Playing With Pleasure

By FlamesOnIce

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Fanfic de Cinquenta Tons de Cinza. Personagens de minha autoria, de E. L. James e Sylvia Day. PLÁGIO É CRIME! More

Playing With Pleasure
Welcome to Chicago
Poison
Burn
Thoughts
Begin
Trouble
Lust
Red
Sweaty
Regret
Delight
Expectancy - POV NOAH PARKER
Stranger
Misfortune
Uncover
Surrender
TKO
Unconsciously
Consternation
Rehab
Disturbia
Passion
Love and Pain
True Love - POV NOAH PARKER
Complicity
Past is Past - POV NOAH PARKER
Hope - POV PHOEBE GREY
NOVIDADE!
Recovery
Don't be afraid
What 'll happen?
¡Bienvenido! - POV NOAH PARKER
Let me in
I'm here
Welcome Home
Start again
AVISO!
War is War
Doubts and choices
You love who you love
Your love is my turning page...
The beginning of the end
Agradecimentos

Angel

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By FlamesOnIce

POV PHOEBE

Um calor desconhecido me fez acordar, abri os olhos e percebi que ainda era de madrugada e que Noah estava ali, me encarando com seus grandes olhos azuis.

– Bom dia, anjo. – A voz dele estava rouca e ele me encarava em expectativa.

– Bom dia? Que horas são? – Me espreguicei e uma dor agradável tomou conta do meu corpo e de repente uma sensação de euforia me consumiu.

Eu estou na cama de Noah!

Me virei para fitá-lo e ele encarava meu quadril desnudo.

– Ainda está cedo, meu anjo. – Essa forma carinhosa dele me tratar tem me pegado de surpresa desde ontem e não nego que estou adorando. Dei um sorrisinho. Se ele está dizendo, fiz menção de levantar para vestir alguma roupa, mas quando dei por mim, ele já estava em cima de mim, me dando beijos de leve na boca e me encarando. Retribui seus beijos com delicadeza também, ele desceu a boca para meu queixo e sussurrou me encarando:

– Eu quero fazer mais devagar agora, quero curtir estar dentro de você. – Curtir estar dentro de mim? Eu afirmei com a cabeça, dizendo que ele podia fazer isso, então ele começou a beijar meu pescoço e um arrepio gostoso subiu pelas minhas costas, mordi o lábio e fechei os olhos para curtir a sensação, entre um beijo e outro ele falava algumas palavras que me levaram a loucura.

– Você é tão linda – beijo – Eu quero estar dentro de você o tempo todo – três beijos nos meus lábios – Você parece um anjo dormindo.

Fiquei sem palavras diante dessas revelações. Ele me observou dormir?

– Você ficou me vendo dormir? – Dei uns beijos em seus lábios também e ele sorriu.

– A maior parte da noite. – Eu sorri também e agora ele me beijou de verdade, sem pudor. Sua língua entrou em minha boca e minha língua começou uma briga de boa vontade com a dele. Senti seus quadris abrirem minhas pernas, ele mordiscou meus lábios e antes de me penetrar, sussurrou em meus lábios.

– Olha pra mim, anjo. – E quando abri os olhos, lá estavam os dele, me encarando. Dei mais um beijo de leve em sua boca e então segurando minha perna esquerda, ele me penetrou devagar. Não foi a mesma sensação de antes, aquela sensação de fogo derretendo o gelo, foi uma sensação... Plena.

– Você é tão gostosa, Phoebe. – Ele não aumentou o ritmo, apenas apertou mais seus quadris contra o meu, me deixando sem ar. Depois de forçar alguns minutos seu pau para dentro de mim, ele começou a estocar devagar, sempre me olhando nos olhos, então começou a me dar beijos doces nos lábios quando comecei a gemer. – Isso, amor... Mostra pra mim o quanto você gosta. – Noah começou a estocar mais forte, mas sempre no mesmo ritmo, me levando a loucura cada vez que entrava em mim. Seu corpo colado no meu começou a formar uma fina camada de suor e meu corpo estava tão quente que eu acho que poderia até queimar, mas ele não se importava. Ele estava feliz, assim como eu.

Naquele momento nós éramos um.

Noah virou o corpo, me deixando por cima e antes que eu começasse a me movimentar, sussurrou “devagar” e fez pressão com meu quadril para baixo, tive que apoiar as mãos no peito dele para não me derreter com a sensação. A luz matinal começou a entrar pela janela desprotegida, fez sombras em nossos corpos e com a aprovação do sol, eu comecei a me mexer devagar, sentindo sua ereção preencher cada espaço dentro de mim. Pela primeira vez na vida eu não tive vergonha de estar nua diante de alguém durante a luz do dia, eu me sentia bonita, seu olhar me fazia sentir-me assim. Noah acariciou cada parte do meu corpo, sempre olhando em meus olhos, quando joguei a cabeça para trás, permitindo que a sensação do orgasmo tomasse conta do meu corpo, eu o ouvi dizer “devagar, querida. Sinta, deixe seu corpo sentir”, ofegante e exaurida, eu continuei me mexendo, permitindo meu corpo aproveitar cada segundo daquele momento perfeito. Sem conseguir me segurar mais, deixe-me levar, sentindo os espasmos e a satisfação crescente que estava dentro de mim. Noah segurou meu quadril e estocou mais algumas vezes, fechando os olhos para deixar seu corpo aproveitar também aquela sensação deliciosa. Meu corpo caiu sobre o dele que ficou ali, me abraçando e beijando o topo da minha cabeça com carinho, depois levantou meu rosto e beijou meus lábios devagar.

– Você está bem, amor? – Ele me olhava nos olhos, buscando algum sinal de medo ou arrependimento.

Só que acontece que eu não me arrependi de nada e eu passaria, ou faria tudo de novo só para tê-lo assim, me beijando e sussurrando palavras doces.

– Estou sim. – Sorri e ele beijou meu sorriso.

– Vamos tomar um banho e um café. – Noah começou a acariciar em círculos a base da minha coluna.

– Precisamos trabalhar. Só preciso ir para casa tomar um banho e trocar de roupa. – Ele sorriu e me levantou em seu colo, o abracei com os braços e as pernas e beijei seu rosto e depois seu lábio, quando olhei ao redor, nós estávamos em um banheiro amplo e claro, na bancada da pia, havia alguns produtos masculinos, mas nenhum feminino. Ele foi direto para baixo do chuveiro comigo, ligou e quando a água quente atingiu minha cabeça eu dei um grito. Noah riu e me colocou no chão.

– Vire-se. – Me virei sem questionar, eu até gostava desse lado mandão dele.

Ouvi o barulho de um frasco sendo aberto e instantes depois as mãos dele estavam no meu cabelo, lavando e massageando, fechei os olhos aproveitando o momento, antes que eu pudesse controlar a língua eu me ouvi dizendo:

– Não sabia que você gostava de lavar o cabelo dos outros. – Fechei os olhos e fiquei torcendo para ele não se chatear, ele se limitou a rir.

– Nem eu, anjo. – Ele continuou sua massagem, enxaguou, passou o creme e repetiu todo o processo. Depois me virou e me beijou com voracidade, me pegando de surpresa, Ele ergueu minhas pernas e as prendeu em seu quadril, me encostou na parede e enfiou seu pau em mim de novo, só que com força, fazendo o ar fugir da minha garganta. Noah não foi o mesmo amante que na cama, aqui ele estava exigente e estocando com tanta força que fiquei até tonta, ele prendeu minhas mãos para cima e abaixou-se um pouco para pegar meu mamilo entre os lábios, encostei a cabeça na parede e deixei-me levar pelo seu desejo. Ele soltou meus braços e agarrou meu quadril, batendo com tudo contra o dele. Noah mordia meu pescoço e depois beijava.

– Eu estou com tanto tesão em você! – Ele escondeu o rosto em meu pescoço e como se fosse possível, começou a meter mais rápido, me fazendo ir à loucura. – Você é tão apertada, tão gostosa!

Quando nos perdemos juntos, Noah me abraçou com força e eu retribuí, querendo agradecer por todas essas sensações maravilhosas com um único abraço. Ele me soltou e nós tomamos banho em silêncio, apenas nos olhando e trocando alguns beijos de vez em quando.

Durante o café, ele me contou um pouco da história da editora e fiquei surpresa em saber que meu pai o tinha ajudado. O pensamento do meu pai voltou a perambular pela minha cabeça, mas o afastei, desejando aproveitar cada segundo do meu tempo com Noah.

Ele era divertido e extremamente carinhoso, cheio de preocupações.

Quem diria, né?

Ele me levou até meu apartamento para eu trocar de roupa, coloquei um vestido de decote quadrado coral e scarpins, peguei minha bolsa, o óculos e a chave do carro, quando ele viu a chave, enrugou a testa.

– Você não vai comigo? – Ele olhou a chave e depois para mim.

Eu não achava uma boa ideia, por mais que eu não conhecesse ninguém na empresa, eu sabia que haveria fofoca caso a secretária começasse a dormir com o chefe, expliquei isso para ele e ele disse para eu não me preocupar, ninguém iria ver. Depois de ele insistir um pouquinho, eu acabei topando.

Entramos no carro e voltou a tocar Cry me a River, ele ficou batendo os dedos devagar no volante enquanto tentava entrar no trafego matinal de Chicago. Quando estávamos quase na editora, ele segurou minha mão e me disse olhando nos olhos:

– Eu quero te ver hoje. – Já?

– Não é melhor hoje eu ir para casa? – Ele franziu o cenho de novo e apertou mais minha mão.

– Não, anjo. Eu quero você comigo hoje. – Esse tom mandão dele me deixava excitada, não sei por quê.

– Eu não tenho roupas, nem nada no seu apartamento. – Essa desculpa com certeza não ia colar.

– Não se preocupe. Só me espere hoje para sairmos juntos. – Ele virou e entrou na garagem da editora.

– Juntos? Você não tem medo de alguém nos ver?

– Medo? Eu tenho medo de várias coisas, anjo e de alguém da editora nos ver não é um deles.

– Mas eles vão pensar um monte de coisas... – Antes que eu terminasse minha frase, ele segurou meu rosto e grudou os lábios nos meus.

– Não se preocupa. – Me deu mais alguns beijos e depois saímos do carro.

Meu estômago estava revirando, mas de certa forma a confiança dele me acalmou. Entramos juntos e só algumas poucas mulheres nos notaram. Observando melhor, eu percebi que várias mulheres o encaravam, ou começavam a jogar cabelo e morder o lábio quando ele passava. Meu chefe nem sequer levantava o olhar de seu celular para elas.

Na parte da manhã, quando eu fui levar os contratos de dois livros que ele iria publicar, me detive na porta. Eu não sabia como deveria agir diante da nossa noite, se deveria entrar e falar “querido, uns papeis para você” ou “Sr. Parker, tem uns contratos para o senhor assinar”, fiquei debatendo isso mentalmente até que decidir agir quase sempre ajo. Bati na porta e ele estava inclinado falando baixo ao telefone, quando ouviu o barulho do meu sapato, limitou-se a me encarar e franziu o cenho. Apontei para os papeis e ele fez um sinal para eu colocar em cima da sua mesa. Coloco e saio sem olhar para trás.

Estranho, pensei. Eu sabia que ele iria se portar como meu chefe, mas nenhuma palavra? – Dei de ombros e voltei para minha mesa – ele deve estar em uma ligação importante.

Alguns minutos depois surge diante de mim um Noah sério e compenetrado, parou diante da minha mesa e disse de uma vez só:

– Eu vou precisar me retirar uns dias, não se preocupe. Nos veremos de novo final da semana, devo voltar sábado, querida. – Ele deu a volta na minha mesa e colou os lábios nos meus. Depois de um beijo carinhoso, ele passou o polegar pelos meus lábios e sussurrou: - Te vejo no sábado?

É LÓGICO QUE VOCÊ ME VÊ NO SÁBADO, EU JAMAIS NEGARIA ISSO!

Tive vontade de gritar isso, mas me conti.

– Sim. – Ele me deu mais um beijo e saiu, sem nem olhar para trás.

Fiquei encarando estarrecida o elevador.

Que merda foi essa?

Quarta-feira se arrastou, Noah me mandou uma mensagem dizendo que teve que ir a Espanha de ultima hora, mas estava com saudades. Tentei ser amável, já que ele também estava tentando. Fiz meu trabalho todo automaticamente. Meu corpo estava aqui e minha mente lá com ele.

O que será que ele faz tanto na Espanha?

Essa pergunta ficou rondando minha cabeça a sexta-feira inteira. No final do dia liguei para Teddy, ele contou que nossos pais foram passar a semana na Inglaterra, um espécie de segunda lua de mel. Contei a ele sobre Noah e sua reação não foi a que eu esperava – que era gritos, palavrões e repreendas. Sentei no sofá segurando minha taça de vinho e o celular no ouvido.

– Phoebe... Isso é complicado. Se o pai descobrir que você está transando com seu chefe... Você sabe como ele é em relação a trabalho. – Sua voz estava calma e pude sentir um toque de preocupação.

– Mas Teddy... Só aconteceu, entende? Eu não sabia que ele era meu chefe quando fiquei com ele na boate.

Lógico que eu não contei o que ele fez, só disse que tomamos umas cervejas e trocamos uns beijos, se contasse mais, ele iria me matar.

– Eu sei. Eu ainda acho que você deveria se afastar, não passar uma noite na casa dele, mas como é você que decide o que fazer, eu não vou me meter. Só acho que você realmente tem que se preparar, porque uma hora nosso pai vai descobrir e quando isso acontecer, você tem que estar com todos seus argumentos na ponta da língua.

Eu ri

– Você sabe que ele vai ter um ataque do coração se eu começar a argumentar de volta. O senhor Christian Grey não suporta ser desafiado. – Não pude esconder o tom de preocupação, porque na verdade, aquilo me dava muito medo.

– Você sabe que eu te amo e vou te defender do que for, não sabe? – Quase pude sentir os braços de Teddy ao redor de mim me apertando e isso fez meus olhos enxerem d’água. Eu estava morrendo de saudades.

– Obrigada por cuidar de mim, Teddy... Eu te amo tanto! - Fechei os olhos, drama pouco é bobagem.

– Eu também te amo, irmã. Só toma cuidado com o que você faz, está bem?

– Está bem. Obrigada por ter me ouvido, não sei o que faria se não fosse você. – Minha voz falhou um pouco por causa das lágrimas contidas, mas deu para entender.

– Você estaria se remoendo e se sentindo culpada por não desabafar. – Nós rimos, era verdade. – Qualquer coisa que você precisar, não deixa de me ligar.

– Pode deixar, obrigada Teddy. – Nos despedimos e eu voltei para minha taça de vinho enquanto ficava olhando os segundos passarem no relógio de pulso.

Eu estava enlouquecendo, só pode. Em que mundo eu ia ficar agarrada assim a um homem? – Exceto Charlie, passado obscuro! – Estou simplesmente sentada aqui, olhando as horas e contando os segundos para ele voltar. Meu celular pisca, Whatsapp de Noah.

Noah Parker: Boa noite, anjo. Espero que esteja tudo bem e estou com saudades. Bjs

Sorrio – não mais que eu.

Phoebe: Está tudo bem sim e por ai? Bjs

Menos de um minuto, meu celular piscou de novo.

Noah Parker: Está melhorando. Quer ir comigo amanhã a festa de um amigo? Aniversário de casamento.

Phoebe: Noah, você sabe que estou tentando evitar que nos vejam juntos.

Noah Parker: Eu dou um jeito. Só aceita, ta?

Fiquei encarando sua mensagem por um tempo. O medo crescente de todos descobrirem estava assombrando minha cabeça quando chegou outro Whatsapp dele.

Noah Parker: Só diz sim, anjo.

Sorri – impossível negar algo para ele.

Phoebe: Sim, eu confio em você e sei que dará um jeito.

Noah Parker: Pode ter certeza, me encontra no meu apartamento as cinco.

Phoebe: Roupa...?

Noah Parker: Esporte fino, anjo. Não pedirei para ficar linda, já que é impossível você ficar menos que isso. Preciso ir. Beijos.

Phoebe: Muito lisonjeiro Sr Parker. Te encontro amanhã, obg pelo convite. Bjs

Fiquei encarando o celular, resolvi ler as mensagens de novo.

De troglodita de terno a Príncipe encantado. Estou adorando essa modificação.

Sábado de manhã, acordo com meu celular tocando, era Ivy. Respondo um “alô” engrolado.

– Faaaaaaaala sumida! – Sua voz gritando ecoou em meus ouvidos e me fez afastar o celular da orelha, olhei no relógio, eram oito horas ainda!

– Você está bem Ivy? Desde quando é uma pessoa tão... Matinal?

– Não tenho perfil fixo, Phoebe. – Ela estalou a língua e depois riu. – Quer ir caminhar?

– Ainda estou dormindo, você está falando com a parte do meu cérebro responsável por atender meu telefone. Me liga daqui umas três horas que eu te respondo. – Fechei os olhos de novo, sentindo a cosquinha gostosa do sono tomar meu corpo. O grito de Ivy ecoou de novo e eu abri os olhos frustrada.

– Vamos, vamos, vamos... Por favor! – O tom de súplica dela era tanto que sentei na cama.

– Me da meia hora. – Coloquei os pés no chão, parecia que eu tinha levado uma surra.

– Você tem quinze minutos. Te encontro na recepção. Beijos, amiga. – Desligou e eu fiquei olhando pro celular.

Tomei um banho correndo, prendi o cabelo em um coque e me enfiei numa roupa de academia, fui correndo para o elevador e Ivy já estava lá embaixo me esperando.

– Booooom dia! – Como ela pode estar com esse humor?

– Bom dia, Ivy. – Tentei sorrir e ela me puxou pela mão para começarmos nossa caminhada. – O que houve? Você está com um bom humor irritante. – Ela riu.

– Não houve nada, gata. Só quero conversar um pouco. – Ela enfiou o óculos de sol no rosto e eu fiz o mesmo. – Louise dormiu aqui ontem, ela e Riley estão tão felizes que é impossível não ficar feliz junto. – Ela abaixou um pouco a cabeça. – Só sinto falta dela as vezes, por ela estar sempre aqui comigo, eu me sinto meio sozinha. – Ela deu de ombro e continuamos andando.

– Mas você tem que entender que ela esta curtindo uma fase nova, é normal ela querer ficar tanto tempo com Riley. – Dei um sorriso amarelo.

– E você? Porque não tem falado comigo? Uma semana já, Phoebe! Está com raiva por causa da parada que aconteceu em Manhattan?

Ai. Meu. Deus. Vai com calma, Ivy. Minha cabeça ainda não está funcionando cem por cento. Respirei fundo e comecei a falar devagar.

– Essa semana que fiquei muito ocupada. – Menti – E de forma alguma eu vou ficar com raiva de você pelo o que aconteceu em Manhattan, a culpa não foi sua.

– Eu sei, mas ela é minha prima. Tio Cary disse que ia levar ela em um terapeuta diferente, não entendi muito bem, até porque não conheço esses lances de terapia, só sei que ela precisa de ajuda.

– Sabe, Ivy... Eu acho que cada um tem seu gosto. – Eu estava sendo sincera e direta com ela. – Sua prima tem todo o direito de curtir tudo isso, mas eu acho que o que realmente ajudaria ela é o apoio de todos vocês, entende?

– Eu sei, Phoebe... Mas todos nós tentamos ajudar, porém ela continuou fazendo... Até piorou. – Uma fina camada de suor começou a cobrir meu corpo e de Ivy enquanto andávamos. De repente eu me vi passando em frente ao Mason’s Bistrô e uma mão conhecida puxou meu cotovelo com força, Ivy deu um grito.

– O que você pensa que está fazendo, idiota? Tira as mãos da minha amiga! – Ela gritou e empurrou Charlie com força.

– Eu a conheço. – Ele apontou para mim com a mão livre.

– Que merda, Charlie! – Soltei meu braço com força. – O que você pensa que está fazendo? Eu não te atendi, não te retornei! O recado está dado! – Eu gritei na última parte, algumas pessoas que passavam na rua nos olharam com curiosidade.

– É por isso mesmo! Desde quando você quebra suas promessas? – O peito dele subia e descia com força.

– DESDE QUE VOCÊ FOI UM BABACA, CRETINO COMIGO! – A adrenalina corria solta pelas minhas veias, quando dei por mim, já tinha enfiado a mão na cara dele. – ISSO É POR VOCÊ TER ME TRAÍDO, EU FILHO DA PUTA!

Ivy me encarava incrédula e Charlie esfregou a mão no queixo, me olhando nos olhos.

– Eu queria sair contigo para poder me desculpar. Isso me incomoda tanto quanto a você, mas acho que todo esse ódio reprimido serviu para alguma coisa, não é? – Ele sorriu ironicamente e voltou para o restaurante.

Dei um grito de frustração.

Que filho da puta! Ele acha que pode chegar aqui, agarrar meu cotovelo e me cobrar alguma coisa? Eu estava tão fula da vida que quase entrei no restaurante, para lhe falar poucas e boas, mas Ivy me puxou pelo braço para continuarmos andando.

– Que porra foi essa, Phoebe? – Ela falou baixo e se abanou enquanto voltávamos para nosso prédio, contei a história resumidamente para ela e quando estávamos entrando no elevador, ela falou:

– Se eu tivesse ficado sabendo antes, com certeza eu teria enfiado a mão nele também. Eu hein, ele pensa o que? – Ela cruzou os braços e bufou de raiva. – Quer ir beber alguma coisa hoje de noite?

– Não, Ivy... Eu já tenho compromisso. – Tentei parecer alheia, mas ela percebeu.

Depois de uns segundos seu rosto se transformou e ela arregalou os olhos.

– Noah Parker?

– Não.. Porque você acha que é com o Noah? – Tentei um ar de indignação.

– Porque você não conhece quase ninguém. É com ele ou não é?

– É... – Olhei o relógio, parecia que já estávamos a três horas ali dentro, a claustrofobia começou a crescer dentro do meu peito, abanei meu rosto. Que calor infernal!

– Phoebe, eu nem vou falar nada. – Ela levantou as mãos e quando o elevador chegou a seu andar, ela saiu andando de costas e apontou um dedo para mim, brincando. – Mas você, vai me contar tudo amanhã! – Ela riu e praticamente saiu batendo palmas.

Mas... O que?

O mundo tinha virado de cabeça para baixo e eu não percebi?

Às quatro e meia, eu já estava descendo de novo, optei por um vestido tubinho preto com mangas bufantes, saltos pretos e as jóias que meu pai tinha me dado quando me mudei para Chicago. Entrei no carro, conectei meu Ipod e logo começou a tocar “What Now”, nossa essa música é bonita.

Como eu já tinha feito o caminho para o prédio de Noah duas vezes, não tive problemas em fazer sozinha. Ele mandou as instruções por mensagem e entrei na garagem, estacionei numa vaga vazia que pertencia ao seu apartamento. No elevador eu ajeitei meu cabelo – que estava de escova, foi à forma mais rápida de penteado que consegui fazer sozinha. – lisos. Fui para o saguão e toquei sua campainha. Depois de uns minutos um Noah segurando um copo de uísque, com olhos cansados, de smoking estava sorrindo para mim. Sorri de volta e ele me puxou para um beijo apaixonado.

Nossa, eu poderia me acostumar com isso. Entre o beijo ele começou a balbuciar:

– Eu senti sua falta, anjo... – Colou os lábios nos meus e ficou assim, me apertando por alguns instantes e eu o apertando igualmente forte, pois estava com tanta saudade, até mais que ele, aposto.

– Dança comigo? – Ele deixou o copo em cima da mesa de canto e me segurou pela cintura.

– Olha que eu danço muito bem! – Sorri e ele riu um pouco, apertou um controle e uma melodia doce começou a soar pela sala. Noah pousou uma mão na minha cintura e começou a me rodar.

– Como foi na Espanha? – Tentei manter a curiosidade longe e consegui.

– Está melhorando, anjo. – Ele sorriu, mas esse sorriso não chegou a seus olhos. Eu não queria tocar em algum assunto estressante para estragar nossa noite.

– Você fala espanhol? – Que pergunta idiota. Melhor isso do que nada.

– Si, hablo español. – Ele enrolou um pouco a língua e sua voz soou tão sensual que perdi o fio da meada alguns segundos, depois enrolando o máximo que conseguia a língua, respondi:

– Qué hombre importante – Ele riu, encostou os lábios nos meus e depois se afastou.

– Je parle français aussi – Me rodou um pouco e depois riu. Eu estava adorando sua brincadeira.

– Donc, je tombe en amour – Ele parou e me beijou rapidamente, com os olhos brilhando, sorrindo disse:

– Sprechen Sie Deutsch? – Ele riu da minha expressão. Eu estava tentando traduzir o que ele tinha dito.

– Na verdade, eu não falo muito alemão... – Noah riu e apertou minha cintura, subiu as mãos pelas minhas costas e me beijou apaixonadamente, inclinei o rosto para trás para lhe dar melhor acesso. Depois de brincar com minha língua e sorrir junto a meus lábios.

– Você é um anjo, sabia? – Nossa! Eu nem tive resposta para isso. Fechei os olhos e o beijei de novo. Ele mordeu meus lábios devagar e então sorriu. – Nós temos que ir. – Noah apertou o controle de novo e a música parou. No elevador ele disse que seu motorista ia nos levar. Motorista? Eu nunca tinha visto ele com um.

– Motorista? – Perguntei, curiosa.

– Sim. – Ele assentiu e ajeitou o smoking.

– Eu nunca te vi com um motorista. – Ajeitei a barra do meu vestido e passei as mãos pelo cabelo.

– Você não o viu porque eu fiz questão de te levar em casa e no trabalho. Eu gosto de dirigir, mas francamente... O transito que esta em Chicago ultimamente tem me desanimado muito. – Ele riu e depois segurou as mãos que estavam insistentes tentando ajeitar minha franja – Para, anjo. Você está linda. – Noah beijou a palma das minhas mãos.

– Vem, vamos ir para uma festa chata com gente esquisita. – Ele riu e apertou meu corpo contra o dele.

A mão de Noah apertou minha cintura devagar e eu senti que nada no mundo poderia me afastar do calor de seu corpo. Nada

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