Quanto Cu$ta O Amor

By TaizaSouza

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Em uma era onde absolutamente tudo tem preço, pagar para ter apenas algumas horas com uma pessoa não é nada d... More

Personagens
1 _ Olhos cor de uísque
2 _ Indecentemente angelical
3 _ Maçã envenenada
4 _ O amor nunca morre
5 _ Doces para a vovozinha
6 _ Descontrole
7 _ Será que o lobo é mesmo mau?
8 _ Convite
9 _ Aposta
10 _ Castelos
11 _ Entre no ritmo
12 _ Atenção involuntária
13 _ Às de ouros
14 _ Avós sabem das coisas
15 _ Plano arriscado
16 _ Despedida
17 _ Inveja
18 _ Aquele assunto
19 _ Doces clichês
20 _ Situações comprometedoras
21 _ Desconvidada
22 _ O canto da sereia
23 _ Álcool no sangue
24 _ Máquina de vacilos
25 _ Segundo lugar
26 _ Ponto fraco
27 _ Caos
28 _ Todos somos um pouco criminosos
29 _ Novamente o caos
31 _ Totalmente perdida
32 _ Resquícios
33 _ Incapaz
34 _ Croassaint
35 _ Obsessão
36 _ Explosivo
37 _ Às claras
38 _ Embate
39 _ Lar
40 _ É necessário desapegar
Epílogo

30 _ Raiva

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By TaizaSouza

Oliver

— Calma, amigo, sei que a notícia nos pegou de surpresa. — Nicolas ironizou tocando no meu ombro e eu empurrei ele contra a parede.

— Eu não sou seu amigo!

— Cara, não fica assim. Provavelmente o filho é meu mesmo, você não vai precisar se importar com as fraldas. A não ser que você queira dividir a conta comigo assim como dividiu Louise. — Zombou e eu fechei meu punho acertando o olho dele.

Logo o barulho atraiu olhares e seguranças me tiraram de cima dele. Ele tinha a capacidade de me tirar do sério. Ameaçaram chamar a polícia e eu me afastei. Não podia ser preso por causa dele. Muito menos por causa de Louise.

De repente lembrei do que dona Lola havia dito sobre Louise ser disputada por dois homens. E ela ainda havia perguntado se ela tinha se arrumado para mim ou para Nicolas quando fui buscá-la. Todos os sinais estavam lá, claros como água cristalina e eu imbecil confiei na palavra dela de não ter mais clientes. A não ser que... Ela não o considerava cliente. Talvez ela gostasse dele de verdade.

Saí furioso do hospital, meu ódio era tão insano que eu me sentia capaz de fazer uma grande besteira. Eu havia me declarado para ela, não sei porque raios fui fazer isso. Mas, porra, eu senti de verdade. Eu tive medo de que ela morresse. Quando ela desmaiou na ambulância eu surtei. Achei que nunca mais veria seus olhos novamente. Me senti oco por dentro. Levei tanto tempo para perceber que ela significava mais para mim do que eu imaginava.

Eu não a via mais como acompanhante para reviver momentos com Emma. Os momentos que vivemos eram só nossos. E eu me apeguei à eles. Porém era tudo falso. Eu me envolvi demais em algo onde eu deveria ter depositado apenas dinheiro.

Ao alcançar a rua Nicolas voltou a gritar me provocando. Eu respirei fundo o máximo que pude, pois se eu pegasse ele, só o largaria para ele ser levado ao hospital novamente.

— Você achou que estava com tudo, Oliver! O melhor piloto, as mais belas mulheres. Entretanto seu reinado acabou. Eu sou o novo campeão para quem todos torcem. E até a sua namorada torce por mim.

— Ela não é mais nada minha. — Rebati entredentes e ele gargalhou sarcástico.

— Ela nunca foi sua, seu idiota. Não se forma família com uma puta. Eu te disse... Eu te avisei. — Respondeu com um sorriso nojento no canto dos lábios.

— Eu não vou perder meu tempo com você. — Falei indo para o ponto de táxi.

As risadas asquerosas dele permaneceram preenchendo meus ouvidos. Notei ele gesticular enquanto falava no celular. Depois desligou a ligação e voltou a rir como um demente.

Deus, eu só queria assassinar ele sem ser preso no final, é pedir demais?

Finalmente um táxi parou e eu entrei rapidamente no carro. Pedi para ser levado para o Club e o senhor no volante assentiu me reconhecendo.

Minha cabeça parecia que iria explodir de tanto ódio. O trajeto não era tão longo, mas pareceu ser o mais comprido de todos. Finalmente chegamos e eu parei olhando para o meu carro. Havia uma moça parada próximo dele. Estranhei seu sorriso ao me ver.

— Algum problema? — Perguntei áspero e ela negou com a cabeça.

— Nenhum. Jules apenas pediu para te entregar essa garrafa de bebida.

— Bebida? Para mim? Mas por quê? — Perguntei confuso e ela se aproximou puxando a barra do vestido curto.

— Ele disse que é uma forma de pedir desculpas por ter te expulsado mais cedo. — Respondeu me estendendo a garrafa e eu respirei fundo relembrando da confusão. — Louise está bem? Por favor, me diz que foi apenas um susto.

— Ela está grávida. — Respondi pegando a garrafa e virando quase todo o conteúdo de uma vez na boca.

— Grávida? Impossível, ela teria me contado. Somos melhores amigas. — A jovem disse contrariada.

Virei mais um pouco da bebida amarga e encostei no capô do meu carro.

— Mas ela está bem? — Insistiu preocupada e eu pisquei confuso.

De repente a amiga de Louise ficou desfocada na minha frente. Deixei a garrafa cair e me senti fraco.

— Adrian, me ajuda aqui! — Ouvi ela chamar e um homem me amparou. Pegou a chave da minha mão e me colocou dentro do meu carro, no banco de trás.

A amiga de Louise apareceu novamente ao meu lado e me abraçou sorrindo.

— Eu vou cuidar de você, Oliver. — Falou com a voz afetada.

Senti o carro em movimento e vi uma sombra indistinguível próximo ao volante.

— Para onde estamos indo? — Questionei fraco e ela sorriu exageradamente.

— Para nosso ninho. — Ela respondeu acariciando meus cabelos. — A Louise nunca te mereceu.

— Quem é você afinal?

— O novo amor da sua vida, mas pode me chamar de Mila Laquintinie. — Murmurou beijando minha boca.

Tentei empurrá-la, mas estava estranhamente sem forças. Ela usava isso ao seu favor empurrando seus lábios finos contra os meus, forçando a língua na minha boca.

— Mila, seu telefone está tocando. É o Nick. — O homem avisou e eu pisquei letárgico. Ela finalmente se afastou de mim.

— Diga para ele que a pescaria deu certo. — Ela sorriu voltando a me olhar. — Vou me divertir muito com o meu peixe essa noite.

***

Acordei com o sol incomodando meus olhos. Minha cabeça estava doendo ao ponto de explodir a qualquer momento e eu sentei confuso. Foi quando notei ter uma mulher de lingerie branca rendada ao meu lado na cama.

Flashes da noite anterior me atingiram em cheio. A bebida... A armadilha... Os beijos... Droga!

— O que você quer? — Perguntei direto e Mila sentou tranquilamente cruzando as pernas.

— Eu gravei um vídeo bem interessante nosso. — Contou sorridente e eu revirei os olhos.

— Que inferno você quer? — Repeti impaciente vestindo a minha calça.

— Eu? Me recuperar do seu abuso! — Respondeu colocando a mão na testa, fingindo tristeza. — Eu fui sua vítima.

— Vítima do quê? Você fez tudo isso de propósito! — Gritei irritado e ela riu pegando o celular e dando play em um vídeo.

— Por favor, me solta, por favor! — A voz esganiçada dela saía da gravação e eu tomei o celular da mão dela.

— Que porra é essa?

— Isso se chama ótima atuação. — Respondeu piscando para mim. Joguei o celular contra a parede e ele quebrou em mil pedaços. Porém ela não se abalou, sorriu engatinhando na cama até mim. — Bobinho, eu já tinha enviado para o Nicolas junto com umas fotos bem interessantes.

— O que vocês querem? — Gritei furioso e ela deu de ombros.

— Não se preocupe, as nossas fotos já estão circulando pela internet. Tudo que tem que fazer agora é se comportar e não ir na próxima corrida.

— Está louca? Óbvio que não vou fazer isso.

— Eu acho melhor você fazer, senão um certo vídeo irá circular por aí. E sua imagem já não muito boa será destruída de vez quando você for indiciado por estupro. Eu tenho provas e testemunhas.

— Você não pode inventar uma coisa tão séria dessas! O que ganha fazendo isso? — Questionei furioso e ela sorriu passando a mão pelos cabelos curtos.

— A sua demissão da Ferrari. — Ela disse animada e eu franzi a testa. — E não pode ser qualquer demissão, tem que ser um show à parte.

— Vocês são imbecis ou o quê? A minha demissão jamais iria significar que Nicolas poderia ser contratado.

— Na verdade pode sim. Mas isso não te interessa. A única coisa que importa é você sair dos nossos caminhos.

— Você dá sorte por ser mulher, sua vagabunda! — Falei segurando o queixo dela com ódio.

— Quer me bater? Me bate! Vai ser melhor ainda! — Debochou me irritando e eu me afastei dela. — Bate, eu vou adorar!

Peguei minha camisa, chaves e sapatos jogados no chão. Lancei um olhar fulminante para ela antes de sair do quarto ouvindo sua risada esganiçada ecoar. Eu não aceitaria suas chantagens imbecis.

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