Pregnant By Accident

By IludidaKar

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(CONCLUÍDA) Já dizia Sócrates: "Uma mulher vingativa é mais terrível do que uma leoa faminta". Obviamente que... More

Prólogo
Capítulo um
Capítulo dois
Capítulo três
Capítulo quatro
Capítulo cinco
Capítulo seis
Capítulo sete
Capítulo oito
Capítulo nove
Capítulo dez
Capítulo onze
Capítulo doze
Capítulo treze
Capítulo quatorze
Capítulo quinze
Capítulo dezesseis
Capítulo dezessete
Capítulo dezoito
Capítulo dezenove
Capítulo vinte
Capítulo vinte e um
Capítulo vinte e dois
Capítulo vinte e três
Capítulo vinte e quatro
Capítulo vinte e seis
Capítulo vinte e sete
Capítulo vinte e oito
Capítulo vinte e nove
Capítulo trinta
Capítulo trinta e um
Capítulo trinta e dois
Capítulo trinta e três
Capítulo trinta e quatro
Capítulo trinta e cinco
Capítulo trinta e seis
Capítulo trinta e sete
Penúltimo capítulo
Último Capítulo
Epílogo
Bônus

Capítulo vinte e cinco

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By IludidaKar


Autora narrando...

Um minuto de silêncio constrangedor.

Todos silenciaram com a chegada da polícia que ninguém sabia dizer o porquê de eles estarem ali. Obviamente que os convidados não os chamaram, além de estarem chocados com o barraco, também estavam se divertindo com toda a situação, apesar de nunca admitirem tal coisa.

A imprensa estavam achando tudo maravilhoso, seria sensacional expor toda a situação em seus canais de fofocas. E os fotógrafos pareciam que tinha encontrado o próprio ouro, porque certamente as imagens seriam vendidas, ao não ser que uma das envolvidas estivessem interessadas em comprar o conteúdo, e não seria barato.

As envolvidas na confusão também não tinha o menor interesse na presença dos policiais.

A única que poderia ter chamado era a Sinuhe Cabello. Esta, estava vermelha como um pimentão, Alejandro tentava lhe acalmar com um copo de água com açúcar, mas a mulher estava envergonhada demais para se recuperar da decepção. Nunca imaginou em toda a sua vida que uma das festas da Cabello D'Orcia se tornaria aquele circo ao céu aberto.

— Então? — o policial incitou diante do silêncio, olhando para as cinco.

Como ninguém fez menção de falar, Camila pigarreou e alisou o seu vestido que estava com aspecto sujo. Os seus cabelos tinham se soltado do coque, e sua pele estava com algumas marcas. Deu um passo à frente, mancou, percebeu tardiamente que tinha perdido um sapato no decorrer da briga, resultando em apenas um pé calçado. Ainda varreu rapidamente o chão com o olhar, não o encontrando. Evitando que a cena fosse mais humilhante, optou por ficar na ponta do pé.

Descer do salto? Jamais.

— Poderíamos responder as suas perguntas se vocês abaixassem as armas. — disse seriamente — Não somos nenhuma criminosas e não aceito ser tratada como tal, então, por favor.

Os policiais se entreolharam, se fosse em outro contexto, não iriam fazer. Mas não eram idiotas, sabiam com quem estava lidando, não queria que futuramente resultasse em um processo de estado.

Guardaram as armas.

— E agora? Estamos aptos para saber o que estava acontecendo aqui? — perguntou com ironia.

Camila sorriu falsamente, olhou em volta, de todas envolvidas na briga, a única que parecia pior era a Hayden que estava arfando, descabelada e com arranhões pelo corpo. Lauren parecia bem, apesar de estar descabelada e com a maquiagem borrada, uma alça do vestido tinha arrebentado, mas ela parecia sem prejuízo maiores. Dinah apesar dos joelhos machucados, estava serena, e Keana não tinha um fio de cabelo se quer fora do lugar.

A italiana revirou os olhos para isso, e então, abriu os braços e apontou para as direções ao falar:

— Como pode ver... — olhou para o crachá na farda do policial —... Policial Garcia, é apenas uma festinha para conhecidos e amigos. Nada demais. Vocês chegaram em um momento que estávamos com os ânimos exaltados. Agradeço por comparecerem, mas esta é uma festa privada e se não estamos infligindo nenhuma lei, gostaria que se retirassem, não são bem vindos.

Garcia apertou os olhos para a audácia daquela mulher. A sua vontade era de jogá-la dentro do camburão e levá-la para a delegacia, para que ela passasse por toda humilhação de ser presa na frente dos seus amigos. O seu parceiro parecia não compactuar da mesma ideia, já que mostrava-se ansioso para ir embora.

— Engana-se, madame. Recebemos uma ligação para contenção de briga, e aqui estamos. E como presenciamos o ato, é a nossa obrigação perguntar se alguma das envolvidas tem o interesse de prestar uma queixa. — Garcia avisou.

Mais um momento de silêncio. O olhar de Camila pesou em Hayden que a encarou de volta com o queixo empinado. Percebendo a breve tensão que sucedeu com a troca de olhares, e a disposição do policial para levá-las até a delegacia, Dinah olhou em volta. Na parte lateral do castelo, um pouco afastado, tinha uma van do buffet que estava descarregando as bebidas e os alimentos para a festa. Ótimo.

— Quando eu disser já! Você pula nas minhas costas. — murmurou para a Lauren.

— Por que? — questionou, com as sobrancelhas franzidas.

— Só faça o que eu disse. — Dinah a cortou.

Lauren estava com a cabeça a mil. Tudo que mais queria era ir embora. Os seus pés estavam a matando com aqueles saltos, sem contar que não sentia-se confortável em segurar um lado do vestido arrebentado. A adrenalina ainda bombeava em seu corpo, mas tinha certeza que quando tudo aquilo passasse, resultaria numa ressaca moral para todos as envolvidas.

Porém, uma questão estava no ar.

— Não era para você está à frente de tudo? Você como advogada da Camila, não deveria estar cuidado de sua cliente?

— Shhhhhhhhh. — Dinah lhe lançou um olhar em advertência.

A morena calou-se, até porque escutou a voz de Hayden. O seu corpo todo arrepiou-se em puro ranço daquela loira. Se ela tivesse um pingo de dignidade, teria ido embora e as poupado de sua presença.

— Eu quero prestar queixa contra aquela mulher ali. — Hayden apontou para a Lauren.

Lauren abriu a boca em formato de "O", a indignação também atingiu a Camila, Dinah e Keana.

— Tais bestando, sua mula? — Lauren perguntou numa explosão de irritação.

— Mula? Respeite-me, sua nojenta!

A loira fez menção de avançar em cima de Lauren, mas a Camila colocou-se em sua frente, peitando-a, Hayden tombou para trás, mas não recuou. Sabia que tinha perdido tudo mesmo, não lhe importava mais nada, conhecia a Camila muito bem para saber que a italiana não iria lhe perdoar pelo o que presenciou, então, já que estava suja, iria se melar muito mais. Avançou para cima de Camila, e a empurrou. Camila sem ao menos pestanejar, a empurrou de volta.

Os convidados e a imprensa se agitaram em expectativa.

— Nem mais um passo, Hayden. — Camila avisou com os olhos injetados na menor.

— Ou o quê? — Hayden provocou sem abaixar a cabeça. A sua vontade era de amassar a cara de Lauren, foi uma pena que interromperam a sua briga com a morena.

— Afastem-se. — Garcia avisou.

Elas o ignoraram.

— Ou vou fazê-la comer cada pedra desse chão. — ameaçou Camila.

— Pelo amor de Deus, parem agora! Já não passamos por isso? — Sinuhe gritou, furiosíssima, atraindo a atenção de Camila. Deu uns passos à frente com a sua melhor expressão de assassina. Automaticamente Camila e Hayden se afastaram. — Camila Cabello que deselegante, eu não a criei assim, caceteira! E você, Hayden, onde está o seu juízo? Chega dessa palhaçada, eu não quero presenciar mais nenhuma briga, me ouviram? — perguntou autoritária.

— Não teríamos nenhuma briga se a Hayden não tivesse jorrado ofensas para a Lauren. E eu não vou aceitar que essa sururu desmoralize a minha namorada sem fazer algo! — Camila respondeu sem temer a mãe.

— Eu a desmoralizei? — Hayden perguntou com agitação — Essa puta nasceu sem moral alguma.

Camila irritou-se mais ainda, o seu rosto ganhou um tom avermelhado.

— Eu vou limpar essa sua boca com sabão e você vai aprender a nunca mais a xingar alguém!

Fez menção de avançar em cima de Hayden que já a esperava em posição de luta quando alguém segurou o seu braço, movida pelo ânimo exaltado, cotovelou a pessoa no intuito de se soltar. Só se deu conta do que tinha feito quando um "o" dos convidados e um gemido doloroso masculino lhe despertou a atenção. Era o outro policial cujo nome era Telles, estava curvado com a mão entre o abdome. Aparentemente a cotovelada tinha ido em alguma de suas costelas.

— Ai meu Deus, me desculpa! — Camila apressou-se em dizer, tentando ajudar o policial que avermelhado negou-se a aceitar.

Também magro daquele jeito, Camila se admirava que a sua cotovelada não tivesse ultrapassado o abdome dele e atingido a coluna vertebral.

— Já chega, Srta. Cabello, eu vou ter que levá-la atuada em flagrante por desacato e agressão física. — Garcia disse ao se aproximar com as algemas na mão.

Hayden sorriu com satisfação. Já os convidados ficaram mais chocados, a imprensa em êxtase.

— Não, por favor! — Lauren choramingou, tentou se aproximar, mas a Dinah lhe impediu. — Não a leve!

— Vamos conversar, Sr. Garcia, tenho certeza que entraremos em um senso comum. — Sinuhe tentou, ficando em frente ao policial.

— Um policial foi agredido e todos estão de prova, que espécie de policial eu seria se não cumprisse o meu papel? Agora se permite... — Garcia disse, orgulhoso.

Camila agitou-se, sentindo o nervosismo lhe fazer suar. Nunca teve tanta consciência dos olhares das pessoas sobre si. Não queria ser presa, mas também não tinha como escapar. Se era para ser presa que iria com o queixo erguido e todo o orgulho aflorado. Tentou se consolar com o pensamento que não era a primeira e também não seria a última socialite em ser presa.

— Lembrasse quando eu disse sobre o já? — Dinah perguntou para a Lauren que estava aflita pela Camila, a morena olhou para a maior e viu quando a mesma retirou os sapatos.

— Sim... — respondeu com a voz trêmula.

Sem pensar duas vezes, Dinah mirou bem o Garcia que estava passando por uma Sinuhe consternada e acertou um sapato na cabeça do mesmo. Ele se assustou, e virou-se em busca da autora do ataque quando sentiu outra sapatada na testa. Dinah nunca esteve tão feliz por ser arremessadora quando criança. Pelo jeito ainda estava em forma. Mais uma surpresa para a noite. Sem perder tempo em se orgulhar do seu feitio, e aproveitando a surpresa do Garcia que o deixou sem ação.

Deu o comando para Lauren:

— Já! — e virou-se, meio desengonçada, Lauren pulou nas costas de Dinah que saiu em disparada, sentindo os flashes sobre si. Ainda virou a cabeça para ver a Camila parada com a boca aberta e o semblante abismado. — Rala peito, Camila, rala peito! — berrou, correndo loucamente.

Camila despertou e saiu correndo atrás de Dinah, com o seu coração batendo desesperadamente dentro do peito. A sua vontade era de gargalhada pela loucura, mas manteve-se empenhada em correr, aliás, estava apenas com um sapato e não iria o tirar. Ela não sabia o que a Dinah estava aprontando, e nem deveria confiar nas loucuras de sua amiga, mas já tinha se molhado com essa chuva, não tinha como voltar mais atrás.

Escutou os gritos atrás dela, e um era do Garcia que tinha reagido e passara a correr atrás das três.

Lauren segurava-se firmemente em Dinah que a carregava como se fosse uma pluma, dobrou as pernas e agarrou-se na cintura da maior, sentindo-se o próprio filhote de coala. Apesar de assustada, estava achando o máximo a fuga.

Alheia a toda situação, estava a Normani Kordei. Ela tinha decido muito antes do lady driver, porque o congestionamento de carros estava impossível e como assistente pessoal de Camila, deveria estar presente para qualquer intercorrência. Esperava que Camila não surtasse pelo o seu atraso. Não era fácil andar em um chão de pedra com botas over vermelha de salto e bico fino. Felizmente, sabia que chegaria ao evento esplendorosa, tinha passado muitas horas no salão de cabelereiro e sentia-se divina. Tinha colocado aplique nos cabelos e eles estavam longos e ondulados, a sua maquiagem estava harmonizada com o tom de sua pele, e o seu vestido curto e negro coladíssimo de mangas compridas deixava o seu corpo uma tentação.

Não via a hora de sair nas melhores revistas com o seu look. Eles dedicavam duas páginas para os melhores looks dos convidados. Tinha se vestido pensando nisso.

Mas parecia que não iria acontecer. Parou de andar quando viu a Dinah correndo em sua direção com uma morena em suas costas que rapidamente reconheceu ser a Lauren Jauregui, a paixão descarada de sua chefe. E para a sua maior surpresa, viu a Camila correndo também, com um policial atrás dela e fotógrafos.

Rapidamente alarmou-se.

Era algum tipo de pegadinha?

— Normani, corre! — Dinah gritou antes de alcançar ela. — Corre!

Ficou indecisa, pensou em não correr, mas sentiu medo de ser alguma coisa muito ruim. Ignorando os seus pés achatados na bota over, começou a correr em frente a Dinah, sentindo-se extremamente nervosa e sem saber para onde ir.

— Para a van! — Dinah gritou, como adivinhasse os seus pensamentos — Volante da van!

Viu a van que estava com a porta do meio, aberta. Avançou até o automóvel, e deu a volta, abrindo a porta do motorista e sentando-se no banco do motorista que felizmente estava com a chave na ignição. Girou-a, e sorriu quando o carro ligou. Escutou um baque, era o corpo de Dinah e Lauren no interior da van.

— Camila! — Lauren gritou.

Camila ainda estava dois metros de distância e quase sendo pega pelo policial. Agindo por impulso, Normani deu partida na van e avançou até Camila, fez uma manobra arriscada e a van girou para o lado, cantando os pneus no chão. Dinah e Lauren puxaram a Camila pelos braços e como uma boneca de molengo a mesma foi jogada para o interior da Van.

Dinah fechou a porta ainda escutando o último grito do Garcia. Camila tentou se equilibrar, mas outra manobra de Normani e o seu rosto foi diretamente para a janela da van.

— Ai! — gritou depois da porrada.

— Camila! — Lauren gritou, a puxando para verificar o seu rosto.

— Para onde? — Normani gritou.

— Para qualquer lugar longe daqui. — Dinah gritou de volta.

— Você está bem? — Lauren perguntou a Camila, aos gritos.

— Sim e você? — Camila também gritou, olhando atentamente para a morena — E o bebê?

— Está tudo bem! — Lauren gritou, a abraçando.

— Por que está todo mundo gritando? — Normani perguntou sem parar de gritar, dirigindo imprudentemente, com medo de que a polícia viesse atrás delas.

Então, elas perceberam o que estava acontecendo. Camila, Dinah e Lauren se entreolharam e começaram a rir da loucura sem sentido. Já Normani não compartilhou do mesmo humor, não sabia o que estava acontecendo, e se por ventura, as três tivessem cometido algum homicídio? Ela seria cúmplice sem querer!

— Dinah Jane, ou você me conta o que está acontecendo, ou eu paro essa van agora! — Normani exigiu, fuzilando a Dinah pelo retrovisor.

Percebendo a seriedade no tom de voz da Normani, Dinah engoliu a seco, conhecia muito bem a negra para saber que se realmente não contasse, ela cumpriria a sua palavra e pararia a van, e não seria interessante que isso acontecesse.

Camila e Lauren ainda riam, perdidas em suas histerias.

Ignorando-as, Dinah pulou no meio do banco do motorista e do acompanhante até que sentou-se no do acompanhante. Antes de começar a falar, admirou a beleza de Normani, sentiu uma disparada em seu coração.

— Você está linda. — elogiou sem conseguir afastar o olhar.

— Não perguntei se estou linda ou não. — Normani retrucou, estressada — Eu quero saber o que está acontecendo! Se eu vou ser cumplice de algum assassinato quero estar preparada para tudo.

— Que assassinato o quê? Está louca? — Dinah perguntou incrédula.

— Estou a um passo de ficar louca se você não explicar o que significa tudo isso. — aumentou os faróis já que estava entrando numa área que o acesso requeria cuidado.

— Ok, vou contar, tudo começou...

Então, Dinah contou tudo, desde a humilhação que Lauren tinha sofrido nas mãos de Hayden até a fuga. Sentiu alivio quando o semblante de Normani suavizou-se e um sorriso de lado surgiu nos lábios carnudos.

— Você é louca, Dinah? Não podia simplesmente resolver tudo pacificamente? Precisava de toda essa confusão? Sabe que amanhã só se falará nisso, não é? — Normani perguntou baixinho, olhou pelo retrovisor em busca de sua chefe, mas rapidamente desviou o olhar ao ver que Camila e Lauren estavam se beijando. — Camila vai surtar, não sei como não está fazendo isso agora! Você não deu nada a ela, deu?

— Claro que não! — Dinah respondeu baixinho. — Por que todo mundo acha que eu dei alguma coisa a ela? Só foi uma vez, tudo bem? E se quer saber, ela quase virou um meme! — deu de ombros — Ela deve tá sob adrenalina ainda, isso é mais potente do que qualquer substância. E respondendo a sua pergunta... Camila iria ser presa, o meu sexto sentido dizia que aquela peste da Hayden não iria ficar satisfeita até que Camila saísse de lá detida. Na sua opinião, o que seria mais épico? Ser algemada ou fugida da polícia?

— É pensando por esse lado...

Dinah olhou para frente, enxergando apenas mata. Demorou uns segundos, mas rapidamente se situou aonde a Normani estavam as levando. Para o rio D'Orcia. Olhou para trás, e viu as prateleiras com as comidas embaladas e as bebidas conservadas. Não poderia ter tido ideia melhor do que ter induzido a Normani ter roubado um transporte de alimentos.

— E outra, depois a Camila se apresenta na delegacia, se tiver que ser sentenciada, será para serviços comunitários, nenhum bicho de sete cabeças, embora que não acho que a Cabello mãe vai deixar que isso aconteça...

— Você é uma péssima advogada. — Normani riu.

— Mas sou uma ótima amiga. — Dinah disse, então, a olhou e piscou levemente com um sorriso sacana. — E uma excelente namorada, você deveria testar...

Normani apertou os olhos para a encarar, o sorriso sacana continuou, então, a negra revirou os olhos e prestou atenção na estrada. Por fora fingia indiferença, mas por dentro estava pulando de alegria.

(...)

— Visto que a agressão foi apenas um acidente, esqueceremos o que aconteceu. — Sinuhe disse rigidamente, estava em uma sala a parte com os dois policiais, e Hayden. Ela quase tinha tido uma síncope ao ver a Camila fugindo como uma delinquente, mas isso tinha passado, agora tinha que lidar com as consequências que a irresponsável de sua filha não pensou sobre.

Na recepção principal, a festa estava acontecendo. Preferiu por não interromper a programação, apesar que a sua vontade era de isolar-se por anos até que as pessoas esquecessem dessa festa, mas por experiência própria, sabia que isso não aconteceriam.

As pessoas gostavam de memorizar um barraco. Sendo pobre ou rico. Mas presenciar a roupa suja dos outros sendo lavada era muito satisfatório.

— Sra. Cabello com todo o respeito, mas a sua filha cometeu um delito que precisa ser respondido. — Garcia disse.

— Foi apenas uma cotovelada inofensiva. — Sinuhe disse em tédio, bebendo um gole do seu vinho, encarando o Garcia com os olhos frios. Arrependia-se por ter chamado a polícia na hora da confusão. Mas quando os chamou, a Lauren e Hayden estavam atracadas, o seu intuito era de que Lauren fosse presa, e não que todo o feitiço virar-se contra a sua filha. — Aposto que o Telles nem a sente mais, não é? — perguntou, mirando o outro policial calado.

Telles empalideceu com o olhar da mulher sobre si. O suor rapidamente desceu por suas têmporas.

— É, eu não sinto absolutamente nada. — apressou-se em dizer — Foi apenas um acidente, Garcia. — engoliu a seco — Até já esqueci, então, não precisa disso tudo.

Sinuhe sorriu satisfeita, mas Garcia não parecia nem um pouco.

— Mas isso não anula a agressão e...

Sinuhe soltou uma risadinha intimidadora que fez o Garcia parar de falar. Ela depositou a sua taça quase vazia em cima da mesa. Ela precisaria de várias garrafas de vinho para que a ressaca alcoólica fosse maior do que a moral, se é que aquilo fosse possível. Engoliu todos os demônios, não mostraria fraqueza diante daqueles. Já bastava o que tinha passado anteriormente.

— Eu acho que você não está entendendo muito bem, Garcia. Já disse que foi sem querer, o Telles já confirmou que foi um acidente. O que precisava mais? De uma carta escrita? — o olhou sugestiva, percebendo o silêncio dele, continuou — Conheço muito bem o superintendente, ele é um amigo antigo que não cogitaria ou pensaria duas vezes para lhe demitir, caso esse fosse o meu pedido. Mas eu acho que você não tem nenhum interesse de testar o poder da minha amizade com ele, não é? — perguntou com falso interesse.

Garcia perdeu a posse, Telles que antes já estava pálido, parecia que tinha sumido de tão branco que ficou.

— Não, madame... — Garcia respondeu secamente.

— Muito bom. Esqueceremos o incidente que aconteceu está noite e qualquer coisa que mencione o sobrenome Cabello. — balançou a mão como se tivesse expulsando algum cachorro de perto. — Podem ir.

Acatando a ordem, os dois rapidamente partiram. Ficando apenas Sinuhe e Hayden no ambiente. A mais velha virou-se, e encheu a sua taça mais de vinho, dando um longo gole em seguida, escutou os passos da mais nova ao se aproximar.

— Sinu, me descu...

Hayden não teve tempo de terminar de falar. Sinuhe virou-se e rapidamente sua mão encontrou o rosto da loira pesadamente, enquanto, a olhava em plena fúria. A mais nova levou a mão até a sua bochecha ardente, mas não soltou nem um choramingo ou pensou em revidar. Já tinha visto a Sinuhe irritada, mas nunca furiosa daquela maneira.

— Você é estúpida ou muito burra, garota? — perguntou com ódio — Em que mundo você vive? Como pode estragar tudo a esse ponto? Você tem noção de que merda fez? A Camila não vai querer nem olhar pra sua maldita cara e a culpa é toda sua! — gritou — Sua idiota de merda!

— Desculpa... — a voz saiu fraca.

— Sua desculpa não vai mudar absolutamente nada! — esbravejou, afastando-se de Hayden antes que ela mesma fosse presa por agressão — Eu deveria fazer o que os inúteis dos seus pais não fizeram, que foi lhe encher de bofetadas! — ameaçou e Hayden se encolheu um pouco — Eu ainda estou tentando chegar a uma explicação para a sua atitude impensada.

— Eu não sabia que Camila estava escutando. — Hayden apressou-se em dizer — Na minha cabeça tudo estava bem resolvido e claro. A humilhação de Lauren, o suborno da imprensa... A presença de Camila foi algo muito surpreendente.

— Surpreendente para alguém burro como você, para mim não, era até o esperado. — andou de um lado para o outro, apertando as têmporas — Você me rendeu uma bela dor de cabeça, se não fosse por você, toda essa confusão não teria acontecido! O que tínhamos combinado? Que humilharíamos a Lauren durante a recepção, enquanto, a Camila estaria ocupada demais com os negócios, mas o seu ego enorme que mal cabe em seu corpo a impediu de esperar. Você levou tudo a perder, Hayden.

— Não foi minha intenção, Sinu... — choramingou. — Eu vi a Lauren chegar toda pomposa, e não resistir... Eu... Droga!

— Você agiu com a emoção. Não percebeu ainda que com essa mulher não podemos deixar que o ânimo nos movimente? Ela é perigosa e prendeu a Camila com o seu joguinho de pureza. Ao se tratar de Lauren Jauregui, é tolice ser impulsiva. Temos que ser estrategistas. — respirou fundo, não achou que aquela mulher lhe daria tanta trabalho.

— Eu sou carta fora do baralho, não posso mais ajudar...

— Por enquanto. — Sinuhe afirmou, voltando a olhar para a Hayden — Quando o encanto da Camila por essa mulher quebrar, você estará novamente no jogo.

— Será? Você viu lá fora, Sinu! A Camila me atacou para defender essa mulherzinha! Eu não sei como poderemos vencer esse jogo.

— Mas eu sei. — e sorriu.

Hayden estremeceu ao ver o sorriso da mais velha, mas também sorriu. Parecia que tinham um novo plano...

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Com ela eu caso, construo família, dispenso todas e morro casadão.