Uma Lição de Amor ✔

By PricaWenzel

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Anahí e Alfonso, dois pacientes de um mesmo hospital se conhecem de uma forma pouco convencional. Ela dá... More

Nota da Autora!
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Epílogo
Agradecimentos!

Capítulo 53

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By PricaWenzel


Alfonso

Foi difícil convencer minha mãe a me deixar sair, mas frente à minha angustia e adorando Anahí como adorava ela logo cedeu. Não pensei duas vezes ao ouvir um sim dela. Corri pra garagem, peguei minha moto e sai.

Em 10 minutos estavam em frente à república de Anahí. Desci da moto tirando o capacidade e gritando por ela.

- Any! - bati na porta e me afastei esperando que alguém abrisse a porta.

- Alfonso ela não esta ai!

Me virei e larguei o capacete furioso me aproximando de Kuno. Paramos frente à frente no meio da rua.

- Não perca seu tempo, não tem ninguém em casa! - declarou cheio de arrogância.

Poncho: Estou procurando a minha namorada. - respondi sério, me entenderia com Any antes e depois quebraria todos os ossos da cara dele.

Kuno: Não vai achá-la na casa dela, ela não esta lá, esta na minha casa. - rebateu sorrindo.

Poncho: Desgraçado, sai da minha frente! - o empurrei e caminhei na direção da casa dele.

Kuno se colocou no meu caminho antes que eu chegasse na calçada.

- Sai da minha frente ou eu te derrubo. - ameacei furioso.

Kuno: Você não vai entrar pra falar com ela, vai ter uma conversa comigo antes. - rebateu cruzando os braços.

Poncho: Ótimo porque eu também quero falar com você. Anahí me contou do beijo que você deu nela à força. Não tem vergonha de beijar uma garota que esta apaixonada por outro cara? - perguntei de queixo erguido.

Kuno: E você não tem vergonha de trair sua namorada? Uma garota especial como a Any?

Poncho: Eu não trai ninguém e me dá licença que isso é coisa nossa, não é da sua conta.

Kuno: Você não vai levar ela daqui! - respondeu se pondo no meu caminho de novo e aquilo me deixou com mais raiva.

Poncho: Não se mete, a Any é minha namorada, você não vai se meter entre a gente!

Kuno: Ah é? Se você é namorado dela por que não esta cuidando dela? Sabia que ela se culpa pelo que você tem? Sabia que ela andou estudando como uma louca pra poder te explicar tudo depois? Toda vez eu acordava de madrugada ou chegava de uma festa às duas, três da manhã e a luz do quarto de estudos dela estava acesa, porque ela tava lá estudando, depois ela ainda acordava às sete horas pra ir pra aula... Ela vive andando com livros de Cardiologia pra cima e pra baixo. Por que será que ela faz isso se gosta mais de Pediatria?

Poncho: Olha aqui...

Kuno: E ela andou fazendo tudo isso pra quê? Pra você expulsá-la do quarto como fez uma vez? E pra agora ficar brincando de paciente e enfermeira com a tua ex-namorada? É pra sofrer que ela esta com você?

Poncho: Renata não é minha ex-namorada!

Kuno: Mas vocês já ficaram e se beijaram dessa vez, isso que importa. Olha aqui Alfonso, você ta certo em não gostar de mim, porque eu gosto da Any sim, mas não vou continuar abrindo mão dela pra você machucá-la desse jeito. Ela vive angustiada e preocupada com você, há dias não a vejo relaxada, rindo como antigamente e você retribui desse jeito? Chifrando ela?! Você é um canalha!

Poncho: Eu já disse que não chifrei a Anahí e se você não sair da minha frente vai se arrepender.

Kuno: Ah é? Vai fazer o que? - desafiou e não agüentei, desferi um soco na cara dele que caiu no chão. - Filho da mãe! - respondeu se levantando e veio pra cima de mim.

Caimos no chão aos socos. Consegui me virar e ficar em cima dele, dei dois murros na sua boca e um murro no olho antes dele conseguir se virar e ficar em cima de mim.

Ouvi o barulho da porta se abrir e a voz de Anahí encheu o lugar.

- Parem com isso vocês dois!

Não lhe dei ouvidos e Kuno fez o mesmo. Continuamos brigando e ouvimos um barulho de carro, pensei que iamos ser atropelados, mas o carro estacionou e reconheci a voz de Christian quando me chamou e se aproximou correndo da gente.

- Poncho o que esta fazendo? - me segurou, mas tentei ir pra cima dele, Angelique se colocou na frente de Kuno tentando segurá-lo. - Vocês acham que vão conseguir resolver alguma com isso, se pegando desse jeito?

Poncho: Esse desgraçado beijou a Any à força Chris! - esbravejei tentando ir pra cima dele.

Kuno: E você acabou de trair a sua namorada, acha que tem moral pra falar de mim? - rebateu.

Tentei ir pra cima dele e teria conseguido se Anahí não tivesse entrado na minha frente.

- Chega vocês dois, por favor. - me olhou e encarou Kuno.

Aquilo serviu pra me acalmar e me fazer parar, apesar deu sentir que ainda não tinha acabado. Chris me soltou e Angelique se afastou de Kuno que também parecia ter se acalmado.

Poncho: Eu quero falar com você. - encarei Any.

Any: Eu sei! - assentiu cabisbaixa. - Vamos lá pra casa.

Kuno: Se a machucar eu te mato Alfonso. - ameaçou e Chris e Angelique se sobressaltaram.

Poncho: Se encostar a mão nela de novo, eu vou fazer questão de acabar com você, hoje você teve sorte, mas não vai ter na próxima. - respondi me afastando.



Anahí

Quando entramos em casa Angelique me deu uma caixinha de primeiros socorros e ela e Chris subiram na direção dos quartos, deixando eu e Poncho a sós na sala. Peguei algodão e água oxigenada e me aproximei.

- Esta me olhando assim pelo beijo ou pela briga? - perguntou me olhando.

Any: Acho que pelos dois. - respondi e comecei a limpar o corte da sobrancelha, Poncho gemeu e fez uma careta.

Poncho: Não tem por que ficar brava, você sabia que eu faria isso, eu te avisei no hospital. - respondeu.

Any: Digamos que o beijo me pegou desprevenida. - respondi encarando o corte, ao invés de encará-lo.

Poncho: Any! - segurou minha mão. - Eu não senti nada com aquele beijo. - me olhou sério e fiquei com medo de acreditar nele e isso ser mentira, respirei fundo quando percebi que meus olhos começaram a arder.

Any: Você não parecia fazer questão nenhuma de se afastar dela. - respondeu e troquei de algodão passando a limpar o canto do lábio dele que também sangrava.

Poncho: Eu não a empurrei pra que ela tivesse certeza de que eu não estava sentindo nada, na certa você não ouviu quando disse pra ela que te amava e que sempre seria assim... Eu não menti Any!

Any: Foi ela quem te beijou?

Poncho: Foi... Meu amor, eu juro que não significou nada pra mim. Acredita em mim, por favor!

Any: Eu acredito! - dei de ombros, sabendo que seria incapaz de não perdoá-lo.

Poncho: De verdade? - perguntou apertando uma das minhas mãos.

Any: É sério, aquela garota tem mesmo cara de ser vagabunda e eu a ouvi se declarando pra você... E se você acreditou em mim porque eu não acreditaria em você? - forcei um sorriso.

Poncho: Obrigado meu amor. - beijou minha mão e me puxou.

Sentei no colo dele largando o algodão ao lado no sofá, encarei o rosto dele machucado.

- Não devia ter brigado com o Kuno!

Poncho: Deixa isso pra lá, ta tudo bem entre a gente ne? Isso é o que importa! - respondeu e aproximou o rosto.

Fechei meus olhos e me entreguei ao beijo. Aquilo bastou pra curar a ferida dentro do meu coração e reafirmar o que eu já sabia. Poncho me amava do mesmo jeito que eu o amava e confiávamos um no outro. Pra mim isso era mais do que suficiente pra me fazer esquecer do resto e me levar ao meu estágio de felicidade, no qual sempre fico quando estou com ele.



Depois que tudo se resolveu e depois que almoçamos, me sentei ao lado de Poncho no sofá e me aconcheguei ali, ficando encostada no peito dele, com as pernas pra dentro do sofá. Ele prontamente envolveu os braços em torno de mim e beijou meus cabelos. Da cozinha ouvíamos Angelique e Chris brincarem e trocarem beijos.

Poncho: Por que você ta quieta?! - indagou.

Any: To pensando numa coisa. - respondi meio distraída.

Poncho: Em que?!... Na briga, no beijo?!

Any: Não, em outra coisa. - respondi o olhando e ele estreitou os olhos. - Tenho um pedido pra fazer.

Poncho: O que?!

Any: Quero que venha pra um lugar comigo.

Poncho: Que lugar?

Any: Você vai saber quando chegarmos. - respondi dando de ombros e encostei a cabeça no seu ombro.

Poncho: E posso saber quando você quer ir pra lá?!

Any: Espera dez minutos e vamos?! Eu vou guiando você com a moto!

Poncho: Ta! - assentiu de acordo e me levantei.

Peguei minha bolsa, me despedi de Chris e Angelique e logo em seguida estava montada na moto de Poncho. Quando saímos eu vi pela janela que Kuno nos olhava com raiva, virei o rosto pro lado sem lhe dar importância.



Alfonso

Estranhei o pedido de Any, mas a levei até onde queria. Ela me dizia em que ruas eu deveria virar e eu virava.

- É aqui, pode parar! - disse depois de certo tempo.

Estacionei a moto perto das árvores, na sombra e tirei o capacete. Estranhei onde estávamos.

- Um cemitério?!

Any: É... Tem uma pessoa que eu quero que você conheça. - sorriu sem graça e me puxou pela mão.

Entrei no cemitério com ela já imaginando de quem ela falava. Viramos a direita e entramos num corredor estreito. Ver todos aqueles túmulos não me fazia muito bem, era estranho pensar que é num lugar como esses que no fim das contas todos nós terminamos. Não importando se somos ricos, pobres, bons ou ruins. No fim acabamos do mesmo jeito, mortos e embaixo da terra. Aquele pensamento me deu calafrios.

- É aqui! - parou me despertando. - Poncho... Henrique... Pai, esse é o Poncho! - disse a última frase com a voz embargada. - Eu não sei porque não te trouxe aqui antes, acho que achava um lugar triste demais e depois do que houve eu perdi a vontade. Mas agora... Quis trazer você. - me olhou com os marejados.

Poncho: Any você o chamou de pai outra vez? - perguntei surpreso.

Any: Uhum! - assentiu e enxugou o rosto. - É o que ele é, meu pai e isso não vai mudar nunca!

Poncho: Você o perdôo! - constatei afastando os cabelos dela sorrindo.

Any: Sim, porque ele foi a única pessoa que sempre me amou de verdade... Eu não sei como estaria se ele não tivesse me criado, do jeito que criou. Eu só queria que ele ainda tivesse aqui.

Poncho: Vem cá! - a abracei com força feliz por ela o ter perdoado e triste por vê-la desse jeito.

Às vezes não nos damos conta do quanto amamos nossos pais. Só percebemos isso, depois que o perdemos. Mas Any sempre havia amado o pai dela, enquanto esteve vivo, era coisa que eu sempre notava quando ela falava dele. Pensando por esse lado eu percebi o quanto amava os meus pais e o quanto sofreria se os perdesse.

- Me desculpa te trazer aqui. - pediu se afastando e enxugou o rosto.

Poncho: Por que ta se desculpando?

Any: Porque aqui não é o melhor lugar do mundo pra se trazer alguém.

Poncho: Talvez inconvenientemente seja o melhor lugar do mundo, já que é aqui que as pessoas que amamos ficam eternamente... Uma parte delas, pelo menos. - dei de ombros.

Any: Sabe... Acho que foi meu pai quem te mandou sabia? Ele conhecia a filha que tinha e sabia que eu não era forte o suficiente pra aguentar a barra aqui sozinha. - sorriu entre as lágrimas.

Poncho: Eu acho você muito forte. Pode não acreditar nisso, mas eu acredito. - sorri enxugando seu rosto.

Any: Obrigada! - sorriu.

Poncho: Não precisa agradecer, eu te amo!

Any: Também te amo! - sorriu de volta e me beijou.

Envolvi a cintura dela com força e retribui ao beijo. Quando nos separamos encarei a foto do pai dela.

- Ele não vai se chatear? 

Any: Não! - sorriu negando com a cabeça.

Poncho: Eu já volto, me espera aqui! - sorri e me afastei correndo.

Any estreitou os olhos me encarando, mas fez o que eu pedi. Fui até uma florista e peguei um buque de flores dentro de um vasinho, voltei logo em seguida.

- Acha que ele gosta de vermelho e branco? Afinal não da pra ir embora sem deixar nada.

Any: As flores são perfeitas! - sorriu e as pegou.

Colocou as flores no centro do túmulo enorme de mármore. Em seguida se aproximou e acariciou a foto dele. Henrique era bonito, tinha os cabelos castanho claros, quase loiros como da Any. Os olhos eram castanhos e o sorriso que ele dava lembrava o sorriso da Any. Acho que mesmo não sendo filha biológica dele, Anahí herdara a ternura que o pai parecia transparecer na foto. Lamentei não poder tê-lo conhecido quando era vivo. Tenho certeza que teria me tornado um grande amigo dele, como Any e minha mãe haviam se tornado amigas.

- Fica com Deus pai! - beijou a ponta dos dedos e acariciou a foto. - Vamos?! - me encarou sorrindo.

Poncho: Vamos! - assenti concordando e estendi a mão pra ela.

Any apertou minha mão com força e a puxei lhe dando mais um abraço. Sai do cemitério abraçado de lado com ela levando meu capacete com o braço livre enquanto ela fazia o mesmo.

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