23 _ Álcool no sangue

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Louise

Oliver e eu saímos para jantar todos os dias da semana. Cada dia fomos em um restaurante diferente, no sábado porém ele contratou um chefe renomado para cozinhar para nós dois em sua casa. Desde a ida ao mar na semana anterior, de certa forma ficamos mais próximos, conversamos mais sobre questões à cerca da vida. Após o jantar chique saímos para beber um pouco.

— Eu estava fazendo a barba quando Jean perguntou quando teria uma. — Ele contou com a voz arrastada e eu sorri sentindo meu corpo mais letárgico. Talvez tivéssemos exagerado um pouco na bebida.

— Meninos sempre querem ser iguais aos pais. — Comentei e ele assentiu sorrindo.

— Meu cunhado costuma dizer que Jean terá sorte de se parecer mais com ele do que comigo.

— Leo é muito bonito mesmo. — Comentei e ele franziu a testa. — Não estou dizendo que você não é.

Ele gargalhou bebendo mais e eu também peguei o meu drink colorido. Uma nova música começou e eu ergui as mãos, começando a dançar lentamente. Me sentia quente devido à todo o álcool que tinha consumido.

— Acho que vou pedir mais disso. — Apontou para a garrafa e eu neguei com a cabeça.

— Já chega. Nós já bebemos demais. — Declarei e ele olhou para meu drink.

— Isso é de quê?

— Não faço ideia, mas é muito, muito, muito bom. — Respondi tomando e ele se aproximou de mim e subitamente abraçou a minha cintura. O mundo pareceu em câmera lenta quando suas mãos me tocaram. Ele pegou o meu copo e virou na boca todo o líquido colorido. — Ei, eu pretendia beber isso. — Reclamei e ele me olhou confuso.

De repente puxou meus cabelos firme e nossos lábios se tocaram. Senti o sabor estrondoso da minha bebida em seus lábios e senti minha pele arrepiar. Oliver me apertou contra seu corpo rígido e eu dei passagem para sua língua explorar a minha boca. Eu sentia que era errado, mas era um errado tão bom, tão gostoso. Seu beijo se intensificou e suas mãos me puxaram ainda mais para ele, porém eu me senti fraca. Estava bêbada demais para me manter de pé. Sorri abraçando o pescoço dele que se afastou piscando lentamente.

— Vamos embora. Onde mesmo está o meu carro? — Perguntou no meu ouvido.

— Você não pode dirigir. Nenhum de nós está em condição para isso. — Respondi e ele me puxou pela cintura novamente. Suas mãos voltaram a incendiar a minha pele e ele beijou lentamente meu ombro me fazendo ceder. — OK, vamos encontrar o seu carro.

Oliver tirou do bolso a carteira e dela pegou alguns euros, ele nem contou, pois não parecia conseguir discernir valores no momento. Pagou pela bebida provavelmente muito a mais do que ela custava.

Nós saímos abraçados andando em ziguezague até encontrarmos o carro dele. Oliver não conseguia abrir a porta e eu comecei a rir me encostando na lateral do carro. Ele percebeu e finalmente destrancou a porta. Porém antes de entrar me pegou pelos quadris e me sentou no porta malas do carro de luxo. Ele me encarou e eu pude ver no fundo dos seus olhos verdes perdidos a minha própria perdição.

Seus lábios vorazes atacaram os meus com urgência. Fechei minhas pernas entorno dos quadris dele querendo mais contato. Querendo ele para mim. Eu sentia que não devia continuar, mas não conseguia parar. Queria me entregar para ele.

Ouvi a porta sendo aberta e eu deslizei pelo carro alcançando meus pés no chão. Oliver deitou nos bancos de trás e eu entrei fechando a porta e deitando desconfortável sobre ele. Suas mãos logo vieram novamente passear pela a minha pele e sua pressa se desfez do meu vestido em segundos. Sorri o puxando para mais um delicioso e ardente beijo faminto, puxando seus cabelos com força e ele suspirou apertando meu bumbum. Também o ajudei a se livrar das suas roupas. Havia muito desejo como combustível do nosso incêndio. Ele largou minha boca e passou os lábios pelo meu pescoço. Sua barba provocava sensações inexplicáveis, causando deliciosos arrepios na minha pele. Seus braços fortes circundaram minha cintura, ele me levantou um pouco e apenas afastou minha calcinha antes de me completar por inteira. Eu não conseguia parar, eu já não queria parar. Era mais forte do que eu, naquele momento eu necessitava apenas dele. Os seus lábios encontraram meus seios nus onde ele alternou beijando um e outro. Seus olhos ficaram fixos nos meus o tempo todo enquanto seu ritmo intensificava me deixando bamba. Beijei ele e gemi contra seus lábios, ele movimentou cada vez mais rápido, cada vez mais forte, então finalmente chegamos juntos à explosão. Era simplesmente inexplicável o efeito do toque dele no meu corpo, era um prazer tão único, tão quente, que eu senti todas as minhas energias esgotadas, mesmo depois de chegar ao ápice ele continuou dentro de mim ditando o ritmo lento e torturante.

— Oliver! — Gemi seu nome ofegante e senti suas mãos deslizarem quentes pelo meu corpo.

— Eu te amo tanto, Emma! — Murmurou e eu paralisei o olhando incrédula.

— O que foi que disse? — Questionei e ele sorriu sugando os meus seios lentamente.

— Minha doce e linda Emma! — Balbuciou fazendo um nó se formar na minha garganta.

Eu não podia acreditar no que estava ouvindo. De repente sua imagem ficou borrada, senti meus olhos arderem em lágrimas. Saí de cima dele o ouvindo reclamar. Vesti minha roupa apressada e ele piscou confuso, também se vestindo.

— Onde vai, Emma? Volta, fica comigo! — Pediu e eu abri a porta e saí do carro arrumando meu vestido. Fechei a porta batendo com força o abandonando ali.

Corri pelas ruas sentindo meus passos incertos e cambaleantes. Eu era mesmo uma grande idiota!

Quanto Cu$ta O Amor Där berättelser lever. Upptäck nu