Alfonso
Estava pronto pra ir embora quando bateram na minha porta. Estranhei, mas fui até ela e abri.
- Juliana?! O que ta fazendo aqui?
Juliana: Não desconfia Poncho? Eu vim trazer os exames da Karina.
Poncho: Ficou pronto?... Entra, por favor, entra! - pedi lhe dando passagem.
Juliana: Desculpa a demora, mas ele tem as horas necessárias que deve esperar.
Poncho: Tudo bem, você não podia ter chegado em melhor hora. - sorri.
Juliana: Sim, mas não vou demorar, sei que hoje é casamento de um amigo seu, aqui esta o resultado.
Peguei o envelope das mãos dela e abri as pressas, corri os olhos pela folha até ler o que me interessava.
- Negativo?!... Isso quer dizer que...
Juliana: Que Karina mentiu, não esta grávida Poncho... Eu fiz todos os testes possiveis, ela esta totalmente saudável, mas não tem gravidez alguma, os níveis hormonais dela estão totalmente normais.
Poncho: Você tem 100% de certeza disso né?
Juliana: Tenho, não tem como estar errado porque eu cuidei de tudo isso e deixei a amostra que você me deu separada das outras, não há margem de erros ai... Karina não esta grávida.
Abracei Juliana me sentindo extasiado e rodei com ela pelo apartamento.
- Obrigado, muito obrigado!
Juliana: Tudo bem, mas me agradeça depois, você tem um casamento pra ir e ainda esta aqui anda, vai pra casa.
Poncho: Ok, vou levar o resultado comigo, quero muito que uma pessoa o veja.
Juliana: Tudo bem, os resultados estão salvos no meu computador se precisar de outra cópia.
Poncho: Obrigado, você é um amor. - a beijei no rosto e sai correndo.
Estava decidido a contar tudo à Anahí, na festa, depois da cerimônia. Na manhã seguinte eu iria me entender com Karina e ai sim todos ficariam sabendo que eu e Any estávamos juntos e nunca mais iriamos nos afastar.
Anahí
Ucker esperando no altar estava a pilha de nervos em pessoa. Andando de um lado pro outro ele não parava de olhar a porta da igreja esperando pelo momento em que Dulce entraria. Meu coração gelou quando ele entrou na igreja e o sorriso que me deu fez meu rosto pegar fogo.
baixei a cabeça e respirei fundo querendo evitar uma cena. Vi de relance quando ele parou ao lado de Ucker e os dois começaram a conversar. Em poucos minutos Poncho se posicionou no altar ao lado de uma antiga amiga de Ucker já que Karina não viera com ele como todos sabiam que iria acontecer.
Não demorou muito pra que Dulce entrasse e meu Deus, ela estava simplesmente linda. Não eras atoa que Ucker estava a olhando com a cara mais boba do mundo. Encarei Poncho naquele momento e quando ele me olhou sorrindo, me permite imaginar nós dois no lugar de nossos amigos pra em seguida me lembrar de que em pouco tempo não estaria mais aqui.
A cerimônia foi linda e eu acabei chorando assim como Maite, Dulce e Ucker. Na hora da despedida abracei Dulce com força.
- Felicidades amiga!
Dulce: Any...
Any: Não diz nada, eu to muito feliz por você... Se cuida e seja muito feliz. - respondi e abracei Ucker em seguida.
Sai da igreja aproveitando a distração de todos e entrei no carro. Antes de ter tempo pra raciocinar o liguei e fui direto pro aeroporto. Cheguei ao balcão e olhei o horário do avião, em minutos eu embarcaria.
Alfonso
Os convidados já haviam chegado e por mais que eu olhasse o salão em volta não conseguia encontrar Any. Quando Ucker e Dulce chegaram eu corri até os dois antes que outros convidados o fizessem.
- Dul, Ucker, onde esta a Any? - perguntei e os dois ficaram sério.
Dulce: Poncho... Any foi embora!
Poncho: O que?! - perguntei pasma.
Dulce: Ela estava com tudo planejado pra ir embora depois da cerimônia... Não consegui fazê-la mudar de ideia, desculpe.
Poncho: Mas ela não pode ir embora... Eu descobri que a Karina não esta grávida e ia contar tudo pra ela na festa.
Ucker: Karina mentiu? Poncho isso é ótimo.
Poncho: Sim, mas agora Any esta indo embora. - suspirei.
Dulce: Poncho você não pode deixar ela ir. Corre pro aeroporto, conte tudo à ela... Agora nada impede você s dois de ficarem juntos, anda vai logo atrás dele e a traga de volta pra festa. - sorriu.
Poncho: Pode deixar que é isso que eu vou fazer. - sorri e sai correndo.
Voei pro aeroporto disposto a não deixar Any ir embora, contar toda a verdade pra ela e então ficarmos juntos.
Quando cheguei ao aeroporto corri pro balcão de informações e fui informado em que portão de embarque estavam os passageiros do vôo que iria pra Acapulco. Porém quando cheguei todos os passageiros já haviam embarcado.
- Espera, espera! - corri.
- Senhor não pode entrar. - o segurança me segurou barrando minha entrada.
Poncho: Por favor, eu preciso falar com uma pessoa, ela não pode ir embora com esse avião.
- Senhor se quer ir pra Acapulco terá que embarcar no próximo avião.
Poncho: Você não entendeu, eu não quero ir pra Acapulco, eu quero impedir uma pessoa de ir, por favor... Droga! - me afastei e fui até o vidro vendo o avião ganhar velocidade e decolar levando Any com ele. - Droga! - esmurrei o vidro furioso e encostei a testa no vidro.
- Senhor se quiser o próximo vôo pra Acapulco é amanhã de manhã.
Suspirei e dei as costas ignorando aquele senhor, mais um pouco eu seria capaz de lhe dar um murro, mas não queria passar a noite na cadeia. Tinha outras coisas importantes pra fazer.
Fui até o balcão e comprei a passagem pro primeiro vôo pra Acapulco, não me importando com a alta taxa.
Quando entrei no carro acelerei e fui direto pra casa de Karina. Já que eu teria que esperar até amanhã de manhã pra me entender com Any, resolveria as coisas com Karina antes.
- Poncho?... O que faz aqui? - sorriu pega de surpresa.
Poncho: Quero falar com você. - respondi sério e entrei fechando a porta.
Karina: Que assunto urgente é esse? Já sei se arrependeu de tudo o que me falou e resolveu ficar ao meu lado e do lado do seu filho? - sorriu com os olhos brilhando, mas não achei a menor graça.
Poncho: Que filho Karina? Eu já sei de tudo, você não ta grávida porcaria nenhuma.
Karina: É claro que eu estou.
Poncho: Jura? Mas não é isso que o exame de sangue apontou... O seu sangue. - tirei o envelope do bolso do paletó e estendi pra ela.
Karina estava branca enquanto abria o envelope.
- Como conseguiu amostra do meu sangue?
Poncho: Foi há uns três dias quando você veio pra cá e depois de uma taça de vinho adormeceu, lembra? - sorri.
Karina: O que você pôs naquela taça? - me olhou assustada.
Poncho: Sonífero... E quando você dormiu, eu coli uma amostra do seu sangue e levei ao laboratório... Se estivesse grávida o exame teria denunciado, mas você não tem nada dentro desse útero. Você mentiu pra me segurar.
Karina: E você queria que eu fizesse o que depois de ver você e Anahí aos beijos na sala dela? Eu soube no momento que aquela garota chegou que seria um problema e naquela manhã quando vi você aos beijos comentando sobre a bela noite de amor que tiveram em meio à uma tempestade eu tive que agir.
Poncho: Você sabia de tudo?
Karina: Sim... Eu tinha certeza que você terminaria comigo, não podia deixar isso acontecer, por isso fiz o que fiz.
Poncho: Pois sabe o que você ganhou com a sua mentira... Nada, absolutamente nada!
Karina: É claro que eu ganhei, Anahí foi embora, voltou pra cidade de onde nunca devia ter saído e agora somos só nós dois de novo... Poncho eu te amo e você vai me amar de novo, vou fazer você esquecer ela. - se aproximou.
Poncho: Você é doente... Eu nunca amei você, eu sempre amei a Anahí é com ela que eu vou ficar.
Karina: Poncho ela não te ama, ela te abandonou à dois anos por causa de um emprego eu nunca faria com você.
Poncho: Ela nunca me abandonou, fui eu quem abri mão dela e ela sempre me amou, a gente sempre se amou e a prova disso é que mesmo me amando ela foi embora, por culpa da sua mentira.
Karina: Eu menti porque eu te amo, fica comigo.
Poncho: Nunca e se quer saber amanhã de manhã eu estou indo pra Acapulco e só volto de lá com a Any comigo e se puder me fazer um favor desapareça da minha vida... Nuca mais se aproxime de mim ou dela e se algum dia nos ver na rua, finja que não nos conhece. - respondi furioso.
Karina: Poncho...
Poncho: Não fala mais nada, eu não quero ouvir mais nada sobre de vc... Eu nunca mais quero te ver, vc é a pessoa mais baixa que eu já conheci.
Karina: Poncho, eu te amo. - se aproximou me segurando.
A afastei derrubando-a no chão, mas não me importei.
- Você não me ama e eu nunca amei você, eu amo a Any entendeu? E é com ela que eu vou ficar. - respondi e dei as costas ignorando os gritos de Karina.
Quando voltei pra festa pra contar aos meus amigos o que tinha acontecido Dulce me encarou desolada.
- Não acredito que você não a alcançou... Droga se ela estivesse esperado um pouco mais.
Ucker: Dulce conta pra ele.
Poncho: Contar o que? - olhei os dois sério.
Dulce: Nada... Poncho quem tem que te falar isso é a Any, não a gente.
Ucker: Dulce ele tem que saber antes de encontra-la... Olha Poncho se eu não tivesse ficado sabendo praticamente agora tinha te contado na igreja.
Poncho: Contado o que? Do que estão falando? Agora que vocês começaram, terminem. - respondi sério.
Dulce: Any ia guardar segredo, mas consegui arrancar dela que... Ai, Poncho, Any descobriu há alguns dias que ta grávida.
Poncho: Que? Ela ta grávida? Ta esperando um filho meu? - perguntei atônito.
Dulce: Sim... Olha não a julgue ok? Ela teve os motivos dela pra ter ido embora sem dizer nada, mas ela me jurou que te contaria tudo depois que as coisas entre a Karina se resolvessem... Ela ficou com medo da Karina fazer alguma coisa com o bebê ou sei lá chantagear ainda mais você.
Poncho: Any ta grávida. - sorri atordoado, parecia que tinha acabado de me acertar com um porrete na cabeça.
Ucker: Sim cara você vai ser pai sim, mas não da Karina e sim da garota que vc sempre amou. - sorriu.
Poncho: Eu preciso falar com a Any... Preciso vê-la!
Dulce: Você vai vê-la amanhã de manhã, mas, por favor, eu seri que vai ser difícil, mas não conte à ela que eu te falei sobre a gravidez, era pra ser segredo e...
Abracei Dulce n ão a deixando terminar de falar e beijei seu rosto eufórico.
- Eu não vou dizer nada... Cara, eu vou ser pai... Eu e Any vamos ter um bebê. - sorri pondo a mão na cabeça.
Ucker: Vai sim cara, meus parabéns. - sorriu batendo no meu ombro.
Abracei Ucker também e quando o soltei disparei.
- Vocês vão ser os padrinhos. Maite e Derrick podem ser do segundo e Angell e Chris do terceiro.
Dulce: Mal nasceu o primeiro e você já esta planejando os próximos? Coitada da Any. - sorriu ilustre em seu lindo vestido.
Poncho: Se praticarem vocês podem alcançar eu e Any. - sorri.
Ucker: Você já se adiantou, quem sabe quando o seu fizer uns dois anos. - sorriu abraçando - sua agora - esposa.
Poncho: Tudo bem... Eu acho que eu preciso sentar. - suspirei sentando na cadeira.
Dulce: Pelo amor de Deus não vai desmaiar hein? Olha o mico doutor. - advertiu num tom divertido.
Poncho: Não eu to bem... To ótimo... Eu só preciso colocar as idéias em ordem. Droga porque eu não podia ir pra Acapulco agora? Eu quero tanto ver a Any, acho que quando a vir...
Ucker: Você vai explicar o lance com a Karina e deixar ela contar da gravidez... Ela nem sonha que você sabe de tudo viu?
Poncho: Pode deixar... Eu vou fazer tudo direito, eu juro. - sorri assentindo.
Anahí
Acordei na manhã seguinte não entendendo porque a campainha tocava tão insistentemente em pleno sábado às... Nove horas da manhã. Puxei as cobertas pro lado ainda cansada pela viajem. Suspirando desci as escadas sabendo que a pessoa não desistiria enquanto eu não abrisse a maldita porta.
- Já vai! - desci as escadas ajeitando os cabelos e passando a mão no rosto, não me importando com o robe curto que usava.
Ao abrir a porta meu coração errou uma batida e eu prendi a respiração em choque por vê-lo na minha frente.
- Poncho... O que ta fazendo aqui?!
Último capítulo, não percam! Amanhã ^^