Uma Lição de Amor ✔

By PricaWenzel

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Anahí e Alfonso, dois pacientes de um mesmo hospital se conhecem de uma forma pouco convencional. Ela dá... More

Nota da Autora!
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Epílogo
Agradecimentos!

Capítulo 58

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By PricaWenzel



Alfonso

Quando a mulher entrou na sala e começou a falar sobre sua vida com o marido, eu percebi que não estava sozinho. Não disse uma palavra durante a conversa dela com Any, mas
entendia perfeitamente a situação. Ele precisando de um transplante, listado em uma filha que parecia nunca ir pra frent e. Ela dedicando sua vida à ele querendo passar todos os últimos momentos que ainda tinha com ele. O que mais me chocou foi nós três naquela sala e o homem naquela maca compartilharmos a mesma realidade. A de que ele não vai sair desse hospital vivo.

Quando a mulher se levantou pedindo licença, forcei um sorriso e quando fiquei a sós com Any, a puxei pela mão e a abrcei. Eu sabia o quanto essa conversa tinha mexido com ele. Tanto que só chamei a atenção pra que não entrasse afundo em uma conversa que eu sabia que não ia lhe fazer bem.

- Poncho... Isso não vai acontecer com a gente né?! - me encarou confirmando minhas certezas, ela tinha nos enquadrado no mesmo problema que aquele casal. - Nós não vamos terminar assim né?

Poncho: Não porque aos 50 anos, vou estar morto ou já vou ter recebido um transplante à anos. - tentei brincar, mas o tom de voz saiu sério demais.

Any: Essas coisas não deviam existir. Não é justo, as pessoas deveriam morrer de causas naturais aos 150 anos.

Poncho: Meu amor, se quer ser uma médica, não pode pensar assim... Vamos lidar com morte todos os dias.

Any: Eu sei... Por isso gosto muito mais de Pediatria... Crianças sempre vão me lembrar início, vida longa, possibilidades, esperança de que tudo só está começando e pode ser alterado e remediado facilmente.

Acariciei seu rosto enxugando suas lágrimas. Por mais que amadurecesse e lidasse com a vida, eu sabia que Any sempre teria aquele coração bom e puro. A abracei encostando a cabeça dela no meu ombro e desejei ser otimista como ela. Os exames que meu pai logo me entregaria é que iriam confirmar se eu estava bem ou mal o suficiente pra já ir me preparando para terminar meus últimos dias numa cama de hospital como aquele senhor.


Meu pai apareceu segundos depois e Any enxugou o rosto e se ajeitou na cadeira.

Carlos: Filho, vem até minha sala, por favor!

Any: Eu te espero aqui. - se prontificou em responder, antes que eu perguntasse.

Assenti e lhe dei um beijo, antes de ir com meu pai pra sala dele. Assim que entramos, ele fechou a porta e pegou na gaveta o resultado dos exames. Quando vi os envelopes abertos perguntei:

Poncho: E então? Eu continuo piorando? Vou poder viajar com todo mundo ou não?

Carlos: Sim, você vai poder viajar, mas seu quadro está se agravando... Com os remédios e as injeções que vou te passar vc não terá problemas na viajem, mas... Quando voltar vai precisar ser internado de novo.

Poncho: Tudo bem! - assenti sentindo a garganta fechar. - Vou fazer diferente dessa vez, eu mesmo vou vir pro hospital, não vou esperar passar mal outra vez, assim que voltar de viajem, vou me internar por vontade própria.

Carlos: Filho se não quiser mais viajar...

Poncho: Não pai eu quero sim, é a única oportunidade que eu tenho pra viajar com a Any e todos os outros... Vai ser a primeira e última vez que eu viajo com a minha namorada e todos os meus amigos. Se eu não for vou estragar a viajem de todos e eu quero sim.

Carlos: E se acontecer alguma coisa com você?

Poncho: Ucker sabe que eu andei piorando, ele vai me ajudar.

Carlos: Any ainda não sabe de nada?

Poncho: Não e é a pior hora pra ela saber... Eu quero que essa viajem seja inesquecível pros dois.

Carlos: Entendi, filho não perca as esperanças.

Poncho: O que me consola é saber que eu não to sozinho. Seu paciente do quarto 603, o que precisa de um pulmão, vai morrer aqui dentro também . - respirei fundo, as lágrimas escorrendo por meu rosto.

Carlos: Só que ele é um paciente de 56 anos, homem casado, com filhos, teve uma vida... Você é só um garoto que esta começando a viver agora e ainda por cima é meu filho. - respondeu emocionado, a figura de médico desaparecendo dando lugar à figura de pai.

Sorri e o abracei com força. Quando nos separamos, eu vi que os dois seguravam as lágrimas, éramos parecidos até nisso. Meu pai apoiou as mãos nos meus ombros e sorriu.

- Divirta-se e qualquer coisa me ligue.

Poncho: Ok! - assenti e voltei a abraçá-lo.

Quando sai da sala, meu pai já havia se recomposto. Acho que a prática em lidar com a morte todos os dias o fortalecera. Enxuguei o rosto e respirei fundo, antes de voltarmos pra sala onde Any estava.



Anahí

Quando Poncho e Carlos entraram na sala me levantei preocupada e assustada. Preocupada pelo exames e assustada por causa da cara dos dois, Carlos estava sério e Poncho parecia ter chorado.

- Tudo bem? - perguntei apreensiva.

Poncho assentiu se aproximando e me deu um beijo, se afastou e parou do meu lado.

- Meu pai disse que esta tudo bem comigo e posso viajar. - sorriu.

Any: Sério? Não vai ter problema irmos?!

Carlos: Não nenhum, a não ser que aconteça alguma coisa grave, como uma parada cardíaca com um desmaio, algo assim... Do resto ele esta perfeitamente bem. - sorriu.

Any: Hum, que bom! - sorri forçando um sorriso.

Poncho: Meu amor, vamos embora? Precisamos terminar as malas.

Any: Ok!... Tchau Carlos, a gente se vê em 03 semanas. - sorri e fui até o abraçando.

Poncho: Tchau querida, boa viajem. - sorriu acariciando meus cabelos e nos soltamos.

Sorri acenando e encarei a mulher no quarto, ela sorria e conversava com o marido. Me encarou e acenei sorrindo. Ela sorriu e acenou de volta, em seguida voltou-se pro marido. Dei as costas e fui com Poncho.



Alfonso

Na manhã seguinte terminei as malas e me despedi da minha mãe.

Manuela: Por favor querido se cuida.

Poncho: Pode deixar. - respondi a beijando e fui pro aeroporto com meu pai, ele iria pro hospital depois.

Cheguei e todos já estavam no aeroporto faltava apenas Ucker e Dulce que chegaram logo em seguida.

Any: É a primeira vez que viajamos todos juntos né? - comentou sorrindo.

Poncho: É mesmo, da última vez, quando acampamos Marcos, Celina, Chris e Angelique não estavam.

Any: Essa viajem vai ser melhor que a outra tenho certeza.

Poncho: Pelo menos mais confortável vai ser já que não dormiremos em barracas no meio do mato.

Any: É, mas eu adorei aquele acampamento... Você sabe por que né? - sorriu e a encarei, foi ai que me liguei sobre o que ela falava e sorri concordando.

Poncho: Bom já sabemos que na cama é bem melhor do que em um colchonete, mas podemos praticar mais né?! - cochichei no seu ouvido e ela gargalhou arrepiada, olhei os outros que conversavam ou se beijavam.

Any: Te amo sabia?! - sorriu me olhando.

Poncho: Também te amo. - devolvi e a beijei.

Nosso vôo foi chamado logo em seguida, entregamos os documentos com as passagens e logo embarcamos. Conseguimos sentar uns perto dos outros, mas por ser 04 horas da manhã estavamos um tanto cansados. Eu praticamente não tinha dormido à noite, tinha ficado pensando na viajem e em todo o resto.

- Bebê!

Poncho: Oi! - sorri desviando os olhos da janela e encarei seus olhos azuis, estranhamente me lembrei da primeira vez que os vi e de como eles me hipnotizaram como estavam fazendo agora, sorri e beijei sua testa.

Any: Por que ta quietinho?!

Poncho: Cansaço! - sorri afastando uma mecha de cabelo do rosto dela.

Any: Então dorme comigo, eu to morrendo de sono, apesar de estar ansiosa e nervosa sobre aquilo.

Poncho: Vai dar tudo certo. - me ajeitei no banco e puxei Any, a abraçando de forma que ficasse com a cabeça encostada no meu peito.

Any: To com medo dele não gostar de mim! - respondeu apreensiva.

Poncho: Impossível! - sorri apertando seu nariz. - Eu me apaixonei por você no primeiro minuto que te vi, na porta do meu quarto me olhando assustada e curiosa. - sorri me lembrando daquele dia.

Any: Mentiroso você já tinha me visto na maca quando dei entrada no hospital.

Poncho: Sim, mas você tinha me chamado a atenção apenas, eu me apaixonei mesmo quando Carlos nos apresentou. Me lembro de ficar hipnotizado quando vi de perto seus olhos e de como meu coração disparou quando nos tocamos pela primeira vez. - sorri revivendo as sensações.

Any: E por que esta me dizendo isso só agora? - sorri.

Poncho: Pra você saber que eu sempre te amei e sempre vou te amar. Você é maravilhosa Any e seu pai vai enxergar assim assim que bater os olhos em você, como eu enxerguei.

Any: Quer me fazer chorar agora? - respirou fundo, os olhos brilhando pelas lágrimas.

Poncho: Só se for de alegria. - brinquei e ela sorriu.

Any: Te amo! - se aproximou e me beijou.

Poncho: Também te amo! - devolvi o beijo e abracei com força.

Any logo pegou no sono, mas apesar de cansado eu não consegui dormir. Eu apoiava ela em relação ao pai por dois motivos. Primeiro porque era o certo a fazer, ela tinha todo o direito em conhecer o pai e a irmã. Segundo porque queria que ela estivesse rodeada de pessoas que a amassem pra que eles a ajudassem a segurar a barra quando eu não estivesse mais ao seu lado.



Alfonso

A única coisa que eu lembro foi de abraçar Poncho e sentir os carinhos dele nos meus cabelos. Acordei com ele me chamando, assim que chegamos, uma hora e meia depois. O sol começava a nascer em Acapulco o que nos obrigou a colocar óculos de sol, ajudando a disfarçar a cara de cansaço.

Quando chegamos no hotel, fomos à recepção e pegamos as chaves dos quartos. Estávamos todos no mesmo andar. Entrei no quarto onde eu e Poncho ficariamos e larguei as malas no chão perto do closet me jogando na cama logo em seguida. Poncho sorriu e largou as malas dele perto das minhas. Engatinhou até a cama com um sorriso sapeca nos lábios. Sorri derretida quando os lábios dele se aproximaram dos meus e nos beijamos. Envolvi meus braços em torno do pescoço dele me sentindo levemente desperta. Poncho se afastou um pouco e começou a contornar meu nariz com o dele.

- Te amo! - sussurrei suspirando.

Poncho: Te amo! - devolveu me dando um selinho. - Sabe, eu adoraria passar o resto da manhã com você, mas...

Any: Se não dormirmos agora, vamos perder hora e é capaz dos outros saíram sem nós.

Poncho: Exatamente. - fez uma careta e deitou do meu lado.

Tirei meus sapatos e o abracei encostando meu queixo no peito dele.

- Não tem problema... Teremos muito tempo pra isso quando estivermos a sós. - sorri.

Poncho: Eu gosto do seu jeito de pensar. - sorriu acariciando meu rosto.

Any: E eu gosto do seu jeito de agir. - sorri de volta e o beijei.

Tomamos coragem pra sair da cama e nos vestirmos pra dormirmos um pouco. Quando deitamos na cama de novo, logo pegamos no sono. Acordei em algum momento com Poncho resmungando, ele se mexia bastante e parecia que estava tendo um pesadelo. O encarei por alguns minutos, até que parou de falar e se mexer. Voltei a dormir, mas mesmo assim o ouvi resmungar e acordar outras vezes.

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