Pregnant By Accident

By IludidaKar

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(CONCLUÍDA) Já dizia Sócrates: "Uma mulher vingativa é mais terrível do que uma leoa faminta". Obviamente que... More

Prólogo
Capítulo um
Capítulo dois
Capítulo três
Capítulo quatro
Capítulo cinco
Capítulo seis
Capítulo sete
Capítulo oito
Capítulo nove
Capítulo dez
Capítulo onze
Capítulo doze
Capítulo treze
Capítulo quatorze
Capítulo quinze
Capítulo dezesseis
Capítulo dezessete
Capítulo dezoito
Capítulo dezenove
Capítulo vinte
Capítulo vinte e um
Capítulo vinte e dois
Capítulo vinte e três
Capítulo vinte e quatro
Capítulo vinte e cinco
Capítulo vinte e seis
Capítulo vinte e sete
Capítulo vinte e nove
Capítulo trinta
Capítulo trinta e um
Capítulo trinta e dois
Capítulo trinta e três
Capítulo trinta e quatro
Capítulo trinta e cinco
Capítulo trinta e seis
Capítulo trinta e sete
Penúltimo capítulo
Último Capítulo
Epílogo
Bônus

Capítulo vinte e oito

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By IludidaKar

Autora narrando...

Camila sentia-se aliviada por livrar-se de tantas ligações. A maioria eram de amigos próximos de seus pais que corrompiam-se de curiosidade e questionamento sobre o seu relacionamento com Lauren. Além de quererem mais detalhes sobre a confusão. Teve que ter muito autocontrole para não deixar que sua língua felina soasse violentamente.

Não queria mais problemas com a sua mãe. Apesar da mais velha ainda não ter lhe direcionada a palavra. Camila sabia que teria retaliação, era muito atípico de Sinuhe deixar qualquer coisa passar em branco. Por tanto, Camila esperava como uma garotinha assustada qualquer ação de sua mãe.

Sem resistir, ligou para o seu pai que lhe saudou com a sua voz amável de sempre.

"Oi filhinha, não achei que entraria em contato tão cedo". — brincou o Alejandro.

"E não iria, mas estou encucada. A mamãe está bem?" — perguntou, mordendo o lábio inferior e encostando-se na escrivaninha, esperando uma resposta negativa.

"Ela está ótima, com um bom humor para dizer a verdade, até estou surpreso com a sua disposição, fazia muito tempo que não a via assim, radiante". — Alejandro cochichou.

Camila também ficou surpresa, não era do feitio de sua mãe esbanjar bom humor, principalmente depois de toda a confusão com o sobrenome Cabello envolvido. Esperava uma visita inesperada acompanhada da típica acidez gélida. Não que quisesse isso, mas o comportamento estranho de sua mãe estava lhe deixando mais nervosa do que o habitual.

"Não acha melhor levá-la ao médico? Ela pode estar sofrendo alguma isquemia cerebral, ou sei lá". — perguntou ao pai, temorosa.

Alejandro riu com a preocupação da filha, sabia que sua esposa estava maravilhosamente bem. Inclusive, estava no jardim, cuidando das flores.

— "Tenho certeza que não. A sua mãe está bem, acho que finalmente colocou na cabeça que você é maior de idade e dona de si. Além do mais que é uma mulher comprometida e uma futura mamãe. Ela não precisa mais ditar as regras ou tentar ter o controle de sua vida. Aproveite isso, e não tente mexer em casa de vespa, Camila". — Alejandro disse sem mudar a conotação da voz, a própria Camila percebia como ele estava feliz com o comportamento de sua mãe, deu-lhe um voto de confiança.

"Tudo bem, papai, eu estou feliz que tudo esteja sob controle". — disse sincera, apesar de ainda temer, resolveu abafar as paranoias de sua cabeça. — "O senhor está bem...?".

A conversa rendeu um bom tempo. Camila gostava realmente de falar com o seu pai. Apesar de quase sempre ter o apoio dos seus pais, com o Alejandro o seu vínculo era mais intenso, e consistente. Despediram-se com a promessa de se encontrar em breve, Camila queria levar a Lauren para conhecer as terras dos seus pais, onde cresceu e tornou-se a mulher que era.

Saiu do escritório, sentindo-se levemente cansada, a sua orelha estava fervente de tanto que passara no telefone. Buscou o seu alento em dias turbulentos e sua alegria em dias tranquilos. Encontro-a no terraço, sorriu ao vê-la ao celular, mas rapidamente a sua alegria foi sugada para o abismo ao ver a expressão de Lauren.

O belo rosto estava pálido, os grandes olhos esverdeados encontravam-se arregalados e úmidos, e percebia que ela tremia. Seja quem fosse naquela ligação não estava fazendo bem a Lauren, rapidamente o seu extinto protetor aflorou-se e lhe atingiu em cheio.

Aproximou-se rapidamente, querendo aliviar a dor que deixava os esverdeados tão nebulosos.

— Com quem você está falando, Lauren? — exigiu saber, porque quem quer que fosse, iria defender a Lauren com unhas e dentes, ninguém podia deixar a sua lagartinha tão angustiada assim.

Houve um silêncio esquisito. Lauren parecia petrificada com o celular no ouvido, e Camila parada em sua frente com os olhos questionadores. A mais velha percebeu que a americana não estava respirando, parecia presa numa espécie de transe que lhe deixou mais agitada.

— Lauren! — chamou, estalado os dedos na frente do rosto da morena que não reagiu, Camila começou a se preocupar, agachou-se na frente da mesma, e limpou as lágrimas que caiam descontroladamente do rosto pálido. — Ei, lagartinha, solte o ar, vamos... — com os olhos fixos em Lauren, assoprou o vento lentamente pelos lábios para que a mais nova lhe seguisse, e sentiu-se aliviada quando isso aconteceu — Isso, amorzinho... — no respirar, Lauren deixou derrubar o celular, iniciando um choro triste e lastimador, pesando cada vez mais o coração de Camila, buscou as mãos de Lauren e segurou-as com força amena — Eu estou aqui por você e com você, lembra-se? Respire, tudo ficará bem. Você não está sozinha.

Lauren olhava para além de Camila, como se não pudesse enxergá-la, o seu choro era tão sofrido que Camila sentiu como se os seus músculos estivessem sendo chicoteados lentamente. Por que ela sofria tanto? O que ocasionou tanta dor? A sua vontade era de questionar diretamente, mas não podia extrapolar, Lauren precisava de tempo, era nítido que não estava pronta para falar, e não iria insistir em algo que provavelmente causaria um estresse desnecessário em sua morena.

— Camila! — Lauren num ímpeto, voltou-se a si, e jogou nos braços de sua amada.

Agarrou-se com todas as forças em seu único e sustentável porto seguro.

______________x____________

Dubai – Emirados Árabes.

Taylor bebeu mais um gole de champanhe, mirando com os olhos frios e cautelosos a imagem de Camila Cabello em seu iPad. Em cada explosão do liquido borbulhante em sua boca, sentia um ódio diferente. Não apenas pela mulher que mirava em seu aparelho eletrônico, mas também por sua irmã.

Tinha assistindo os vídeos que os convidados propagaram em suas redes sociais, além de ter acompanhado as notícias. Sorriu doentiamente, quem diria que a sua irmãzinha tinha conseguido aquilo que nunca foi capaz: conquistar o coração da Camila Cabello.

Quando esteve com a Camila, nunca a viu se alterar, parecia que Camila vivia em cima de sua própria soberba, sem nenhum sentimento ou emoção. Era robótica. E no sexo mantinha-se indiferente, apesar de transar estupidamente bem, os olhos castanhos sempre estavam opacos e desinteressados, como se ela estivesse ali apenas com o propósito de satisfazer. Em meses de relacionamento, Taylor nunca conseguiu fazer a Camila perder-se em um orgasmo. Duvidava se algum dia isso tinha acontecido. O poder era sempre de Camila, assim como a suas ações.

Por isso que surpreendia-se ao ver tanto sentimento disparado nas palavras de Camila. Defendia a Lauren tão apaixonadamente que era doloroso assistir.

Definitivamente, isso não estava em seus planos. Não fez tudo para que sua irmã ou Camila tivesse um final feliz. Ergueu-se e caminhou até a parede de vidro, ignorando a imagem luxuosa a sua frente. Sua mente estava fervilhando em questionamento, como a Lauren tinha conseguido atingir uma mulher intocável como a Camila Cabello.

Sentiu vontade de rir, não era cômico, era a pura desgraça. Sentia a fúria emanar em si toda vez que relembrava que Camila tinha se apaixonado por Lauren.

Lauren, a sua irmã medíocre, um desserviço à sociedade.

Apertou a taça com força, quase quebrando-a com a sua fúria. Deu mais um gole de champanhe, e deslizou levemente a taça suada contra a sua boca. A sua vontade era de surgir na Itália e fazer com que Lauren sumisse da face da terra. Movida pelo ódio, discou o número tão conhecido de Lauren. Não se surpreendeu quando chamou. Obviamente que Lauren estava com o mesmo número, e se brincasse com o mesmo celular, até porque era burra o suficiente e não estaria aproveitando das mordomias e luxos que Camila poderia proporcionar.

"Alô?" — a voz soou indecisa, um pouco trêmula.

Taylor mordeu a bochecha internamente em rancor por escutar aquela voz, o gosto de ferrugem invadiu a sua boca, mesmo assim não se abalou.

"Oi maninha" — disse com todo o veneno presente em seu corpo, uma pena que não podia exterminar a Lauren, como o seu pensamento idealizava.

"Taylor?" — a voz soou surpresa, mas estupidamente emocionada.

Taylor sentiu a bile explodindo em sua boca, causando-lhe cause uma ânsia de vômito ao ter que escutar mais daquela voz em seus tímpanos. Pensou em responder quando ouviu a voz cuidadosa de Camila. Arrepiou-se com aquele timbre e seu coração disparou, também como a sua calcinha molhou de tanto desejo.

Era louca por Camila.

Poderia chegar ao extremo só de ouvi-la, e o fez. Mas rapidamente perdeu-se num misto de desejo e cólera em perceber tanto amor da italiana por Lauren, desligou, e apertou fortemente o celular no peito.

Minha, Camila é apenas minha. Pensou. Quando voltasse para tomar o que era seu, a Camila nem se lembraria de Lauren. Aliás, quem iria querer a Lauren quando poderia ter a Taylor?

— Querida, a sua taça está vazia. — Jorge disse ao se aproximar com uma nova garrafa de champanhe aberta e derramando o liquido transparente na taça da mulher. — Está bem? Necessita de algo? — perguntou preocupado e ansioso.

Taylor o olhou com indiferença. Jorge tinha sido um homem que tinha feito todas as suas vontades, mas o dinheiro dele estava acabando, e ela não tinha o menor interesse de regredir financeiramente, por isso que estava em transição, a sua próxima vítima seria Demetria Lovato. Já tinha prendido a mulher em todas as suas artimanhas, quando recebesse um sinal da Demi, o Jorge seria descartável.

Que sua irmã aproveitasse o tempo que estava disposta a lhe dá.

Sorriu abertamente para o Jorge.

— Tudo está perfeitamente bem, querido.

E o beijou.

_____________x_____________

Camila teve dificuldade em acalmar a Lauren. A morena chorava compulsivamente, e não lhe dizia nada. A sua única opção foi levar a Lauren até o quarto, deitá-la em sua cama e aninhá-la contra o seu corpo. Em sua mente, passava-se muitas coisas, mas também absolutamente nada. Não sabia o que achar ou que pensar.

Era péssima nisso, nessas coisas de casal. Nunca tinha tido um relacionamento sério para ter uma certeza e resposta, mas manteve-se firme para a Lauren. Em sua cabeça devia-se manter presente e mostrava-se prestativa e companheira. Se Lauren queria um ombro pra chorar, ficaria, se Lauren quisesse alguém para enxugar as lágrimas, o faria.

Se Lauren queria alguém para manter-se ao seu lado e impedi-la de quebrar, Camila estava aqui, pronta para colar cada pedacinho rompido do seu amor.

Sustentou-a, mesmo se corroendo por dentro. Trouxe-a para mais perto do seu peito, e a mimou, soltando algumas palavrinhas de conforto durante as ninadas. Até que conseguiu que a mesma dormisse.

O sono durou pouco mais de uma hora. Camila soube porque os seus olhos estavam fixos no relógio-despertador do criado-mudo. Sua preocupação não era a hora que se estendia, mas sim com o tempo de alimentação quase inexistente de sua lagartinha.

Moveu-se um pouco, quase despertando o sono de Lauren que estava agarrada em sua camisa e em seu corpo como uma segunda pele, com o medo óbvio de que Camila se desprendesse de si. Com um pouco de dificuldade, conseguiu pegar o telefone, e discou para a cozinha com o ramal direto, Rita atendeu sem pestanejar, pediu que preparasse um almoço nutritivo e saboroso para elas.

Não demorou muito para a sua governanta bater suavemente na porta do quarto, e adentrar com um carrinho. Rapidamente deixou o quarto ao ver as duas abraçadinhas, consciente de que o casal necessitava de privacidade.

Camila teve trabalho para despertar a Lauren. Tentou os beijos, mas não teve sucesso. Carinhos, mas fizeram a americana ressonar mais, até que optou por cócegas, depois de alguns segundos, Lauren despertou rindo, tentando afastar às cegas as mãos de Camila. Mas assim que mirou os olhos castanhos, o seu sorriso morreu.

Camila pressentiu que tinha alguma coisa fora do lugar.

— Como está se sentindo? — perguntou suavemente, ainda mantendo a Lauren contra o seu corpo, era incapaz de soltar a razão de sua existente.

— Bem... — Lauren suspirou, depois sorriu meio sem jeito — Desculpa tê-la assustado daquele jeito, os meus hormônios eclodiram.

— Tudo bem, é justificável, o seu corpo está passando por uma grande mudança. Isso mexe demais com você, não apenas fisiologicamente, mas como também emocionalmente. — sorriu suavemente, ainda a olhando — Mas eu estou preocupada em que desencadeou todo essa explosão, você estava no celular... Algo ou alguém lhe deixou assim?

Lauren olhou diretamente nos olhos de Camila, via a preocupação vibrando nos castanhos. Estava com uma grande batalha interna. A dúvida se deveria ou não contar para a Camila sobre a ligação de sua irmã lhe corroía por dentro. Apesar da Taylor não a amar, ainda tinha fidelidade por ela. Querendo ou não, era sua irmã que tinha abdicado a sua vida para cuidar e zelar. Nos sentimentos de Lauren, a Taylor ainda era a sua menininha. O seu instinto materno estava aflorado, tornando a decisão mais difícil.

Desviou os olhos.

Diante do silêncio de Lauren sobre a sua pergunta, Camila resolveu mudar de tática.

— Pedi para Rita trazer o nosso almoço. O que acha de almoçarmos na varanda? — perguntou, controlando a vontade de pressionar a Lauren para lhe dizer a verdade.

— Pra mim soa maravilhoso.

Elas foram para a varanda, com Camila empurrando o carrinho de comida, depois as servindo. O almoço estava maravilhoso, como tudo que a Rita era capaz de fazer. Elas conversaram sobre amenidades. Houve uma leve discursão sobre cerca elétrica, Lauren comentou que tinha vontade de colocar o dedo sobre uma, mas tinha medo, e Camila disse apavorada que já tinha testado e levou um choque que lhe jogou para o outro lado da rua.

— Definitivamente você é muito atoa. — sentenciou a Lauren com a sua típica risada de bebê.

Camila riu, acompanhando a sua amada porque concordava com o pensamento até que viu o semblante animado de Lauren se desfazer e tornar-se sério.

— Posso lhe perguntar algo? — Lauren começou.

— Automaticamente você já me perguntou —Camila disse bem humorada — Mas dou-lhe uma segunda chance.

Lauren soltou um sorrisinho tímido, mesmo sem ter tanto humor.

— Eu tenho curiosidade sobre a Taylor. — mordeu o lábio inferior e se moveu, desconfortável.

Camila compartilhou do mesmo incômodo, Taylor não era o seu assunto preferido, mas manteve-se neutra.

— Sim? — questionou ao limpar os lábios no guardanapo de pano.

— Ela é minha irmã, e eu a amo. — Lauren declarou e Camila não moveu um músculo, a americana sentiu-se mais nervosa — Taylor é a minha única família existente, e eu sei que ela tem as suas falhas, e o que fez contigo e comigo foi extremista, mas... — respirou fundo, buscando coragem, as palavras pareciam presas em sua garganta, bebeu um pouco de água para que tudo fluísse bem. — O que quero saber é que... Você ainda tem ganas em colocá-la atrás das grades?

Camila olhou bem para a Lauren, o seu semblante estava indecifrável, era obvio que alguma hora, aquela pergunta surgiria, mas não estava pronta para responder. Sentia tantas coisas ao pensar em Taylor. A Lauren podia ter a alusão de que a mesma fosse uma boa pessoa, mas a italiana sabia que alguma patologia mental povoava a Taylor. Não era normal e jamais seria, a falta de emoção e até mesmo a sede de destruição que nutria pela irmã, alguém que fez de tudo por si.

Optou por ser honesta.

— Pra ser sincera? Sim. — Lauren entristeceu — Mas, ela é a sua irmã e sei que você vai sofrer muito se isso acontecer. Então, se algum dia, a encontrarmos, um hospital psiquiátrico é a opção para ela. Taylor é desiquilibrada emocionalmente. A prova disso é que planejou contra você, que é irmã, e sangue dela. Não teve nenhum remorso em arquitetar todo o seu plano. Ela queria que sofrêssemos, mas felizmente, nos apaixonamos. O que ela fez, já mostrou que não tem nenhum limite ou noção de realidade. — balançou a cabeça em negativa — Por isso é importante achá-la para neutralizá-la. Vai saber que tipo de loucuras a Taylor está fazendo por aí. — olhou significante para a Lauren — Você teve alguma notícia dela?

Olhando profundamente nos olhos da italiana, Lauren tomou a sua decisão.

— Sim. — respirou fundo ao ver todo o semblante de Camila tornar-se tenso. — Ela me ligou mais cedo.

Camila sentiu-se apavorada, mas não demonstrou a Lauren. Ela não temia por si, mas por a morena. Tinha medo de que Taylor fizesse alguma coisa com a Lauren e o seu filho. Aquela mulher não inspirava nenhum tipo de confiança e não era nada inteligente subestimá-la.

— O que ela queria? Ela disse onde estava? — perguntou ansiosa.

— Não. Ela apenas me chamou de maninha e desligou em seguida. — Lauren disse, lutando para não chorar novamente.

— Certo, tudo bem... — Camila disse meio pensativa. — Obrigada por me contar sobre isso, eu sei como é difícil para você. — olhou para a Lauren e segurou a sua mão por cima da mesa. — Se por ventura, ela entrar em contato novamente, você poderia me dizer?

— Sim.

— Ok, venha cá...

Camila afastou um pouco a cadeira e puxou a morena para um abraço. Lauren suspirou em ter os braços magros e firmes em seu corpo. Tinha sido muito difícil dizer a verdade para a Camila, mesmo com todo o amor que sente pela Taylor, concordava com a italiana. Sua irmã não estava bem, e Camila seria benevolente em oferecer um tratamento para a Taylor.

Sem contar que Lauren odiava mentiras. Como ela poderia olhar nos olhos da mulher da sua vida, sabendo que mentiu para ela? Não. A honestidade e sinceridade sempre foram virtudes da morena, não iria mudar, isso não fazia parte do seu caráter.

Esperava que um dia a Taylor lhe perdoasse, mas era melhor assim.

Quando o coração de Lauren se apaziguou, ergueu a cabeça e depositou um selinho nos lábios de Camila.

— Eu tenho aula de pilates em uma hora.

— Tudo bem. — Camila beijou o topo da cabeça da morena — Vou até o escritório resolver algumas coisas, é o tempo que você se arruma, eu irei levá-la.

Lauren concordou. Camila foi rapidamente até o escritório, e ligou para a Dinah, dando as últimas notícias. O sentimento de alerta lhe deixava apreensiva. Não podia deixar a Lauren desprotegida, a opção de contratar seguranças particulares lhe veio em mente, mas antes, tinha que consultar a Lauren, não queria chateá-la nem ser invasiva.

Lauren banhou-se, retirando todas as impurezas, não apenas do seu corpo, mas como também de sua alma. A sua cabeça estava levemente dolorida por conta das últimas emoções. Apesar da sensação de que fez o certo, estava muito preocupada com a Taylor. Suspirou ao sair do banheiro, precisava mudar o foco antes que enlouquecesse.

Ocupou-se em passar creme em seu corpo e vestiu um top esportivo juntamente com a calça de ginástica, ambos na cor verde florescente. Repartiu os cabelos no meio, e os prendeu de lado com xuxinhas. Depois de pegar as meias de pilates, estava pronta. Desceu, e foi informada por uma das empregadas que Camila a aguardava na frente do castelo.

Camila estava encostada em seu jeep renegade de cor laranja, quando olhou para Lauren. Devorou-a da cabeça aos pés, sentindo-se excitada com a imagem à sua frente. Esqueceu de todos os seus problemas, focando apenas na mulher que vinha em sua direção, era impossível não desejar a Lauren.

Abriu a porta traseira do jeep, e sorriu maliciosamente para Lauren que não entendeu nada, mas se aproximou com um sorriso meigo nos lábios. Tomou um susto ao seu agarrada, e o seu corpo foi jogado contra o estofado macio do banco. Arrastou o seu corpo para trás quando viu a Camila indo para cima de si, e deitando-se sobre ela.

— Camila! O que está fazendo? — Lauren perguntou rindo.

— Você quer me matar? — Camila perguntou, encaixando-se entre as pernas de Lauren.

Lauren parou de rir ao ter a pressão da coxa de Camila em sua intimidade. Ofegou, sentindo um arrepio percorrendo pelo seu corpo na mesma intensidade que Camila a cobiçava. Os seus mamilos endureceram, marcando o top, estava excitada.

— Hum... — contorceu-se quando Camila se moveu, causando um atrito gostoso.

Camila ergueu-se um pouco, e puxou a porta do carro, mantendo-as dentro dele, e isoladas do mundo.

— Você vai chegar um pouquinho atrasada para a aula, mas é por uma boa causa...

Quando o seu top foi erguido e os lábios de Camila fecharam-se em seu seio. O último pensamento de Lauren foi: Que aula?

_____________x_________

— Tudo sairá bem, Lauren. Lembre-se quando estiver nervosa, é só respirar, e se isso não for o suficiente, imagine um ponto seguro, hum? Eu estarei lá para segurar em suas mãos e lhe guiar para o caminho certo. — Camila disse, olhando-a fixamente.

Lauren sentiu vontade de rir, Camila era tão adorável, principalmente quando estava sendo fofa. Elas estavam no camarim. Anahí e Dulce tinham preparado tudo. A morena foi bem tratada por todos, principalmente pela cabelereira e maquiadora.

Os seus cabelos estavam puxados para trás, lisos e com aspecto molhado, a sua maquiagem estava conciliadora. Os olhos apenas com rímel, e os seus lábios escuros, destacando-se na tonalidade de sua pele. O diálogo de Camila foi cortado quando o figurinista chamou a Lauren para provar o vestido, e a joia que posaria para a foto.

Camila quis morrer quando Lauren surgiu com um vestido de couro colado. A peça era um tomara-que caia, com uma abertura no decote que deixava os seios de Lauren esplendidos. O couro agarrava no corpo de Lauren, e exaltava as suas curvas sinuosas. Lauren lançou um olhar quente para Camila, a sua expressão era de pura maldade.

A italiana desejou uma dose de uísque ou uma taça de vinho, porque ver a Lauren daquele jeito era demais para a sua libido, principalmente por a mesma estava com louboutin negros assim como o vestido e de saltos altíssimos. A altivez e as patrulhinhas de Lauren era algo magnifico.

A vontade de Camila era de arrastar para uma saleta, não por posse, mas pelo seu desejo atingir o nível doloroso. Ver Lauren daquele jeito, era um teste para a sua sanidade. Respirou fundo, e pensou em algo que não fizesse agarrar a morena. Percebeu os olhares admirados dos profissionais para a Lauren.

Entortou a boca, sentindo-se ciumenta. Mas, acabou sorrindo, reconhecendo que a sua mulher era estupidamente maravilhosa. Tinha tanto orgulho de Lauren que seria capaz de mandar fazer um outdoor e expor na cidade como a mulher mais linda de todo o universo.

Aproximou-se de Lauren, e beijou-a suavemente nos lábios.

— Você está magnífica, meu amor.

As bochechas de Lauren coraram adoravelmente. Camila sentiu uma vontade absurda de mordê-la. Amava as facetas de Lauren. Guiou-a até o estúdio com a sua mão repousada nas costas de Lauren, respeitosamente. Não iria tocar em nenhuma parte indevida de Lauren para mostrar domínio. Achava patético isso. Era amante e mulher de Lauren, sim. Mas não iria ficar dando demonstração gratuitas para se garantir. Confiava na Lauren, e sabia que a morena sentia o mesmo ao tratar-se de si

Anahí e Dulce estavam lá, e as esperando.

— Lauren Jauregui. — uma mulher exoticamente linda cumprimentou, tinha uma câmera da última geração em seu pescoço, Boa parte do seu corpo eram cobertos de tatuagem, principalmente os braços, os cabelos eram curtos, um pouco mais a cima do pescoço, as suas orelhas exibiam-se dois alargadores. — Eu sou Kehlani Parissh, a fotógrafa.

— O-oi... — Lauren gaguejou, olhando fixamente para a mulher.

Camila odiou Kehlani. Era um absurdo alguém ser tão perfeito daquele jeito. Antes que pudesse raciocinar, puxou a Lauren pela cintura, mantendo-a em si, lançando um olhar desafiador para a fotógrafa. Sabia que estava sendo contraditória com a sua atitude, já que minutos atrás o seu pensamento era outro, mas quem se importava?

— Okay, okay... Vemos que temos uma companheira ciumenta aqui. — riu, tentando quebrar o clima — Minha esposa, Giselle Knowles é do mesmo jeito para comigo, então, eu não vou levar para o lado pessoal. — movimentou o dedo indicador para o agarramento de Camila — Podemos deixar as neuras de lado, e começar?

Lauren lançou um olhar para Camila e ela deu um passo para o lado, dando privacidade a futura mãe do seu filho e esposa.

— Venha, minha linda e me mostre o que você é capaz. — Kehlani pediu.

Camila apertou os olhos, mas rapidamente foi puxada por Anahí, já que Dulce estava conversando os últimos detalhes com a equipe.

— Uma bebida? — perguntou, oferecendo uma taça de vinho.

— Obrigada...

Camila aceitou a taça de vinho tinto e bebericou com os olhos em sua mulher. O cheiro de Lauren atingia os seus sentidos, mesmo de longe. Os seus olhos acompanhava qualquer movimento de Lauren, as poses eram maravilhosas, mas os elogios de Kehlani sobre sua mulher, lhe deixava enfezada.

— Relaxe, eles fazem de tudo para nos ver bem, relaxados e entregues ao momento, e isso inclui elogios exacerbados, apesar que Lauren é esplendida. — Anahí disse com sinceridade, com um dose de conhaque na mão. — Lauren é maravilhosa.

— Eu sei disso...

— Olhe aqui! — Anahí chamou.

Camila moveu-se curiosa, e Anahí apontava para um notebook. Cada foto que Kehlani tirava de Lauren, ia diretamente para o aparelho. A italiana viu a sua boca abrir-se involuntariamente e em delírio admirador quando as fotos iam surgindo. Lauren estava liberta e bem à vontade nas posses.

— Essa aqui, com certeza. — Anahí disse, ainda com o seu copo na mão.

Lauren estava belíssima, o seu corpo estava inclinada para trás, a sua mão em seu queixo, exibindo a pulseira de ouro branco com uma pedra de diamante. Era tão lindo o contraste do preto dos cabelos e do couro em sua pele. As unhas medianas pintadas de branco, dava um toque essencial para a foto. Estava simplesmente incrível com a sua boca marcante, juntamente com a joia.

Camila nunca a quis tanto, como a queria agora.

— Para mim está ótimo, Kehlani. — Anahí avisou, com a sua mulher em seu encalce, mostrou as fotos para a Dulce que aprovou a escolha dela e de Camila. — Mudança de maquiagem e de roupa, temos mais fotos para tirar!

A equipe se locomoveu rapidamente. Anahí puxou o braço de Camila, mostrando as fotos de Lauren que não seriam publicadas, mas se a italiana quisesse, não teria nenhuma objeção em deixá-las com a Camila que prontamente aceitou. Essas preciosidades não podiam ser descartadas.

Tudo estava fluindo bem, até que uma voz intragável atingiu os tímpanos de Camila.

— Cheguei — Keana disse, ofegante, estava suada e cansada. — Como está minha garota? Bem?

Camila decidiu desde o início que não iria envolver-se com Keana, iria ignorar a existência da mesma, mas a palavra "minha garota" reagiu negativamente em sua mente. Era hora de conversar sério com a Issartel, e esperava que ela entendesse cada palavrinha que sairia de sua boca.

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