FALLING - JAMES POTTER

By gifwrnandes

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De volta para o castelo mágico da Grã-Bretanha para um novo ano letivo, uma jovem estudante da Lufa-lufa é su... More

FALLING
CAPÍTULO UM
CAPÍTULO DOIS
CAPÍTULO TRÊS
CAPÍTULO QUATRO
CAPÍTULO CINCO
CAPÍTULO SEIS
CAPÍTULO SETE
CAPÍTULO OITO
CAPÍTULO NOVE
CAPÍTULO DEZ
CAPÍTULO ONZE
CAPÍTULO DOZE
CAPÍTULO TREZE
CAPÍTULO QUATORZE
CAPÍTULO QUINZE
CAPÍTULO DEZESSEIS
CAPÍTULO DEZESSETE
CAPÍTULO DEZOITO
CAPÍTULO DEZENOVE
CAPÍTULO VINTE
CAPÍTULO VINTE E UM
CAPÍTULO VINTE E DOIS
CAPÍTULO VINTE E TRÊS
CAPÍTULO VINTE E QUATRO
CAPÍTULO VINTE E CINCO
CAPÍTULO VINTE E SEIS
CAPÍTULO VINTE E SETE
CAPÍTULO VINTE E OITO
CAPÍTULO VINTE E NOVE
CAPÍTULO TRINTA
CAPÍTULO TRINTA E UM
CAPÍTULO TRINTA E DOIS
CAPÍTULO TRINTA E TRÊS
CAPÍTULO TRINTA E QUATRO
CAPÍTULO TRINTA E CINCO
CAPÍTULO TRINTA E SETE
CAPÍTULO TRINTA E OITO
CAPÍTULO TRINTA E NOVE
CAPÍTULO QUARENTA
CAPÍTULO QUARENTA E UM

CAPÍTULO TRINTA E SEIS

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By gifwrnandes

Ainda atordoada devido ao incidente nos corredores do castelo, a lufana adentrou o escritório da professora Minerva McGonagall. A bruxa indicou com o dedo indicador a cadeira em frente de sua mesa repleta por livros, pergaminhos soltos e um tinteiro. As feições em seu rosto indicavam uma ligeira preocupação.

— Você conseguiu ver o rosto da pessoa? — Minerva cessou o silêncio com a pergunta.

— Não — a garota soltou um suspiro desapontado. — A minha visão ficou embaçada. Eu não conseguia ver nada além de uma sombra.

Uma dor aguda atingiu o seu braço direito e a garota recolheu o rosto em reação. A professora sentou-se à escrivaninha, observando a aluna da Lufa-lufa com a testa enrugada.

— Você acha que é a mesma pessoa dos ataques do ano passado?

— Sim — respondeu a garota com veemência. — As fotos, o bilhete no meu dormitório, tudo deve estar interligado. O que me deixa mais nervosa é não saber quem está fazendo essas coisas. E se algo muito ruim acontecer comigo?

— Algo muito ruim? — a professora franziu uma sobrancelha.

Uma onda de pânico invadiu o corpo da lufana. Somente de pensar nas probabilidades de sofrer danos irreversíveis em sua vida fez um nó invisível se formar em sua garganta. Ela engoliu seco, enquanto se deixava afundar na cadeira.

— Morrer.

— Você está segura nessa escola — a mulher assegurou. Apesar de suas palavras, a sua voz não soava muito convincente. — Nós já estamos tentando achar o responsável por esses ataques.

— Já faz quase um ano — ela murmurou.

— Eu sei — Minerva firmou o óculos no rosto. — A pessoa se esconde muito bem. Eu examinei cada canto daquele bilhete deixado no seu dormitório e não havia nenhum rastro. É mais difícil do que a senhorita é capaz de imaginar.

A frustração preenchia evidentemente o rosto da menina. Ela conseguia entender o ponto da professora em relação à identidade da pessoa que atormentava os seus dias e, até mesmo, as suas noites. Nem mesmo conseguia descansar com a consciência pesando em cima daquele problema em específico.

O que ela não compreendia era como alguém conseguia agir minuciosamente e não ter a sua identidade revelada. Todo esse problema estava cercando a sua mente de angústia e a lufana começava a achar que enlouqueceria se não descobrisse a verdade em breve.

— Você precisa ir até a enfermaria para ver o seu braço — a professora interrompeu os seus devaneios. — Tenha cuidado no caminho e esteja com a varinha pronta em caso de alguma precisão.

O tom de voz da mulher não se parecia com o que ela estava acostumada a ouvir, não era enérgico, seco nem severo, era baixo e ansioso desde o momento em que adentraram aquele escritório. De alguma forma, a garota de cabelos áureos conseguia perceber que a professora estava bastante aflita com toda aquela situação.

A mulher mirou a aluna por um momento, depois fungou, contornou a escrivaninha e segurou a porta aberta para oferecer a passagem.

— Eu mantenho você informada — disse ao ver a lufana passando pela porta para sair de sua sala.

— Obrigada.

A porta se fechou com um gesto de mão da mulher e a garota se viu novamente no mesmo corredor, a única diferença agora era que havia uma concentração de alunos tentando seguir para as suas aulas do dia.

Enquanto procurava chegar até a enfermaria do castelo, ela andou muito depressa pelos corredores. O braço ainda dolorido a incomodava com algumas pontadas à medida de seus passos.

O caminho era percorrido em perfeita harmonia até virar um canto e esbarrar com Pirraça, o poltergeist, um pequeno homem de boca grande que flutuava de costas no ar, fazendo malabarismos com vários tinteiros.

— Veja, é a namoradinha do garoto descabelado! — gargalhou Pirraça, deixando dois tinteiros caírem no chão. Os objetos se estilhaçaram e salpicaram tinta nas paredes. — Achei que ele só gostava de garotas ruivas.

— Dá um tempo, Pirraça.

— Está irritadinha? — exclamou o poltergeist, perseguindo a menina pelos corredores. — O que você acha de uma dose de tinta para alegrar o seu dia?

— Joga qualquer coisa em mim e eu vou fazer você se arrepender de ter existido algum dia — ela ameaçou, estressada.

— Você gosta de amarelo? — ele ignorou a ameaça, examinando uma bexiga amarela em sua mão. — Gerônimo!

A exclamação de Pirraça fez a lufana se precaver diante de uma possível brincadeira, ela pulou para o lado esquerdo e desviou de uma bexiga carregada de tinta amarelo-vivo. Ela suspirou de alívio por não ter sido atingida pela tinta e estirou a língua para Pirraça, o poltergeist a imitou com desdém.

Assim que conseguiu despistar a criatura inconveniente, Ellie perpassou por um lance de escadas e chegou imediatamente até a enfermaria. O lugar estava estranhamente vazio, mas assim que percebeu a presença de um estudante do castelo, a enfermeira-chefe surgiu para oferecer a ajuda necessária.

— O que aconteceu com o seu braço?

— Eu escorreguei no meio do corredor — ela franziu os lábios. O toque de Madame Pomfrey em seu braço fê-lo arder de dor. — Isso dói muito!

— Você vai ter de ficar duas semanas com o braço enfaixado e sem fazer esforços desnecessários — a enfermeira informou, séria.

— Isso significa que eu não vou precisar tomar aquelas poções com um gosto de xixi de duende? — ela forçou um sorriso.

— Eu não vou perguntar como você sabe o gosto de xixi de duende — Madame Pomfrey franziu a testa, guiando a menina até uma maca vazia. — Sente-se. Pelo contrário, você vai tomar uma poção para aliviar as dores no seu braço.

O sorriso fraco se desmanchou e uma frustração invadiu o seu rosto por completo ao ouvir as recomendações da enfermeira. A bruxa se ausentou por dois minutos em busca de um frasco nos imensos armários de vidro da enfermaria. Ela voltou com um cálice prateado com um líquido esverdeado em seu interior e estendeu para a lufana.

— Eu prefiro morrer de dor.

— Beba em apenas um gole — a mulher recomendou. — A poção vai demorar para fazer o efeito se a senhorita não tomar ela de uma vez.

— Helga me proteja dessa gosma esverdeada.

A menina de cabelos áureos levou lentamente o cálice ao encontro de seus lábios, o odor acentuado inundou as suas narinas e ela sentiu uma leve ânsia antes de engolir o líquido em apenas um gole.

— Eu me sinto morta por dentro depois de tomar essa poção.

— Não seja dramática como os seus amigos — a mulher abafou uma risada, enquanto terminava de enfaixar o braço machucado da lufana. — Está pronto. Não se esqueça de não fazer esforços desnecessários.

— Tudo bem — a garota se levantou com calma da cama. — Eu já posso ir embora ou a senhora vai me envenenar com outra gosma nojenta que costumam chamar de poção?

— Pare imediatamente de andar com aqueles quatro garotos da Grifinória — a enfermeira revirou os olhos. — Você está atingindo o nível máximo de drama.

— Não mesmo — riu. — Eu não vou parar de andar com eles.

— Eu desejo uma boa sorte e uma dose diária de paciência — Madame Pomfrey guiou a menina até a porta da enfermaria.

A garota da Lufa-lufa checou o seu relógio. Como já estava no horário do almoço no castelo, ela caminhou em direção ao saguão e encontrou um Salão Principal apinhado de estudantes famintos nas mesas de suas respectivas casas.

Ela andou até a mesa da Grifinória. Por mais que não fosse a mesa de sua legítima casa, a menina precisava se juntar aos quatro garotos para contar sobre o acontecimento nos corredores.

— Qual é o seu método de estudos? — Sirius perguntou. — Eu preciso de um método eficiente.

— Café e lágrimas — Remus respondeu sem desgrudar os olhos da comida em seu prato.

— Eu vou conseguir uma boa nota com esse método?

— Talvez — Remus deu de ombros. — O máximo que eu consegui foi uma noite sem sono, um olho inchado e um ataque de ansiedade.

— É melhor não estudar e esperar que alguma força do além faça a gente tirar uma boa nota — James caçoou.

— Boa tarde — a garota cumprimentou, interrompendo a conversa sobre os estudos e os exames finais.

— Boa tarde.

Eles responderam em uníssono. Quando a menina se sentou ao lado de James na mesa, os olhares dos quatro garotos expressaram preocupação ao mesmo tempo em que fizeram contato facial com a lufana.

— O que aconteceu com você? — James arqueou a sobrancelha.

— Você está bem?

— É claro que ela não está bem.

— Ela está com um sorriso no rosto.

— Corrigindo, ela está com um sorriso nervoso e desesperado no rosto — Remus disse, encarando a irmã mais nova.

— Muito obrigada — ela suspirou e se juntou aos meninos na mesa. — Alguém me passa um prato de batatas?

— Algum bicho mordeu você? — Peter perguntou, receoso.

— Não, mas em compensação, o meu dia mal começou e já fui atingida por um feitiço no meio dos corredores e o Pirraça quase me encharcou com uma bexiga de tinta amarela — ela abriu um sorriso visivelmente falso. — E como vocês podem ver, eu machuquei o meu braço.

— Muita informação em uma frase — James encarou a namorada. — Quem te atingiu com um feitiço? Eu vou matar o Pirraça. O seu braço está doendo muito?

— Muita informação em uma frase — ela repetiu as palavras do namorado. — Eu não sei quem me atingiu com um feitiço. Foi tudo muito rápido.

— Você avisou alguém? — Remus perguntou, preocupado.

— Sim — ela respondeu, enquanto abocanhava uma batata. — A professora McGonagall ficou sabendo na mesma hora. Ela me garantiu que a pessoa vai ser punida em breve, mas não coloco muitas expectativas.

— Eu acho que ela vai conseguir descobrir a identidade da pessoa — Sirius palpitou. — Sem demora.

— Eu espero que você esteja certo — ela suspirou.

As conversas dos estudantes sentados às mesas foram brevemente interrompidas pela entrada de uma coruja pequena e desajeitada no Salão Principal. O animal piava enquanto se desvencilhava das cabeças das crianças e dos adolescentes presentes para o almoço.

— Alguém se atrasou na entrega — Sirius brincou. — Por que ela está vindo na nossa direção?

A coruja pousou ao lado de um cálice com suco de abóbora, causando a maior sujeira ao espalhar o líquido na mesa. Ela deixou o pergaminho em frente ao prato de comida da lufana e mordiscou a sua mão.

— Hoje é o dia oficial de me machucar? — ela exclamou, irritada. — Alguém pode abrir para mim?

O garoto de óculos apanhou o pergaminho levemente sujo com resquícios de suco de abóbora e abriu com cuidado. O papel era curto, mas a pequena mensagem transcrita em letras legíveis dizia mais do que um milhão de palavras.

— As coisas irão piorar se descobrirem a verdade — James leu, apreensivo. — E o feitiço não fará apenas cócegas, ele causará mortes.

A simples menção daquela última palavra no pergaminho foi suficiente para que um soco invisível colidisse com o seu estômago e o coração arfasse em seu peito.

Aquela pessoa não era capacitada apenas de realizar armadilhas, espalhar boatos ou praticar ameaças vazias. Ela estava disposta a provocar a morte de outra pessoa. A morte era um ferimento que remoeria a lufana internamente por não existir uma maneira de reverter a drástica situação.

E aquilo era o que a garota da Lufa-lufa mais temia ultimamente em sua vida.

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