Por um momento, quando acordei e me vim em um estranho ambiente, o meu coração acelerou drasticamente quando tentei perceber onde raio estava. Mas assim que olhei para a esquerda, vi o Louis a dormir pacificamente ao meu lado. Foi quando me lembrei onde passei a noite. Deixei sair um suspiro de alivio que eu não sabia estar a segurar e relaxei, deixando o meu corpo cair na cama do Louis.
O seu braço continuava solto à volta da minha cintura, não me segurava mas fazia com que eu soubesse que ele estava lá. Pressionei o meu corpo contra o dele, sem deixar qualquer abertura de espaço entre nós. Senti uma brisa passar-me pela cara e enterrei-a no seu pescoço, inalando o seu cheiro que me deixava louca.
Era sábado, e no dia anterior o Louis praticamente que tinha implorado para eu ficar com ele. Eu tenho meio que o evitado inconscientemente na ultima semana; a estudar para os exames que estavam a dois dias de começar, o que me estava deixar louca. Com todos aqueles papeis, cadernos, notas e sabe-se lá mais o quê, eu esqueci-me do meu namorado.
Não demorou muito para ele acordar, o seu braço apertou a minha cintura e as suas pernas entrelaçaram-se com as minhas. Inclinei a minha cabeça para trás para conseguir ver a sua cara, os seus olhos ainda continuavam fechados. Um dos cantos da minha boca inclinou-se e cheguei a minha cara para mais perto da dele, pressionando os meus lábios nos seus em um beijinho. Assim que ele começou a beijar-me, eu afastei-o; por agora ele deveria ter aprendido o que eu sinto por hálito matinal.
Uns segundos depois, o Louis finalmente abriu os olhos, afastando o sono deles para conseguir olhar melhor para mim. A minha cara estava perto da dele, os nossos narizes tocavam-se, por isso mal nos conseguiamos olhar nos olhos.
“Oi.” Disse calmamente, aproximando o meu corpo ao dele. Como é que podemos estar na mesma cama, à mesma temperatura, e ele está bem mais quente que eu?
Louis deixou um pequeno sorriso sair e a sua mão afastou um bocado do meu cabelo da minha cara. “Oi.” Ele respondeu, movendo a sua cara para mais perto da mim, a sua cabeça inclinada um pouco para o lado. Rapidamente cobri a cara com o edredom; acho que ele ainda se tem de habituar a isto.
Ele suspirou em frustração, antes de se sentar e sair da cama. Também me sentei, um bocado confusa. Bastante confusa, de facto; fiz algo que o chateou? Será que ele acha que eu não o quero beijar? Não, isso é ridículo.
Continuei a perguntar-me coisas, mas parei assim que vi o Louis sair da casa de banho com um grande objeto quadrado na mão, parecia que ele o tentava abrir o mais rápido possível. “Pega.” Ele disse quando me atirou a coisa que estava no interior, e eu apanhei-a com as duas mãos.
Uma escova de dentes?
“Para quê é que é isto?” Disse por entre um risinho confuso, olhando para o Louis que parecia 100% sério com a situação.
“Se eu te vou ter a dormir aqui, ao menos quero ser capaz de te beijar.” Ele respondeu, como se isto fosse a coisa mais óbvia do mundo. “Senão algo mais.” Ele adicionou, fazendo-me corar um pouco enquanto ria. Louis moveu-se para o lado e apontou para a porta da casa de banho; levei isso como um sinal para lá ir e lavar os meus dentes.
“É minha agora?” Perguntei animada assim que me levantei, e levei uma palmada no rabo quando passei pela porta da casa de banho. “Sim, agora tens uma escova de dentes no meu dormitório.” Louis disse quando deixei sair um gritinho, rindo com o rapaz que ele podia ser as vezes.
“Hey!” Ouvi uma terceira voz. “Há uma criança aqui!” Zach gritou assim que virou a sua cabeça para encarar a parede, e pós a almofada por cima dela. Será melhor se ele se habituar a isto, pensei e o Louis riu.
*******
“Anda lá.” Louis meio que choramingou quando me puxava para o seu colo, provavelmente pela décima vez nos últimos dois minutos.
“Eu não quero!” Choraminguei; tentei levantar-me novamente mas acabei no seu colo, outra vez. Suspirei em frustração e fugi da camara.
“Anda la.” Ele repetiu, mais calmo desta vez. “Eu disse-lhe que a minha namorada também ia aqui estar.”
Passei a mão pelo cabelo, encarando a janela enquanto pensava, eu realmente não me sentia pronta para conhecer um membro da sua família, mesmo que fosse pelo Skype. E se mais alguem do outro lado se junta à chamada? Outra irmã dele? Ou a sua mãe?
O pensamento de conhecer a mãe do Louis fez-me arregalar os olhos para o nada, e parecia que estava prestes a vomitar. “Não Louis, não consigo.” Abanei a cabeça, tentando soltar-me do seu aperto novamente; uma coisa é conhecer a sua irmã, mas a sua mãe? Não. Nada. Eu não estava pronta para conhecer a mãe de ninguém. Não só por eu não estar a usar mais nada do que a sua t-shirt e roupa interior, mas também porque a minha cara estava uma porcaria por não estar a usar maquilhagem. Já para não mencionar o meu cabelo, eu podia ser chamada para o casting da Merida do de Brave, se ele decidissem fazer uma versão real do filme.
Louis suspirou e voltou a puxar-me para baixo. Olhei para ele com uma expressão desesperada e assustada, à qual ele encolheu os ombros e disse. “Tarde de mais babe.”
Assim que as palavras saíram da sua boca, eu ouvi aquele pequeno som que indica que uma chamada no Skype está a ser atendida. Um segundo depois. “Louis!”
Saltei assim que ouvi uma voz feminina disparar o nome do Louis, bati com a perna contra mesa onde estava o pc. Ele riu, apesar de eu querer chorar; não só pela sua irmã ter assistido há minha falta de jeito, mas também por estar sentada no colo do seu irmão e ela podia ver-nos. Feliz aniversario Charlotte!
“Oi Charlie!” Louis falou, encarando o ecrã do pc. Eu, por outro lado, não me atrevia a tirar a mão da minha cara; eu provavelmente estaria mais vermelha que as duplas camadas que o Zach tinha na mesinha de cabeceira.
“Feliz aniversario!” Ouvi novamente a voz do Louis, e só depois notei que ele esteve o tempo toda a falar com a Charlotte. Oh Deus, eu provavelmente pareceria uma idiota, apenas sentada aqui, sem fazer nada nem falar nada.
Hesitantemente baixei a minha mão para o colo como a outra. Os meus olhos colaram-se às minhas mãos, mesmo assim não me atrevi a dizer olá à sua irmã.
“Oh, olha! Ela mexe-se!” Louis riu quando levantou o meu queixo para que pudesse olhar para mim, enquanto a Charlotte ria de fundo. Eu dei-lhe o maior olhar de morte e abanei a cabeça. “Eu odeio-te tanto neste momento.”
“Aw.” Louis disse por entre um risinho, movendo uma mexa do meu cabelo para trás da orelha. “Também te amo babe.”
Foi bom ele ter virado a cabeça outra vez e encarar o pc; eu não sei como é que ele reagiria se me fizesse passar de corada a extremamente pálida.
Como é que ele podia dizer aquilo assim, como se fosse um ‘bom dia’? Eu nunca era a primeira a dizer a palavra A, nem estava habituada a ouvir os outros dizerem. Há exceção do meu pai, o único rapaz que disse que me amava foi o Flynn, e desde que ele partiu, eu tornei-me bastante sensível no que tocava dizer às pessoas que as amava ou dizerem que me amam. Para o Louis provavelmente foi uma piada, mas para mim, foi uma espessa mentira.
“Lorena? Babe!” Afastei-me dos meus pensamentos quando o Louis começou a abanar a mão à frente da minha cara. Pisquei algumas vezes, e mexi-me ao colo do Louis quando reparei no quão tensa eu estava. Claro que ele estava a brincar, ele não queria magoar os meus sentimentos.
“Sim?” Disse calmamente, meio alheia à presença da Charlotte, até ele ter feito gestos para o computador, e virei a cabeça para a esquerda. Eu tive um mini ataque cardíaco quando vi a irmã dele a sorrir para mim.
“Olá!” Ela acenou para mim, sem nunca perder o sorriso. “Amei o vestido!”
Um segundo depois, a Charlotte segurava o familiar tecido branco em frente ao seu peito, como se nos desse uma ideia de como lhe ficava. Sorri nervosamente, desviando-me do colo do Louis para que não parecesse-mos tão estranhos.
“Fico contente que tenhas gostado.” Disse com um sorriso, a firmeza na minha voz surpreendeu-me e deixou-me um pouco mais confiante.
“Sou a Lottie.” Ela acenou para mim de novo. “A irmã do Louis.”
“Hum, sou a Lorena.” Apontei para mim mesma. “A, hum, n-namorada… do Louis.”
O sorriso que apareceu na cara da Lottie foi inestimável. “Então é verdade?” Ela perguntou, bastante animada. “Tu tens mesmo uma namorada?” Ela perguntou de novo quando se virou para o Louis, a maneira como ela disse ‘namorada’ fez-me arrepiar.
“Hum, sim?” Louis disse, meio confuso, mas tinha um sorriso na cara. Lottie guinchou, ambas as mãos voaram para cobrir a sua cara. “Oh meu Deus!” Ela guinchou de novo. “Oh meu Deus, mãe! Mãe, vem aqui agora!” Ela disparou assim que se levantou, e correu para fora do quarto, deixando a porta aberta.
Os meus olhos arregalaram-se e entrei em pânico; era disto mesmo que tinha medo.
“Não Louis, não consigo, não consigo mesmo.” Disse apressadamente, afastando as suas mãos de mim, mas não ajudou quando ele enrolou as suas pernas nas minhas, segurando-me tão firmemente para que eu não conseguisse sair do seu colo. Choraminguei, sentindo-me como se pudesse começar a chorar em breve.
“Babe, ela não está aqui, não é nada de mais.” Ele tentou acalmar-me e beijou-me o pescoço algumas vezes, mas isso não me fez sentir melhor. “Como é que consegues estar tão descontraído com isto?” Perguntei de dentes cerrados mas o Louis só riu, dando-me vontade de lhe bater na garganta.
“Porque tu és espetacular.” Ele disse com um sorriso, deixando-me sem palavras. “Tu és espetacular e a minha mãe vai amar-te.”
Fiquei quieta por uns segundos, o que deu oportunidade ao Louis de voltar a falar. “Eu sabia que a Lottie ia fazer isto, é por isso que estou calmo com isto.”
Desta vez não hesitei; bati-lhe varias vezes no braço, fazendo-o rir. “Sabias? Tu sabias e nem me dizes-te para vestir roupas mais decentes e fazer alguma coisa com a cara e com o cabelo?!”
Louis continuava a rir; que idiota. “Amor, achas mesmo que a minha mãe gostaria de te ver toda bem vestida às dez da manhã? Confia em mim, se agires normalmente por teres o cabelo despenteado e usares a minha camisola, a minha mãe vai amar.”
Desta vez as suas palavras acalmaram-me um bocado; ele estava certo. Eu nunca conheci nenhuma mãe que apreciasse que a namorada do seu filho parecesse ir para o tapete vermelho, muito menos depois de ter acordado. Mesmo assim, eu podia ter penteado o cabelo e vestido as minhas roupas.
“Não, tu estás a gozar comigo! Isto é alguma piada?” Ouvi uma voz distante vinda do computador do Louis, e quase que tive outro ataque cardíaco quando olhei para o ecrã; a Lottie estava a entrar no quarto com uma mulher mais velha, quase de certeza que era a sua mãe.
Esta família vai ser a causa da minha morte.
“Ela chama-se Lorena!” Lottie disse para a mãe, cujo, sorriso se tornou maior assim que se sentou ao lado da Charlotte.
“Olá malta!” Ela acenou para nós. Qual é a cena deles com o acenar?
“Olá mãe.” Louis disse, a sorrir. Unf, ao menos um de nós está a aproveitar a situação.
“É a tua cara-metade?” A sua mãe disse, fazendo-me cerrar os olhos e corar como nunca tinha corado antes. Se ela achasse que eu era adorável…. Bem, ela estava a cometer um grande erro.
“Sim, ela é.” O Louis roçou a sua cabeça no meu pescoço, fazendo-me dar um risinho por me ter feito cócegas.
Oh Deus.
Eu dei um risinho.
Em frente à sua mãe.
Brilhante, apenas brilhante.
“Olá querida! Sou a Jay, a mãe do Louis.” Jay disse e eu voltei-me para encarar as duas mulheres novamente. Quando eu nada disse por uns segundos, completamente envergonhada, a Lottie falou. “Ela é uma criatura delicada. Muito tímida.”
“E tu não estás a ajudar.” Jay disse quando se virou para a Lottie com um exagerado sorriso querido, o que me fez rir um pouco. A mulher leu os meus pensamentos.
Enfim, eu- oh, olá Zach!” Jay acenou outra vez, agora a olhar para algo atrás de nós. Quando olhei para trás, vi o Zach apenas com boxers, quando ele se levantou da cama; muito conveniente.
“Olá Jay.” Ele disse com a voz rouca, ritmando as palavras enquanto passava ambas as suas mãos pelo cabelo e ia até à casa de banho. Penso que ele conhece a mãe do Louis… bem o suficiente para andar quase nu à sua frente.
“Hum, bem crianças, eu preciso de ir trabalhar daqui a uns minutos, por isso não posso falar muito com vocês.” Jay disse com um sorriso de desculpas enquanto eu abanava a cabeça. “Não, por favor, não precisa de ficar connosco, não estamos a fazer nada de mais.” Disse, e fiquei confusa quando toda a gente há minha volta riu.
“Ela fala!” Lottie disse com os olhos abertos, fazendo-me rir um pouco, embaraçada; eu falei, repentinamente, depois de começar a corar como uma louca e a agir como se fosse de outro planeta.
“Cala-te.” Jay virou-se para a Lottie com aquele querido sorriso, fazendo-me rir de novo quando pensei em como é que ela lia os meus pensamentos. Mais uma vez.
“Então, amor, há quanto tempo namoram?” Ela virou-se para nós, parecendo orgulhosa como se nos tivéssemos a licenciar ou assim.
“Hum…” Louis virou a cabeça para mim, mas rapidamente a voltou para o pc. “Dois meses.”
Franzi a testa; bem, é mentira certo?
“E porquê é que só descobri sobre isso agora?” Jay cruzou os braços.
“Tornamos isto oficial só há uns dias.” Louis disse, beijando a minha bochecha, fazendo a sua mãe dizer um ‘aw’.
“Então… Lorena certo?” Ela disse quando se virou para mim e sentei-me. “Sim?”
“De onde és?” Ah, aqui vamos nós às 20 perguntas.
“Hum, Torpoint.”
Jay semicerrou os olhos e virou-se para a Lottie, que jogava agora na sua Nintendo. “Onde é Torpoint?” Ela perguntou calmamente. Charlotte apenas encolheu os ombros. “Não sei, sul da Inglaterra ou assim.”
Ela assentiu antes de voltar a olhar para mim. “Estás no mesmo ano que o Louis?”
“Sim.” Deus, porquê é que não consigo dizer outra coisa?
“Estás a tirar a mesma coisa que ele?” O facto de ela ter chamado o curso de coisa…
“Não, estou a tirar Escrita Criativa.” Respondi, meio orgulhosa.
“Ah.” Jay assentiu. “Então queres ser escritora?”
“N-Não, quero ser professora de Inglês.”
“Oh, wow!” Jay disse de repente. “O Louis quer ser professor de Drama! Não queres querido?”
“A sério querido?” Imitei a sua mãe, virando-me para ele com o mesmo sorriso querido que a Jay tinha há uns minutos. “Sim abobora.” Obviamente, o Louis tem o feitio da mãe, pois curvou os lábios para que nós os dois tivéssemos o mesmo sorriso.
“Aw, olha para ti!” A maneira com a Jay disse aquelas palavras fez um calafrio passar-me pelo corpo. “Bem, continuem a ser o adorável casal que são. Lorena, foi um prazer conhecer-te.” Jay disse, parando a meio da frase para me dar um grande sorriso. “Não precisas de ser tão envergonhada.”
Assenti e olhei para baixo; meu, se ela ao menos soubesse o quão ‘envergonhada’ eu sou…
“E Louis, cuida bem dela! Eu gostei dela, por isso não estragues as coisas.” Adicionou, as suas sobrancelhas franzidas e um olhar meio ameaçador. Sentei-me, um pouco envergonhado pelo que ela disse.
“Claro que vou.” Louis murmurou, só eu é que o consegui ouvir. Eu teria virado-me para ele e fazer-lhe coisas melosas, mas a sua mãe voltou a falar.
“Enfim, tenho de ir trabalhar. Desculpa não ter mais tempo para te conhecer melhor! Mas iremos fazer isto outra vez, certo Louis?” Jay virou-se para o seu filho, com o mesmo olhar de à pouco.
“Claro mãe.” Louis assentiu e imediatamente soube que não iria ouvir falar da Jay em breve.
“Ok. Feliz aniversario querida.” Ela beijou a bochecha da Lottie enquanto se levantava. “Adeus aos dois!” Ela acenou para nós e saiu do quarto.
“Adeus!” Disse por entre um suspiro, aliviada por não ter de falar mais com a Jay, e não me atrapalhar mais com as palavras.
“Malta, também vou.” Lottie disse, e assim que o Louis abriu a boca para falar ela cortou-o. “Eu sei que queres falar comigo, mas eu também tenho vida.”
“Charlotte são 10:15h em uma manhã de sábado.” Louis protestou enquanto eu abanava a cabeça.
“Não, não, podes ir. Feliz aniversario!” Sorri, já não me sentido envergonhada.
“Obrigada! E obrigada pelo vestido!” Lottie sorriu. “Agora vão e divirtam-se a ter uma boa e longa relação sexual. Adeus-adeus!” Ela acenou para nós antes de algum de nós conseguir dizer algo.
“Hey!” Louis disparou, mas ela já tinha terminado a chamada. Louis virou-se para mim, parecendo frustrado. “Acreditas nisto? Ela acabou de fazer 16 e sabe o que são relações sexuais!”
Olhei para ele. “Louis, eu sabia o que eram quando tinha a idade dela.” Ele suspirou com as minha palavras. “Ela tem 16, não seis.”
Ele suspirou outra vez antes de falar. “Bem, de qualquer maneira. É o seu aniversário, a gente devia de fazer o que ela nos diz.” Eu quase que não ouvi o final da frase, quando o Louis roçou a sua cabeça na curva do meu pescoço. Demorei um segundo para perceber do quê é que ele estava a falar.
“Não em breve.” Disse com um sorriso enquanto me tentava levantar, mas o Louis puxou-me novamente para si. “Oh, vá lá! Deixa-me-“
Não consegui acabar a frase, pois o Louis plantou os seus lábios nos meus em um longo beijo. Por um momento fui apanhada desprevenida e não respondi as suas ações. Mas logo coloquei ambas as mãos nas suas bochechas, e beijei-o de volta, cuidadosamente para fazer com que o beijo não nos levasse a algum lado.
Mesmo que estejamos a andar por dois meses, eu quero que a nossa relação dure mais um pouco até ultrapassarmos os beijos. Por mais que ele queira, e por mais que o meu sonho me esteja a dizer que eu também quero, nós iremos ter de esperar um pouquinho mais.