Uma Lição de Amor ✔

By PricaWenzel

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Anahí e Alfonso, dois pacientes de um mesmo hospital se conhecem de uma forma pouco convencional. Ela dá... More

Nota da Autora!
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Epílogo
Agradecimentos!

Capítulo 66

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By PricaWenzel


Alfonso

Na manhã seguinte acordei com o barulho do chuveiro ligado e me levantei da cama ainda sonolento.

Fui até a gaveta e peguei o vidro de remédio e a seringa com a agulha. Coloquei o líquido branco dentro da seringa e o ajeitei entre os dedos pronto pra aplicar.

Naquele momento a porta se abriu e congelei ao ver Anahí na minha frente.

Poncho: Any! - a olhei assustado.

Any: Quer ajuda?! - perguntou apontando com a cabeça a seringa na minha mão.

Poncho: Você sabia? - a encarei assustado.

Any: Sim! - assentiu sem jeito. - Há alguns dias encontrei sem querer e Ucker me explicou o que era... Achei melhor não te dizer nada pra não se preocupa comigo. - respondeu dando de ombros.

Poncho: E o que ele te contou?!

Any: Que os medicamentos eram pra prevenir uma piora... É verdade?

Poncho: De certa forma sim. - assenti.

Any: Bom, deixa eu te ajudar com isso. - respondeu se aproximando e tomou a seringa da minha mão.

Encarei Anahí, mas ela evitou me olhar enquanto puxava meu pulso deixando meu braço esticado.

Molhando o algodão no alcool ela pasou sobre minha veia e rapidamente achou o ponto aplicando a injeção.

- Dói?! - perguntou finalmente me encarando e eu neguei com a cabeça incapaz de dizer alguma coisa.

Quando terminou Anahí jogou a agulha com a seringa no lixo e a puxei pelo braço pra que me encarasse.

- Me desculpe por não ter te dito nada.

Any: Tudo bem. - forçou um sorriso acariciando meu rosto.

Poncho: Você quer descer?!

Any: Uhum, os outros já devem estar esperando. - respondeu sorrindo.

Poncho: Ok! - assenti.

Any deu as costas, mas antes que saísse do quarto a puxei pelo braço e a abracei.

- Vai ficar tudo bem. - sussurrei mais pra mim mesmo do que pra ela.

Any: Eu sei! - assentiu forçando um sorriso e me beijou.

Envolvi os braços em torno da cintura dela e a beijei quando saímos do quarto.



Anahí

O restante dos dias se passaram depressa. Na sexta-feira de manhã nós começamos a arrumar nossas malas pra voltar pra casa. Encarei Poncho enquanto fechava a última mala. Ele estava sério e era meio impossível adivinhar o que se passava pela cabeça dele. Eu só desejava que ele tivesse mudado de ideia, mas algo me dizia que ele estava mais determinado do que antes.
Quando chegamos à recepção nossos amigos já estavam prontos.

Poncho: Nossa, tudo isso é pressa de ir embora?!

Maite: Imagina, é medo de perder o voo e ficar preso três no aeroporto. - rebateu sorrindo.
Forcei o sorriso me perguntando se alguém estava preocupada com a repentina decisão que meu namorado tomara e estava me forçando a concordar. Respirei fundo e encarei meus cúmplices. Ucker e Dulce estavam sérios, como se não quisessem ir embora também, será que pelo mesmo motivo que eu?!

Minha dúvida persistiu enquanto fechávamos a conta do hotel e íamos pro aeroporto. Eu estava tão preocupada que mal consegui dormir no avião e quando finalmente chegamos ao México meru medo aumentou.

Nos despedimos de Dulce, Ucker, Maite e Derrick. Ao dar tchau pra eles cochichei no ouvido de Ucker.

- Você acha que ele vai ser capaz de...

Ucker: Não sei, mas independente disso, ficaremos do lado dele. - respondeu sério.

Assenti me afastando e os quatro foram embora.

Celina: Bom, eu e Angelique vamos pegar um táxi pra ir pra casa, você vem com a gente Any?!

Poncho: Acho melhor ela ir com você s sim, assim a gente descansa um pouco né? - me encarou.

O olhei e do nada uma vontade enorme de socá-lo, de xingá-lo tomou conta de mim e tive que cerrar os punhos pra não ceder à ela. Poncho estava tentando se livrar de mim pra poder preparar tudo pra sua internação.

Tive que segurar as lágrimas por ver que ele estava mais decidido do que nunca e que iria me obrigar à cumprir a promessa de não aparecer no hospital.

- Tudo bem... Eu vou com elas e mais tarde a gente se vê ta? - respondi tentando deixá-lo sem saída.

Poncho: Ta! - assentiu um tanto indiferente.

As garotas se despediram dos rapazes e aproveitei pra tentar fazer Poncho mudar de ideia.

- Não faça nenhuma loucura, por favor.

Ele assentiu sabendo do que eu falava e beijou minha testa. Sem resistir o abracei jurando pra mim mesma que aquele não era nosso último momento juntos, que íamos ficar juntos.

Quando nosso táxi chegou fui obrigada a entrar deixando Poncho pra trás, sozinho e livre pra ir pro hospital se quisesse. Contendo as lágrimas eu voltei pra república desejando o caminho todo que ele acreditasse que eu iria visitá-lo e que isso adiasse a ida dele ao hospital até fazê-lo mudar de ideia.

Quando chegamos à república suspirei enquanto Celina abria a porta.

- Meninas... Que bom que voltaram! - sorriu atravessando a rua.

Angell: Oi Kuno! - sorriu.

Kuno: Como estão? - sorriu e parou ao meu lado. - Vocês estão mais lindas que antes. - elogio, mas me encarou ao dizer isso, abaixei a cabeça suspirando. - Foi foi de viajem Any?!

Any: Bem. - respondi pegando as malas e entrei.

Kuno: Eu levo. - tomou as malas de minhas mãos e entrou atrás de mim.

Revirei os olhos e forcei um sorriso ao me virar e encará-lo.

- Obrigada!

Kuno: De nada. Vocês devem estar querendo descansar né?! - sorriu nos olhando.

Angelique: É, a gente ta pensando em dormir um pouco. - sorriu.

Kuno: Beleza, eu vou nessa, até mais! - sorriu acenando e deu as costas.

Larguei as malas na sala mesmo e subi tirando os sapatos e me jogando na cama, suspirando fechei os olhos.

Em poucos minutos meu celular começou a apitar, era uma mensagem de Chris e uma ligação de Ucker. Atendi.

- Oi...

Ucker: Any, ele... Ele esta fazendo as malas. - respondeu preocupado.

Any: Droga! - desliguei e pulei da cama totalmente desperta.

Vesti os sapatos de volta e em menos de cinco minutos saiu com o carro totalmente desesperada.

- Tenho que chegar antes de você ir embora. - suspirei apertando o volante com força.



Alfonso

Fechei a mala e suspirei encarando a cama, o computador, meu quarto todo. De repente me lembrei de uma tarde quando eu e Any estudamos aqui e fizemos amor na minha cama, como tantas outras vezes em que ela apareceu no meu quarto no curto período em que morou comigo.

Minha garganta queimou com a simples lembrança dela antes de entrar no táxi. Ao dizer que iria me visitar, ela havia feito eu me adiantar e rapidamente fazer as malas.

Uma batida na porta me trouxe de volta pro presente.

- Entra! - respondi crente que deveria ser minha mãe.

A porta se abriu e ela entrou. Tomei um susto ao ver não minha mãe, mas sim Any na minha frente.

Poncho: O que ta fazendo aqui? - perguntei surpreso ao vê-la. 

Any: Eu disse que não era boa em cumprir promessas. - respondeu forçando um sorriso.

Poncho: Como ficou sabendo?! - a encarei sentindo meu coração dentro do peito se apertar.

Any: Ucker e Chris me ligaram dizendo que você estava indo pro hospital.

Poncho: Any... Não era pra você saber!

Any: Mas ainda sou sua namorada né? - me encarou com os olhos brilhando pelas lágrimas.

Poncho: Claro que sim! - assenti forçando um sorriso, minha vista começando a embaçar.

Any: Então! Vim me despedir de você, já que... Não quer me ver no hospital!

Poncho: Eu não suportaria te ver na beirada da minha cama enquanto estou indo embora.

Any: Mas ainda há esperanças né? Não é o fim de tudo, você ainda pode conseguir um doador!

Poncho: Eu acho que não! - respondi me aproximando. - Any, tem uma coisa que eu não te disse aquele dia e quero te dizer agora. 

Any: O que?! - me olhou e enxugou duas lágrimas que escorreram.

Poncho: Você sabe que... Eu nunca me arrependi de ter te salvado, ao contrário, foi a melhor coisa que fiz, porque me trouxe você, o melhor presente que eu ganhei nessa vida. Eu sinto que se não tivesse te conhecido seria como nunca ter vivido. Você me mostrou coisas incríveis, me fez sentir coisas que nunca senti antes e não tenho palavras pra te agradecer por isso. Apesar de não termos passado muito tempo juntos, eu me apaixonei por você como um louco e isso é a melhor coisa que eu tenho e que vou levar comigo. - coloquei a mão no peito já não conseguindo mais conter as lágrimas.

Any: Não diz isso, por favor! - pediu chorando.

Poncho: Eu sei que já te fiz me prometer algo, mas quero que me prometa outra coisa.

Any: O que você quiser, meu amor!

Poncho: Que... Não vai se esquecer de mim, não por eu ter salvado sua vida ou por termos namorado, mas sim porque realmente representei algo importante pra você. Quero que me prometa que nunca mais vai desistir de viver, de ser feliz, porque de onde eu estiver sempre vou estar olhando por você, te protegendo. Pode me prometer isso? - perguntei me aproximando dela.

Any abaixou a cabeça não me respondendo. A dor que ela estava sentindo, era a mesma que eu estava sentindo. No fundo, no fundo sabíamos que uma hora isso ia acontecer, mas ao invés de encarar o fato, fingimos que haveria outra saída e que isso não seria necessário. Agora estava sendo impossível e insuportável encararmos o fato de que um estava perdendo o outro.

- Por favor, você me promete? - perguntei erguendo o rosto dela, a encarando nos olhos.

Any me abraçou com força e a apertei nos meus braços pela última vez, não me conformando que toda a espera havia sido em vão. Pela minha cabeça passava todos os meus momentos com ela e só conseguia me perguntar uma coisa... Havia aproveitado todo o tempo com ela? Da forma mais intensa que poderia?

- Não posso te prometer isso Poncho. - começou soluçando. - Você é a minha vida, não posso viver sem você, eu morro com você se te perder. Você não pode me deixar caramba, não depois de tudo, não depois de me mostrar o que é ter uma vida de verdade.

A soltei unindo minha testa na dela, tentei em vão conter as lágrimas que escorriam naturalmente.

- Eu te amo Poncho... Você é tudo pra mim, não me deixa, por favor! - sussurrou.

Poncho: Eu também te amo meu amor! - sussurrei e a beijei. - Te amo! - repeti a abraçando com força e tornamos a nos beijar.

Any envolveu os braços em torno do meu pescoço com força retribuindo ao beijo. Eu não queria que aquele beijo acabasse e que nos separássemos, eu queria viver o resto da vida com ela, só com ela.



Anahí

Envolvi os braços em torno do pescoço de Poncho não querendo que aquele beijo terminasse, não querendo me afastar dele, mas meus planos deram errado, quando ele se afastou encerrando o beijo.

- Por favor, se cuida. - pediu enxugando minhas lágrimas.

Any: Se cuida você também. - respondi soluçando.

Poncho beijou minha testa e deu as costas saindo do quarto em seguida. Coloquei as mãos na boca pra tentar - em vão - conter os soluços que chacoalhavam meu corpo. Eu não conseguia me mover.

Não conseguia acreditar que tudo estava acabado, que eu havia perdido a pessoa que mais amava nesse mundo e que não poderia fazer nada pra salvá-la. Quando desci as escadas vi Manuela fechar a porta aos prantos, ela olhou pra trás e quando me viu eu desci indo de encontro à ela.

Manuela: Ele vai ficar bem meu amor. - acariciou meu rosto.

Any: Eu não vou aguentar isso. - solucei pondo a mão no peito que doía.

Manuela: Calma querida, por favor, não fica assim. - me abraçou.

Any: Eu vou morrer se alguma coisa acontecer com ele Manuela. Poncho não tem o direito de fazer isso com a gente, ele não pode nos deixar. - sussurrei a abraçando com força como se ele tivesse culpa de algo.

Manuela: Ele não vai nos deixar, tenho certeza que isso será apenas um susto e que em breve ele vai voltar pra casa. - forçou um sorriso entre as lágrimas.

Tentei sorrir como ela, mas o que consegui foi fazer minhas lágrimas aumentarem. Manuela percebeu que eu estava sem esperanças e me abraçou com força. Talvez numa tentativa de deixar nós duas otimistas.

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