Predestinados/Relançamento❤️

By SuzanaSanttos

149K 19.3K 1.7K

Jade Albuquerque uma jovem, milionária, educada, responsável pela empresa da família. Herdeira de um grande i... More

Paradeiro da Autora/ Elenco
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32

Capítulo 20

2.7K 486 23
By SuzanaSanttos

Olá meus amores!

Antes de começar o capítulo queria agradecer pelas felicitações de todos pelo meu aniversário no último domingo. Amei as msg de vcs pelo insta, facebook e aqui no chat obgda de coração e que Deus lhes dê em dobro tudo que desejaram pra mim.

#Gratidão 🙏

Ótimo carnaval para vcs! Agora fiquem com capítulo de hj 😗

Esse véio odioso 😪
Ainda bem que tem Heitor tb para equilibrar o cap 😍


Olho o relógio sobre a escrivaninha e constato o adiantar das horas. Já passava das 5 da manhã e o único som ouvido no quarto é o tic toc constante do medidor. Decido me levantar e me arrumar para ir rumo a empresa para começar mais um dia de trabalho.

Caminho em direção ao closet e escolho um terno preto formal entre muitos dispostos, juntamente com uma gravata e um sapato social de couro. Deixo tudo que preciso sobre a cama e tomo a direção do banheiro.
20 minutos depois estou pronto, exalando imponência como todos os dias.

Sou interrompido ou ouvir meu celular vibrar dançando sobre a madeira clara maciça. Atendo já sabendo ser Roger e levo ao ouvido.

— Bom dia, tio. — Cumprimentou-me parecendo ansioso. — Já estou indo para cerâmica logo quando chegar vamos nos reunir com Rocha e acertar os últimos detalhes do plano.

— Ok, também estou deixando minha casa nesse exato momento rumo a empresa. — Aviso. — Tudo tem que sair como planejado, Roger. Enfim, vamos dar a cartada final para separar Jade do garçom de beira de praia.

— Sim, tudo vai sair como programado.  — disse seguro. — Dessa vez vamos tirar de uma vez por todas o pobretão da empresa e da vida de Jade de forma definitiva.

— Tudo bem! Resolveremos tudo quando eu chegar. — Me despedi encerrando a ligação.

Guardei o celular no bolso do paletó e no momento seguinte meus olhos foram em direção às fotos expostas em belos porta-retratos, sobre o aparador. Primeiro pararam em uma foto bem antiga do dia do meu casamento com Joana. Estava bem maquiada para os padrões da época e usava um coque alto nos cabelos. Seu rosto era expressivo em uma linha tênue entre delicadeza e melancolia em seus traços. Frágil e inútil demais para meu gosto. Virei o olhar e meus olhos vagaram para uma outra foto de Jade pequena entre 6 e 7 anos talvez. Seus cabelos loiros estavam soltos e os olhos castanhos âmbar já se destacavam demonstrando a magnitude da sua beleza. Entretanto, o que tinha de beleza, tinha de gênio. A menina sempre foi birrenta, voluntariosa e teimosa ao extremo. O que sempre decorreu medidas diretas na educação dela e na adolescência as coisas só pioraram. O jeito que batia de frente comigo, sempre me enfrentava e fazia exatamente o contrário do que determinava trouxe problemas sérios de relacionamento. Muitas vezes me perguntava internamente como Jade sendo tão diferente podia ter o meu genes. Entretanto, Jade havia se superado dessa vez ao deixar se envolver por um garçom de beira mar, um pobretão sem eita nem beira, um aproveitador, que a única coisa que almejava era subir na vida e estava usando Jade para tal coisa. Heitor Souza, era um verdadeiro alpinista social. E depois de longos meses aguentando todo tipo de loucura da minha filha em relação a esse rapaz, chegou a hora de afastar definitivamente da minha empresa e de Jade esse perigo que vinha rondando nossas vidas.

Roger e eu tínhamos traçado o plano perfeito. Decidimos esperar o momento certo para agir, enquanto Jade relaxou e pensou que tínhamos desistido de perseguir o pobretão, armamos tudo no sigilo. Foram meses até que organizemos o melhor momento para isso. Tudo foi armado com muito cuidado por mim e no máximo até o fim de semana Heitor Souza estaria atrás das grades acusado de roubo sem direito a fiança e ninguém que o defenda ou acreditasse nele 

Deixo escapar um sorriso de satisfação pelo fato enquanto ajeito minha gravata em frente ao espelho. No momento seguinte deixo minha casa e dirijo por poucos minutos até às dependências da cerâmica. Desço do carro ao estacionar na minha vaga de sempre e observo ao longe a grandeza da minha empresa. Nunca deixaria que ninguém ameaçasse meu poder e o império que conquistei ao longo dos anos e se para isso eu tivesse que passar por cima do meu próprio sangue, eu faria sem pensar duas vezes.

Cheguei ao Hall e recebo cumprimentos de diversos funcionários que não faço questão nenhuma de devolver. Ignoro passando rapidamente por todos, chegando ao elevador, subo diretamente para o último andar da presidência. Chego ao corredor principal e vejo Beatriz, minha secretária, com uma xícara de café em mãos entretida no celular. Me aproximei silenciosamente observando-a de soslaio.

Era uma velha inútil mesmo!

— Vai trabalhar energúmena! — Digo de cenho fechado e a mulher se assusta tanto que derruba todo café na farda executiva que usava. — Vai limpar toda essa bagunça agora! — Seus olhos se arregalam enquanto desliga rapidamente o aparelho em suas mãos — Logo quando terminar quero ver Roger em minha sala em tempo recorde. — Exigi antes de entrar em minha sala.

— Sim, senhor! — Diz se levantando de relance. — Vou chamá-lo agora mesmo! — concluí com os ombros encolhidos e lágrimas nos olhos.

Entrei em minha sala e liguei o computador, cerca de 5 minutos depois escuto uma batida na porta e autorizo a entrada já sabendo ser Roger.

— Oi, tio — Roger cumprimentou-me abrindo os últimos botões do paletó e sentando diante de mim sem esperar convite. — Já podemos chamar Rocha, ele chegou na empresa. — Informou encarando-me ansioso.

— Sim, faremos isso agora mesmo! — Digo tirando o telefone do gancho e ligando no ramal do armazém. — Quero saber dos outros detalhes Roger? — Indago enquanto escuto o telefone chamar.

— Alô, aqui é o ramal da presidência, solicito falar com Pedro Rocha, supervisor de logística agora mesmo na minha sala. — Falo acenando para que Roger aguardasse e depois que sou atendido, escuto uma resposta positiva do outro lado da linha informando que Rocha subiria até o andar da presidência o mais rápido possível. Encerrei a ligação e voltei minha atenção novamente para Roger esperando que ele falasse.

— Está tudo certo, tio. — Assente me parecendo satisfeito. — Não tive dificuldade em achar o endereço do miserável casebre no qual ele vivia antes de se estalar na cobertura de Jade e com informação em mãos cheguei ao verdadeiro dono daquele muquifo. Eu ofereci um bom dinheiro em troca do seu silêncio e da cópia da chave da kitnet. Por sorte, o lugar ainda está alugado no nome de Heitor Souza pelo contrato de locação. — Explica animado. — Agora só vamos precisar levar o carregamento de louças de maiores valores para lá e assim que a queixa for dada a polícia, Rocha será peça fundamental no nosso plano. Ele precisa confirmar que Heitor era o responsável direto na conferência e tudo que envolvia o último carregamento dos espanhóis.

— Perfeito! — Assimilo tudo pensando calmamente. — Assim que a queixa for dada, ele será considerado o principal suspeito e como presidente da cerâmica vou exigir empenho nas investigações da polícia em encontrar o carregamento roubado e o culpado pelo roubo o mais rápido possível até porque temos um contrato que precisa ser respeitado com que diz respeito ao prazo que essas peças tem que ser embarcadas mediante a multa. Não podemos errar, temos que deixar pistas sólidas que o garçom é o único culpado e o carregamento precisa ser recuperado no tempo certo.

— Assim será tio. — Roger diz profético.

— Não podemos esquecer de Jade. — Aviso reflexivo. — Ela precisa acreditar que o pobretão é realmente culpado, vamos trabalhar a mente dela, plantar dúvidas, desconfiança e incerteza. Para isso, as provas precisam ser incontestáveis.

Sou interrompido por uma batida na porta, Roger e eu autorizamos em uníssono já sabendo ser Pedro Rocha, supervisor geral de logística.

— Bom dia — cumprimentou-nos encarando desconfiado — Solicitaram minha presença?

— Sim, se aproxime, Rocha. — Autorizo apontando a cadeira vaga ao lado de Roger. — Acho que você já sabe do que se trata?

— Posso imaginar. — Ele diz de cenho fechado.

— Chegou o momento de executar o plano e acusar Heitor Souza de Roubo.

O homem encolhe os ombros e respira longamente em sinal de fraqueza.

— O que pretendem fazer é de uma covardia sem tamanho. — Olhou de mim para Roger indignado. — Heitor Souza é um ótimo funcionário, tem aprendido muito é inteligente, pro ativo e honesto ao extremo. Não sei se vou conseguir mentir e o acusar  dessa forma tão vil.

— Não te chamei aqui para ouvir você enumerar as qualidades desse pobretão e sim para ordenar que cumpra as minhas ordens sem titubear, caso contrário, você perderá tudo. Será desligado do trabalho, perderá seu cargo, a dignidade, os anos trabalhados aqui e principalmente o plano de saúde da sua filha com esclerose múltipla, uma condição rara que precisa de muitos cuidados para sobreviver. — Ameaço. — Está disposto a enfrentar hospitais públicos de péssima qualidade e colocar a vida da sua filha em risco, Rocha? — Intimido com altivez.

Pedro Rocha, cobre o rosto com ambas as mãos balançando a cabeça em negação, parecendo muito em dúvida do que fazer.

— Não, não estou! — Nega culpado. — Pelo bem estar da minha filha eu faço qualquer coisa.

— Era exatamente isso que queria ouvir. — Sorrio vitorioso. — Vamos lá homem, anime-se você mal conhece esse pobretão. Nada mudará em sua vida se você o acusar. Fez a escolha certa em manter o padrão de vida da sua família.

— Rocha tenha certeza que será bem  recompensado por isso. — Roger promete.

— Quero saber se seguiu minhas ordens e tem mantido o garçom envolvido com o último carregamento dos espanhóis? — Indago. —  Preciso que ele fique responsável por cada detalhe, desde da conferência até a embarcação das peças pela alfândega em contato direto com os espanhóis. O mantenha envolvido em tudo.

— Sim, ele tem feito exatamente isso!

— Perfeito! — Comemoro. — Não esqueça que a polícia vai te chamar para depor e você será o responsável em levar os policiais a desconfiar dele.

— Ok, farei tudo como querem — diz se levantando em um rompante. — Agora preciso voltar ao trabalho. — Fala se despedindo, deixando minha sala logo em seguida.

Roger e eu sorrimos cúmplices com a certeza que Heitor Souza estava com os dias de liberdade contados. Tudo daria certo, nosso plano era perfeito.

••••


Hoje acordei mais cedo que habitual e observo Jade dormindo serenamente ao meu lado. Decidi levantar e preparar o café da manhã enquanto a deixava dormir mais um pouco antes de ir para empresa. Faço minha higiene pessoal e caminho em direção a cozinha, preparo um café da manhã reforçado e cerca de 20 minutos depois retorno para o quarto.

Meus olhos vagam sobre Jade que se mantém do mesmo jeito. Dormindo profundamente. Sorri sem conseguir deixar  de admirar sua beleza.

Dormia com os cabelos loiros soltos espalhados pela cama, a feição doce e ao mesmo tempo forte e destemida e o corpo perfeito curvilíneo dentro de uma camisola sexy. Jade tinha tomado meu coração de uma maneira única e intensa. Simplesmente não via minha vida, mas sem ela. A nossa ligação era muito maior que o físico, sentia que Jade fazia parte de mim, era como se fosse um pedaço do meu próprio ser. Deixei a bandeja sobre a mesa de cabeceira e me aproximei, levando a boca até seu pescoço, pousando beijos e absorvendo seu cheiro. Jade se mexe, seu corpo se arrepia e seus braços enlaçam meu pescoço.

— Vamos acordar bela adormecida. — Digo divertido. — Trouxe seu café — murmurei — Temos que trabalhar.

— Que delícia ser acordada assim. — Seus lábios se esticam em um sorriso malicioso. — O que é isso trabalho? É de comer? — Questiona de olhos fechados me tirando uma risada.

— Se quiser posso fazer isso, todos os dias até ficamos velhinhos. — Continuo a trilha de beijos.

— Jura que não vai se cansar? — Indagou cruzando as pernas em volta do meu tronco.

— Nunca, jamais, em momento algum. — balbucio juntando nossos sexos a fazendo-a arfar.

— Acho que umas horas atrasados não nos fará mal algum.

Fizemos amor intenso, um se perdendo no  desejo do outro. Uma entrega única de dois corações que se pertenciam, se preenchiam e haviam se tornado um só. Uma sintonia ímpar que eu tinha absoluta certeza que tinha somente com ela. Nunca ninguém na vida me fez sentir o prazer que Jade me proporcionava e duvido que algum dia ou tempo possa existir alguém que eu amei com a mesma entrega e intensidade. Seria Jade pra sempre.

••••

Tomamos banho juntos e agora estou me arrumando enquanto Jade termina o café da manhã. Ela andava com uma fome desproporcional, tinha dias que comia de tudo em excesso e outros dizia está enjoada e sem apetite. Sugeri que fosse ao médico, mas Jade sempre alegava falta de tempo e indisposição para deixar o trabalho.

Meia hora depois deixamos a cobertura rumo a cerâmica. Eu teria uma última reunião com Javier Gonzalez, presidente da exportadora Espanhola, para saber qual era as condições e exigências com que diz respeito ao embarque do último carregamento de louças em porcelana adquiridos por eles. Depois de algumas reuniões nos tornamos amigos, ele demonstrava bastante experiência ao longo dos 70 anos de idade e mais de 50 anos no rumo. Se mostrou ser um homem íntegro e com bastante vigor no trabalho, me contou das experiências em seu país de origem e os planos de exportar ainda mais peças ao decorrer do ano. Aproveitei nossa aproximação e aconselhei em investir em louças mais simples que poderiam ser vendidas em seu país com preços mais acessíveis, o que foi levado em consideração de imediato por ele e pelo sobrinho Pablo Osório.

— Chegamos, amor!  — Jade interrompeu meus pensamentos ao estacionar o carro. — Estamos atrasados! — Constata ajeitando o vestido ao descer do automóvel.

— Sim, inclusive tenho uma reunião daqui 15 minutos com Javier Gonzalez. — Falo conferindo as horas no meu relógio de pulso.

— Estou tão orgulhosa de você. — Jade diz ajeitando a gola da minha camisa social. — Em pouquíssimo tempo de empresa, já está inserido em decisões importantes. Tem sido bastante elogiado, se continuar assim não vai demorar para conseguir sua primeira promoção. — Fala me abraçando empolgada.

— Faço o possível. — Beijei o topo de sua cabeça agradecido pelo elogio. — Agora vamos, estamos atrasados!  — Ofereço minha mão e entramos juntos para mais um dia de trabalho na cerâmica Albuquerque.


Acho que as coisas vão começar a complicar para o nosso casal Predestinados 🥺

Não esqueçam de votar e comentar meu povo!

Bjs da Su 😘❤️

Continue Reading

You'll Also Like

153K 9.5K 30
Isís tem 17 anos, ela está no terceiro ano do ensino médio, Isis é a típica nerd da escola apesar de sua aparência não ser de uma, ela é a melhor ami...
850K 53.3K 134
Alex Fox é filha de um mafioso perdedor que acha que sua filha e irmãos devem a ele. Ele acha que eles têm que apanhar se acaso algo estiver errado...
30K 4K 105
+18 | • Ela uma Médica com dores e traumas acumulados do passado, ele um Médico Cirurgião e filho de um dos donos do Hospital Imperial Clin Uckermann...
86.2K 6.2K 62
Charme e beleza deveriam ser seu sobrenome, Jordan Burkhardt exala tanto poder quanto perigo , carregando o seu lado dominador em segredo , podendo...