Predestinados/Relançamento❤️

By SuzanaSanttos

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Jade Albuquerque uma jovem, milionária, educada, responsável pela empresa da família. Herdeira de um grande i... More

Paradeiro da Autora/ Elenco
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32

Capítulo 6

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By SuzanaSanttos


Hoje era o dia do esperado coquetel em homenagem aos espanhóis, tão planejado pelo meu pai. Eu tinha chegado cedo à empresa pensando estrategicamente em adiantar o trabalho já que ainda tinha hora marcada no salão de beleza e logo depois iria para casa me arrumar e esperar Roger me buscar.

Ele tinha me convencido a deixar que me acompanhasse a festa. Mas antes de dar meu aval deixei claro pela milésima vez que jamais teríamos nada e que ele não deveria ter esperanças ou imaginar nada além de uma amizade e um amor puramente fraternal entre nós. A manhã estava tranquila até dona Beatriz secretária do meu pai entrar na minha sala agitada sem ao menos bater na porta.

— Aí, senhorita Jade, desculpa entrar assim de repente. — Ela diz com ambas as mãos sob o peito ofegante.

— O que houve, Beatriz?

— Senhor Joaquim mandou te chamar.

— Sim, mas porque o desespero?

Ela não responde, começa a andar de lado para o outro pela sala com as mãos nos fios loiros demonstrando o quanto estava agitada. A cena era no mínimo cômica

— Ele discutiu aos gritos com Maya Campos do Marketing. Ela o deixou falando sozinho. Senhorita Jade me desculpe, mas seu pai tá parecendo o demônio. — Completa fazendo o sinal da cruz diante do corpo.

— Ah, é isso? Já deveria ter imaginado. Já estou indo!

— Ok, senhorita, voltarei ao meu posto. Mas por favor não demore. — A pobre mulher diz deixando minha sala em pânico.

Joaquim, ainda a faria ter um infarto. Nego meus pensamentos com um menear de cabeça. Deixo minha sala e caminho pelo corredor da presidência, entrei na sua sala do meu pai depois de bater rapidamente na porta.

— Mandou me chamar? — Indago calmante já sabendo do que se trata.

Ele me encara por cima dos óculos de grau com seriedade. Tinha o rosto vermelho e uma caneta entre seus dedos, que batia na mesa sucessivamente o que evidencia o quanto estava nervoso.

— Você ainda me pergunta? — diz entre dentes. — A Campos está irredutível em não aceitar a proposta dos espanhóis. Ela rejeitou mesmo sendo uma ordem minha. Aquela ne..

Papai, veja bem o que vai falar. — Interrompi me aproximando de cenho fechado. — Caso contrário eu mesma serei obrigada a chamar a polícia.

— Era o que me faltava. — diz jogando a caneta com raiva em cima da mesa. — Minha própria filha me ameaçando.

— Jamais serei conivente com racismo, abuso de autoridade ou humilhação que possam acontecer com Maya ou qualquer outro funcionário da empresa.

— Pronto, vai começar a lição de moral. Você fica contra seu próprio pai para apoiar essa abusada. — Diz com desprezo. — Você não entende que mantermos boa relação com os espanhóis é essencial para o andamento dos negócios.

— Ela não é obrigada a aceitar a proposta dos espanhóis, papai. Seu vínculo empregatício é com a cerâmica Albuquerque e qualquer proposta fora daqui é decisão dela aceitar ou não.

— Por isso mesmo te chamei para pedir que a convença a aceitar o pedido dos espanhóis. Sinceramente eu não consigo compreender como existem pessoas que gostam do trabalho dessa mulher.

— Nunca passou pela sua cabeça que talvez seja por que ela é uma excelente profissional. Maya é muito qualificada, papai e seu trabalho é bastante reconhecido no mercado publicitário.

— NÃO ME IMPORTA SUAS QUALIDADES! — Ele grita enraivecido.
—  NÃO ESTOU AQUI PARA DISCUTIR ISSO — Completou.

— Então, resolva sozinho essa questão e não me coloque no meio disso.— Inclinei-me para frente tomando uma postura altiva. — Infelizmente não tenho como fazer nada, não compete a mim fazer com que Maya aceite a proposta dos espanhóis.

O silêncio tomou completamente o local e o clima se tornou extremamente pesado entre meu pai e eu.

— Era só isso? Então, acho que já posso voltar para minha sala. — Conclui deixando de vez o escritório do meu pai.

Horas depois..

Já passava das 7 da noite e Roger estava atrasado para me buscar para o coquetel em homenagem aos espanhóis. Decidi  mandar uma mensagem no whatsapp com o intuito de apressar e prontamente sou respondida. Ele então explica que o pneu do seu carro furou a caminho da minha casa, mas já havia saído do borracheiro e estava próximo a copacabana. Assenti com um sonoro: "Tudo bem e que estava pronta já à sua espera. Guardo o celular na bolsa e caminho novamente até meu closet. Aproveito para dar uma última conferida no meu visual e atesto que eu estava muito elegante para ocasião. Sorrio satisfeita com a imagem que vejo em frente ao espelho e decidi ir até a sacada da minha cobertura para fazer hora até que Roger chegue. Hoje não tinha pôr do sol e o mar estava revolto e de resseca. Tinha chegado uma frente fria no fim de semana e a chuva intensa tomou praticamente o dia inteiro no sudeste. Isso fez com que a praia e o calçadão não tivessem o movimento e a alegria dos dias quentes pelo qual eu tanto amava. Mesmo assim, as grandes ondas batendo raivosamente sob as pedras não deixavam de ter sua beleza e exuberância diante da força da natureza. Observo toda a extensão do mar e me ponho a pensar na minha vida. Eu me sentia triste, vazia. Já tinha realizado tudo que pudesse imaginar na vida profissional e hoje talvez pela primeira vez acabo sentindo necessidade em me realizar também na vida pessoal. Talvez eu precisasse dar um novo sentido a minha vida, uma nova carreira, novas áreas de formação. Lembro da universidade de psicologia que era uma carreira muito almejada por mim e larguei antes de concluir quando me formei em administração e logo depois fui trabalhar na Cerâmica para tomar posse das minhas ações. Dediquei ao desejo dos meus pais e abdiquei por completo da minha verdadeira vocação. Será que somente isso me traria felicidade e preencheria o vazio que eu andava sentindo? Me pergunto intimamente sem nem saber exatamente o que tanto me fazia falta. Afinal, eu tinha tudo que uma mulher realizada poderia querer na vida. Formação profissional, uma carreira consolidada antes mesmo dos 30 anos, independência financeira e pessoal. Entretanto, mesmo assim eu sentia que faltava algo. De repente meus pensamentos são interrompidos subitamente ao me sentir observada. Busco no olhar que contemplava-me em meio a chuva que cai torrencial no calçadão de copacabana e vejo um homem estático sem se importar se quer com os raios que caiam próximo a ele. Nossos olhares se cruzam, eu o encaro sem desviar o olhar e uma sensação inexplicável acaba acontecendo ali. Meu corpo se arrepia por inteiro e minha respiração fica descompensada. Acabo lembrando do seu rosto e forço a memória a lembrar de onde. O reconheço depois de longos segundos. Era o homem da praia, o mesmo que trabalhava no quiosque e toda vez que por acaso nos víamos era sempre a mesma sensação. Não me despertava medo e nem transmitia nenhum tipo de maldade no olhar, pelo contrário, transmitia paz, confiança, ternura. Talvez, ele me confundiu com alguém, entretanto das poucas vezes que o vi jamais tive a iniciativa de tirar a dúvida.

A campainha toca quebrando assim atmosfera entre nós. Insisto e busco  novamente seu olhar, eu não queria ser interrompida daquele momento. A campainha insistia e soa por diversas vezes, juntamente com batidas na porta, forçando-me assim a atender a mesma e quebrar o olhar com o desconhecido.

Era Roger segurando um buquê de flores, vestido elegantemente em um terno azul caneta sob medida.

— Boa noite — Ele me cumprimenta na soleira da porta. — Você está linda! — Elogiou sorrindo evidenciando os dentes brancos e bem alinhados. Meu primo era bonito, tinha porte e apesar da falta de simpatia sua beleza sobressaia a isso. Acho  até que qualquer mulher se interessaria rapidamente por ele, menos eu que o via somente como um irmão.

— Para que trouxe flores, Roger? — Indago erguendo uma sombrancelha. — Lembre-se que isso não é um encontro.

— É somente uma gentileza, Jade.

— Ok, então eu agradeço! — Aceito o buquê com sorriso de canto. Não desejava tratar Roger com desdém, só queria que ele  entendesse que não tinha chance de nada acontecer entre nós. — Vou colocar as flores no vaso e logo depois podemos ir.

— Tudo bem! — Assente.

Ajeito as flores em um vaso qualquer que vi à disposição na sala e caminho novamente até a sacada, em busca do desconhecido. Observo atentamente o calçadão e não o vejo e acabo ficando frustrada.

— O que foi? — Roger indaga curioso.

— Nada, só achei que tivesse visto uma amiga no calçadão.

— Em meio a esse temporal dificilmente encontrará alguém. — Diz se aproximando do ponto onde eu estava na sacada.

— Verdade! — limito-me a responder.

— Vamos?

— Sim, lógico! — Assinto alheia a tudo ao meu redor.

— Se a gente atrasar de mais tio Joaquim falará na nossa cabeça a noite toda.

— Tem razão! Vamos!

Deixamos meu apartamento juntos e ainda na garagem convenço Roger a ir no meu carro já que eu não pretendia voltar muito tarde e sabia que Roger e meu pai com certeza esticariam a noite com rodadas de whisky e charutos apresentando o grupo de espanhóis a sociedade carioca. Roger, não fez objeção e deixou seu carro com a intenção de buscar no outro dia. Depois de minutos deixamos copacabana rumo ao jockey na Gávea onde estava sendo realizado o coquetel em homenagem aos espanhóis e ao negócio milionário fechado pela Cerâmicas&louças Albuquerque. Cerca de 20 minutos depois chegamos e adentramos ao salão nobre do jockey clube Brasileiro.

Apartir do próximo capítulo as coisas começam a esquentar.

Espero que estejam gostando dessa nova versão do livro vão começar a perceber as mudanças logo em breve 😉

Bjs da Su 🌹🤩

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