Folhas De Outono

By joycexsous

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Numa noite de outono, após sofrer um acidente, Ana Clara Caetano, que carrega o nome um tanto quanto conhecid... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capitulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Bônus
Esclarecimento

Capítulo 8

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By joycexsous

- Você demorou! - Ana exclamou ao abrir a porta para Vitória.

- Minha irmã não mora perto. - Encolheu os ombros dando um meio sorriso.

- Entra. - Ana deu espaço para que ela entrasse, assim que o fez, fechou a porta. - O que aconteceu? - A pergunta fez Vitória suspirar.

- Qual você quer ouvir primeiro, a coisa boa ou a ruim?

- A ruim. - Ana caminhou até a adega, sendo acompanhada por Vitória.

- Não sei ao certo como as coisas vão prosseguir daqui para frente, mas Luis e minha mãe estão contra mim e a minha decisão da separação. - Ana lhe ofereceu uma taça com vinho que foi aceita imediatamente. - Minha irmã ouviu sobre um documento falso de divórcio onde eu assinaria e continuaria casada sem saber.

- Isso é doentio. - Comentou ao levar a taça para longe da boca.

- Só que eu já dei entrada no pedido de divórcio, só falta seguir o processo.

- E isso já não é certo que agora vocês vão se divorciar? - Perguntou enquanto assistia Vitória tomar o vinho da sua taça deixando o formato do seu lábio inferior estampado de batom vermelho.

- Os dois vão dificultar isso até onde conseguirem.

- Algo que era para ser tão simples...

- Nada é simples quando envolve minha mãe. - Abaixou seu olhar para o chão.

- Se você explicar isso para o advogado talvez tenha como agilizar o processo, você não acha?

- Não sem provas.

- Mas tem uma testemunha... E não querendo te lembrar disso, mas posso ser testemunha também de quando te vi com hematomas nos braços causados por ele, já é uma ajuda também.

- Se tudo isso for realmente necessário, eu agradeço.

- Não precisa, como sempre. - Ana sorriu e segurou a mão de Vitória a guiando até o sofá para que se sentassem.

- Como estão as coisas na empresa? - Vitória mudou de assunto.

- Está tudo em ordem, foi acalentador voltar para lá. - Sorriu.

- Quero conhecer. - Sorriu também.

- E vai, mas em breve... - Limitou-se a dizer.

- Vou aguardar um convite.

- Juro que não vai demorar. - Ana sorriu.

Vitória olhou ao redor, reparando nos detalhes do cômodo em que estavam. O apartamento todo da morena tinha a mobília preta e branca, com alguns detalhes coloridos, tudo devidamente em seu lugar, algo que parecia ter sido feito sob olhos e mãos de uma especialista em decoração.

- Seu apartamento é lindo. - Disse ao voltar a olhá-la.

- Obrigada. - Sorriu.

- Tudo tão... escape. - Disse fazendo Ana rir.

A campainha tocou, fazendo as duas se virarem para a porta. Passava das onze da noite, se não fosse algum vizinho ou Bárbara, seria estranho qualquer pessoa chegando a essa hora sem ser convidado. Ana se levantou do sofá para abrir a porta e assim que o fez, preferia não ter se dado ao trabalho de levantar.

- Hey, love. - Mike sorriu ainda na soleira. - Senti sua falta. - Ana ia protestar mas foi impedida quando ele deu um passo a frente, segurando sua cintura e selando seus lábios contra a vontade dela. Com toda a força que tinha, ela o empurrou o fazendo dar um riso sarcástico.

- Você já foi mais fácil, Ana Clara.

- O que você está fazendo aqui? - Falou pausadamente. Vitória ainda sentada no sofá, observava os dois e estava prestes a se colocar de pé.

- Vim pegar o que é meu de volta.

- Não tem absolutamente nada seu aqui.

- Está bem na minha frente. - Deu um sorriso lascivo e um passo a frente, a fazendo dar um para trás. - Qual é, Ana Clara? Vai dificultar tudo mesmo?

- Sai da minha casa, Mike. - Usou seu tom de voz mais firme e cerrou os punhos tentando controlar suas mãos que tremiam por conta da raiva.

- Você sabe que invasão de domicílio é crime, não sabe? Não lembro de ouvir ela te convidando para entrar. - Vitória se colocou ao lado da morena, cruzando os braços.

- Não sabia que trazia suas médicas gostosas para casa, Ana.

- Ou você sai agora, ou...

- Ou o quê? - A interrompeu. - Vai chamar a polícia? - Soltou mais uma vez seu riso sarcástico.

- Posso, Ana? - Vitória perguntou e Ana assentiu sem desviar os olhos dele.

- Não! - Vociferou quando Vitória fez menção de tirar o celular do bolso. - Eu saio, Ana Clara, mas você não vai se ver livre de mim tão cedo. - A olhou por mais alguns segundos antes de passar pela porta. Ana a fechou e encostou suas costas nas mesmas, fechando os olhos e respirando fundo.

- Você está bem? - Perguntou fazendo Ana abrir os olhos e a mesma assentiu.

- Me desculpe por isso.

- Quem tem que se desculpar é ele com você. - Deu um meio sorriso. - Preciso ir, vai ficar bem?

- Já?

- Uma hora ou outra tenho que voltar, não é?

- Ainda é cedo, fica mais um pouco. - Ana se desencostou da porta, se aproximando de Vitória e colocando as mãos em seus ombros, a virando de costas para si e a guiando até o sofá de volta. - Você não disse que queria ficar longe de casa? Agora vai me fazer companhia. - Enquanto Vitória se sentou novamente no mesmo lugar onde estava acomodada antes, Ana pegou as duas taças que estavam vazias sobre a mesinha de centro e voltou à adega.

- Eu estou dirigindo, Ana. - Riu ao ver a morena enchendo sua taça com mais vinho.

- Esquece que você tem que ir para casa. - Disse ao voltar para perto dela e lhe devolver a taça com um tanto considerável. - Duas taças de vinho também não vão fazer mal algum.

- Se eu pudesse beberia até ficar insana e esquecer o rumo que minha vida tá levando.

- Fique à vontade, - riu - te empresto minha cama.

- De modo algum. Eu trabalho amanhã cedo, senhorita Caetano. - Vitória voltou a taça de vinho para a mesinha de centro da sala, e parou os olhos numa folha com um desenho ainda em andamento. Era o vestido que Ana estava fazendo pensando justamente nela, mas que ela não saberia até ficar pronto. Pegou a folha e a analisou. Ana sentiu o coração acelerar ao ver ela pegando e o olhando com uma expressão indecifrável. - Imagino que ficará lindo quando acabar. - Sorriu desviando os olhos da folha para Ana e logo voltando o desenho onde estava.

- Espero mesmo que fique. - Deu um meio sorriso.

- É para a coleção ou para alguém específico?

- Para alguém específico. - Limitou-se a dizer.

Passaram mais horas a fio conversando, Ana chegou até colocar um filme que ambas compartilhavam o gosto por tal quando as palavras já não se faziam mais presentes entre elas. Se Vitória queria ficar longe de casa, era isso que faria. Estar ali com Ana era como ter um abrigo recém descoberto, era um lugar novo mas que já de início fora cuidada. Ah, se sua amiga que sempre era quem estava por perto descobrisse que quase três horas da manhã Vitória estava na casa de outra, assistindo filme, enquanto essa outra era embalada pelo sono com a cabeça encostada no ombro da morena. Ela nem havia se dado conta de que Ana dormira no meio do filme. Essa companhia para Vitória era sinônimo de conforto, era uma pessoa nova na sua vida, era o novo que se depender de sua vontade vai se tornar permanente.

Quando os créditos finais apareceram na tela, Vitória olhou para a morena que estava calada há um tempo, com a cabeça repousada de modo confortável sobre seu ombro, ato que aconteceu logo no começo do filme de forma quase involuntária. Olhou seu celular e consequentemente percebeu que era hora de ir embora. Por segundos ficou indecisa se a acordava ou não e então preferiu avisar que estava indo embora, assim, ao menos Ana poderia ir também dormir em um lugar mais confortável que o sofá.

- Ana. - Sussurrou próximo ao seu ouvido e se moveu um pouco.

- Hum? - Deu um murmúrio.

- Vá dormir na sua cama. - Vitória riu ao ver Ana levantando a cabeça de seu ombro e coçando os olhos.

- Desculpa por usar seu ombro como travesseiro. - Deu um meio sorriso. - Que horas são?

- Quase três da manhã. Já passou da minha hora. - Se colocou de pé e observou Ana com os cabelos todos desgrenhados e quase deixou um sorriso escapar ao vê-la assim com uma cara digna de quem dormiu por horas.

- Está tarde para você ir embora. Dorme comigo hoje?

****

A história chegou a 1K e eu estou muito feliz e por isso estou postando mais um capitulo pra vocês. OBRIGAAAAAAA :)

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