FALLING - JAMES POTTER

By gifwrnandes

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De volta para o castelo mágico da Grã-Bretanha para um novo ano letivo, uma jovem estudante da Lufa-lufa é su... More

FALLING
CAPÍTULO UM
CAPÍTULO DOIS
CAPÍTULO TRÊS
CAPÍTULO QUATRO
CAPÍTULO CINCO
CAPÍTULO SEIS
CAPÍTULO SETE
CAPÍTULO OITO
CAPÍTULO NOVE
CAPÍTULO DEZ
CAPÍTULO ONZE
CAPÍTULO DOZE
CAPÍTULO TREZE
CAPÍTULO QUATORZE
CAPÍTULO QUINZE
CAPÍTULO DEZESSEIS
CAPÍTULO DEZESSETE
CAPÍTULO DEZOITO
CAPÍTULO DEZENOVE
CAPÍTULO VINTE
CAPÍTULO VINTE E UM
CAPÍTULO VINTE E DOIS
CAPÍTULO VINTE E TRÊS
CAPÍTULO VINTE E QUATRO
CAPÍTULO VINTE E CINCO
CAPÍTULO VINTE E SEIS
CAPÍTULO VINTE E SETE
CAPÍTULO VINTE E OITO
CAPÍTULO VINTE E NOVE
CAPÍTULO TRINTA
CAPÍTULO TRINTA E UM
CAPÍTULO TRINTA E DOIS
CAPÍTULO TRINTA E TRÊS
CAPÍTULO TRINTA E QUATRO
CAPÍTULO TRINTA E SEIS
CAPÍTULO TRINTA E SETE
CAPÍTULO TRINTA E OITO
CAPÍTULO TRINTA E NOVE
CAPÍTULO QUARENTA
CAPÍTULO QUARENTA E UM

CAPÍTULO TRINTA E CINCO

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By gifwrnandes

As ondas álgidas da brisa daquela manhã de inverno beijavam o rosto e esvoaçavam os claros fios de cabelo da lufana. Quando sentiu o vento permeando sobre as suas bochechas rosadas pelo frio, a menina estremeceu e um suspiro frígido escapuliu de seus lábios.

Naquela manhã, a garota encontrava-se sentada debaixo de uma árvore em frente ao Lago Negro, vestindo os seus trajes unicamente para climas frios e estudando para os próximos testes do sexto ano. A apreensão e a ansiedade viviam consumindo os seus dias, assim como o medo de não alcançar bons resultados no fim do ano.

Em busca de afastar essas sensações, a jovem decidiu estudar para os exames finais todos os dias, sem exceção. Ela adorava ler e fazer as suas anotações ao ar livre, sentia-se mais confortável e menos sufocada como em uma biblioteca cheia de estudantes. O clima nos arredores do castelo contribuía para que ela absorvesse o conteúdo de maneira mais eficiente.

Enquanto virava mais uma página do seu livro de Feitiços, ela escutou o barulho de folhas secas sendo suavemente esmagadas sobre a grama, mas não se importou o suficiente para ser uma distração. Porém, o som se repetiu e os seus sentidos informavam que ele estava ficando cada vez mais próximo da extensa árvore.

— Juro por todas as criaturas mágicas desse mundo que se for você me perturbando, James, eu não penso duas vezes em jogar você nesse lago — sussurrou, fechando os olhos.

— Eu não sou o James, mas não me joga no lago — disse uma voz trêmula atrás da menina. Ela se virou e deparou com Peter Pettigrew carregando livros em seus braços. O garoto parecia desorientado e aflito. — Está muito frio hoje. Por favor.

— Oi, Peter — o humor da menina mudou repentinamente. — O que faz aqui?

— Oi — ele deu um sorriso fraco. — Não vai me jogar no lago? — perguntou, ainda nervoso.

— Não, você não é James me atrapalhando na hora de estudar — ela riu ao ouvir Peter suspirando de alívio.

— Ainda bem — disse o garoto. Em seguida, ele indicou com um aceno da cabeça os livros que carregava com dificuldade. — Posso me sentar aqui com você?

— Claro.

A garota moveu um pouco o próprio corpo em busca de garantir um espaço para ele se sentar ao seu lado embaixo da árvore. Quando o jovem da Grifinória se acomodou sobre a grama, ela visualizou um misto de emoções e sentimentos expressos em seu rosto. Apesar de estar nitidamente aflito e confuso, Peter também parecia um pouco cabisbaixo.

— O que aconteceu com você? — ela perguntou, a preocupação evidente no tom de suas palavras.

— Comigo? — ele gaguejou. — Como assim?

— Você parece estar triste.

— Não é nada — Peter hesitou. Diante da expressão de insistência da lufana, ele não viu uma outra opção a não ser contar sobre o que lhe afetava no momento. — Você promete não rir de mim?

— Por que eu ia rir de você? — ela ironizou.

— Acabou de rir.

— Foi sem querer — ela colocou a mão sobre a boca. — Pode ficar à vontade para me contar o que você quiser.

Ele respirou fundo em busca de coragem.

Via-se perdidamente apaixonado por uma jovem de cabelos ondulados e amarronzados da Corvinal. O amor era uma sensação nova em sua vida, nunca havia amado alguém genuinamente como estava acontecendo nos últimos tempos. O único problema era que o amor havia invadido a sua vida em conjunto com a insegurança de não ser correspondido da mesma forma pela menina.

— Você sabe bem como é a sensação de estar gostando de alguém — Peter desviou a atenção para a água escura do lago. As suas bochechas coraram com a própria frase. — Eu não sei se estou gostando mesmo de uma pessoa e tenho medo de que não seja recíproco.

— Jasmine?

— Sim — ele deu um sorriso genuíno.

— Nós somos amigas, mas não posso falar por ela — disse Ellie, travando os pés sobre as folhas ressecadas no chão. — Você deveria falar para ela sobre os seus sentimentos.

— E se ela rir de mim? — disse Peter com a voz carregada de nervosismo. — E se ela me desprezar na frente de todo mundo? Eu nunca mais iria aparecer nos corredores de tanta vergonha.

— O que é melhor? — ela encarou o amigo ao seu lado. — Remoer esses sentimentos e ficar mal ou contar a verdade para ela e se livrar dessa angústia de uma vez?

Ele mordeu o lábio inferior, pensativo e preso aos próprios devaneios.

— A primeira opção — ele arriscou, tímido.

— Claro que não! — ela exclamou, indignada.

— Desculpa! — Peter se assustou com a exclamação repentina da menina. — Eu sou novo com essas coisas. É difícil para mim.

— Eu entendo você — ela fechou o livro ainda aberto em cima de suas pernas. — Eu demorei para admitir que estava sentindo algo por James que não fosse raiva.

O jovem da Grifinória deu uma risada contagiante com as palavras da lufana.

— A melhor opção é conversar com Jasmine.

— Eu não faço a menor ideia de como chamar alguma garota para conversar — Peter colocou uma expressão desanimada no rosto. — Eu sou um fracasso.

— Você não é um fracasso — ela revirou os olhos. — Por que não chama a Jasmine para um encontro? Nós ainda temos um fim de semana no vilarejo antes do Natal e do Ano Novo.

— Eu tenho vontade de me enfiar em um buraco apenas de pensar em chamar alguém para um encontro — ele cobriu o rosto com as mãos, envergonhado.

— Sirius pode ajudar você — Ellie abriu um sorriso radiante no canto de seus lábios. — Ele é bom em arranjar encontros.

— Alguém me chamou?

A lufana cerrou instantaneamente os olhos com a exclamação.

— O que você falou? — ela perguntou, colocando a mão em cima da orelha. — Eu acabo de ficar surda.

— Eu nem falei alto — Sirius revirou os olhos.

— Apenas alto suficiente para alguém nas Masmorras ouvir — Remus esbarrou de leve em Sirius como uma provocação.

— O que vocês estão fazendo? — James surpreendeu a namorada, apoiando a sua cabeça em seu ombro.

— Hoje é dia de me deixar surda — ela empurrou levemente o garoto para o lado. — Nós estamos conversando sobre Peter e a sua vida amorosa.

O namorado da garota de cabelos áureos deitou a cabeça sobre as suas pernas. A  lufana enroscou os dedos da mão direita nos fios bagunçados de James, acariciando os mesmos, e ele abriu um sorriso apaixonado no canto de seus lábios.

— Eles crescem rápido — Sirius disse, forçando uma voz trêmula de choro. — Que orgulho de você, Rabicho.

— Por que ainda não chamou a Jasmine para um encontro? — Remus questionou, cruzando os braços.

— Por medo — Peter gaguejou.

— Por que ainda não me chamou para um encontro? — Sirius encarou o garoto com os olhos semicerrados.

— Nós já tivemos um encontro e você quase colocou fogo no meu cabelo. Eu não vou chamar de novo.

— Aquilo não foi um encontro — Sirius retrucou. — Em minha defesa, o fogo no cabelo foi parte de um feitiço que você me mandou fazer enquanto a gente estudava nesse encontro falsificado.

— Quem estuda em um encontro? — James franziu as sobrancelhas.

— Uma espécie muito rara chamada lupus stranhus — Sirius caçoou. — Mais conhecido como Remus Lupin, o meu namorado.

Um choque súbito preencheu a conversa entre os cinco estudantes reunidos em frente ao Lago Negro.

— Namorado? — a menina exclamou com um tom eminente de animação. — Vocês estão namorando e não me contaram?

— Eu achei que o fofoqueiro do seu namorado já tinha contado para você — Sirius apontou para James com o dedo indicador.

O garoto de cabelos despenteados arregalou os olhos com a insinuação do melhor amigo.

— Quem disse que eu sou fofoqueiro? — James esbravejou.

— Eu — Sirius deu de ombros. — Depois de muito tempo com Remus insistindo em um namoro, eu resolvi dar uma chance e aceitar o pedido.

— Foi você quem pediu — Remus disse, interrompendo o discurso contraditório do namorado.

— Estraga-prazeres — Sirius estirou a língua. — Como você pretende chamar a menina para um encontro?

— Faça perguntas mais fáceis.

— Como você está nesse dia frio, Rabicho?

— Eu disse perguntas mais fáceis, não perguntas mais difíceis — ele ironizou. — É melhor não convidar ela para um encontro. Eu não quero passar vergonha e me lembrar disso pelo resto da minha vida.

— Rabicho — Remus apoiou a mão no ombro do menino. — Você está se subestimando. Jasmine é uma pessoa adorável, ela nunca seria rude com você por convidar ela para um encontro.

— Você já tem a negação — disse James, enquanto brincava com uma mecha do cabelo da namorada. — Agora pode ir atrás da humilhação.

— Você não está ajudando nem um pouco — a lufana encarou James com um olhar de reprovação. — Eu tenho certeza de que ela vai adorar sair com você, Peter. Conheço a Jasmine.

— Merlim ouça você.

Diante das palavras da lufana, o garoto deixou a motivação e o alívio invadirem o seu organismo. Por mais que o receio da rejeição consumisse o seu coração e fizesse o seu estômago revirar dentro de seu corpo, ele encontrava-se determinado a chamar Jasmine para um encontro no vilarejo bruxo.

— Eu tenho aula de Transfiguração em dez minutos — disse Ellie, conferindo o relógio em seu pulso. Ela tentou se desvencilhar do namorado em seu colo, mas James se negou a levantar dali. — James Fleamont Potter.

— Tudo bem — ele se levantou. Um suspiro triste escapuliu de sua boca. — O carinho estava ótimo.

— Não faça chantagem emocional — a menina se levantou da grama e apanhou todos os seus pertences, colocando-os na mochila de ombro. — Você sabe que não funciona nem um pouco comigo.

A garota se despediu do namorado com um beijo rápido, porém caloroso suficiente para causar arrepios em sua espinha. Ela acenou para os outros garotos e caminhou em direção a sala de aula de Transfiguração, a aula seria compartilhada entre os estudantes da Lufa-lufa e Corvinal.

O caminho até a sala de aula era rápido e longe de ser exaustivo. Quando virou a esquina do primeiro corredor ao entrar no saguão do castelo, a lufana estranhou a ausência de estudantes que sempre se apinhavam nos corredores. Um corredor naquela situação era descomunal.

Nada.

Ninguém.

Nem mesmo os fantasmas das casas rondavam aquele corredor.

A garota ajeitou a mochila em seus ombros e continuou a andar pelos corredores com a mínima atenção. Os seus sentidos se aguçaram ao ouvir um estalo atrás do seu corpo, fazendo a menina se virar em um súbito, ao mesmo tempo em que preparou a sua varinha.

Nada.

A velocidade de seus passos se intensificaram, assim como os seus batimentos cardíacos. A apreensão e a aflição a distraíram por um minuto e a menina se viu diante do caminho errado para a sala de aula.

Ela parou a sua caminhada e olhou para os dois lados.

Sem nem mesmo conseguir esboçar uma reação, a garota desabou ao chão, um feitiço excruciante havia atingido as costas dela em cheio e com força.

— Que droga!

Ela rastejou pelo chão de joelhos, não conseguindo se manter sobre os próprios pés, e se virou para encarar quem havia a acertado de forma covarde. A sua visão embaçou e a garota não viu nada além de uma sombra no fundo dos corredores.

Quando observou a sombra turva andando em sua direção com os passos lentos, a lufana arrastou a mão pelo chão em busca da varinha caída. Ela alcançou e preparou a varinha em suas mãos, enquanto procurava focar a sua visão e se levantar do chão frio.

— Expelliarmus! — ela exclamou, girando a varinha com pouca destreza e muita dificuldade.

A sineta tocou e o som rígido invadiu os corredores. A sombra desapareceu do campo de visão da garota da Lufa-lufa e ela sentiu o ódio inundando completamente o seu organismo, deixando-a com o rosto avermelhado e as veias saltadas no pescoço.

A jovem apoiou a mão esquerda em uma das grandes paredes no meio do corredor e esfregou a mão direita em seus olhos, recuperando a visão anteriormente turva e desfocada.

— Senhorita Lupin — ela ouviu uma voz rigorosa e reconheceu a professora de Transfiguração caminhando em passos rápidos até a sua aluna. O tom de preocupação em sua voz e o receio em seus olhos estavam nítidos. — Por Merlim. O que houve?

— Alguém me atacou.

Por mais que a dor execrável causada pelo feitiço inundasse cada canto do seu corpo, a decepção de não ter reconhecido a pessoa responsável por aquele momento de tensão conseguia o maior destaque em seu organismo. A fúria e a decepção conseguiam se sobressair diante de qualquer dor física.

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