A Time to Love // L.P.(parada)

Av portuguesefreak

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"Ela estava sempre a sorrir, mas o que a maior parte das pessoas não sabia, era que ela utilizava o sorriso p... Mer

A Time to Love
Capítulo 1 - O rapaz misterioso
Capítulo 2 - Um dia com Liam Payne
Capítulo 3 - Concerto
Capítulo 4 - Nunca apareceu (Liam's P.O.V)
Capítulo 5 - Londres
Capítulo 6 - Colegas de casa e amigos
Capítulo 7 - Reencontro
Capítulo 8 - Casa de Liam
Capítulo 10 - Misteriosa
Capítulo 11 - Jantar
Capítulo 12 - Eu estou aqui
Capítulo 13 - Acordar com um intruso
Capítulo 14 - Cinema
Capítulo 15 - Filme de terror, memórias e ciúmes
Capítulo 16 - Beijo
Capítulo 17 - Mudar de casa part l
Capítulo 18 - Mudar de casa part ll
Capítulo 19 - Isto não devia ter acontecido
Capítulo 20 - Cicatrizes
Capítulo 21 - Investigar
Capítulo 22 - Email
Capítulo 23 - Passado descoberto
Capítulo 24- Sophia
Capítulo 25 - Eu quero uma oportunidade
Capítulo 26 - Nova mensagem
Capítulo 27 - Tudo a seu tempo
Capítulo 28- Surpresa
Aviso

Capítulo 9 - Pesadelo

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Av portuguesefreak

Estava a fazer o jantar enquanto a minha mãe se arranjava para ir trabalhar. Como é enfermeira, também tem de fazer turnos á noite. A minha irmã adormeceu no sofá agarrada ao seu ursinho quando estava a ver os seus desenhos animados preferidos Phineas & Ferb. Dirigi-me ao frigorífico, peguei numa cenoura, descasquei-a e cortei- a aos bocadinhos para a colocar na calda do arroz.

Movia-me pela cozinha com os fones nos ouvidos ao som de 'we found love' de Rihanna e cantarolava a letra baixinho. Ouvi um pequeno riso vindo da porta e vi a minha mãe a olhar para mim com um sorriso, já com o seu uniforme vestido.

"Cheira mesmo bem" disse. Deslocou-se até á panela, encheu uma colher e levou-a á boca "Está mesmo bom. És melhor cozinheira do que eu, o teu pai teria ficado orgulhoso" disse com um pequeno sorriso.

"Aprendi contigo, por isso duvído que seja melhor que tu" diminui a intensidade do lume para que a comida não queimasse "A Bia está a dormir, queres que a acorde? Ela não comeu nada de tarde e deve ter fome"

"É melhor, vai que eu tomo conta disto" assenti e dirigi-me á sala.

Consegui ouvir o som vindo da televisão. Estava tão alta que não sei como é que a minha irmã conseguiu adormecer. A voz de candice encheu-me os ouvidos com um 'MÃE' e eu comecei a rir. Esta personagem é mesmo engraçada.

Baixei-me de modo a ficar ao mesmo nível do sofá e abanei um pouco a minha irmã. Ela deixou um pequeno barulho escapar os seus lábios e tentei outra vez.

"Bia, acorda princesa. Está na hora de jantar e eu fiz o teu prato preferido" os seus olhos abriram-se automaticamente  e um pequeno sorriso formou-se nos seus lábios.

"Fizeste mesmo?" respondi-lhe que sim e ela levantou-se "Levas-me ao colo?"

"Anda cá minha pequenina" ela envolveu as suas pequenas pernas em volta da minha cintura e os seus braços em volta do meu pescoço. Corri com ela no meu colo até á cozinha a sua gargalhada consegue ouvir-se por toda a casa.

Quando chegamos á cozinha, sentamo-nos á mesa e a minha mãe colocou a panela na mesa. Depois de servidas, começamos a comer. Não paravamos de rir, e eu adorava estes momentos em família.

Senti uma dor na minha cabeça e fechei os olhos para que ela parasse. Quando finalmente parou, abri os olhos e fiquei um pouco aflita quando vi que já não estava na cozinha. Estava no meu quarto e não havia sinal nem da minha mãe nem da minha irmã.

Mas o que raio se passa?

Ouvi um barulho e olhei para trás. Uma figura alta e assustadora encontrava-se no centro do meu quarto. Dei um passo atrás, lágrimas a formarem-se nos meus olhos.

"Não, isto não está a acontecer. Eu estou a sonhar" tentei convercer-me a mim própria. As lágrimas caíram ainda com mais força pelo meu rosto quando ele começou a deslocar-se até mim com um sorriso sinistro no rosto.

"Afasta-te de mim" ele não me ouviu e continuou a aproximar-se cada vez mais. O meu corpo ficou fraco e eu cai no chão sem ter forças para me levantar.

"Por favor..." sussurrei

Acordei sobressaltada com o som do meu despertador. Estava toda suada e haviam algumas lágrimas no canto dos meus olhos. Movi o meu corpo com esforço e sentei-me com as costas encostadas á parede. Respirei fundo várias vezes a tentar acalmar a o bater forte do meu coração.

'Foi só um pesadelo' disse a mim própria. 

Ainda estava e tremer e a minha respiração ainda estava acelarada. As imagens de á bocado entraram na minha cabeça e desta vez, lágrimas verdadeiras caíram pelas minhas faces. 

Levantei-me da cama, peguei na minha roupa interior e uma roupa para vestir e dirigi-me á casa de banho para tomar um duche. Quando lá cheguei, fui ao armário e tirei de lá duas toalhas, uma para o corpo e outra para o cabelo. Tranquei a porta, despi a roupa, entrei na cabine e liguei a água.

Depois de um duche de, mais ou menos 20 minutos, saí da cabine. Enrolei uma toalha no meu cabelo e vesti-me. Sequei o cabelo e coloquei um pouco de base no rosto.

Estava pronta para ir para baixo para tomar o pequeno almoço e depois ir para a Universidade. Hoje é segunda feira e é o meu primeiro dia de aulas. Tenho de admitir que estou um pouco nervosa. Ontem, Blake teve convencer-me que ia correr tudo bem e que eu não tinha de me preocupar.

Entrei na cozinha e Clare estava sentada á mesa a comer uma torrada. Olhou para cima com um sorriso e, quando viu que era eu, baixou logo a cabeça. Dirigi-me ao frigorífico e tirei de lá um iogurte. Fiz uma sandes com fiambre e sentei-me á mesa a comer.

Estavamos em silêncio mas alguém entrou na cozinha desposto a acabar com este momento constrangedor. Blake.

"Bom dia" disse com um sorriso.

Clare sorriu e disse-lhe um "Bom dia, Blake" ,eu disse o mesmo.

Blake andou pela cozinha a preparar o pequeno almoço e, quando tinha tudo o que queria, sentou-se ao meu lado. A Kate e o Ethan vieram passado alguns minutos e fizeram o mesmo que Blake. Kate olhou-me com desprezo e Ethan lançou-me um pequeno sorriso quando a sua namorada não estava a ver.

Depois do pequeno almoço, Blake e eu dirigimo-nos á Universidade. Fiquei aliviada por não termos de ir a pé, não me apetecia nada. Blake quis levar o carro desta vez.

"Onde estiveste no sábado?" perguntou-me. Ele já me tinha feito esta pergunta ontem mas eu não lhe cheguei a responder.

"Com a Emma" disse simplesmente.

"Vocês tiveram a passear até á hora de jantar?"

Emma e eu estivemos em casa de Liam até tarde. Depois de eles saírem da piscina fomos ver outro filme. Quando já estava quase na hora de jantar eu quis ir embora apesar de Liam e Harry me tentarem convencer a ficar para jantar. Eu recusei.

"Sim, eu encontrei um amigo e passamos o resto da tarde com ele" Blake olhou para mim desconfiado.

"Chegaste á alguns dias, como assim encontraste um amigo?" observei-o com uma sobrancelha levantada. Isto mais parece um interrogatório.

"Um amigo que conheci em Portugal. Porquê tantas perguntas?" agora foi a minha vez de o questionar.

Ele suspirou e respondeu " Estava apenas curioso"

Paramos em frente ao grande edifício e eu suspirei de alívio. O ambiente aqui no carro estava um bocado esquisito e eu só queria sair daqui.

Blake e eu saímos do carro e eu reparei que a maior parte dos alunos que estavam cá fora estavam a olhar para nós e a dizer qualquer coisa uns aos outros. Olhei para Blake confusa e ele deu de ombros como que a dizer que não sabia o porquê de eles estarem a observar-nos.

Emma estava sentada na relva a ler um livro e eu desloquei-me até ela. Blake despediu-se de mim e disse para ir ter com ele no fim das aulas para irmos para casa. Sentei-me ao lado de Emma e ela guardou o livro na sua mala.

"Que estavas a ler?" perguntei

"Um livro de uma das minhas escritoras preferidas, o divergente" eu sorri e ela continuou " Então...Adorei o dia de Sábado. Ainda nem acredito que estive em casa dos One Direction e que nadei na piscina deles"

"Foi um dia normal" disse indiferente

"Normal?! Só podes estar a brincar, Carol. Sabes que eles são mundialmente conhecidos, não sabes?"  começei a rir.

"Sei, Emma. Mas não é preciso exagerar. Eles para mim são uns rapazes normais" ela ohou para mim com a boca aberta e eu voltei a rir " Porque é que estás com essa cara?"

"Tu és mesmo diferente. Não é de admirar que o Liam goste de ti"

 Olhei para ela confusa " Que é que estás praí a falar?" perguntei

"Por favor... Não me digas que não reparaste na maneira como ele olha para ti. Ou a maneira como ele te abraçou quando viu que eras tu. Não são comportamentos de um amigo" disse como se fosse óbvio.

"Andas a imaginar coisas. Ele olha para mim da mesma maneira que olha para ti. E é impossível ele gostar de mim, ele namora com a Sophia, a sua paixão de infância. E, se por alguma razão inexplicável, isso fosse verdade, eu não estaria interessada" Emma ia dizer algo mas eu interrompi-a "É melhor ir-mos para a aula de matemática, eu não quero chegar atrasada no meu primeiro dia"

Emma arrumou as suas coisas e nós dirigimo-nos á sala onde iria ocorrer a primeira aula. Enquanto andavamos, eu não conseguia parar de pensar no que Emma tinha dito. Eu tenho a certeza absoluta que é tudo fruto da sua imaginação, só pode ser. Por que raio haveria Liam de gostar de uma rapariga como eu? Sou uma rapariga normal, não sou nada como a sua namorada que é absolutamente bela com os seus olhos verdes,o seu cabelo castanho bem tratado e é alta como uma modelo. Eu sou baixa com uns olhos azuis que há muito tempo que perderam o brilho. Não vou dizer nada sobre o meu cabelo castanho pois é uma das coisas que mais gosto. E tenho um passado que afastaria qualquer pessoa.

Finalmente chegamos á sala e entramos. Haviam vários lugares vazios e eu segui Emma até a fila da frente. Um rapaz que aparentava ter 25 anos entrou na sala e sentou-se na secretária do professor. Será que este é o professor? É bastante novo.

"Bom dia turma" disse o rapaz louro de olhos azuis. Olhou para mim e sorriu " Parece que temos uma aluna nova. Queres apresentar-te ao resto da turma?"

Levantei-me do lugar e coloquei-me no centro da sala, mesmo ao lado do professor cujo nome eu não sabia "Olá a todos, eu sou a Carolina mas podem tratar-me por Carol. Sou portuguesa e vim para Londres estudar" 

"Muito bem, Carol. Podes sentar-te. Eu sou o Mr. Anderson e vou ser o teu professor de matemática este ano e, se tudo correr bem, até acabares o teu curso" disse-me com um sorriso acolhedor.

Voltei ao meu lugar e Emma chegou-se para mim de modo a puder sussurrar-me ao ouvido " É o professor mais giro e divertido da escola, vais adorar as aulas dele" 

A Emma tinha razão, a aula foi super divertida. De vez em quando, Mr. Anderson lembrava-se e contava uma piada, o que fazia toda a turma rir. Não me lembro de ter uma aula de matemática tão divertida como esta. O tempo passou super depressa e, quando me apercebi, já estava na hora e sair.

Arrumei as minhas coisas na mala e dirigi-me á porta.

"Espero que estejas a gostar de estar aqui, Carol. Não é todos os dias que temos uma aluna que veio de outro país estudar para cá e sem bolsa" disse o nosso professor de repente.

"Estou a gostar bastante, Mr.Anderson" disse e olhei para o relógio "É melhor ir andando. Não quero chegar atrasada á minha próxima aula"

"Vai lá, não te quero empatar. Até amanhã, Carol"

"Até amanhã, Mr.Anderson" e com isto saí da sala e fui ter com Emma.

As aulas estavam a correr bastante bem. Os professores eram simpáticos e faziam-me sentir bem vinda. Fiz alguns amigos que gostavam de saber mais sobre o meu país. Não vi o Blake nem nenhum dos meus colegas de casa durante toda a manhã. 

Só queria que Maria estivesse aqui. Tenho a certeza que iria adorar. Ela e Emma têm várias coisas em comum e sei que se darão bastante bem quando se conhecerem.

Inglês era a nossa última aula e eu estava ansiosa por ver como haveriam de ser as aulas. Inglês era a minha disciplina preferida quando andava no secundário e vai continuar a ser. 

Como em todas as outras aulas, apresentei-me á turma e depois começamos a aula. Estavamos a ler e analisar um dos mais trágicos romances e uma das minhas histórias favoritas, Romeo & Julieta. A meio da aula senti o meu telemóvel tremer no bolso e tirei-o discretamente do bolso para ver do que se tratava. 

'Sexta-feira á noite estás livre?  Liam xx ' dizia a mensagem

'Estou, porquê?'

'Vens jantar a minha casa para conheceres o resto do pessoal. Não podes dizer que não. Vou buscar-te na sexta-feira ás 19h'

Queria dizer-lhe que não ia, que tinha algo para fazer. Mas porquê adiar o inevitável? Mais cedo ou mais tarde vou ter de os conhecer. Liam não parou de falar nisso no sabádo.

'Está bem, eu vou ' respondi

Depois disto, guardei o telemóvel e tentei tomar atenção ao resto da aula. Não sei porque é que estou preocupada com a noite de sexta-feira. Tenho a certeza que eles são bastante simpáticos e acho que nos podemos tornar amigos.

Amigos... Quanto mais pessoas se tornam minhas amigas, mais pessoas correm perigo e é isso que me deixa preocupada...

*****************************

Olá :))

Aqui está mais um capítulo

O que é que vocês acham do Mr. Anderson? E acham que a Emma tem razão ou está apenas a 'imaginar coisas' ?

Espero que tenham gostado :3

Dedico o próximo capítulo ao primeiro voto

Kisses, Ana 

Fortsett å les

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