FALLING - JAMES POTTER

By gifwrnandes

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De volta para o castelo mágico da Grã-Bretanha para um novo ano letivo, uma jovem estudante da Lufa-lufa é su... More

FALLING
CAPÍTULO UM
CAPÍTULO DOIS
CAPÍTULO TRÊS
CAPÍTULO QUATRO
CAPÍTULO CINCO
CAPÍTULO SEIS
CAPÍTULO SETE
CAPÍTULO OITO
CAPÍTULO NOVE
CAPÍTULO DEZ
CAPÍTULO ONZE
CAPÍTULO DOZE
CAPÍTULO TREZE
CAPÍTULO QUATORZE
CAPÍTULO QUINZE
CAPÍTULO DEZESSEIS
CAPÍTULO DEZESSETE
CAPÍTULO DEZOITO
CAPÍTULO DEZENOVE
CAPÍTULO VINTE
CAPÍTULO VINTE E UM
CAPÍTULO VINTE E DOIS
CAPÍTULO VINTE E TRÊS
CAPÍTULO VINTE E QUATRO
CAPÍTULO VINTE E CINCO
CAPÍTULO VINTE E SEIS
CAPÍTULO VINTE E SETE
CAPÍTULO VINTE E OITO
CAPÍTULO VINTE E NOVE
CAPÍTULO TRINTA
CAPÍTULO TRINTA E DOIS
CAPÍTULO TRINTA E TRÊS
CAPÍTULO TRINTA E QUATRO
CAPÍTULO TRINTA E CINCO
CAPÍTULO TRINTA E SEIS
CAPÍTULO TRINTA E SETE
CAPÍTULO TRINTA E OITO
CAPÍTULO TRINTA E NOVE
CAPÍTULO QUARENTA
CAPÍTULO QUARENTA E UM

CAPÍTULO TRINTA E UM

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By gifwrnandes

O chilrear harmônico dos pássaros e a poeira suave da luz solar foram as duas primeiras coisas que o cérebro da jovem lufana conseguiu registrar na manhã seguinte à festa no salão comunal da Grifinória. Quando a realidade se instalou em seus sentidos, a manhã deixou de ser aparentemente normal.

Uma dor excruciante preencheu a cabeça da menina e ela se sentou na cama, apoiando as mãos sobre os cobertores e as almofadas. Ainda era cedo e não havia ninguém acordado no dormitório que compartilhava com as suas colegas de casa, ainda mais com o clima da noite anterior.

A festa na sala comunal da Grifinória trouxe ressaca para quase todos os estudantes do castelo, e para a artilheira da Lufa-lufa, a ressaca veio com uma decepção como bônus.

Ainda não conseguia acreditar que James havia interceptado as suas cartas durante o verão. Ellie Lupin detestava desconfiar das pessoas, mas também odiava quando alguém escondia a verdade de seu conhecimento, o que colocava a confiança em risco.

— Já acordou?

Desorientados e exaustos, os olhos da jovem correram até o encontro da cama de sua melhor amiga. Agatha estava deitada com as cobertas até a altura de seus ombros, aparentemente fatigada depois da comemoração noturna. Ela se espreguiçou e bocejou ao mesmo tempo.

— Eu não estou mais com sono.

— Por outro lado, eu quero dormir até o final do ano letivo — Agatha virou-se para o outro lado da cama. — Parece que alguém passou em cima de mim e ainda jogou fogo no meu corpo.

— Quanto você bebeu ontem? — Ellie perguntou.

— Um pouco demais.

— É perceptível.

A garota levantou-se da cama e conjurou um pouco de água em um cálice com a ajuda de sua varinha. Estendeu uma mão com um remédio que aliviava as dores e a outra com o líquido ao encontro de Agatha. A jovem deitada franziu o cenho em uma careta.

— Você vai me agradecer por isso.

— Tem gosto ruim?

— Tem, mas é muito melhor do que sentir que o seu corpo foi atropelado e incendiado — ela insistiu e Agatha apanhou o remédio e a água, ingerindo-os em seguida.

— Horrível — ela estirou a língua. — Obrigada, mãe.

— De nada — Ellie deu um sorriso curto. — Tenha um bom sono.

— Que ótimo — Agatha disse, fingindo sonolência. — Acabo de ser envenenada sem notar.

— Não seja boba — a lufana revirou os olhos, abafando uma risada. — É assim que ele faz efeito.

Após absorver o gosto desagradável do medicamento, Agatha se acomodou debaixo dos cobertores e adormeceu em menos de cinco minutos. A sua melhor amiga desejou voltar a dormir, mas não conseguiria nem mesmo com um sonífero.

A sua mente estava repleta por pensamentos de desconfiança e confusão. O clima da manhã era desencorajador para a garota, mas ela decidiu sair da sala comunal da Lufa-lufa e encarar uma conversa com o namorado antes que fosse tarde demais.

Ellie arrancou os seus pijamas e se vestiu adequadamente para andar pelos corredores do castelo até o salão comunal da Grifinória. Estava trajando um suéter amarelo e preto e uma calça jeans azulada.

À medida que a menina subia as escadas para chegar ao destino desejado, ela ouviu sons de estilhaços chocados com o chão e passos atrapalhados. Ellie aguçou os seus sentidos e correu os olhos em direção ao barulho.

O sentimento de surpresa esvaiu de seu corpo assim que viu Peter Pettigrew e Sirius Black desengonçados entre as escadas movediças do castelo. Ambos carregavam em seus braços uma porção de alimentos e frascos confiscados de algum canto.

— Existe alguém mais desastrado que vocês? — Ellie surpreendeu os dois amigos da Grifinória.

Os dois meninos se viraram com expressões assombradas em seus rostos. Pareciam como os trouxas vendo fantasmas.

— Pode ajudar a gente? — Peter disse, os olhos imploravam por um auxílio. — Por favor.

— Nós não precisamos de ajuda — Sirius o repreendeu com um olhar de reprovação.

— Fizeram outra festa e esqueceram de me convidar? — Ellie perguntou, recolhendo um dos objetos derrubados na escada. Ela apanhou um frasco contendo um líquido avermelhado e estranhou. — Isso é da enfermaria.

— É uma longa história — Sirius abriu um sorriso de canto e gaguejou.

— Quem está doente?

— Ninguém! — eles disseram em uníssono.

— Eu não nasci ontem — Ellie cruzou os braços.

— Prometemos que não íamos abrir a boca para contar para ninguém — Peter mordeu o lábio inferior, nervoso.

— Qual é a dificuldade em manter a boca fechada? — Sirius reclamou. Ao encarar a melhor amiga da Lufa-lufa, ele se sentiu pressionado em contar a verdade. — James está doente.

— Doente?

— Sim — Sirius suspirou. — Ele acordou com dor de cabeça e febre hoje. Ninguém sabe o que James tem e ele não quer ir até a enfermaria.

— Ele deve estar mentindo — a jovem revirou os olhos. — Não seria a primeira vez que ele conta mentiras.

— A gente também achou que fosse mentira — Peter abraçou os frascos ao seu corpo. — Mas aparentemente não é.

— É o que nós vamos ver.

Desorientada nas escadas que se moviam de um lado para o outro, a lufana se apressou até o quadro da Mulher Gorda. A mulher no quadro tombava para os lados e roncava, o sono parecia ter atingido todos os cantos do castelo depois da última partida de Quadribol.

Depois de inúmeras tentativas de acordar a mulher com a senha, eles conseguiram entrar na passagem até a sala comunal da Grifinória e subiram as escadas até o dormitório masculino.

O som de reclamações chegou aos ouvidos da menina assim que ela colocou os pés em frente à porta do quarto compartilhado. A jovem empurrou a maçaneta e viu James apoiado em um travesseiro na cama.

O garoto estava com uma aparência lamentável, os olhos caídos e as pálpebras aparentemente pesadas ressaltavam que ele não estava em uma boa situação de saúde. Quando viu a namorada entrando no dormitório, James abriu a boca para falar alguma coisa, mas um espirro impediu a sua ação.

— O que foi isso?

— Um espirro — disse James com a voz rouca.

— Isso foi qualquer coisa, menos um espirro — Ellie franziu uma sobrancelha. — Como você conseguiu ficar doente desse jeito?

— A chuva de ontem — James tossiu.

— Eu juro que se você estiver mentindo sobre estar doente, eu jogo você da Torre de Astronomia — Ellie ameaçou com os olhos franzidos.

— Por que eu mentiria sobre estar doente? — ele resmungou.

— Talvez porque você costuma mentir sobre outras coisas.

— Você não está ajudando nem um pouco no meu processo de morte lenta e dolorosa — James deixou escapar um gemido de dor de seus lábios. — Vocês trouxeram o remédio?

— Aqui — Sirius colocou um frasco na mão de James. — Depois você joga esse frasco em algum lugar bem longe de mim. Eu não quero ficar doente que nem você.

A jovem de cabelos áureos se aproximou de James e colocou a palma da mão na testa do namorado. Ele se afastou na mesma hora com o calor do contato da mão, mas foi o suficiente para perceber que ele estava queimando de febre.

— Quanto tempo eu tenho até a minha morte? — James resmungou.

— Quer parar de ser o rei do drama? — Remus se colocou na conversa. Ele observava os amigos da porta do banheiro.

— É mesmo - Sirius ressaltou a pergunta. — Ninguém pode assumir o meu trono.

— Você não vai morrer — Ellie balançou a cabeça para os lados. — Tome essa poção de uma vez para que faça efeito rápido.

O jovem bebeu o líquido e franziu os lábios e as sobrancelhas ao mesmo tempo.

— É horrível — ele choramingou.

— Isso é para você aprender a se cuidar depois de tomar uma chuva — a namorada sorriu ironicamente.

— Eu preciso que alguém cuide de mim.

— Você tem idade suficiente para cuidar de você mesmo — Ellie revirou os olhos. — Por que não foi até a enfermaria?

— Eu não gosto da enfermaria.

— Por Merlim, James, você é quase como uma criança no corpo de um adolescente — Remus abafou uma risada fraca.

— Eu estou doente! — James exclamou. A exclamação fez o seu peito doer e ele fez uma careta com a dor ardente. — Tenha mais respeito, Aluado.

— Boa sorte — Remus riu para a irmã mais nova. — Ele precisa de atenção.

— Tenha cuidado para não ficar doente e chata que nem ele — Sirius aproveitou a deixa.

James estirou a língua e encarou os melhores amigos com um olhar flamejante de desdém. Ele se ajeitou na cama e apoiou o corpo em uma pilha de travesseiros e almofadas vermelhas.

— Você está brava? — ele perguntou, timidamente.

— Um pouco.

— As pessoas têm razão quando dizem que eu estrago tudo — James mordeu o lábio.

— Você não estraga tudo — Ellie sentou-se ao lado de James na cama. Ela apontou em direção a cabeça do garoto. — É só começar a usar a cabeça antes de fazer as coisas.

— É esse o problema — Sirius retrucou. — A cabeça dele não funciona nem um pouco.

James mostrou o dedo médio em direção ao melhor amigo. Todos riram, menos ele.

— Eu gostaria de voltar no tempo e não ter roubado as cartas — ele murmurou.

— Isso é a vida real, James, você não pode voltar no tempo quando faz algo errado — Ellie deu um riso fraco com a suposição do namorado. — Você se arrepende?

— Muito — James assentiu com veemência.

— É isso o que importa — ela disse, brincando com os lençóis da cama.

— Isso vale como um pedido de desculpas?

— Sim, mas se fizer algo errado de novo, eu cumpro a minha promessa de jogar você da Torre de Astronomia — ela alfinetou, rindo.

Ele fingiu uma expressão amedrontada em seu rosto, causando a risada da namorada.

— Pode me abraçar? — James perguntou com os olhos suplicantes. — Por favor, eu senti a sua falta.

— A gente se viu ontem à noite — ela riu.

— São quase dez horas — ele insistiu. — É muito tempo.

A garota se aproximou e envolveu os braços ao redor do namorado. Ele deitou a cabeça na curva do pescoço da menina, depositando um beijo no local, enquanto as mãos de Ellie acariciaram os fios rebeldes do cabelo de James. O garoto deu um sorriso genuíno com as carícias e fechou os olhos para um descanso.

— Eu te amo — ele murmurou.

— Eu também te amo.

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