Capítulo 4

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— A pedidos de alguém que vem cuidando de você. — Mônica entregou um dos cadernos que Ana usava para desenhar peças para si, juntamente com um estojo. Ela havia acordado fazia poucos minutos, levantou novamente com a ajuda de uma enfermeira e já estava de volta na cama em que não aguentava mais ficar.

— Ela realmente pediu. — Ana disse mais para si mesma do que para os pais. — Obrigada por trazerem. — Abriu um sorriso.

— Agradeça a doutora Falcão pela atenção. — Mônica lhe respondeu.

— Farei isso. — Sorriu e assentiu.

— Já lhe deram previsão de alta? — Edimilson se pronunciou pela primeira vez desde que entraram.

— Vitória disse que tenho exames para fazer hoje e dependendo dos resultados, posso ir para casa em dois dias.

— Vitória — Mônica perguntou demonstrando confusão em seu olhar.

— Doutora Falcão.

— Está amiguinha da sua médica, Ana Clara? — Edimilson cruzou os braços.

— Bom, ela é minha companhia na maior parte do tempo em que vocês não estão aqui. Nada mais justo, não é?

— Alguém está com saudade e vai vir te visitar ainda hoje. — Mônica se lembrou.

— Me diga que é Bárbara, por favor. — Ana juntou as mãos embaixo do queixo. Pensava na melhor amiga todos os dias, e no quanto tudo seria menos monótono se ela lhe fizesse companhia, porém sua agenda, pelo fato de ser modelo, não ajudava muito.

— A própria. — Mônica sorriu — Ela ligou todos os dias para saber de você, até falamos sobre ligar enquanto estivéssemos aqui, mas você sabe como é fuso horário.

— Você vai para nossa casa quando sair daqui, não vai? — Edimilson perguntou.

— Preciso de ajuda enquanto isso não sai da minha perna, — apontou para o gesso — então acho que sim.

Três batidas leves na porta foram ouvidas e então a mesma foi aberta devagar.

— Atrapalho? — Vitória disse assim que entrou.

— De forma alguma. — Mônica respondeu com o sorriso de sempre e a médica retribuiu.

— Como você está? — A médica perguntou à Ana, que conteu um sorriso.

— Estou melhorando, acho.

— Acha? — Vitória franziu o cenho.

— Só vou estar cem por cento bem quando tirar isso da minha perna, — apontou novamente para o gesso — isso da minha barriga, — levantou a blusa mostrando o curativo — e eu sair dessa cama.

— Vai fazer alguns exames mais tarde e como eu te disse ontem, pode ir para casa em dois dias caso tudo esteja certo com você.

— Não vejo a hora. — Ana soltou o ar.

— Vamos dar licença para a doutora Falcão fazer seu trabalho. — Mônica disse trocando um olhar cúmplice com o marido e logo após deixaram o quarto.

— Vejo que atenderam meu pedido. — Vitória falou ao ver o caderno e o estojo sobre as pernas de Ana.

— Obrigada mais uma vez. — Ana sorriu, fazendo com que a médica fizesse o mesmo.

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A morena já estava de volta ao lugar qual jamais iria querer ver outra vez na vida, após fazer todos os exames necessários e tomar banho novamente com a ajuda de Léticia que estava conseguindo escapar da sua ala.

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