira. — Tudo bem, você ganhou. Olá, senhor Floquinho.

Os dois jovens continuaram brincando com a criança até o momento em que o estômago da lufana anunciou estar faminto. A garota deixou Noah e James sozinhos e envolvidos pela brincadeira, ausentando-se por cinco minutos para comer alguns aperitivos da festa.

De volta ao tapete colorido, a menina se deparou com uma cena descomunal. Os quatro garotos da Grifinória estavam tentando desesperadamente reverter um feitiço de mudança de cor no cabelo do menino, enquanto ele dava boas gargalhadas, mesmo com o cabelo em um tom azulado.

— O que aconteceu aqui? — ela exclamou, boquiaberta. — Eu saí por cinco minutos e você acabou com o cabelo da criança!

— Não fui eu! — James ergueu as mãos no alto em rendição. — Nós fomos fazer uma brincadeira com magia e deu tudo errado.

— Quem fez isso no seu cabelo? — Ellie perguntou para o menino.

— Ele — Noah respondeu, rindo e apontando para Sirius ao mesmo tempo. — Faz de novo!

— Você vai no meu velório se eu fizer esse feitiço de novo — Sirius riu, nervosamente. — Varinha idiota! Como eu faço para reverter o feitiço?

— Corandio — Remus apontou para o cabelo da criança com a sua varinha e proferiu o feitiço. O cabelo voltou a ser da cor castanho-escuro.

— Você esperou esse tempo todo para me ajudar? — Sirius exclamou, indignado.

— Sim — Remus deu risada e guardou a varinha no bolso da calça. — Eu estava me divertindo com o seu desespero.

Enquanto os dois garotos nutriam uma discussão, a lufana levou a criança até o encontro de seus familiares, juntamente com James, a fim de que não acontecesse mais algum acidente durante uma brincadeira.

— Não conta para a sua mãe o que aconteceu com o seu cabelo — James cochichou para o menino e se despediu com um toque de mãos.

Ele gargalhou após se despedir dos dois jovens e correu para abraçar a mãe.

— Eu quero ir no jardim — James ganhou a atenção da namorada. Ele estendeu a sua mão. — Quer vir comigo?

— Claro.

Eles andaram de mãos dadas até o lado externo da residência. Quando saíram pela porta, os flocos de neve começaram a cair suavemente no topo de suas cabeças. A lufana deixou escapar um suspiro álgido por conta do frio acentuado no jardim.

Atrás de suas costas, James ergueu a sua varinha e conjurou um galho de planta. Quando a garota olhou para cima de suas cabeças, ela viu um visco recém-brotado e sentiu as suas bochechas carminadas.

— Isso é um visco? — James fingiu desentendimento. Por mais que se esforçasse, ele não conseguiu conter um sorriso maroto. — Eu acho que vou ganhar um beijo.

— Você não precisa conjurar um visco para me beijar — ela riu.

Ambos se aproximaram um do outro e a jovem sentiu a respiração do namorado fazer cócegas em seu rosto. Os seus lábios se encontraram e selaram um beijo ardoroso e harmônico. Quando quebraram o beijo, James sorriu e conferiu o horário no relógio em seu pulso.

— Já é meia-noite. Feliz Natal — ele depositou um beijo na testa fria da menina. — Eu amo você.

— Eu também amo você — ela sorriu e abraçou o namorado. — Feliz Natal.

Nos poucos segundos em que eles se abraçaram, a garota fechou os olhos e deixou se envolver pelo calor do abraço e pelo cheiro adocicado do perfume do namorado. Ela sequer percebeu um sorriso apaixonado preenchendo o seu rosto.

Envolvidos naquele contato, sentiam-se como se nada pudesse atingi-los, como se os problemas não existissem e o amor fosse a única sensação presente naquele momento.

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