Pregnant By Accident

By IludidaKar

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(CONCLUÍDA) Já dizia Sócrates: "Uma mulher vingativa é mais terrível do que uma leoa faminta". Obviamente que... More

Prólogo
Capítulo um
Capítulo dois
Capítulo três
Capítulo quatro
Capítulo cinco
Capítulo seis
Capítulo sete
Capítulo oito
Capítulo nove
Capítulo dez
Capítulo doze
Capítulo treze
Capítulo quatorze
Capítulo quinze
Capítulo dezesseis
Capítulo dezessete
Capítulo dezoito
Capítulo dezenove
Capítulo vinte
Capítulo vinte e um
Capítulo vinte e dois
Capítulo vinte e três
Capítulo vinte e quatro
Capítulo vinte e cinco
Capítulo vinte e seis
Capítulo vinte e sete
Capítulo vinte e oito
Capítulo vinte e nove
Capítulo trinta
Capítulo trinta e um
Capítulo trinta e dois
Capítulo trinta e três
Capítulo trinta e quatro
Capítulo trinta e cinco
Capítulo trinta e seis
Capítulo trinta e sete
Penúltimo capítulo
Último Capítulo
Epílogo
Bônus

Capítulo onze

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By IludidaKar

Lauren Point of View

Fome.

Uma fome quase desesperadora. Despertei com o meu estômago socando literalmente o meu abdômen exigindo alimento.

Isso que me impulsionou a levantar da aconchegante e grande cama. Resmunguei baixinho em ter que sair daquela quentura gostosa. O tempo está razoavelmente frio, apesar da calefação do quarto. É em clima assim que a minha alma encorpara um urso e quer simplesmente hibernar.

E eu hibernaria, se o meu estômago não estivesse em uma crise histérica. Eu tenho que agradá-lo, ele anda bem bipolar nas últimas semanas e não é sempre que ele está de bem comigo.

Estico-me com toda preguiça do mundo. Olhando com tranquilidade para todo o quarto que estava parcialmente iluminado. Percebo as cortinas brancas em movimento, curiosa, levanto-me e coloco os meus pés no tapete felpudo e quente. Pela primeira vez em anos, minhas costas não doem. Eu realmente tinha me esquecido como era dormir em um colchão bom.

Caminho em direção das cortinas, e ao abri-las, vejo que a porta de correr de vidro estava aberta, dando espaço para uma pequena varanda. Cruzo os meus braços ao sentir o vento frio em meu corpo ainda muito quente, mas isso não me impede de continuar. Os meus olhos ardiam um pouco com a claridade, mas a imagem em minha frente era recompensador. O castelo era rodeado por rosas multicoloridas bem tratadas em seu amplo jardim e um extenso vinhedo que perdia-se nos meus olhos.

O cheiro doce das rosas com as uvas me atingiram. Puxo o ar com força, deixando o ar limpo adentrar pelas minhas narinas. Era difícil sentir um ar tão puro assim em Nova York, rapidamente me sinto em paz, esquecendo do estresse da noite anterior.

Fiquei admirando por uns minutos até que decidir entrar para tomar banho. O banheiro era tão monstruoso como o quarto. Acho que não existia nenhum lugar nesse castelo que não exale luxuosidade.

Ignorei a banheira, e optei pela ducha. Não por falta de interesse, já que eu sempre quis tomar banho de banheira, mas por saber que o impaciente do meu estômago não me permitiria passar bons minutos na banheira. Ficaria para outra hora. Depois de tirar a roupa, um impasse me envolve: Como ligar o chuveiro?

Não tinha nenhum registro na parede com cerâmica branca! Como um banheiro tão grande desse não tinha um registro para abrir o chuveiro? Como a água cairia? Com a força do meu pensamento?

Mordo o lábio inferior. Eu poderia chamar alguém para ajudar, mas a vergonha não me permitiu. Iriam me achar uma burra que não conseguia nem abrir um chuveiro direito!

Olho em volta na missão de encontrar o registro. Fora do box, existia apenas dois registros. Um indicava claramente que tratava-se da banheira, e o outro? Só podia ser do chuveiro! Com um sorriso de orelha a orelha por ter vencido a minha batalha interna com o chuveiro maligno, giro de vez o registro que para minha surpresa e susto, uma duchinha que estava ao lado do vaso sanitário começou a expelir água com tanta força que soltou-se do pegador e tremeu em uma dancinha esquisita parecendo uma cobra.

— Ai meu Deus! — gritei e tentei pegá-la, o que foi uma péssima ideia, já que a duchinha encapetada parecia aumentar ainda mais sua dança. Sempre que ia em sua direção, ela ia para o outro, o que resultou alguns jatos de água fria na minha cara e no meu corpo.

E o pior de tudo era que o banheiro estava ficando inundado. Tentei pegar a duchinha que destruía o banheiro, mas não tive sucesso. Até que depois de alguns minutos de puro terror, lembrei que era só fechar o registro!

— Muito esperta você, Lauren. — me xingo mentalmente quando fecho o registro e a duchinha cai morta no chão.

Percebo que estou ofegante e com o corpo cansado de todo malabarismo. Olho em volta, e sinto um frio na barriga quando vejo o estrago no banheiro que estava preste a ser batizado de piscina.

— Eu tenho que enxuga isso, logo!

Recolho algumas toalhas debaixo do lavabo, mas elas estão ensopadas. Assim como o meu corpo. Droga! O que vou fazer? Talvez, se eu pegasse uns lençóis? Péssima ideia! Melhor, eu iria me vestir e pedi encarecidamente a Andreia para me dar umas toalhas e torcer para que ela não fosse tão prestativa como na noite anterior e não resolvesse vim até o quarto trazer pessoalmente as toalhas.

— Bom. — respiro fundo com a água pingando em meus cabelos. — Pelo menos não dá pra ficar pior que isso.

Foi eu terminar essa frase que escuto batidas na porta do banheiro.

— Lauren? — Camila chamou.

Ah não! Droga! Arregalo os olhos, meu primeiro pensamento foi correr até a janela do banheiro e tentar pulá-lo. Eu poderia cair e fraturar algum osso. Mas quem se importa com fratura quando tem que enfrentar Camila Cabello?

Ela vai ficar furiosa quando ver o banheiro da casa dela destruído!

— Lauren? Você está aí? — perguntou ela, depois de mais duas batidinhas.

— Não! — grito em resposta, apavorada, já abrindo a janela do banheiro.

— Deixe de graça! — Camila resmungou, então, elevou a voz. — Que aguaceiro é esse que está saindo da porta? Lauren, abra essa porta! — ordenou.

— Não é nada, tá tudo sob controle. — respondo alto, a janela é pequena, mas se passar a minha cabeça, o resto do corpo vai.

— Se tivesse tudo sob controle não teria água encharcando o meu carpete caríssimo. — Camila soou irritada. — Abra essa porta, agora! E não me faça pedi novamente. — usou um tom maternal de repreensão.

Suspiro, não tinha como fugir da fera mesmo. Vou até a porta, mas volto ao perceber que estou nua, me enrolo na toalha molhada. Depois de respirar fundo, abro a porta do banheiro e me afasto um pouquinho para o lado, com a cabeça baixa de vergonha e olhando fixamente para os meus pés.

— O que foi que aconteceu aqui? — Camila questiona, dando um passo à frente. Não sei como ela está vestida porque não tive coragem de olhá-la, mas ela está muito cheirosa. Como sempre.

— Eu... — balanço os dedos dos meus pés pra controlar um pouquinho meu nervosismo. — Tive um acidente com a duchinha... Abri demais o registro e a água jorrou pra todo lado. — ergo a cabeça e a olho. — Mas eu juro a você que não fiz de propósito, eu achava que era o registro do chuveiro!

Camila me encarou com o semblante neutro. Os seus olhos exibiam um brilho diferente, irreconhecíveis para mim, percebi que ela meio que repuxava os lábios para o lado. O que era isso? Ela está achando graça ou está evitando soltar um monte de xingamentos?

— Lauren, me responda uma coisa, por favor e se puder. — ela pediu com a voz pacífica.

— Claro. — concordei de pronto.

— Por que achou que o registro do chuveiro ficaria num lado totalmente oposto ao dele?

Hum.

— Porque só tem dois registros aqui no banheiro. Achei que um era da banheira e o outro do chuveiro.

— Mas você viu que não era. — ela repuxou mais os lábios.

Um estresse me invadiu. Ela está zombando de mim, por acaso? Tava tentando me fazer passar por burra?

— Se eu não tivesse visto, o banheiro não estava encharcado desse jeito. — respondo com mau humor. — E se ele está assim, a culpa é totalmente sua!

— Minha? — Camila pergunta com o semblante surpreso, levou dramaticamente a mão no peito. — Por acaso, eu estava aqui sussurrando em seu ouvido para abrir o registro?

Um rubor queima as minhas bochechas ao imaginá-la sussurrando em meu ouvido algumas coisinhas... Balanço a cabeça em negativo, não era hora para isso.

— Você não estava, mas quem é que instala um chuveiro inacessível? — estalo a língua ao revirar os olhos. — Já que quer coisas sofisticadas, ao menos, avise os seus convidados antes de como usar suas tecnologias, quem sabe assim, mais banheiros não serão inundados!

Percebo que explodi quando a vejo me olhando intensamente, o repuxo dos lábios não estava mais lá. Em compensação, os seus olhos tinha adquirido aquele que avermelhado que particularmente eu acho perigosamente sexy.

— Alguém parece que acordou com a língua afiada hoje. — disse ironicamente. — Está mau humorada?

— Achei que já estava sendo o óbvio para você. — retruco, e surpreendo-me por estar tão espinhosa, mas a vontade era de gritar.

Camila novamente me encara. O seu olhar dura um pouco em meus olhos antes de deslizá-los pelo meu corpo. Engulo à seco com a sua inspeção, bem ciente que estou usando apenas uma toalha molhada. Encolho os dedos dos pés quando o seu olhar se fixam neles, me sentindo absurdamente exposta, nua. Um calor estranho atinge o meu ventre e passeia pelo meu corpo livremente. Ela franze imperceptivelmente as sobrancelhas, então, bate palmas.

O meu ego inflama ao pensar que ela está batendo palmas para o meu corpo, mas o barulho de água caindo em cascata me fez olhar para trás. O maldito chuveiro estava ligado e funcionando!

— É só bater palmas. — ela disse um pouco rouca. — Vou pedir para Andreia trazer toalhas secas e limpar o banheiro depois do seu banho.

— Não precisa ocupar a Andreia, é sério. Eu mesmo posso limpar tudo.

Ela volta a me olhar nos olhos, então, suspira.

— Você é minha convidada, Lauren. E enquanto for, você não usará as suas mãos... — lançou-me um meio sorriso. — Não para isso. — concluiu em um tom quente que aumentou meu rubor — Não demore, eu estarei lhe esperando para o desjejum.

Solto a minha respiração que nem tinha percebido que estava suspensa. Com o corpo trêmulo vou até o chuveiro.

                                                           (...)

O café da manhã foi tranquilo. Camila não tinha sido desagradável. Ela parecia ponderar em alguns momentos, mas não me tratou mal. O que era estranho, dado ao seu histórica de ofensas desde que me conheceu.

Longe de mim estar reclamando, mas o meu coração estava se iludindo. Vai que por ventura, ela esteja começando a gostar de mim? Sei que é precoce, e não estou nem pensando em um gostar daquele jeito. Mas um gostar de companhia, de amizade? Vai que ela tenha percebido que eu não sou a sua inimiga? Que eu não quero o seu mal?

Eu ficaria muito feliz se isso acontecesse. Seria bom ter alguém como Camila na minha vida, sem nenhuma obrigação, só pelo prazer de estar junto...

Mordisco mais um pedaço de banana que estranhamente tornou-se a minha fruta predileta essa manhã. Eu nem gostava muito dessa fruta, mas quando sentei na mesa, me bateu um desejo louco de comer banana. Essa era a quarta que eu comia, sob os olhares desconfiados de Camila.

Não entendo o porquê...

Depois do desjejum, saímos para Florença. Eu tinha a primeira consulta do meu pré-natal. Estou nervosa e também ansiosa. Quero tanto vê-lo, saber se estar bem. Passo a mão no meu baixo ventre, enquanto, o helicóptero avança pelo céu. Sinto aquele sentimento quentinho ao pensar nele, no meu filho. Como Helena disse, meu... Por nove meses, mas meu.

Helena. Já tinha falado com ela hoje, mas a saudade me atingiu do mesmo jeito. Saudade da minha doce senhora que tenho como mãe. Queria que ela estivesse aqui, segurando na minha mão e dizendo que tudo sairia bem, que eu não devia temer.

— "Previsão para quando?". — escuto Camila perguntar e a olho, os seus olhos estavam meio-cerrados. — "Tudo bem. Eu entendo perfeitamente bem. Sim, claro. Bom dia". — desligou com um suspiro e me olhou. — Era a secretária da obstetra, ela teve um imprevisto e voou para Roma, sua consulta foi remarcada para daqui há três dias.

— Ah... Tudo bem. Inicialmente, sabemos como o bebê está bem, não é? Lá nos Estados Unidos o médico disse que está tudo tranquilo, podemos esperar por mais três dias. — falo, a tranquilizando, fico um pouco frustrada por esperar mais um pouquinho, mas o que podia fazer? Imprevistos acontecem.

Camila olhou para a minha mão que ainda estava repousada em meu ventre. A intensidade do seu olhar parecia queimar a minha pele, mas não retiro a mão daqui. Ela levanta os olhos, me olha e depois os desvia, pensativa.

— Já que estamos praticamente chegando em Florença, podemos passear um pouco e você conhece a cidade. O que acha? — perguntou, voltando a me olhar. Minha surpresa foi tanta que eu a olhei chocada e ela ficou sem graça. — Quer dizer, já estamos aqui e o tempo está livre... Só temos que voltar a tarde para almoçar com a minha família.

Abro o maior sorriso, sentindo-me tão feliz que meu corpo parecia flutuar de tão leve que ficou.

— Eu adoraria...

Ela sorriu satisfeita, e eu me prendi em seu sorriso. Será que ela tinha noção de como era linda sorrindo? Acho que não, se soubesse, o faria mais vezes. Minha atenção é cortada quando o piloto avisa que vai pousar. Odeio essa parte. Perguntei a Camila antes de sair se ela tinha aversão a carro, e ela respondeu que preferia usar o helicóptero porque uma viagem de horas podia ser reduzida em minutos. Era rápido e prático. Pousamos.

Florença era... O que eu podia dizer? Uma cidade de tirar o fôlego, não parecia jus para classificar a sua beleza. Sua riqueza histórica era simplesmente insana. Senti-me maravilhada por estar pisando no solo dessa cidade que contribuiu tanto para o mundo artístico.

O tempo estava fresco, e me sentir muito bem usando a minha baby look branca, uma jardineira longa de chambray e sapatilhas. As minhas pernas ainda estavam levemente inchadas e não quis nada que me prendesse tanto. Os meus cabelos estavam soltos, e zero maquiagem.

Já a Camila usava um vestido cinza claro na altura dos joelhos que acentuava as suas curvas, principalmente a sua lombar, de mangas compridas que ao chegar nos pulsos era estilo balão. Saltos altos creme – o que me fazia questionar como ela conseguia fazer uma longa caminhada com eles. Os cabelos estavam presos em um coque com as suas habituais madeixas caindo pelo rosto e sua franjinha meio bagunçada que o vento fez questão de desalinhá-las. Usava argolas de diamantes, e sua maquiagem era suave. Sua bolsa de mão era vermelha que entrava em contraste com todo o look.

Ela estava tão bonita que fazia o meu coração erra a batida cada vez que ela me olhava. Pelo jeito, não era apenas a mim que ela fazia os corações errarem as batidas, já que estava recebendo olhares tanto de homens como de mulheres. Fuzilei algumas pessoas com o olhar com a cara de "perderam alguma coisa aqui?" e elas rapidamente desviavam o olhar.

Camila estava bem alheia aos olhares. Ela parecia mais interessada em contar-me algumas histórias da cidade que estava amarrotada de turistas. Passamos pelos museus e galerias. Entramos apenas em dois, já que o fluxo era constante e as filas grandes.

Depois de passarmos pela basílica, formos até a ponte Vecchio que estava lotada. Tomamos sorvetes, mas não nos demoramos muito, Camila quis olhar as lojas. Fiquei abismada com os valores exorbitantes que pareceu não incomodar nem um pouco a Camila. Eu estava moscando até que vi algo que fez o meu coração derrete-se. Sai da loja, deixando a Camila lá, escolhendo seus echarpes, e me agachei para o pequeno serzinho que choramingava.

— Bebê, ei, oi... O que está fazendo aqui sozinho, hum? — o peguei no colo, ele se agitou um pouquinho, mas longo o coloquei contra o meu peito e o abracei carinhosamente. — Calma, você está seguro aqui, comigo...

Ele ainda choramingou, mas pareceu se acalmar depois que beijei a sua cabecinha pequena. Levantei-me e fiquei o ninando. Fazendo carinho em sua cabecinha e corpinho, enquanto, ele soltava sua respiração suavemente em mim, estava totalmente tranquilo.

— Lauren, aí está você! — Camila chamou, vindo na minha direção, mas parou quando viu o que eu tinha nos braços. — Isso é um gato?

— Sim. Não é lindo? — perguntei com os olhos brilhando, o olhando com admiração, os seus pelos eram negros como uma noite.

— Sim, é. — disse com indiferença. — Solte isso e vamos embora.

A olhei incrédula.

— Não! Eu não vou deixá-lo sozinho aqui no frio, com fome e sede. Não ver que ele é órfã? Alguém pode machucá-lo. — falei, o abraçando protetoramente.

Camila se aproximou com as mandíbulas trincadas.

— Não interessa, Lauren. Você não pode ficar com esse gato, é de rua, você nem sabe de onde ele veio, se tem alguma doença. Falando em doença, gatos transmitem toxoplasmose, e pelo o que eu lembro, você está grávida, os riscos são maiores. — sorriu forçadamente. — Agora o solte.

— Para a sua informação, apenas 1% dos gatos transmitem toxoplasmose, e quando estão doentes. É mito essa história de que grávida não pode ter contato com gato. — dei de ombros.

— Ele pode estar doente! — ela disse exasperada.

— Ele não parece doente, ele é apenas um bebê.

Camila apertou os olhos para mim.

— Lauren, pelo amor de Deus. Ele pode ser perigoso!

— Ele parece perigoso para você? — o mostrei para ela, o bichano encolheu-se mais em meus braços.

Ela apontou o dedo de mim para o chão.

— O solte! — ordenou.

— Eu já disse que não! — falei séria, a fuzilando com o olhar.

— Não teste a minha paciência, Lauren. — disse impaciente. — Ele não vai conosco.

— Por que não? — questionei brava.

— Porque eu não quero, e não gosto de gatos. Prefiro os cachorros. Então, o solte e vamos embora em paz.

— Eu não vou abandoná-lo, Camila.

— Ah, vai sim. Com a gente, ele não vai! E ponto final!

— É a sua última palavra? — perguntei a encarando.

— Sim! — ela respondeu me encarando por igual.

E assim, travamos uma guerra com o olhar...

Duas horas e meia depois, eu estava saltitando em direção do helicóptero. Atrás de mim, vinha Camila repleta de sacolas e resmungando o tempo todo em pleno mal humor que não estragou nem um pouco a minha alegria.

Assim que o piloto e o copiloto a viu com peso, apressaram para ajudá-la. Depois nos ajudaram a subir no helicóptero.

— Você deve estar muito satisfeita. — ela retrucou ainda me fuzilando com o olhar.

— Estamos, não é King Snow?

Dei um beijinho na cabeça do meu gatinho que agora estava com uma coleirinha com um pingente com o seu nome gravado. Ele estava bem cheirinho depois de um banho no pet shop. Passou por uma consulta, exames e tomou algumas vacinas. Agora, dormia tranquilamente em meus braços.

Sim, eu não podia estar mais satisfeita.

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