Ensaio Sobre Ela

By ADlauren

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Sinopse Lauren Jauregui é uma fotógrafa recém formada que acaba de receber uma proposta de emprego de uma gra... More

1. New York
2. Friendship
3. Social
4.Quase
5. Conversas
6. Amigas
7. Amigas?
8. Mentiras
8. Mentiras Part. 2
9. Modelos
10. Encontros
11. Tentação
AVISO
12. Explicações
13. Conhecendo
14. Os Montgomery
15. Esclarecendo
16. Esclarecido
17. Despedida
18. Primeira Namorada
19.Miami
20. O sogro
Atenção
21. Minha Primeira
22. Brasil
23. Telefonema
24. Praia
25. Grávida
26. Acabou
27. Megan
28. Skinny Love
29. Vida nova
30. Anos...
31. Vivendo
32. Tempo
33. Anos
35. Nova temporada (especial)
36. Nova Temporada (especial 2)
37. Nova temporada ( Especial 3)
38. Nova temporada ( Especial 4)
39. Nova temporada (Especial 5)
40. Nova Temporada (Especial 6)
41. Nova Temporada ( Especial 7)
42. FINAL

34. Epílogo

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By ADlauren




POV Camila

- Oh mãe! -­ estava tomando café com Lauren, quando ouço a voz de Meg. Ela descia as escadas com a cara emburrada. Olhei pra Lauren que apenas deu de ombros e pôs o jornal no rosto, enquanto tomava seu café. Revirei os olhos pra minha esposa, era sempre assim, ela nunca enfrentava o furacão Megan, segundo Lauren, nós éramos assustadoras quando com raiva... Que exagero.

- O que foi dessa vez? -­ perguntei, já sabendo do que se tratava.

- O de sempre -­ ela disse brava. -­ Meu namorado está furioso comigo, por que segundo ele, eu... ­- pegou seu celular e leu o que tinha ali -­ "Estou cansada da cara de bunda dele e quero terminar" -­ terminou de falar e Lauren não conseguiu segurar o riso, quase se engasgando com o próprio café. -­ Papa! ­- nossa filha a repreendeu furiosa.

- Desculpa, princesa -­ Lauren disse segurando o sorriso e eu olhei feio pra ela, o que a fez engolir seco. Isso com certeza era obra dos gêmeos.

Nossos filhos se amavam mas os mais novos aprontavam muito, e não gostavam nada do namoradinho da irmã mais velha mas isso era ciúmes, eles eram protetores, apesar de serem mais novos. Lauren nunca os repreendiam por isso, afinal os três era cúmplices no quesito "proteger" Megan dos garotos.

- Charlie e Charlotte Jauregui, desçam já aqui! -­ os chamei alto, na ponta da escada e vi os dois descendo lentamente e com umas carinhas culpadas.

 Ah eles eram lindos! Não digo isso por eles serem meus filhos, qualquer um concorda comigo. Eles tinham acabado de completar 16 anos e hoje seria o primeiro dia de aula deles na escola nova.

Charlie era o mais velho (3 minutos mais velho). Tinha olhos castanhos iguais aos meus, cabelos pretos e bem curto, ele costumava usar gel e os deixavam perfeitamente penteados pro lado. Suas roupas eram bem casuais, e apesar de sua postura mais "séria" e seu foco nos estudos ele era um garoto como qualquer outro, gostava de esportes, sair com amigos e se divertir. Ele é bem calmo mas quando se junta com a irmã, isso muda.

Charlotte... Tem a altura do irmão, mas seus olhos eram verdes, como os de Lauren. Seus cabelos bem pretos também, mas diferente de Charlie, ela os deixavam grandes e bagunçados. Apesar de serem gêmeos, os dois eram bem diferentes, digo no jeito de ser. Enquanto Charlie era mais "casual", Charlotte era mais despojada. Seu guarda roupa se resumia em calças jeans, muitas vezes com aqueles rasgos nos joelhos, regatas, camisetas, xadrez e jaquetas, muitas jaquetas de couro. Enquanto Charlie preferia andar de carro, Charlotte preferia sua moto. Sim, ela ganhou uma moto de presente de aniversário e Charlie um carro. Nossa filha mais nova era uma típica bad girl e até tocava numa banda, essas bandinhas que a garotada forma com os amigos, e isso me causava muita dor de cabeça, na verdade os dois me causavam bastante dor de cabeça. Vocês fazem ideia do que é ter várias garotas batendo na minha porta, ou ligando para o nosso fixo, perguntando por um dos gêmeos? Eu já disse que meus filhos são lindos, mas eu não aguento esse bando de menina dando em cima dos meus bebês, eles são meus! Eu tenho ciúmes, ok? Lauren acha graça e fica toda orgulhosa pelos filhos, principalmente por Charlotte, ela é definitivamente um caso perdido. Os dois não são de namorar, mas pelo menos Charlie é mais contido, ele já namorou sério uma vez, durou alguns meses apenas, mas ele fez questão de nos apresentar a garota. Já Charlotte nunca namorou na vida, mas eu sei que minha filha não é santa, eu já puxei a orelha dela um milhão de vezes por isso, não quero nenhum dos meus filhos iludindo garotas por aí.

Bom, apesar dos dois serem muito bonitos e gêmeos, devo confessar que Charlotte faz mais sucesso com as meninas do que Charlie, pelo seu jeito despojado e descontraído, enquanto o irmão é mais na dele. Mas os dois são maravilhosos! Meus tesouros e nenhuma garota qualquer vai tirar meus bebês de mim, a menos que eu aprove.

- Mãe, foi ideia da Charlotte ­- Charlie disse entregando a irmã que rolou os olhos entediada, enquanto ajeitava a mochila nos ombros.

Minha filha vestida uma calça jeans preta apertada nas pernas e um pouco folgada no fundo pra não marcar seu membro, a camisa de farda e sua jaqueta de couro. Já meu filho vestia uma calça jeans azul escura e sua camisa de farda com o moletom do colégio. Tão iguais mas ao mesmo tempo tão diferentes.

- Você é um medroso! Combinamos de levar a culpa dessa juntos -­ ela disse pro irmão que me olhou com medo. -­ Florzinha -­ revirou os olhos passando por mim mas eu a segurei pela sua jaqueta com uma cara nada boa. -­ Mama...

- Nada de "mama" -­ imitei seu tom de lamento e ela riu um pouco. -­ Eu já disse pra deixarem a irmã de vocês em paz.

- Aquele cara é um chato, mãe ­- Charlie disse com desgosto, se referindo ao namorado de Meg.

- Vocês só estão com ciúmes, meus amores -­ eu disse compreensiva, dando um beijo no rosto e cada um. -­ Não quero mais nenhum dos dois implicando com o Brandon.

- Desculpa, Meg -­ Charlotte disse indo até sua irmã. -­ Prometo não implicar mais com o Brandon -­ ela disse e Megan a olhou com deboche como quem diz "aham acredito" mas nada disse, apenas sorriu pra Charlotte e a puxou, enchendo seu rosto de beijos. -­ Arg me solta!

- Não solto não ­- Megan disse risonha enquanto ainda abraçava Charlotte. -­ Vem cá você também -­ puxou o irmão e prendeu os dois em um abraço esmagador.

- Meu cabelo! -­ Charlie disse soltando-­se da irmã mais velha e se olhando no espelho que tinha ali na cozinha.

- Papa, seu filho é uma florzinha -­ Charlotte disse debochada vendo Charlie pentear os cabelos novamente pro lado, ele olhou feio pra irmã gêmea, que apenas deu de ombro.

- Não tem nada de "florzinha" nisso, ele só está se arrumando pras gatinhas. Certo, filhão? -­ Lauren perguntou piscando cúmplice pra Charlie que sorriu vitorioso, concordando com a cabeça.

- Garotas não gostam desse fru fru todo ­- a mais nova rebateu e Lauren a olhou de canto e sussurrou um "eu sei" baixinho. Ri, minha esposa amava nossos filhos exatamente na mesma intensidade, ela era a que sempre os colocava pra cima, isso só fazia eu ficar cada vez mais apaixonada por ela. Eu amava minha família.

Eu não trabalhava mais como modelo, quer dizer, as vezes eu era chamada pra alguns eventos, mas de verdade eu tinha resolvido abandonar essa carreira mas continuar no ramo, apesar de eu estar na casa dos 30 estava muito bem conservada, modesta parte. Eu era muito conhecida, assim como Lauren também. Podemos dizer que conquistamos muitas coisas juntas nesses 16 anos de casadas.

Depois do café, Brandon chegou pra buscar Megan, os dois estudavam na mesma faculdade e apesar de Lauren e os meninos implicarem com ele, eu posso dizer que ele era sim um bom rapaz, e no fundo Lauren também sabia disso, caso contrário nunca deixaria sua princesa namorar com ele. Os gêmeos foram pra escola, Charlie em seu carro e Charlotte em sua moto, eu morro de medo dela se machucar, por isso a faço prometer que ela não vai correr muito. E ficamos somente eu e Lauren em casa, mas daqui a pouco também sairíamos a trabalho.

- Amor, o que você acha delas -­ Lauren disse me mostrando fotos de algumas mulheres de roupas íntimas em uma espécie de catálogo, olhei pra ela com cara feia. -­ O que foi?

- O que você quer que eu diga? Não gostei de nenhuma -­ disse cruzando os braços e ela riu abraçando minha cintura por trás e me dando um beijo molhado no pescoço.

- Camz, você sabe que isso é só o meu trabalho, não é? -­ perguntou olhando meu perfil, eu sabia que estava com um bico no rosto. Sim, eu ainda morro de ciúmes da minha esposa, parece que os anos só fazem bem a essa maldita e ela nem precisa se esforçar pra isso.

- Sei, e as vezes eu odeio seu trabalho ­- disse e ela riu - Imagina só, em um desses ensaios com uma dessas modelos, você descobre que elas são mais bonitas do que eu ou que...

- Ei -­ me cortou antes que eu pudesse continuar, e me virou de frente pra ela, ainda com suas mãos em minha cintura. -­ Eu não tenho olhos pra mais ninguém, nem nunca vou ter. Eu quero só você, pra sempre.

- Você já me tem ­- eu disse baixinho, mordendo o lábio inferior e entrelaçando seu pescoço com meus braços. -­ Pra sempre ­- sussurrei com nossos lábios se roçando e puxei sua nuca, colando de vez nossas bocas, iniciando um beijo lento e cheio de amor. Como eu amo.


(...)


POV Charlotte

Assim que estacionei com minha moto na escola nova, várias pessoas pararam o que estavam fazendo só pra me olharem, confesso que isso até fazia bem pro meu ego. Assim que tirei o capacete, pude ver que algumas pessoas conversam baixinho com outras enquanto mantinham seus olhares ainda sobre mim. Minha família é conhecida, logo eu e meus irmãos sempre somos reconhecidos quando vamos a qualquer lugar. Todos sabiam que assim como minha papa, eu também era intersexual, não foi difícil pra mim, na verdade eu sempre levei isso numa boa e o que eu posso fazer se as garotas adoram? Falando nisso, eu já posso ver o tanto de menina linda que tem nesse colégio, e opa... Elas já podem me ver também! Dei um sorriso de lado pra algumas meninas bonitas que haviam por ali enquanto andava despreocupadamente pra dentro do grande prédio.

- Ei, qual a sua primeira aula? A minha é química ­- meu irmão perguntou andando do meu lado com um papel em mãos, o olhei confusa e ele rolou os olhos. -­ Cadê o seu seu horário?

- Droga -­ arregalei os olhos procurando aquele maldito papel na minha mochila e temendo ter deixado em casa.

- Você deveria ser um pouco mais responsável, maninha -­ Charlie disse agora rindo do meu desespero e eu nem liguei apenas continuei procurando o papel.

- Eu não acho.

- A primeira aula começa daqui a dez minutos ­- ele disse depois de olhar no relógio em seu pulso .­ - Dar tempo você ir na direção agora.

- É isso que eu vou fazer ­- disse caminhando as pressas pelo corredor mas parei assim que lembrei de algo, voltei para o mesmo lugar onde estava antes com Charlie e ele me olhava rindo.

- Você não sabe onde fica a direção -­ ele constatou como se fosse óbvio. -­ Espera um pouco ­- nesse mesmo instante três garotas passavam pela gente e meu irmão as chamou. -­ Com licença...

- O­oi -­ elas pararam na mesma hora e uma das respondeu meio perdidinha, enquanto revezava seu olhar entre mim e meu irmão, sorri de lado pra ela, que suspirou e voltou a olhar pra Charlie. ­- Vocês são novos, certo? Precisam de ajuda?

- Que prestativa - disse agora olhando pras suas amigas um pouco mais atrás, elas que olhavam atentamente em nossa direção e suspiravam a cada dois segundos, franzi o cenho achando graça da situação.

- Bom, é que minha irmã precisa ir até a direção pegar seus horários, já que ela é uma irresponsável que não trás s...

- Tá bom, acho que ela já entendeu ­- disse cortando o discurso nerd do meu irmão nerd. -­ Linda, é o seguinte... Eu preciso ir na direção agora mas não sei onde fica, esse colégio é realmente grande ­- disse e ela apenas sorria pra mim enquanto concordava com a cabeça. - Pode me dizer onde fic...

- Claro! -­ respondeu tão rápido que logo depois corou abaixando a cabeça. -­ Quer dizer, posso te mostrar onde fica sim. A propósito, meu nome é Katie.

- Valeu mesmo, eu sou Charlotte ­- disse. -­ E esse é meu irmão, Charlie -­ apresentei  apontando pro meu gêmeo, que rapidamente pegou na mão da garota e a beijou, franzi o cenho ao ver a cena enquanto o olhava de forma debochada.

- Que brega, cara ­- disse e pude ver a garota a nossa frente segurar o riso e meu irmão me assassinar com o olhar.

- Se você não sabe, isso é ser cavalheiro. É, você não sabe mesmo ­- ele disse e eu apenas dei de ombros.

- Vamos nessa, gatinha? ­- disse passando meu braço pelos ombros da garota que abriu o maior sorriso, começamos a andar com suas amigas. Olhei pra trás e meu irmão me olhava com cara feia. Ué, não é minha culpa se ele é um chato e as garotas preferem a mim.

Assim que chegamos a porta da direção eu me despedi de Katie e suas amigas com um beijo no rosto de cada uma. Bati na porta e logo escutei um "pode entrar".


(...)


Ganhei uma bronca por perder meus horários mas eu dei a minha palavra que isso não aconteceria novamente, então sai de lá o mais depressa possível, faltava menos de dois minutos pra começar o primeiro horário então eu sai a passos ligeiros pelos corredores, agora praticamente vazios, enquanto olhava para o papel onde me dizia a sala e a aula que eu teria agora. Estava tão distraída olhando para a folha que acabei esbarrando em alguém.

- Droga, eu sinto muito ­- disse ainda sem olhar pra pessoa, enquanto pegava a minha folha que tinha caído no chão. -­ Me desc... ­- minhas palavras morreram assim que olhei pra figura a minha frente. Qual é, eu sou acostumada a ver garotas bonitas o tempo todo, na verdade eu até as pego. Mas essa garota me deixou sem falas, eu estava boba olhando pra ela, que colocava um mecha de cabelo atrás de sua orelha e me olhava com um sorriso tímido no rosto.

Simplesmente linda! Um pouco mais baixa que eu e tinha um corpo sensacional, seus cabelos eram longos e castanhos claros onde formavam pequenas ondulações nas pontas, seus olhos eram cor de mel e sua pele era branca, não tão branca quanto a minha, mas aparentava ser tão macia, seus lábios também pareciam macios e beijar sua boca deve ser simplesmente maravilhoso. Não sei por quanto tempo fiquei admirando ela, mas parei, saindo do meu transe ao ouvir o som da sua voz... Deus, tão perfeita.

- Tudo bem, eu estava distraída também -­ ela disse enquanto mordia o lábio inferior, parecia nervosa. - ­ Ah... Eu vou indo, acho que estou atrasada -­ ela disse passando por mim e isso fez com que seu perfume entrassem nas minhas narinas e eu o inspirasse profundamente, sentindo seu cheiro doce.

- Espera  - chamei rapidamente a pegando pelo braço, a fazendo se virar novamente e agora confusa. -­ Ahn eu... Qual sua aula agora? -­ perguntei o que veio na mente, eu sabia que estava atrasada pra minha aula e sabia que ela também, mas alguma coisa me prendia aquela garota.

- Química ­- ela disse mais uma vez mordendo o lábio inferior e desviando seu olhar dos meus, ela não conseguia me olhar nos olhos por muito tempo, enquanto já eu a encarava sem o menor pudor. -­ E você? -­ perguntou. Olhei pro papel em minhas mãos e suspirei contrariada.

- Matemática ­- disse torcendo a boca.

- Não gosta de matemática? ­- ela perguntou e eu neguei rapidamente.

- Não, não é isso... Na verdade eu adoro matemática ­- disse e seu rosto se transformou em uma caretinha adorável. -­ É que eu queria nesse momento que minha aula também fosse química -­ disse meio que flertando com ela, que percebeu e abaixou a cabeça mas eu podia ver um sorriso brincando em seus lábios.

- Não sabia que gostava tanto assim de química -­ ela disse me olhando e eu sorri, enquanto negava com a cabeça.

- E não gosto -­ disse e ela pareceu entender que eu queria ir pra essa aula por causa dela, mas nada falou. -­ Na verdade eu não sou muito boa.

- Eu sou ótima em química -­ ela disse mas não de uma forma esnobe.

- Sério? Você bem que poderia me ensinar... -­ eu disse sugestiva e ela assentiu com a cabeça, sempre sem tirar o sorriso lindo do rosto.

- Claro, mas só se você me ensinar matemática também ­- ela disse agora, já começando a perder um pouco da timidez, na verdade a nossa conversa fluía bem naturalmente. -­ Eu sou péssima.

- Feito -falei  estendendo minha mão pra ela que rapidamente pegou, na mesma hora eu senti uma corrente elétrica percorrer meu corpo, com esse simples toque de mãos. Era bom.

- Eu... Eu tenho que ir -­ ela disse mordendo o lábio inferior enquanto ainda apertava minha mão. -­ Ahn... -­ ela olhou pras nossas mãos e eu arregalei os olhos rapidamente soltando a mão dela.

- Desculpa ­- disse pela primeira vez sem jeito, aquela garota me deixava sem jeito. -­ Eu vou nessa também, espero que o professor me deixe entrar ­- comentei preocupada.

- O Simon é o seu professor, ele é gente boa e com certeza vai te deixar entrar -­ ela disse. -­ Bom, então até depois? -­ perguntou meio incerta e eu abri um grande sorriso concordando freneticamente com a cabeça. Deus, o que está acontecendo comigo?

- Nos vemos depois ­- disse não querendo ir.

- Então... Tchau -­ acenou brevemente com a mão virando de costas e começando a andar, talvez eu tenha perdido um tempo ali apenas babando pelas curvas daquela garota, ela era magra parecia uma bonequinha, mas tinha uma bunda dos deuses e... Foco.

- Ei, espera ­- a chamei um pouco mais alto, já que ela estava prestes a virar o corredor, dei alguns passos pra frente e perguntei. -­ Qual seu nome?

- Melanie... Melanie White -­ respondeu.

- Eu sou Charlotte... -­ disse dando mais um passo pra frente. -­ Charlotte Jauregui.

- Eu sei -­ ela sorriu pra mim e rapidamente virou o corredor me deixando com parada olhando para o nada com um sorriso estupidamente bobo no rosto.


(...)


- Charl -­ ouvi uma voz fina gritando e assim que me virei senti um corpo magro me abraçando com força. Abri um grande sorriso ao vê-­la e a tirei do chão rapidamente correspondendo ao abraço.

- Jessica, sua maluca ­- disse a colocando a loira no chão novamente.

- Jauregui! ­- uma voz masculina disse agora chegando perto de mim e me dando um abraço, vi que era Adam, um dos meus melhores amigos. -­ Sentimos sua falta nessas férias, azarar as garotas não é a mesma coisa sem você.

- Que nada, sobrou mais mulher pra gente... Já que as mais gatas sempre preferem a branquela aí -­ Evan, um dos meus amigos disse chegando e me cumprimentando também.

- Aposto que não conseguiram pegar ninguém ­- disse rindo e olhando pra eles.

- Não pegaram mesmo ­- Jessica disse e ouvi os dois protestarem.

- Enfim, por que eu só estou vendo vocês agora? -­ perguntei.

Estava no intervalo e eu sabia que esses meus três amigos estudariam na mesma escola que eu, mas eu não os vi na entrada, achei que eles faltariam hoje.

Adam é um ruivo e o porra louca do grupinho, ele é meio sonhador e está sempre tendo as ideias mais idiotas do mundo mas é um ótimo amigo e toca guitarra na nossa banda. Sim, eu tenho uma banda estamos começando agora e só tocamos nas nossas garagens ou em sociais com a galera, é mais pela diversão mesmo e as garotas se amarram.

Evan é um moreno alto e posso dizer que o meu conselheiro pessoal, ele é bem louco assim como todos nós, mas quando eu estou precisando conversar sobre coisas sérias sei que posso contar com ele, um ótimo amigo e baterista da nossa banda e faz segunda voz, já eu canto e toco guitarra.

E Jessica, bom... É um caso delicado, ela é uma loira muito, muito gostosa mas tem um problema, ela é louca por mim. Eu sei que isso não deveria ser um problema já que ela é realmente muito linda mas eu não gosto de compromisso, nós já ficamos algumas vezes e ela quer muito algo a mais comigo, apesar de eu já ter deixado claro que não rolaria um lance mais sério por que acima de tudo ela é minha amiga e eu não consigo me apaixonar por ela.

Ela é a baixista da nossa banda, posso dizer que é isso que atraí o nosso publico masculino...

- A Jessica se atrasou -­ Evan disse e a loira lhe olhou feio o fazendo engolir seco.

Eu sabia que meu amigo gostava da Jessica mas não era reciproco. Depois que eu descobri dos seus sentimentos pela Jess eu parei de ficar com ela, mesmo ele dizendo que não tinha problema vendo que ela não gostava dele, mas eu fiz questão. Ele era meu amigo e eu não podia simplesmente ficar com a garota que ele amava, até porque eu nem sentia mais vontade, todas as vezes ela que corria atrás de mim, e como eu tenho um carinho muito especial por ela eu não conseguia ser rude como de costume e dar o fora nela.

- Não atrasei nada -­ ela disse me abraçando pela cintura possessiva. -­ Charl, meus pais não vão estar em casa mais tarde, a gente podia...

- Ensaiar! ­- disse a cortando e ela deu um longo suspiro. -­ Faz tempo que a gente não ensaia,né? -­ eu sabia que ela queria fazer outra coisa mas eu não podia mais continuar com isso, posso ver claramente a expressão chateada do Evan.

Boa ideia, andei treinando muito e agora sou um deus da guitarra -­ Adam disse como se estivesse em um show tocando sua guitarra imaginaria enquanto algumas pessoas olhavam pra gente, é não éramos muito discretos.

- Pode ser, Jess? -­ perguntei e a loira assentiu sem muita animação mas ainda com os braços em volta de mim.

- Claro. Mas se você mudar de ideia -­ ela disse agora com as mãos no meu pescoço e colando sua boca em meu ouvido. -­ Podemos fazer outras coisinhas depois -­ mordeu o lóbulo da minha orelha me fazendo estremecer um pouco. Ah qual é? Não é culpa minha se meu amiguinho não entende que não pode ficara animado por qualquer gostosa.

- Rhm -­ Evan fez um som com a garganta e Jessica rapidamente se virou a cabeça pra olha­-lo, ainda pendurada no meu pescoço. -­ Nós vamos comprar alguma coisa... Pra comer, sabe -­ ele disse claramente desconfortável pela situação e eu o olhei em um pedido mudo de desculpas, ele me olhou como quem diz "tudo bem" e saiu puxando Adam pela camisa. Dei um longo suspiro e voltei a olhar pra loira, seu rosto estava a milímetro de distancia do meu e seu olhar estava vidrado na minha boca.

- Eu estou com tanta saudade, Charl -­ Jessica disse fazendo um carinho com seus dedos na minha nuca e eu coloquei minhas mãos em sua cintura afim de afasta-­la de mim. -­ Eu sei que você quer -­ ela disse e eu podia sentir seu hálito batendo contra mim. -­ Eu quero muito te beijar e...

- Jess, não -­ eu disse calma e ela me soltou furiosa.

- Eu te odeio -­ cruzou os braços e eu sorri.

- Não odeia nada - disse e ela continuou a me olhar feio. -­ Desfaz esse bico, loira -­  disse levando meus dedos até seus lábios, a fazendo abrir um pequeno sorriso.

- Droga, odeio não conseguir odiar você -­ ela disse se dando por vencida descruzando os braços. - To com fome.

- Vamos encontrar os meninos ­- disse colocando meus braços em volta dos seus ombros e começamos a andar.

- Ué, desde quando seu irmão tem namorada? -­ Jessica perguntou confusa e eu franzi o cenho.

- Ele não tem namorada.

- Quem é aquela com ele, então? -­ apontou discretamente com a cabeça pra um casal não muito longe da gente e... não é possível! Aquela com ele é a Melanie, a minha Melanie.

Os dois pareciam conversar alguma coisa muito divertida, porque Charlie não tirava o sorriso do rosto, assim como Melanie... Aquele sorriso que só devia ser direcionado a mim. O que? que porra eu tô falando eu mal conheço a garota. No instante seguinte, meu olhar se encontrou com o de Melanie que diminuiu o sorriso e desviou o olhar do meu na mesma hora mas antes deu uma boa olhada em Jessica que estava ao meu lado, me toquei que ainda tinha meus braços em volta dos ombros da loira e não sei porque mas rapidamente desfiz o gesto.

- Charlotte! -­ ia passando por eles sem nem olhar, fiquei chateada em vê-­la trocando sorrisos com meu irmão, mas fui impedida por Charlie que me chamou. -­ Vem aqui, quero te apresentar alguém. Quer dizer, acho que vocês já se conhecem.

- Nos encontramos rapidamente pelo corredor antes da primeira aula ­- disse olhando pra Melanie que me devolvia o olhar, mas ele estava diferente da vez que o vi pela primeira vez, não tinha mais aquele brilho, na verdade ela parecia me olhar com uma certa...raiva?

- É, bem rapidamente -­ ela disse dando um sorriso forçado mas meu irmão não pareceu perceber.

- Começamos a falar sobre você e...

- Sobre mim? ­- arqueei uma sobrancelha e Charlie concordou.

- Sim, nada do que ela não fosse saber ao passar do tempo ­- ele disse divertido mas eu não achei graça. O que o filho da puta do meu irmão disse pra garota que eu estou inegavelmente afim?

- Nada do que eu já não estivesse vendo -­ Melanie completou, olhando pra loira ao meu lado. Arregalei os olhos, ela com certeza deve ter visto toda aquela ceninha da Jessica comigo.

- O que? Eu...

- Relaxa, maninha. Eu seria incapaz de falar mal de você ­ - Charlie disse e eu respirei fundo, queria dar um soco nele, nem sei porque mas queria.

- Sei ­- disse trincando o maxilar.

- Se interessou, Charlie? -­ Jessica resolveu participar pela primeira e sai essa merda? ­- Melanie... Melanie, não é? -­ perguntou e vi a garota assentir contra a vontade e um sorriso falso no rosto.­ - Eu conheço meu futuro cunhado, sei quando ele gosta de uma garota e parece que você é a sortuda da vez.

- Jessica! -­ Charlie a repreendeu sorrindo. -­ Mas de fato, Melanie é adorável -­ ele disse olhando pra garota sentada ao seu lado, ela olhou pra mim e rapidamente abaixou a cabeça murmurando um "obrigada". -­ Seria uma honra se ela aceitasse sair comigo na sexta a noite.

- O que?! -­ perguntei um pouco alto demais e meu irmão juntou as sobrancelhas me olhando confuso e dando de ombros em seguida, voltando a olhar pra Melanie que estava meio sem reação.

- Então, Mel? -­ Mel? Meu irmão é melhor parar com os apelidinhos pra cima da minha garota! Minha? Arg.

- Ahn... ­- ela pareceu pensar um pouco e depois de revezar o olhar entre Charlie, Jessica e por fim eu, respondeu. -­ Claro ­- sorriu.

- Você não vai se arrepender, garota -­ Jessica comentou sorridente e Melanie mais uma vez direcionou aquele sorriso forçando pra loira.

- Tenho certeza que não, seu futuro cunhado me parece realmente um bom partido -­ respondeu com um falso divertimento e dando ênfase ao "futuro cunhado".

- E sou mesmo! Não é mesmo, maninha? ­- Charlie me perguntou enquanto ria feito um palerma e eu nada falei, apenas olhei pela última vez nos olhos de Melanie antes de sair dali.

Eu estava com ciúmes? Ciúmes de uma garota que eu acabei de conhecer? Que eu não tinha tido nem cinco minutos de conversa? Uma garota que com apenas um sorriso faz meu coração se encher.


(...)


O primeiro dia de aula tinha chegado ao fim. Me despedi dos meus amigos, de mais algumas pessoas que fiz amizade nesse pouco tempo, e fui em direção a minha moto, encontrando meu irmão prestes a entrar em seu carro.

- Charlotte? Está tudo bem? ­- perguntou preocupado. Desde aquela conversa eu estava chateada e não conseguia esconder isso, ainda mais dele que era meu gêmeo, nós tínhamos uma conectividade fora do comum.

- Sim, claro -­ menti. Não tinha por que eu ficar tão chateada com ele, Charlie não fazia ideia que eu estava interessada na Melanie, eu nunca me interessava sério por ninguém.

- Eu sei que não é verdade ­- ele disse se aproximando de mim. -­ Ei, o que quer que esteja passando nessa sua cabeça oca -­ disse batendo de leve na minha cabeça e eu sorri sem humor.­ - Você pode contar pro seu irmãozão aqui.

- Valeu -­ agradeci sincera.

- Até porque eu sei que posso contar com você também. E acho que preciso da sua ajuda.

- Em que? ­- perguntei enquanto subia na minha moto.

- No meu encontro com a Mel -­ ele disse e aquele aperto no coração se tornou presente. -­ Eu sou homem o suficiente pra admitir que as garotas caem aos seus pés, e eu acho que estou gostando mesmo dela, quer dizer, ela me encantou, tivemos todas as aulas juntos hoje e... Eu quero muito que der certo.

- Entendi... -­ respondi vagamente.

- Eu não sou tão despojado como você, eu queria me soltar mais com ela, sabe? Não quero que ela me ache um chato -­ mas você é! pensei e ri com o pensamento. -­ Você concordou mentalmente que eu sou chato! -­ ele disse e eu o olhei espantada, essa ligação de gêmeos as vezes me assusta. -­ Então? Vai me ajudar? -­ perguntou esperançoso.

- Eu... ­- dei um longo suspiro e assenti lentamente. -­ Claro.

- Obrigado, maninha -­ ele disse animado me dando um abraço desajeitado já que eu estava em cima da moto. -­ Eu te amo, não esquece -­ ele disse indo até seu carro e entrando em seguida.

Fiquei alguns minutos ainda parada na minha moto e pensando na porra que eu tinha acabado de fazer. Eu ia mesmo ajudar meu irmão a ficar com a única garota que eu realmente fiquei afim? Ele é meu irmão e eu não quero magoa-­lo, além do mais Melanie aceitou sair com ele, deve gostar dele. O que eu posso fazer a não ser ajuda-­los? Desci da moto e sentei no meio fio da calçada do colégio, meu Deus eu ia acabar enlouquecendo, a ideia de ter Melanie ficando com qualquer outra pessoa que não fosse eu, me causava repulsa e me fazia querer socar o meu irmão.

Peguei meu celular, coloquei os fones em meu ouvido dando play na primeira música e fiquei pensando nisso por alguns minutos até que sinto uma pessoa sentar ao meu lado, olhei pro lado de relance e vi Melanie me olhando enquanto mordia o lábio inferior nervosamente. Ela pegou um dos meus fones e colocou em seu ouvido, sem cerimônia.

- Gosto dessa música -­ ela disse um pouco tímida se referindo a paper boats do nada surf que tocava. -­ As the express train passes the local, it moves by just like a paper boat although it weighs a milion pounds, I swear it almost seems to float, and as we pass by each other, our heads all full of bother -­ me impressionei com sua voz e resolvi continuar.

- We can't look, we can't stop -­ olhei pra ela que me olhava também com um sorriso de canto -­ We can't think, we can't stop... Because we're stuck in our own paths, and it's the way it always lasts, and I need something more from you -­ A música foi acabando e eu olhei pra baixo enquanto brincava com meus cadarços, eu não entendia porque não conseguia ficar um minuto sem sorrir para aquela garota.

- Eu imaginava que você cantava bem, seu irmão disse que você tem uma banda -­ ela disse e eu apenas balancei a cabeça positivamente, sem olha-­la.

- É só por diversão ­- dei de ombros. -­ Mas você também canta muito bem ­- disse agora a olhando e vendo­-a corar. Ficamos alguns minutos sem nos falar até que eu resolvo quebrar o gelo. -­ Por que? ­- perguntei e ela me olhou confusa.

- Por que o que?

- Por que aceitou sair com o Charlie? -­ ela abriu a boca pra responder mas fechou de novo. -­ Você gosta dele, é isso?

- O que? Não! Eu conheci ele hoje e...

- Eu conheci você hoje ­- eu disse e ela me olhou sem entender, dei um longo suspiro e voltei a olhar pra baixo. -­ Eu conheci você hoje e... Já sei que gosto de você.

- Isso... O que? Você não pode estar gostando mesmo de mim.

- E por que não? -­ perguntei me virando meio de lado para ficar de frente com ela.

- Porque você é Charlotte Jauregui! Você mal chegou no colégio e eu já conheço sua fama, na verdade eu presenciei ela.

- Você está se referindo a Jessica? -­ perguntei e vi ela revirar os olhos e assentir contra a vontade. ­ - Não a nada entre mim e ela, não mais, não se depender de mim.

- E quanto as outras? -­ perguntou incerta e eu dei mais um suspiro deixando meus ombros caírem.

- Eu não sei, Melanie... No momento eu só consigo pensar em você -­ respondi e vi seus olhos cor de mel com um brilho diferente, um brilho que eu não tinha visto quando ela conversava com meu irmão ou até mesmo quando conversava comigo no corredor. -­ Eu só consigo pensar em você indo a um encontro com meu irmão.

- Você devia parar de pensar nisso, então.

- Desculpa, não é uma opção. Eu queria muito não pensar mas...

- O que eu quero dizer, é... -­ sentou mais perto de mim, apoiando suas mãos em meus ombros. -­ Você não tem mais que pensar nesse encontro porque não vai ter encontro nenhum.

- O... O que? -­ perguntei meio perdida, tanto pela informação, quanto por ela está praticamente no meu colo, de tão perto que estava. ­- O que você quer dizer exatamente com isso?

- Quero dizer que o único encontro que eu quero ir é com você -­ ela respondeu e eu não esperei mais nenhum segundo, colei nossas testas deixei minhas mãos caírem em suas pernas e senti as suas segurando meu rosto. No instante seguinte nossas bocas estavam juntas e pude finalmente sentir o sabor dos seus lábios, e era o melhor do mundo, nossas línguas se encontraram e a ouvi suspirar baixinho enquanto seus dedos se perdiam nos meus cabelos. Depois de vários minutos nos beijando, nos separamos um pouco ofegantes mas ambas com sorrisos bobos no rosto.

- Você é boa -­ ela disse divertida me dando um selinho em seguida.

- Você também não é nada mal ­- pisquei pra ela que riu gostosamente.

Virei me sentando de frente novamente tentando assimilar o que tinha acabado de acontecer, eu poderia explodir tamanho a felicidade que senti com esse simples beijo. Olhei de canto pra ela e a vi também olhar pra rua enquanto sorria distraidamente. Olhei pra sua mão apoiada no chão ao lado do seu corpo e rapidamente coloquei a minha por cima. Ela olhou pras nossas mãos e depois olhou pra mim sorrindo, descansou sua cabeça em meu ombro enquanto eu fazia carinho na sua mão embaixo da minha.

- E agora? -­ perguntei.

- E agora temos que ser sinceras com seu irmão -­ ela disse simples. -­ Eu nunca quis realmente ir a um encontro com ele, eu fiquei com raiva por causa da sua fama de galinha e quando te vi com aquela loira a raiva só aumentou, então eu acabei agindo por impulso e aceitando o convite do Charlie. Desculpa.

- Tudo bem você só ficou com ciúmes e... ­- ela me deu um tapa.

- Eu não estava com ciúmes, eu não tenho ciúmes de você -­ ela disse me fazendo jogar a cabeça pra trás rindo.

- Nossa, nem quero ver quando você resolver dar uma de namorada ciumenta então -­  disse e ela tirou a cabeça do meu ombro me olhando nos olhos.

- Namorada? ­- perguntou com uma sobrancelha arqueada.

- Ér... Quer dizer, futuramente e... ­- ela não me deixou continuar e me deu um beijo, não durou muito, logo ela estava agora me olhando ainda bem de perto enquanto fazia um carinho bom em meu rosto.

- Você é tão linda, seu irmão não tem olhos verdes que nem você... ­- ela disse me analisando. -­ Na verdade vocês são bem diferentes ­ riu.

- É, eu herdei os olhos da minha papa Lauren ­- disse e sabia que ela já fazia uma ideia de quem era, como eu disse antes minha família é conhecida. -­ E Charlie herdou os olhos da minha mama Camila -­ respondi simples dando de ombros. -­ Quanto aos gostos e estilos de vida, realmente somos muito diferentes­ - disse rindo. -­ Digamos que ele é o lado arrumado do quarto e eu o bagunçado.

- Eu gosto... -­ ela disse simples e eu franzi o cenho confusa.

- Do lado arrumado ou do Bagunçado?

- De você.


Vão querer o desenrolar dessa estória ??

Até

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