FALLING - JAMES POTTER

By gifwrnandes

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De volta para o castelo mágico da Grã-Bretanha para um novo ano letivo, uma jovem estudante da Lufa-lufa é su... More

FALLING
CAPÍTULO UM
CAPÍTULO DOIS
CAPÍTULO TRÊS
CAPÍTULO QUATRO
CAPÍTULO CINCO
CAPÍTULO SEIS
CAPÍTULO SETE
CAPÍTULO OITO
CAPÍTULO NOVE
CAPÍTULO DEZ
CAPÍTULO ONZE
CAPÍTULO DOZE
CAPÍTULO TREZE
CAPÍTULO QUATORZE
CAPÍTULO QUINZE
CAPÍTULO DEZESSEIS
CAPÍTULO DEZESSETE
CAPÍTULO DEZOITO
CAPÍTULO DEZENOVE
CAPÍTULO VINTE
CAPÍTULO VINTE E UM
CAPÍTULO VINTE E DOIS
CAPÍTULO VINTE E TRÊS
CAPÍTULO VINTE E QUATRO
CAPÍTULO VINTE E CINCO
CAPÍTULO VINTE E SEIS
CAPÍTULO VINTE E SETE
CAPÍTULO VINTE E OITO
CAPÍTULO VINTE E NOVE
CAPÍTULO TRINTA
CAPÍTULO TRINTA E UM
CAPÍTULO TRINTA E DOIS
CAPÍTULO TRINTA E TRÊS
CAPÍTULO TRINTA E CINCO
CAPÍTULO TRINTA E SEIS
CAPÍTULO TRINTA E SETE
CAPÍTULO TRINTA E OITO
CAPÍTULO TRINTA E NOVE
CAPÍTULO QUARENTA
CAPÍTULO QUARENTA E UM

CAPÍTULO TRINTA E QUATRO

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By gifwrnandes

Sentados nas vastas escadarias de mármore, que levavam diretamente para a grande porta do Salão Principal, os quatro garotos da Grifinória, conhecidos como os Marotos, estavam alheios e usufruíam do tempo livre entre as aulas diárias. Peter e Remus estavam terminando uma tarefa de Feitiços, enquanto Sirius lia um pergaminho amassado e James observava o movimento no saguão.

— O que é isso? — James perguntou, esquivando-se ao lado de Sirius para conseguir ler a carta em suas mãos.

— Uma carta da senhora desprovida de sanidade mental — Sirius deu uma risada fraca, enquanto James franziu o cenho, confuso. — A minha mãe.

— O que ela quer com você? — ele perguntou, desdenhoso.

— Eu não faço a mínima ideia — Sirius deu de ombros e fez uma bolinha com a carta, amassando-a por completo. — Pensa rápido.

Com agilidade em acompanhar o arremesso do amigo, o garoto de cabelos levemente despenteados apanhou a pequena bola amassada de pergaminho na mão direita.

— Se livre disso — Sirius resmungou.

— Tudo bem — James ironizou e ameaçou colocar o papel amassado dentro da boca, fazendo o melhor amigo dar um riso fraco. — Nem o lixo quer essa carta.

— Eu não li o que ela escreveu na carta — Sirius admitiu.

— Fez bem — James colocou a mão sobre o ombro do garoto de cabelos longos. — É só contar para a minha mãe se ela deixar você mal. Euphemia Potter vai à caça.

Desde o dia em que Sirius decidiu fugir da residência ancestral no Largo Grimmauld, número doze, ele morava com James e a sua família. Considerava-os como a sua família adotiva. Euphemia Potter era como uma mãe que ele nunca havia tido a chance de ter em sua vida, uma mãe carinhosa e acolhedora.

Sirius respirava aliviado somente de lembrar que Euphemia havia lhe garantido uma proteção máxima contra os atos de reprovação de sua mãe.

— Seria engraçado ver a sua mãe brigando com ela — Sirius mordeu o lábio, pensativo. Ele arregalou os olhos. — Por Merlim.

— O que aconteceu? — Remus perguntou sem desgrudar os olhos da tarefa em seu colo.

— Não é hoje o aniversário da sua irmã? — ele perguntou. — A gente ainda não começou a arrumar as coisas para a festa.

— Claro que não — disse Remus, ressaltando obviedade. — Nós ainda não acabamos de ter aula.

— Você disse que a gente iria faltar hoje — James lembrou.

— Eu não disse nada — Remus franziu o cenho. Ele ergueu a cabeça e notou que James e Sirius se entreolharam com os olhos repletos de confusão. — Sirius mentiu para você.

— Eu não fiz nada! — o garoto protestou, erguendo as mãos no ar em sinal de rendição. — Só disse que você talvez deixaria a gente faltar nas aulas para arrumar a festa.

— Eu acho que não vai dar tempo de arrumar todas as coisas depois do término das aulas — James palpitou.

— Não vai mesmo — Peter concordou com o amigo, enquanto escrevia no seu caderno de Feitiços. — Sem contar que a chance de ela descobrir é mil vezes maior.

Remus aspirou o ar pela boca, evidenciando a sua impaciência com a sugestão de não comparecer às aulas do dia. Apesar de saber das consequências dessas faltas, ele cedeu contra a própria vontade e assentiu com a cabeça, fazendo Sirius, Peter e James sorrirem, vitoriosos.

— Alguém precisa distrair ela durante esse tempo — Remus fechou o livro em suas mãos e guardou em sua mochila. — Você vai fazer isso, James.

— Por quê? — ele franziu uma sobrancelha.

— Porque você é o namorado dela — Sirius respondeu.

— Eu não consigo enxergar nenhuma relação entre as duas coisas.

— Você é burro? — Sirius cruzou os braços.

— Um pouco — ele deu de ombros.

— James — Remus chamou a sua atenção. — Ela não vai desconfiar se você mantiver ela ocupada com outras coisas durante o dia. É por esse motivo.

— E como eu faço isso?

— Eu ia dar uma sugestão, mas é melhor ficar quieto — Sirius riu e recebeu um olhar de reprovação de Remus. — Eu não vou pegar fogo se você me olhar desse jeito.

— Apenas distraía do seu jeito — disse Remus, breve.

— Tudo bem — ele levantou-se da escada. — Dizer faça do seu jeito para mim é uma péssima ideia. De qualquer maneira, se der ruim, a culpa não vai cair sobre mim.

— Não vai dar ruim — Peter incentivou James.

— Não mesmo — Sirius sorriu, animado. — Vai dar muito certo.

— O que vai dar muito certo?

Uma voz feminina carregada de curiosidade preencheu os ouvidos dos quatro garotos da Grifinória e eles congelaram por um minuto ao ver a lufana sobre quem eles estavam conversando há alguns minutos. Ela franziu a testa, revelando confusão, enquanto os adolescentes permaneciam em silêncio.

— Eu não falei com as paredes — ela ressaltou, abafando um riso carregada de sarcasmo. — O que vocês estão aprontando agora?

— Aprontando? — James riu, nervosamente. — A gente só estava conversando sobre como a aniversariante de hoje é uma pessoa muito especial.

— Obrigada — Ellie estranhou o nervosismo do namorado. — Eu até havia esquecido que hoje era o meu aniversário.

— Quem esquece o próprio aniversário? — Peter questionou, indignado.

Para a jovem da Lufa-lufa, era estranhamente típico se esquecer do próprio aniversário, afinal, era apenas uma data em que as pessoas conseguiam a traumatizar de vergonha. Em todos eles, a lufana arranjava alguma maneira de se livrar da atenção alheia, mas nunca funcionava à risca.

Ela passou a não se importar com os aniversários na infância, especificamente a partir dos oito anos de idade, quando passou a alimentar um trauma aparentemente fútil em cima deles, algo que somente a jovem conseguia explicar.

O único problema era que ninguém levava a sua explicação a sério e sempre acabavam comemorando mais uma primavera em sua vida.

— Eu só não me importo com aniversários tanto quanto as outras pessoas — ela deu de ombros. — Vocês não vão me contar o que andaram aprontando mesmo?

— Não — eles responderam em uníssono.

Os quatro adolescentes se entreolharam, receosos.

— Não vamos contar nada, porque não estamos aprontando nada — Remus safou a pele deles. — Eu posso garantir para você.

A garota manteve o ar de desconfiança em sua expressão facial, mas deu de ombros quanto às palavras do irmão mais velho. De qualquer modo, eles não contariam se estivessem, de fato, armando alguma brincadeira ou baderna pelos corredores do castelo.

— Sabe de uma coisa, raio de sol? — James andou até a namorada e envolveu o braço entre os ombro dela. — O que você acha de aproveitar esse dia maravilhoso ao lado do seu namorado?

— Eu estou um pouco ocupada.

— Com o quê?

— Aulas — disse ela, como se fosse óbvio. — O que você também deve ter daqui há alguns minutos.

— Um dia sem aparecer nas aulas não vai matar ninguém — ele arriscou um olhar de súplica. — Vivo faltando e estou vivo até hoje.

— Vivo, mas cheio de detenções e professores irritados com você — a menina deu um sorriso sarcástico. — Eu passo, James.

— Por favor — ele insistiu.

— Não.

— Tudo bem. Eu vou usar a melhor tática — James revirou os olhos. — Eu levo você para a cozinha e podemos pegar a quantidade de comida que você quiser.

A garota escondeu um sorriso de interesse no canto de seus lábios.

— Vantajoso.

— O que você me diz?

— Tudo bem — ela suspirou. — Eu espero que eu não me arrependa disso.

— Bom passeio — Sirius acenou e sorriu para o casal de namorados.

Eles deram as mãos e entrelaçaram os seus dedos, enquanto andavam juntos até a escadaria que levava ao Porão da Lufa-lufa, e consequentemente até a cozinha que ficava próxima da sala comunal dos lufanos. Quando chegaram ao corredor certo, os dois jovens encontraram um quadro com a pintura de uma taça de frutas.

— Eu faço isso.

A garota se pôs em frente ao quadro da fruteira, esticou o dedo indicador e fez cócegas na enorme pera verde. A fruta começou a se contorcer e rir, e de repente, transformou-se em uma grande maçaneta verde. Assim que abriu a porta, depararam-se com um grupo de elfos domésticos cozinhando e organizando o lugar.

Como de costume, o cheiro da comida era inigualável e maravilhoso, qualquer um que inalasse o vapor resultante das comidas ficaria deslumbrado e com fome no mesmo minuto em que o cheiro impregnasse em suas narinas.

— Ouviu esse barulho? — James perguntou. — É o meu estômago roncando.

— Idiota — a menina riu.

Muitos elfos domésticos que os cercavam se aproximaram, oferecendo lanches, tortas, bolinhos, doces e cervejas amanteigadas para os dois jovens levarem. A lufana sempre aparecia na cozinha com Agatha ou Joana para apanhar alguns aperitivos, ou seja, os elfos a conheciam de longa data.

— Muito obrigada!

— Tem como me dar mais uma dessas? — James inclinou a cabeça para uma torta de abóbora. — É muito boa e vocês sabem como é a fome.

— James — Ellie chamou a atenção do namorado. — Você já tem cinco tortinhas de abóbora. Ele não precisa de mais nada. Muito obrigada — ela disse, assim que viu os elfos obedecendo ao garoto da Grifinória.

— Cinco é pouco.

As exclamações do garoto não se cessaram após saírem da cozinha. Durante o caminho aleatório que faziam pelos corredores do castelo, ele não parou um segundo de comentar sobre ter quase ganhado mais tortas dos elfos domésticos.

— Quer parar de reclamar de barriga cheia?

— A minha barriga não está cheia.

— De mão cheia — Ellie mudou a frase, enquanto subia as escadas movediças. — Para onde nós vamos?

— Você escolhe.

— A sua sala comunal está mais perto - ela deu de ombros. — Podemos comer e ficar por lá.

Eles rumaram para a sala comunal da Grifinória. Quando chegaram à frente da pintura da Mulher Gorda, James falou uma das senhas mais estranhas que a lufana já havia ouvido em todo o castelo e a passagem foi liberada para a entrada. Juntos, eles subiram as escadas até o dormitório masculino.

— Isso aqui é muito bom — murmurou Ellie, referindo-se ao bolinho de chocolate. — Parece que não foi ruim ter aceitado a sua proposta.

— Interesseira — James zombou. — Se não fosse pela comida, você nem estaria aqui comigo.

— Não seja bobo — ela sorriu, timidamente. — Gosto quando você me faz companhia, a comida é um bônus.

Ele deu um sorriso genuíno e os seus olhos azuis vívidos brilharam intensamente ao encarar a namorada.

— É engraçado quando você me olha desse jeito — ela riu. As suas bochechas se coloriram de rosa.

— De qual jeito?

— Você sabe — a menina ajeitou o cabelo áureo atrás da orelha. — Sorrindo como um bobo.

— Como eu posso olhar para você e não sorrir como um bobo? — James questionou, um tanto encabulado. — É impossível.

A lufana abriu um sorriso com a declaração. Ela se ajeitou na cama do namorado e encostou a cabeça sobre ombro dele, delicadamente. O garoto levou as mãos até os fios claros do cabelo da menina e começou a acariciá-los.

— James — Ellie chamou a sua atenção. — Qual foi a coisa mais estranha que você já fez na vida?

— Por que está me perguntando isso? — ele abafou uma risada fraca.

— É como um jogo.

— Que pergunta difícil — James olhou para o teto, pensativo. — Por Merlim, você vai me achar idiota se eu contar essa história.

— Não me deixa curiosa.

— Eu já cortei o cabelo do meu pai enquanto ele dormia. Eu fiquei bravo porque ele cortou o meu cabelo e resolvi fazer o trabalho do carma.

A garota riu, descontroladamente.

— Bom, deve ter funcionado — James deu de ombros, rindo. — Ele nunca mais cortou o meu cabelo.

— Que criança terrível — ela comentou.

— Crianças fazem besteiras assim — James encarou a namorada. — Agora me conta a coisa mais estranha que você já fez na vida.

— Eu juro que não sou mais idiota daquela maneira — Ellie assegurou antes de contar a história. — Eu já comi uma minhoca do jardim achando que elas eram como aquelas balas trouxas.

— Aquelas em formato de minhoca? — ele arregalou os olhos. — Se eu soubesse disso, eu nunca teria beijado você — James caçoou, rindo.

— Foi nojento e a minha mãe quase me matou quando descobriu que eu tinha feito aquilo, mas eu só tinha quatro anos.

Os dois jovens continuaram com as conversas aleatórias, compartilhando experiências em suas vidas, sem reparar no tempo passando rapidamente no relógio. Quando James olhou o relógio em seu pulso, o garoto viu que estava chegando o horário combinado da festa de aniversário na Sala Precisa.

— Eu quero te levar em um lugar agora — James se levantou da cama e estendeu a sua mão. A menina estranhou de início. — Para terminar o dia.

Ela segurou em sua mão direita e eles desceram as escadas até a saída do salão comunal da Grifinória. Passaram pela passagem secreta do quadro da Mulher Gorda e seguiram pelas escadas movediças até o sétimo andar do castelo.

No corredor esquerdo, os dois jovens pararam diante de uma parede aparentemente caracterizada como qualquer outra do castelo. Quando a menina abriu a boca para questionar James sobre o lugar que estavam tentando encontrar, ela foi surpreendida por uma porta aparecendo lentamente em sua frente naquela parede.

Era uma porta muito lustrosa e curiosa. James correu a mão até a maçaneta de latão, soltando a mão da namorada, mas antes de abrir a porta grande em sua frente, ele fez um pedido.

— Fecha os olhos.

— Eu não vou fechar os meus olhos — Ellie franziu o cenho, confusa. — Por que eu preciso fechar os meus olhos?

— É uma surpresa — James insistiu. — Eu não posso contar o motivo. Apenas fecha os olhos por um minuto.

A jovem hesitou, mas fechou os olhos com desconfiança. Ela ouviu a porta sendo aberta pelo namorado e as suas mãos gélidas foram posicionadas sobre os seus ombros, guiando-a até a entrada daquele lugar misterioso.

— Se isso for uma brincadeira sem graça, eu juro por todas as criaturas mágicas desse mundo que você vai levar um soco, James Potter — a lufana murmurou, nervosa.

— Obrigado pela parte que não me toca de maneira alguma — ele riu. — Pode abrir os olhos.

— Esteja avisado que se for algo ruim, eu vou xingar até as suas próximas gerações.

Ela abriu os olhos, preparando-se para os xingamentos que sairiam de sua boca, caso estivesse a enfrentar alguma brincadeira do namorado. Ao contrário do que havia imaginado, a garota se surpreendeu com todos os seus amigos reunidos naquela sala espaçosa.

— Surpresa!

— Feliz aniversário!

A primeira reação da menina foi dar um sorriso envergonhado, em seguida, ela correu para abraçar Agatha, Liam, Sirius, Joana, Peter, Remus e Jasmine, reunidos na Sala Precisa para comemorar o seu aniversário.

— Um brinde para a pessoa que conseguiu desencalhar James Potter — Sirius ergueu uma garrafa de cerveja amanteigada.

— Um brinde a sua idiotice — James caçoou.

Aquela noite de comemoração havia influenciado o conceito da lufana em relação aos aniversários. Estar ali com aquelas pessoas era um momento único e simbólico, todas elas faziam os seus dias unicamente especiais de uma maneira diferente.

Quando o clima festivo foi preenchido por uma onda de exaustão, todos os adolescentes decidiram fazer o caminho de volta para as suas salas comunais. Amanhã, sem dúvidas, seria um dia complicado para acordar de manhã.

A lufana e o seu namorado foram os últimos a saírem da Sala Precisa, e enquanto caminhavam pelos corredores aparentemente vazios, eles não tinham a mínima ideia de que estavam sendo observados passo a passo por alguém.

Alguém que já havia causado muitas confusões em suas vidas, e não pretendia parar tão cedo ao menos que alcançasse o seu objetivo ambicioso contra a garota.

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