Do Seu Lado

By bitchxhoran

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O que você faria se sua mãe obrigasse você a passar as férias de verão na casa de seu pai? Mas o pior não ser... More

Do Seu Lado
Prólogo
Noah Knight e Pirralha
Gary - O pato.
Flerte?
Dona Judith
Um anjo da guarda muito forte?
A proposta.
Perfeitinho de araque.
"Fedex: Console de PS3" e JERED!
A única mais feia da balada.
Noah Aguilera
"Outra vez"
Livro de duas folhas.
Como conquistar o Gabe, para leigos- Parte um.
Vamos ver quem faz o tipo de quem.
Sou como seu irmão mais velho agora.
Era uma vez...
Carnificina de bacons.
É muito medo pra uma Julia só.
A luz de velas.
Dinossauros .
Direto ao ponto .
Assuntos pendentes .
Joséfina cadê você minha filha?
Minha pirralha.
Bipolaridade, oi.
Eu te... Eu te amo?
Fim - Do Seu Lado.
REESCREVENDO

Derreti .

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By bitchxhoran

–Sai da minha frente.- pediu mal humorada. Apenas sorri obstruindo todo o corredor –Sai Noah! Não quero papo com você!- se exaltou colocando as mãos na cintura. Abri ainda mais meu sorriso e ergui uma sobrancelha a encarando.- Morre idiota.- preguejou.

–O que aconteceu com ‘Noah não quero que você morra’- imitei ela colocando as mãos na cintura e fazer biquinho.

–Vai a merda- a pirralha me empurrou e passou por mim pisando forte.

–Ela me ama.- falei para Jered que observava a cena sentado no sofá fazendo carinho no Bacon.

–E você a ama.- suspirou piscando os olhos como uma garotinha apaixonada.

Ri cínico e dei as costas indo importunar a pirralha.

Estava fazendo sol do lado de fora da casa e eu havia acordado com um puta bom humor. Infelizmente, mesmo com o sol, ainda não havíamos encontrado qualquer coisa, pessoa e afins para tirar a minivan do pântano. O lado bom da merda toda foi o drama da madrugada passada, que havia servido como ‘infla-ego’ para mim, além de alimentar ainda mais o meu bom humor de hoje.

Ah qual é? Eu não esperava que a pirralha fosse se declarar para mim.

Tudo bem que na declaração ela dizia ‘ Você é o irmão que eu nunca tive’ em vez de dizer ‘Noah seu gostoso, vem ni mim?’...Mas não importa. O que importa é que ela gosta de mim, mesmo que sendo como irmão, afinal, é isso que somos.(?)

Na cozinha a pirralha tentava inutilmente fritar um ovo.

–Que que eu faça seu café da manhã?- indaguei encostado no batente da porta. Meu sorriso só se alargou quando ela me olhou ruborizada e meneou a cabeça num singelo sim.- O que você quer comer?- Perguntei já arreganhando as mangas da minha camiseta preta favorita.

–Qualquer coisa- suspirou. Ela estava tentando não ter papo comigo.

Peguei tudo que eu vi na geladeira e fiz dois sanduíches caprichados para nós.

–Obrigada.- murmurou pegando o sanduíche.

–Disponha, senhora.- fiz uma pequena reverencia e sentei a sua frente.

Ela revirou os olhos.

–Isso não quer dizer que eu vá conversar com você.

–Em momento algum eu pensei uma coisa dessas- fingi-me ofendido.- Apenas fiz o sanduíche porque é a minha irmãzinha preferida- dei um peteleco em seu nariz e ela fez careta.

–Tecnicamente nem sou sua irmã, e mesmo que fosse, eu seria a única, teria que ser a preferida de qualquer maneira.

–Talvez...- dei de ombros- O que acha de sairmos hoje? – indaguei e mordi meu sanduíche.

–Eu vou sair com o Gabe- suspirou.- Assim que ele acordar.

Cof Cof Corna Cof– tossi com a mão na frente da boca.

–O que?

–Nada- sorri amarelo.- Mas então, porque você acha que o Gabe anda dormindo até tarde? – ergui uma sobrancelha.

–Talvez ele só esteja cansado da viagem pra cá- falou inocente.

“ Ou cansado de fazer a Gi gemer a noite toda no quarto ao lado do meu” – completei internamente.

–Acho que ele vai demorar para acordar. Agente podia pedir o carro emprestado para o dono da casa e ir pra uma praia aqui perto. Eu você o Jered e o irmão da Gi.

–E a Gi e o Gabe?- perguntou empurrando o óculos novo para cima.

Aquele gesto me fez sorrir.

–Deixa os dois aí. Eles precisam descansar da viagem. Mesmo fazendo dois dias que estamos aqui.- falei normalmente e terminei meu sanduíche.

–O Gary pode ir?- perguntou. Olhei para ela tentando entender o porquê dessa fissuração pelo meu pato, mas só consegui rir divertido.

A pirralha me encarava sem entender o motivo da graça. Ela ainda não havia percebido que sua boca estava suja de maionese.

–Qual é a graça? – perguntou franzindo o cenho. Neguei com a cabeça e ergui a mão. Seus olhos de cristais seguiram meu dedão até sua boca.

–Vesguinha.- ri limpando o local. Meu dedo tocou seu lábio inferior, tão macio, e suspirei por querer beijá-lo e não poder.

A pirralha se encontrava imóvel e me surpreendi ao ver seus olhos nos meus.

É tão errado querer beijá-la?

Dei mais um suspiro.

–Vamos nos arrumar então?- Me levantei subitamente evitando olhá-la.

(...)

O cheiro da maresia invadia minhas narinas. Passava das quatro e meia da tarde.

Jered dormia esparramado em uma esteira esticada na areia. Suas costas estavam vermelhas, salvo por um smile que o irmão da Gi fez com protetor solar.

O irmão da Gi e a pirralha estavam sentados lado a lado conversando animadamente. Ela vestia uma calça jeans e uma camiseta branca lisa, em plena praia.

Enquanto isso, num canto amuado, ao lado da prancha de surf que eu havia alugado. Ao som de “Attention” no ipod da pirralha, eu me remoia de ciúmes dos dois. Sou simplesmente o otário apaixonado pela filha do meu padrasto.

A-P-A-I-X-O-N-A-D-O.

Com tanta gente mais disponível nesse mundo, logo ela?

Dei um suspirado alto, ultimamente eu tenho suspirado muito. Mas esse suspiro soou meio resignado, talvez o irmão da Gi fosse o cara certo para ela, e não um galinha como o Gabe.

Tudo bem que eu seria melhor que ambos...

Era melhor eu ir surfar, para ocupar um pouco a minha cabeça.

PDV Julia

–Seu moreno sarado ta indo com a prancha em direção ao mar e tem um monte de barangas secando ele...- Allan cantarolou ao meu lado.

Olhei Noah andando só de bermuda, lentamente, com a prancha em baixo do braço esquerdo e suspirei.

–...Se eu fosse você, eu ia atrás dele...- Allan continuou cantarolando.

Olhei em volta todas pessoas do sexo feminino babando por ele, e simplesmente fiquei brava. Como elas podiam o olhar assim? Sem o mínimo pudor.

–...Um gatinho molhadinho se torna ainda mais atraente...- Dei um tapa na cabeça de Allan para ele parar com a gayzisse de ficar cantarolando as coisas, mas ele continuou mesmo assim-...Olha lá a vaquinha se aproximando do seu capim...

–O que?- indaguei e olhei para o Noah. Próximo a ele estava uma morena com um corpo escultural, o analisando de cima a baixo.

Não sei porque raios eu me levante e em cerca de segundos eu estava ao lado dele.

Ele me olhou de soslaio e sorriu, mostrando aquelas covinhas.

Oh Deus. O que eu falo agora?

–Você sabe mesmo surfar?- indaguei vendo a morena se afastar com uma careta. Sorri vitoriosa sem ao menos me lembrar o que havia perguntado.

–Se eu não soubesse, não teria alugado a prancha.

Fiz uma careta sem entender a resposta, pois não lembrava da pergunta.

E lá vinha mais uma mulher bonita e gostosa o encarando com luxuria.

Fiz uma careta.

–Noah, me ensina a surfar? – indaguei e ele me olhou incrédulo com um sorriso.

Ok, eu não estava com a mínima vontade de aprender a surfar.

Noah fincou a prancha na areia e com um sorriso matreiro simplesmente arrancou a minha camiseta, jogando ela no chão.

Corei fortemente, morrendo de vergonha. Meu corpo não chegava nem aos pés daquela mulher bonita e gostosa, que por sinal, ao ver a cena, deu meia volta e se afastou de nós.

–Vai querer ajuda para tirar a calça também?- sussurrou no meu ouvido me fazendo arrepiar.

Balancei a cabeça fortemente tentando ignorar todo o efeito que esse filha da mãe tinha sobre mim e peguei a camiseta no chão vestindo ela rapidamente.

–Ah, qual é?- protestou- Não quer que eu te ensine a surfar usando uma calça jeans e uma camiseta, quer?

Ruborizei enquanto ele me olhava incisivo e resolvi admitir.

–Eu tenho vergonha de ficar de biquíni.- sussurrei como se fosse um segredo de estado.

O sorriso dele só aumentou. Hoje ele esta incrivelmente sorridente.

–Você é linda Jules.- falou rouco e piscou um olho, depois pegou a prancha a saiu andando para o mar, me deixando lá sozinha.

Derreti.

Derreti por aqueles olhos azuis.

Derreti por aquele sorriso com covinhas.

Derreti pelo apelido que combinou perfeitamente com a voz e o sotaque americano dele.

Derreti por ele me chamar de linda.

PERAE, SERÁ QUE EU NÃO POSSO FICAR UM SEGUNDO PARADA COM UM SORRISO BOBO NO ROSTO QUE JÁ APARECE UMA BARANGA DOS INFERNOS PRA CIMA DO MEU MEIO-IRMÃO?

Arranquei a minha camisa e a minha calça ali mesmo, saí correndo e pulei nas costas dele um segundo antes da mulher chegar nele.

Ele riu quase caindo, mas não percebeu que tudo não passava de um tática para essa baranga escrota não se aproximar do dele.

–Você quer mesmo aprender a surfar hein?- perguntou divertido.

–Você não sabe como.- sorri e deslizei por suas costas caindo na água.

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