Predestinados/Relançamento❤️

Oleh SuzanaSanttos

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Jade Albuquerque uma jovem, milionária, educada, responsável pela empresa da família. Herdeira de um grande i... Lebih Banyak

Paradeiro da Autora/ Elenco
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32

Capítulo 8

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Oleh SuzanaSanttos


Vejo o estuprador sendo arremessado para longe em direção ao calção. O bandido não esperava, com isso a arma cai uns 20 metros longe. O homem que tirou ele de dentro do carro parecia furioso e correu em sua direção. Observo confusa a cena e vejo ambos entrando em luta corporal. O desconhecido que me salvou distribuiu muitos socos, tantos que beirava ao descontrole tamanha a sua fúria. O maníaco tentou se defender mas o homem não dava espaço para que ele agisse. Eu desço do carro e ajeito meu vestido, o máximo que consigo quando percebo que meu salvador estava tão concentrado em bater que não percebe que o bandido  procura alcançar a arma no chão e está próximo a encontrar.

Corro em direção a arma, mas o estuprador é mais rápido e a recupera, ambos lutam novamente agora pela posse da pistola. O homem que me salvou era mais alto, forte e levava vantagem até um certo momento. Eu precisava pensar e agir rápido, caso contrário poderia acontecer o pior. Enquanto eles continuam rolando no chão brigando pela posse da arma, acabo lembrando que no porta malas do meu carro tinha uma ferramenta grande e bastante pesada. Não penso duas vezes e abro a traseira do meu carro e pego o macaco hidráulico.

Tudo acontece muito rápido e no momento que escuto um tiro bato na cabeça do maníaco sexual com todas as minhas forças usando a ferramenta.

— Miserável, morre!

Só parei de bater quando me dei conta que o homem que me salvou tinha sido atingido pelo tiro. Puxo seu corpo com dificuldade, ajeitando de forma que eu pudesse vê seu rosto e onde ele tinha sido atingido.

— Minha Sereia! —  Ele consegue balbuciar com muita dificuldade, tentando levar uma das mãos até meu rosto. Em seguida desmaia. Vejo muito sangue em minhas mãos e acabo entrando em desespero sem saber o que fazer. A chuva tinha diminuído o volume, mesmo assim não tinha visto  uma viva alma no qual eu pudesse pedir ajuda.

— Ei, acorda! Você não pode morrer. — Balanço seu corpo com desespero, implorando, chorando muito. — E agora o que eu faço meu Deus?

Penso por poucos segundos até que levanto e vou até meu carro, pego minha bolsa e corro novamente até o desconhecido. Ajeito a cabeça dele em cima das minhas pernas afim de o deixar o máximo possível confortável. Aproximo meu rosto do peitoral dele e constato que está respirando. Pego meu celular e desligo, em seguida ligo novamente.

— Vamos, tem que dar área, merda!

Até que percebi que tinha conseguido sinal. Ligo para polícia, conto tudo que aconteceu de forma superficial e apesar de muito nervosa consigo mandar minha localização. Informo também do homem que me salvou está baleado. O policial pergunta do bandido. Eu digo que tinha atingido na cabeça e envolta tinha muito sangue. Logo ele tenta me acalmar e desliga com a promessa de chegar em poucos minutos com uma ambulância.

Enquanto aguardo o que parece ser uma eternidade. Abri o zíper da jaqueta do desconhecido e me dei conta que o tiro tinha sido um pouco acima do peito. Em seguida, desviei minha atenção para o rosto do homem que tinha me salvado naquela noite.

— Espera, eu te conheço. — Murmuro sem acreditar que era ele. — Meu salvador era o desconhecido da praia.

Pouco tempo depois o silêncio é quebrado quando escuta barulhos de sirene ao redor. Graças a Deus o pesadelo tinha terminado pelo menos até aquele momento. Ainda me restava saber se o desconhecido corria risco de morte.

Depois que os paramédicos chegam, tudo acontece muito rápido. Observo quando colocam o desconhecido dentro da ambulância e o bandido em outra. Instintivamente sigo para o acompanhar na ambulância, mas sou impedida por um policial que diz que primeiro eu teria que ir a delegacia prestar esclarecimentos. Sou conduzida ao distrito mas próximo e lá explico tudo com riqueza de detalhes que aconteceu naquela madrugada. Cerca de 2 horas depois, sou liberada com encaminhamento para fazer corpo de delito e formalizar a queixa contra o homem que tentou me violentar.

Deixo a delegacia e só um pensamento me vinha a mente procurar o desconhecido que tinha me salvando. Pensei se deveria ligar para meu pai e contar tudo que aconteceu, mas desisto ao imaginar que ele faria de tudo para me trancar em casa até que o caso fosse esquecido. Decidi ligar para Maya e contei tudo a ela e de imediato tive sua ajuda. Eu ainda estava traumatizada, não sabia o que fazer ou como agir e Maya foi crucial nesse momento. Ela me ajudou a encontrar o homem que tinha me salvado e antes mesmo de fazer qualquer outra coisa, fui saber notícias dele, que tinha dado entrada no hospital público que ficava do outro lado da cidade.

Cheguei ao hospital juntamente com Maya algumas horas depois e descobri que meu salvador estava sedado aguardando a vez para ser operado e retirar o projetil. Fiquei revoltada com tamanho descaso e no  mesmo instante arrumei tudo para que ele fosse transferido para um hospital particular e fizesse a cirurgia o mais rápido possível. Agora eu estava em casa me preparando para voltar ao hospital e acompanhar de perto o quadro clínico do homem que me salvou. Eu só queria que ele ficasse bem e não mediria esforços para isso.


Pisco os olhos por diversas vezes e não consigo focar em nada, sinto como se tivesse acordado de um sono profundo. Fecho os olhos novamente e preparo minha visão para claridade que toma de imediato meu quarto. Segundos depois consigo abrir os olhos e vejo cortina e paredes brancas ao redor da cama. Tento me levantar, entretanto não consigo, pois sou atingido por uma dor latente no ombro esquerdo. Encaro o ferimento que está enfaixado até a extensão do braço e acesso preso ao meu pulso. Forço minha mente para lembrar o que tinha acontecido para estar no hospital e a realidade não demora a me atingir em cheio.

Minha sereia!

Na noite anterior eu tinha ficado responsável por fechar o quiosque já que Antônio precisou ir à prefeitura renovar o alvará. Entretanto, o temporal que se formou no Rio de janeiro e principalmente em Copacabana não me permitiu me deixar ir embora, então decidi passar a noite no quiosque. Horas antes eu tinha visto minha sereia como todos os dias na sacada da cobertura, no entanto, percebi ser um horário diferente do habitual. E me dei conta que talvez ela teria um encontro,  festa ou qualquer outra coisa nesse seguimento pela roupa que vestia. Estava muito linda e elegante. Em um certo momento nossos olhares se cruzaram e como em todas as vezes o mundo parou diante de mim, e éramos só nós dois ali. Mas naquela madrugada eu fiquei intrigado como nenhuma outra. Eu tinha visto ela juntamente com um cara na sacada e não sabia se era um amigo ou namorado. Mas algo me deixou agoniado e tirou meu sono durante toda noite. Eu não entendia a ligação que eu tinha com essa mulher, entretanto algo me avisava que ela precisaria de mim. Eu não consegui parar de pensar nela e isso foi fator fundamental para reforçar minha decisão de dormir no quiosque naquela noite. Tinha acompanhado a hora que ela saiu, sabia que ela estava no carro dela, era só questão de tempo e aguardar sua volta. Horas depois a madrugada chega e a chuva aumenta juntamente com ela.

Fecho os olhos e me ponho a lembrar da madrugada..

E se ela estiver com aquele, cara? Essa pergunta ecoava na minha mente sucessivamente durante a noite toda. Talvez esteja me preocupando à toa. Neguei firmemente a possibilidade. Eu acompanhei a rotina dela, sabia que não tinha namorado, pelo menos nada sério, só via ela sozinha e dificilmente saia a noite. Depois de algumas horas de espera, tentei dormir e me convencer que não tinha nada que eu pudesse fazer a respeito. Rolei por diversas vezes no colchonete até que desisti. Lembro-me que levantei e decidi dar uma volta pelo calçadão mesmo com toda chuva que caia durante a madrugada. E foi exatamente o que fiz. Sentia que algo iria me levar a ela. Então, eu fui. Caminhei por toda extensão do calçadão observando os poucos carros que passavam na pista em plena madrugada, mas nenhum era o dela. Até que ouvi gritos de Socorro e senti um frio percorrer meu corpo. Era como um aviso. Corri desesperado, sendo guiado pelos gritos até que vi o carro dela estacionado no acostamento.

— Que porra estava acontecendo, ali? —  Aumentei o ritmo da corrida sentindo uma adrenalina surreal percorrer meu corpo. Quando cheguei perto fiquei cego ao ver a cena diante dos meus olhos. Ela foi atacada por um maníaco miserável. Lembro que arranquei o desgraçado de cima dela e entramos em briga corporal, recordo também de um disparo e partir daí minha memória era só flashes.

Se eu estava no hospital, eu teria sido atingido pelo tiro. Eu falhei, não consegui protegê-lo a. Precisava saber se ela estava bem. Tento me levantar completamente agoniado, consigo puxar a cortina que estava em volta da minha cama e assim tenho a visão de todo quarto.

Ouvi um ruído e me surpreendo ao ver minha sereia dormindo numa poltrona de acompanhante, coberta por uma espécie de manta. Eu não podia acreditar, ela estava ali, dormindo tranquilamente bem ao meu alcance. Linda, serena e o melhor de tudo, parecia bem. Deitei novamente e respirei aliviado. A porta do quarto é aberta por uma enfermeira e faço sinal com indicador para que ela não fizesse barulho. Ela se aproxima com cautela e começa a me examinar. Em seguida, administra alguma medicação em um acesso preso ao meu pulso.

— Que bom que acordou. Sente dor? —  Sussurrou.

— Sim, meu ombro dói. — Respondo sem desviar o olhar da minha sereia.

— Acho que sua namorada não vai acordar tão cedo. Ela não tem dormido desde que você chegou a esse hospital a 2 dias. Foi vencida pelo cansaço a pobrezinha.

— Namorada? — Questiono-me surpreso. —  Estou aqui há 2 dias?

— Sim, sua namorada! Pelo menos é isso que está escrito na lista de controle dos acompanhantes. — Diz ajeitando um travesseiro embaixo da minha cabeça. — E sim, dormiu por 2 dias, pois estava anestesiado desde da cirurgia para retirada da bala. Mas o médico vai passar aqui e te explicar direitinho. Já administrei a medicação daqui a pouco a dor vai aliviar. Qualquer coisa que precisar é só apertar esse botão vermelho aqui acima da cama que uma das enfermeiras de plantão vem imediatamente.

— Ok, obrigado!

— Não precisa agradecer, daqui a pouco vou liberar sua comida e vai poder se alimentar. Agora eu vou indo. — Se despediu.

— Uma última pergunta: Esse hospital é público?

— Não, particular! — Ela responde minha pergunta deixando o quarto.

Observo minha sereia dormindo, ela se mexe, troca de posição e se encolhe lindamente em baixo da manta que cobria seu corpo. Tinha um sono tranquilo e parecia realmente estar cansada.
Me pergunto intimamente como alguém poderia querer fazer mal a uma mulher tão linda e de feição tão doce.

Com coração tranquilo, acabo relaxando e pouco tempo depois, talvez pela medicação que me foi dada, acabo pegando também no sono.


Acordo assustada com a movimentação brusca de uma enfermeira no quarto. Ela trazia um carrinho com uma refeição disposta sobre o mesmo.

—  Boa noite — Cumprimentou-me educadamente. — Trouxe a refeição do paciente, a sua deve chegar daqui a pouco. — Ela completa e se encaminha para deixar o quarto.

— Espera, ele ainda não pode comer, não acordou da anestesia.

Quando ela abre a boca para me responder, ele se mexe e em seguida acorda e encara meu rosto profundamente.

— Como pode perceber, o paciente já acordou. — A enfermeira diz deixando de vez o quarto.

Ficamos nos encarando por um longo tempo como todas as vezes que nos víamos da minha sacada e mais uma vez, era mesma sensação que me atingia em cheio.

— Olá — enfim quebro o silêncio entre nós. Eu podia sentir aquele olhar sobre mim me queimando, deixando-me desnorteada. Meu coração disparou dentro do peito. Senti um baque na boca do estômago e prendi o ar por um momento. Meu Deus, que olhos lindos ele tinha. Eu não lembrava da primeira vez que tivemos contato na praia daquele tom esverdeado dos seus olhos.

— Oi, tudo bem? — Falou baixo, em tom rouco.

Não sei o que foi aquilo, mas senti sendo arrastada fortemente para ele, cativa por seu olhar. O tempo parou só para que conversamos sem palavras, nos olhando, causando faíscas carregadas de uma conexão inexplicável. Algo mágico aconteceu e me balançou. Abalada, mal acreditei quando sorriu lentamente pra mim. Parecia tão envolvido e atraído quanto eu, sem nem ao menos piscar.

— Gostaria de saber se está machucada? E o que aconteceu de fato na madrugada.

Estremeci com seu tom de voz rouco. Ergui o olhar para ele tentando me concentrar em responder suas perguntas sem demonstrar o quanto eu estava nervosa.

— Eu estou bem! — Caminhei e parei bem ao lado do leito. — Você me salvou de um maníaco estuprador. — Sorri, agradecida. — Mas levou um tiro, por isso está aqui nesse hospital.

Ele parece confuso, balança a cabeça como se quisesse lembrar de algo.

— Mas não precisa se preocupar, você está bem, Heitor. A bala foi retirada e tudo terminou.

— Minha preocupação não é comigo. —  murmura examinando-me dessa vez de baixo para cima, até que parou e fitou meu rosto e vejo engolir a seco quando ver a marca em cima da minha bochecha deixada pelo forte tapa que o desgraçado me deu.

— Isso, não é nada perto do que poderia ter acontecido se você não tivesse intervido. —  Levei a mão até o rosto e minimizei o quanto podia o fato.

Ele continuava encarando -me sério.

— Onde está o desgraçado? Foi preso? —  Questiona entre dentes.

— Não se preocupe com isso! Ele teve o que mereceu. Agora só precisa se recuperar e sair logo desse hospital, Heitor.

— Como sabe o meu nome? — Indagou surpreso e recostou na cama, de forma que ficasse sentado.

— Graças a Deus, estava com documento de identificação quando te trouxeram. —  Aproximei-me ainda mais tomando a liberdade de me sentar na beiradinha do leito.

Ele respirou fundo como se estivesse captando meu cheiro.

— Não acho justo que saiba o meu nome e eu não saiba o seu. — Diz fitando-me intensamente.

— Claro! Desculpa, não me apresentei. Me chamo Jade. — Estendo a mão que com certeza estava tremendo.

— Muito prazer, Jade!

Ele tenta devolver meu cumprimento, mas solta um gemido de dor ao tentar estender a mão em minha direção.

— Calma, não precisa se esforçar. — Digo preocupada.

Eu precisava ajudá-lo, mas não tinha começado nada bem. Logo de primeira estendo a mão para cumprimentar um homem que tinha acabado de sair de uma cirurgia no ombro. Mas eu não desistiria da missão, não sairia de perto dele até que ele ficasse bom, era o mínimo que poderia fazer depois de tudo que ele fez por mim.


Bjs da Su 😘❤️

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