Drama Class (Louis Tomlinson)...

By sofssss

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“Cloe.” “Cloe?” “Sim, Cloe.” “… Como Lorena Cloe?” “Quantas Cloes é que conhece-mos?” O mais alto dos dois ra... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Epílogo

Capítulo 35

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By sofssss

Zach POV

Ri quando o vi correr sob as escadas de madeira à nossa frente. Consegue ele mesmo fazer aquilo?

“Oi meu!” Exclamei, tentando soar mais alto que toda gente nas bancadas. “Estás em forma!”

“Obrigado.” Ele disse, dando um cumprimento a mim e no Leo, os seus únicos amigos que não estavam com ele na equipa de futebol. “Onde está a Lorena?” Ele perguntou rapidamente assim que se sentou ao meu lado, onde a sua namorada estava sentada há um minuto atrás.

Suspirei olhando para o Leo. Louis deu-me a tarefa de ficar de olho no Leo enquanto víamos o jogo de futebol, só para o caso de ele começar a falar com a Lorena ou dizer algo sobre o desafio. Foi bastante difícil nos primeiros dez minutos de jogo; ele não calou a boca nem por um segundo, por isso tive de me sentar entre eles os dois.

É uma boa coisa que os nossos outros dois melhores amigos que sabem do desafio, o Oliver e o Rhys, estejam na equipa a jogar com o Louis. A coisa má, no entanto, é que o Leo tem a maior boca dos três.

Infelizmente, essa não era a única coisa má; outra era aquelas pessoas que me começavam a perguntar sobre o desafio, se o Louis já o tinha feito, bla. Tipo, como é que eles descobriram? Como é que metade da universidade sabe que o Louis foi desafiado a ter sexo com a Lorena?

“Zach?” Louis abanou a sua mão à frente da minha cara, fazendo-me sair dos meus pensamentos.

“Hum, ela, ela foi buscar-nos bebidas. Ali está ela.” Apontei para a esquerda e ele imediatamente virou a sua cabeça para procurar a Lorena, assim como eu.

Visto que é o intervalo e que nós estávamos com sede, eu ‘deixei’ que a Lorena nos fosse buscar bebidas. Não me julguem por ser protetor com ela, eu estava assustado para caralho sobre ela descobrir sobre o desafio. E estava a começar a suar, portanto, nada soava melhor que uma garrafa gelada de coca-cola.

Observei o Louis quando se levantou e colocou os seus braços em volta da Lorena. Ela rapidamente me deu a minha garrada, quase ignorando-me enquanto se virava para o seu namorado, puxando-o para baixo para que conseguisse beija-lo.

Hum, nada melhor que uma cola gelada e um leve porno durante o intervalo.

Honestamente, eu estava bastante feliz pelo Lou. Ele finalmente desistiu da sua vida de mulherengo, e melhor ainda, ele não poderia ter escolhido uma namorada mais encantadora. Mas com o passar dos dias, eles vão deixar-me doente.

Não me entendam errado, mas, o que há de tão especial no Louis? Ele é literalmente uma mistura de boa aparência, boas notas e uma alma que não parece ser mais negligente.

Sabem que mais, ignorem a pergunta; eu respondi-me a mim próprio.

O meu ponto é, porquê é que eu não consigo encontrar alguém tão facilmente como ele? Há menos de três meses atrás, ele era conhecido como o rapaz que dormia com todas as raparigas que lhe chamavam a atenção. E agora, ele estava atualmente numa relação com uma rapariga que era linda, inteligente e absolutamente perfeita. Onde raio é que eu estava o tempo todo?!

Oh, é mesmo, a jogar futebol e a jogar jogos de vídeo. E enquanto eu amava fazer isso, a vista atrás de mim, também conhecida por Louis e Lorena a fazer pequenos Zach, fazia-me querer sair e ir encontrar alguém. Não qualquer pessoa, não… alguém com quem eu possa conversar, sobretudo isso. Alguém que partilhe os meus interesses, e que goste, por exemplo, da mesma musica e filmes que eu. E claro, uma boa aparência não fazia mal nenhum.

 Eu quase que cuspi a coca-cola que estava na minha boca com a imagem de uma certa loira que apareceu na minha cabeça. Era ideal, pensei.

“Estás bem meu?” Ouvi a voz do Louis e notei que ele e a Lorena estavam sentados ao meu lado.

“Hum, sim, eu só estava…” a pensar na rapariga com quem curtiste na noite anterior em que pediste a Lorena em namoro e o quão perfeita ela seria pra mim se fosse uma década mais velha. “Este sumo está muito gelado, eu… eu não estava a espera.”

A Lorena assentiu mas o Louis semicerrou os olhos para mim. Eu já sabia que ele sabia que algo estava na minha mente. Mas eu tenho a certeza de que não o iria deixar descobrir que era a Monica.

*******

“Zach?” Ouvi a voz da Lorena ao meu lado.

“Hum?”

“Acabei de ver a Caitlyn e o Devon, vou sentar-me com eles ok?”

Descolei os meus olhos da bola e olhei para ela. “O quê? Porquê? Estás bem aqui.”

Ela fez-me uma careta; oops. Eu não devia de ter feito isto tão repentinamente. “Bem, não me entendas errado, mas eu prefiro passar tempo com a minha melhor amiga do que com o melhor amigo do meu namorado.”

“Mas…” Comecei mas ela já estava de pé. “Mas o jogo acaba daqui a 10 minutos!”

“Eu sei.” Lorena disse, apertando o seu casaco. “Eu quero passar pelo menos 10 minutos com ela. Não te preocupes, ficas bem com o Leo.”

Ela surpreendeu-me quando me beijou a bochecha e sorriu para mim antes de andar por entre a bancada. Em menos de um minuto, vi-a sentar-se ao lado de outra morena, que presumi ser a Caitlyn.

Bufei e dei um gole na coca-cola. Falando no jogo, eu não me consegui concentrar mais quando comecei a prestar mais atenção na Lorena e com quem ela falava.

Ela já estava fundo demais; era tarde de mais para ela descobrir sobre a verdade agora. O Louis devia ter-lhe contado logo no inico, o que eu apoiava completamente, ou daqui a uns anos, quando ele tivesse mudado completamente aos olhos dela. Mas agora? Se ela descobrisse agora, seria o fim deles. Fim. E o Louis nunca foi conhecido por lidar bem com o fim. Eu estava aterrorizado por ele poder voltar a ser um player se a Lorena o deixasse. Só que desta vez, seria pior que antes.

“Olá estranho.” Involuntariamente virei a minha cabeça para a esquerda, sem tomar muita atenção à voz. No entanto, assim que pousei os olhos na pessoa que me cumprimentou, desejei ter tomado atenção.

Em primeiro, gritei e saltei. Sem vergonha. Depois, pensei que a minha imaginação me estaria a pregar uma partida. Mas quando voltei a olhar para a pessoa, sabia que não era imaginação. Ela estava mesmo aqui; a Monica estava mesmo sentada ao meu lado.

Deixei sair um suspiro assustado antes de dar um passo para mais perto de, agora, para a rapariga carrancuda com um sorriso divertido no rosto. “Estás bem? Precisas de mudar a fralda?”

“Que raio é que estás aqui a fazer?” Perguntei duramente, ignorando a sua questão. A Monica sentou-se, literalmente apanhada desprevenida, e piscou umas quantas vezes antes de olhar para o campo.

“Numero 12.” Ela apontou para o rapaz que estava a usar um equipamento azul com o numero 12 nas costas. “É o meu irmão.”

Voltei a olhar para ela enquanto ela continuava a olhar para o irmão, que estava a jogar pela UCL. “Oh.” Disse e lentamente voltei-me a sentar ao seu lado, tentando sentar-me o mais afastado possível da 17 anos. “Não sabia.”

“Como saberias?” A Monica, para minha surpresa, riu-se quando se virou para mim. Acho que a minha indelicadeza não a afetou assim muito.

“Hum…” Comecei, olhando em volta. “Não tens tipo, amigos com quem deverias estar ou assim?”

“Tenho a certeza que eles estão bem sem mim.” Ela disse antes de eu acabar a minha frase. Dei um assento breve; acho que teria de esperar mais uns sete-oito minutos até o jogar acabar e sair daqui.

Eu nem sei o porquê de estar a ser tão desajeitado enquanto ela está completamente calma por estar ao pé de mim. Talvez fosse pela maneira como eu lhe disse que não… raios não, especificamente.

“Desculpa.” Disse antes de me conseguir parar, fazendo com que a loirinha vira-se a cabeça para mim, o seu cabelo flutuou com o rápido movimento. Espera, o quê?!

Bolas.

“Desculpa? Pelo quê?” Ela deu-me aquele olhar de há uns minutos atrás; aquele quando ela me olha carrancuda mas mesmo assim a sorrir, em divertimento. Eu, por outro lado, não saberia se devia de estar contente ou chateado por lhe ter pedido desculpas; chateado, porque provavelmente soei como um idiota. E contente, porque eu estava mesmo arrependido. E… meio arrependido pela decisão também.

Arrepiei-me com o meu último pensamento, decidi ficar chateado comigo próprio.

“Por, hum… dizer-te para ires embora naquela noite, daquela maneira.” Murmurei mas tenho a certeza que ela me ouviu, porque o seu sorriso alargou. Arrepios por toda a espinha. Que visão.

“Obrigada.” Ela assentiu firmemente assim como eu. “Para ser verdadeira, eu estava um pouco chateada por isso mas quando a equipa do meu irmão chegou à final, isso passou-me.”

Sentei-me, semicerrando os olhos para ela. “A sério?”

Monica sorriu enquanto pensava na resposta. “Eu sabia que te ia voltar a ver.”

Dizer que eu estava surpreso com a sua resposta seria o mínimo; eu literalmente não conseguia arranjar palavras. O quê é que aquilo queria mesmo significar, que ela me veria de novo? Digo, é obvio o que significa, mas porquê é que ela o quereria? Porquê é que ela pensou em mim?

“Demasiado surpreendido?” Ouvi novamente a sua voz e pisquei umas quantas vezes antes de encontrar os seus olhos. Ela continuava com aquele sorriso na cara, e eu ainda não tinha notado o quanto apropriado era até agora, visto que eu estava passado com ela por quase ter arruinado a chance do Louis com a Lorena. Mas agora que eles os dois estava bem…

“Hum…” não, nada; eu não podia pensar nisso. Ela é o tipo de pessoa que curte com estranhos, por exemplo o Louis, na cama. Além disso, ela era menor.

Mas quando olho para ela, é como se todos esses pensamentos desaparecem-se; tudo aquilo que pensei em afasta-la de mim, cai para o fundo da minha mente, e só o seu estupido sorriso e os seus estúpidos olhos azuis estavam na superfície.

Era provavelmente uma má sorte por eu ter pensado que ela era boa para mim mais cedo. Yep, era isso. Não podia ser outra coisa.

“Fiquei um pouco.” Finalmente respondo à sua pergunta e vi-a virar a sua cabeça para mim assim que encarei o campo. Não olhes para ela, pensei, não olhes para ela, não olhes para ela… irás ser condenado em um segundo.

“Acho que não deverias ter ficado.” A Monica encolheu os ombros.

“O que é que isso quer dizer?” Eu meio que estava com medo da sua resposta.

Ela suspirou antes de se sentar e voltar a falar. “Tu… tu apenas não conheces ninguém com quem discutas por uma hora por causa do Voldemort, e depois nunca mais a vês.”

Pestanejei uma vez e semicerrei os olhos para ela. “Então pensaste sobre mim? Querias ver-me?” Perguntei estupidamente com um sorriso orgulho; quem é que não adora estar na mente de uma rapariga bonita?

Não Zach, disse a mim mesmo, não penses nisso. Pensa nela como tua irmã. A tua irmã realmente, realmente, realmente boa…

Bem isto é mesmo doentio.

“Sim imbecil.” A Monica disse sem rodeios; eu estava surpreendido que ela não fosse dessas raparigas que cora e assim, mas estava agradecido por isso. Eu gostava de falar com as pessoas normalmente.

“O que eu e o Louis tivemos…” Ela começou mas depois parou para abanar a cabeça. “Foi só mesmo por divertimento. Tu pensavas mesmo que eu iria esperar que ele me ligasse se algo acontecesse? Levar-me a um encontro, talvez?”

Ela parou outra vez e eu continuava sem palavras. Então houve alguém que viu mesmo através dele.

Depois de abanar a sua cabeça, ela continuou. “Não. Para ser justa, eu nem o iria querer ver. Nós não temos, tipo, nada em comum. E era bastante óbvio que ele tinha outra rapariga em mente, portanto esse navio estava ocupado.”

Sorri com as suas últimas palavras e olhei para a Lorena que ria com a Caitlyn sobre alguma coisa. Mas antes que eu conseguisse perder-me mais em pensamentos, a Monica falou outra vez. E eu desejava que ela não o tivesse feito.

“Mas tu e eu?” Ela fez gestos para nós os dois, com um pequeno sorriso na cara. “E se pusesses o sexo de lado, não haveria nada de errado connosco.”

“Bem, infelizmente.” Interrompi-a antes que ela pudesse continuar. “Eu sou um rapaz de 21 anos, e uma das razoes que gosto de ter namoradas é que o meu leal amigo possa descansar.” Disse assim que levantei a minha mão direita no ar. Era mau o quanto envergonhado eu ficava por estar perto dela; com outras raparigas eu tentava ser um cavalheiro e dizer sempre as coisas certas. Mas com esta… eu conseguia dizer tudo aquilo que eu pensava. Eu podia ser eu próprio com ela.

“Porquê é que tudo tem de envolver sexo?” A Monica disparou por cima da voz de 250 pessoas e eu foi apanhado desprevenido porque estávamos a falar normalmente o tempo todo. “A sério, nunca te cansas ou assim? Não gostarias de ter alguém que tivesse contigo nos melhores e piores momentos da vida, e não quando estás com tesão?”

Eu sabia que ela estava a falar a sério mas eu não consegui conter uma gargalhada; a sua escolha de palavras foi brilhante.

Foi um breve pensamento, porque depois eu comecei mesmo a pensar no que ela disse, e meio que a comecei a odiar por isso. Porque ela tinha razão; eu precisava mesmo de alguém com que falar nas vezes em que eu não podia falar com os rapazes. Eu já era gay o suficiente para um hétero.

“Zach?” Olhei-a quando ouvi a sua voz, e desta vez ela estava inclinada na sua cadeira, olhando-me intensamente. Observei a sua cara e alguma coisa na maneira que ela olhava para mim, dizia-me que estava a falar a sério sobre esta porcaria. Por mais irreal que soasse, ela queria estar comigo, apenas porque passamos uma hora na casa de banho a discutir por causa do Voldemort.

Mas para ser justo, que mais razoes eram precisas para se querer estar com alguém? Se podias ter uma longa hora de conversa a falar sobre uma personagem de um livro…

Deus, porquê é que me estás a fazer isto?!

Por mais que eu não quisesse fazer isto, engoli em seco e comecei a abanar a cabeça, chocando a Monica. “Não… desculpa mas eu não consigo estar com alguém que… eu não sei, não consiga satisfazer todas as minhas necessidades por causa da lei?” Eu mais perguntei do que respondi, ausente de palavras melhores.

Aqui vai ela, semicerrou os olhos para mim. “Diz-me uma coisa.” Monica sentou-se na sua cadeira antes de continuar. “Se me encontrasses tipo, daqui a sete meses, visto que o meu aniversário é em Fevereiro, agirias assim também? Apenas diz-me isso.” Ela adicionou a ultima parte quando me viu a abrir a boca. “E se a resposta for sim, eu irei embora, ok? Apenas… irei.”

Eu não fazia ideia de quanto tempo fiquei sentado, a olhar para ela com os lábios entreabertos; mas deve ter sido pelo menos uns 20 segundos.

Normalmente são os rapazes que dizem estes tipos de coisa. Algo como, “Diz-me que não me amas e eu irei embora.” e eu nunca tinha pensado como é que as raparigas se sentiam; provavelmente como merda, que é como eu me sentia depois da última frase da Monica.

Irei eu mesmo deixar passar uma oportunidade de estar em uma relação só porque não podíamos fazer… coisas? Digo, ela meio que tinha razão; se não houvesse sexo, nós tecnicamente seriamos uma relação legal. Já conheci menores que namoravam pessoas de 20 anos e eles nunca estiverem em sarilhos. E eu tinha cerca de 106% de certezas que não iria encontrar mais ninguém que gritasse comigo por discussões sobre ficção.

Jesus, eu não tinha pensado tanto em algo desse o meu último exame.

“Hum…” Finalmente murmurei mas mais nada saiu. Agora, eu lidava com o facto de que a minha resposta seria um não mas havia uma parte de mim que estava aterrorizada por causa da lei. Essa parte fazia a outra parte querer chorar.

“Eu acho que não devíamos-“ Comecei, mas assim que a Monica soube qual seria a minha resposta, ela interrompeu-me. Felizmente.

“Digo-te uma coisa.” Ela disse. “Se a UCL ganhar o jogo, muito bem, nunca mais nos veremos.”

Fiz uma careta; por razões obvias, eu não estava a gostar daquela sugestão.

“E… se os Goldsmiths ganharem, recebo um beijo… e depois logo decides.”

Eu conseguia sentir o meu coração a acelerar quando desviei o olhar ela, e olhei para o campo. “Mas… mas a nossa equipa está a ganhar 2-0 e só falta mais um minuto antes de acabar o jogo.” Disse, questionando o facto, fazendo a Monica sorrir.

“Exatamente.”´

Oh.

Então basicamente o que ela me disse foi que me iria beijar e depois eu decidiria.

Mais uma vez, oh.

Eu nunca tinha passado o último minuto de um jogo de futebol calmo, sentado no meu lugar, apenas a olhar para o campo. Eu estava a olhar através do campo; o joga que toda a gente, até mesmo eu, andou a falar durante o ano todo, que estava a acontecer e que eu o estava a ver, e isso era a coisa menos importante na minha cabeça.

Até certo ponto eu acho que me tirei do trance e olhei para a placa branca que algum júnior estava a segurar; 10 segundos para o final. Foda-se. Foda-se. Foda-se, foda-se, foda-se, foda-se…

Olhei em volta, em pânico; eu não tinha sitio para onde ir. Os Goldsmiths continuavam a ganhar por 2-0, o que significava que a Monica me ia beijar, o que significava que eu estava condenado.

Antes mesmo de eu conseguir registar o que estava a acontecer, ouvi o arbitro apitar e repentinamente toda a gente à minha volta estava de pé, gritando com todos os seus pulmões. Ganhamos.

“Yey.” Disse silenciosamente animado, para que só eu me conseguisse ouvir mas depois notei na Monica a rir ao meu lado. Bolas.

“Porquê é que estás tão feliz?” Eu definitivamente sabia qual era a resposta que ela esperava.

“Ganhamos.” Disse no meu tom normal, o que soou mais com um sussurro com toda a gente a gritar e a festejar à minha volta.

Ela encarou-me por um segundo mas depois um sorriso apareceu na sua cara. “Tenho a certeza que sabes o que é que isso significa.” Ela disse calmamente, e antes mesmo de eu conseguir respirar ou pestanejar ou assim, a Monica já estava inclinada sob o braço da sua cadeira e a beijar-me.

Fechei os meus olhos por um segundo, aceitando o facto de que vou para o inferno. Até agora, achei que não veria o Louis depois de morrermos mas agora era bastante possível.

Depois de ter lidado com este não tao horrível facto, encontrei-me a retribuir ao beijo da loirinha. Eu nem estava consciente do que estava a fazer; as minhas mãos devagar encontraram a sua cintura e mesmo que tenha demorado uns bons segundos, consegui puxa-la para o meu colo.

Vocês sabem aquelas tretas que se ouvem nas musicas, do tipo “Como é que algo tão errado sabe tão bem?” Bem… eu nunca pensei nisto mas era a única questão que me estava a passar pela cabeça.

Eu nunca pensei que a idade fosse só um numero, mas quando a Monica pós as suas mãos na minha cara e eu pus os meus braços à volta do seu esbelto corpo… eu pensei que pudesse ser, em certas situações. Não era como se ela fosse ter 17 anos para sempre, certo?

“Estes vão ser os sete meses mais longos da minha vida.” Murmurei assim que ela se afastou.

“Porquê?” Monica deu um risinho. “Porque a tua futura namorada não é virgem e tu não vais poder ter sexo com ela?”

“Não és virgem? Estás a brincar comigo?” Assobiei e ela riu alto. Hum, bem, se eu tiver de a ver assim durante esses sete meses, então eu podia lidar com isso.

“Aqui vamos nós.” A Monica disse enquanto mexia no bolso, tirando de lá um pedaço de papel amarrotado e estendeu-o para mim. “É melhor ligares-me, sim? Lembra-te, eu sei onde é o teu dormitório e tenho um irmão de 22 anos que é musculado e que deve estar muito mal-humorado por ter perdido.”

“Eu irei.” Disse assentindo. “Eu fá-lo-ia, mesmo que não me tivesses dito sobre o teu irmão.”

A Monica deu um risinho e despenteio-me um pouco o cabelo. “Este é o meu rapaz.” Ela beijou-me a bochecha antes de se levantar e começar a andar. Apenas assim. Ela nem olhou para trás, provavelmente porque sabia que eu tinha os meus olhos colados nela.

No entanto, ela parou de repente e virou-se para mim, com um surpreendente olhar hesitante. “Achas mesmo que vamos durar sete meses?”

Sorri. “É bom que sim.”

Ela sorriu também e assim que se virou, não voltou a olhar para trás. Não me importei; eu sabia que a iria ver mais vezes.

Finalmente levantei-me, vendo que quase toda a gente já tinha saído das bancadas. Um minuto depois, quando andei até ao jardim da escola encontrei a Lorena sozinha.

“Estás bem?” Perguntei alto quando me aproximei dela.

Ela só olhou para mim. “Sim, estou à espera do Lou…”

Ela não acabou a frase, pois um sorriso apareceu-lhe na cara e começou a dar uns passou em frente. Olhei para onde ela olhava e vi o Louis a correr até ela. Literalmente a correr, o mais rápido que conseguia. Quando ele lançou os seus braços à volta da Lorena e a levantou do chão, não consegui conter um sorriso e por uma mão sobre o peito; eu estava tão orgulhoso dele. Palavras não conseguiriam mesmo descrever.

Comecei a andar até eles enquanto eles continuavam abraçados no meio do jardim, parecendo como se não se vissem há anos.

“Eu estou tão feliz que poderia casar já contigo, sabias?” Ouvi o Louis dizer quando me aproximei deles. A sua frase e o precioso sorriso que apareceu na cara da Lorena, um segundo depois de ele a dizer, provou-me que eles se amavam mesmo. Eles talvez ainda não tinham notado isso ou nem mesmo o sabiam, mas eu sabia o que estava a ver.

 Eles estavam absolutamente e profundamente apaixonados um pelo outro.

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