Programando o Amor - A Histór...

By IzzieGoes

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Uma jovem determinada, tímida e deslocada. Programadora de jogos e aplicativos em tempo integral, cantora nas... More

Carta aos leitores
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Aviso
Capítulo 30

Capítulo 26

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By IzzieGoes

Olá, amores.

Terminei o capítulo da semana passada meio assim, né? Eu tinha pensado até em colocar a continuação dele no domingo, mas a vida acontece.

No capítulo de hoje temos Cat sendo Cat, quando as coisas dão errado, ela simplesmente corre. Não a odeiem, ela é assim, mas é do bem.

A música de hoje é Dirty Man (homem sujo), não, a letra não é um recado para Jonathan ou qualquer um dos personagens.

Vamos ao capítulo.

John via sua vida passando em câmera lenta quando Cat deixou o restaurante. Ainda anestesiado, sentia o tal de Richard acertar um soco, depois outro e mais um, em seu rosto. Ele gritava coisas desconexas, que Jonathan não entendia, a punica coisa que ele sabia era que Richard estava certo, ele, John, era um monstro. Porém, sabia que não estava com Catherine por vingança. John a amava, mas do que amou qualquer outra pessoa em sua vida.

Quando a confusão começou, com Richard entrando no restaurante descomposto e falando alto, o maître, antigo conhecido de Jonathan e Spencer, ligou para o advogado, que estava por perto, foi ele, Spencer que impediu que Richard continuasse surrando John, que não reagia, não se defendia das agressões que sofria.

"Catherine", chamou John saindo do transe, "Onde está a Cat? Ela saiu correndo, para onde ela foi?"

Correu até a frente do restaurante e um casal enfurecido brigava com o manobrista por ter deixado que uma menina roubasse o carro deles.

O carro do casal não tinha um rastreador e o celular de Cat ficou na bolsa, pendurada na cadeira do restaurante. Depois de seis horas procurando por ela todos se deram conta que o melhor a fazer era registrar o desaparecimento da jovem.

Se não fosse por Phill e Spencer talvez Nick teria matado John, que não se importava, a única coisa que ele sabia que precisava encontrar Catherine e explicar tudo. Ele tentou tantas vezes contar, mas sempre acontecia algo. Sempre se perdia e acabava esquecendo o assunto.

Depois de dois dias desaparecida, chegou a notícia que o carro que ela pegou estava estacionado na porta do restaurante. John correu para lá na esperança de encontrá-la. O policial entregou um bilhete dela 'Não estou pronta ainda para conversar com você. Não sei se um dia conseguirei. Me sinto usada, diga a todos que estou segura. Assim que me acalmar eu te procuro. Catherine.

Tinha outro bilhete, mas era para os donos do carro.

Na segunda-feira ela apareceu para trabalhar como se nada tivesse acontecido. Foi para seu andar, trabalhou o dia inteiro e não falou com ninguém. Por mais que John quisesse correr até ela e contar seu passado, o homem jurou que esperaria que a noiva o procurasse.

O problema era que depois de quinze dias as coisas ainda estavam na mesma, e ela não falava com ninguém. Aparecia para trabalhar e desaparecia no final de expediente. Não falava com Nick, Spencer, Phill, Julie ou Penny. Bem, ela falou com Sarah, não foi bem falar, Cat virou a mão na cara da Sarah depois que foi provocada. Ninguém sabia onde ela estava, só que 'estava segura'. O que acabou com John foi ver Richard buscando Cat um dia depois do expediente.

Sem outra saída, John, um homem adulto de 36 anos fez o que qualquer pessoa desesperada faria, ele correu para o colo da mãe, tentando achar uma solução. Ele não poderia perder novamente a mulher da sua vida, daquela vez era realmente amor, e ele a perderia por culpa exclusivamente sua. Depois de contar tudo a mãe, duas vezes, e de ouvir mais uma vez o mesmo sermão sobre ser um imbecil, Martha assumiu a postura mãe protetora.

"Vá comer algo, tome um bom banho e durma. Tome um remédio, faça o que quiser, mais durma. Amanhã Catherine estará aqui", e saiu. Enquanto caminhava para seu antigo quarto, John a ouviu ao telefone. "Laura, é Martha Pettersen... Não, eu não estou bem... Você e seu neto estão bagunçando a cabeça da minha nora. Quero vocês três aqui amanhã para o café da manhã e se não vierem por bem pode apostar que estarei na sua porta antes do almoço. Ah, e nem pense em tentar fugir e se esconder, você mexeu com algumas pessoas que amo demais, não force nossa amizade".

Ao desligar o aparelho e ver que era observada pelo filho, ela deu um sorriso e o mandou novamente tomar banho e dormir, descansar até a manhã seguinte. John achou estranho, mas realmente dormiu.

***

Na manhã seguinte, quando acordou e descia para o café da manhã, John sentiu o perfume de Catherine antes mesmo de chegar ao meio das escadas. Tentou se preparar para encontrá-la, ver novamente sua noiva, mas por mais que tenha tentado, não suportou o que viu: Ela estava devastada, muito magra, com olheiras profundas como se não dormisse há dias, os cabelos, que a essa altura já estavam maiores, emaranhados e meio desgrenhados. As unhas descascadas e roídas;

'O que fiz com minha menina', pensou John olhando para a menina frágil e com o olhar perdido, sentada à mesa de jantar da casa de sua mãe.

Martha viu o filho entrando pelas portas duplas e só então ele notou que o lugar estava cheio, o pai e o irmão estavam à mesa, Spencer, em pé, próximo ao aparador com café e torradas. Nick parada próxima à janela, observando todos, especialmente Cat, sem saber se abraçava sua amiga ou se batia nela. Phill também estava lá, em uma postura de advogado, ao contrário de Spencer, que parecia o amigo que sempre aparecia em sua casa para filar o café da manhã, quando eram novos.

"Jonathan", o olhar de Martha para Jonathan era terno, "sente-se com seu pai e só abra a boca quando eu permitir". Virou-se de frente para Catherine e segurando suas mãos a estudou profundamente. "Minha menina linda, o que foi que fizeram com você?", deu um longo suspiro e olhou cada um na sala nos olhos. "Acho que é hora de esclarecermos pontos nebulosos no passado de algumas pessoas nessa sala. Incluindo o meu".

Sem soltar as mãos de Cat, Martha falava diretamente para ela. "Eu sempre patrocinei algumas escolas de arte, dança, essas coisas. Quando John estava com uns 16 anos, foi forçado a me acompanhar a um dos eventos para arrecadação de fundos para a escola de balé. Lá, ele se encantou por uma bailarina uns quatro anos mais velha que ele. Linda. Ela parecia uma deusa, tão perfeita. Os movimentos, a postura. Tudo indicava que seria uma bailarina de grande sucesso. Era uma menina um tanto atirada para meu gosto e como John era a única pessoa com menos de 30 anos presente ao evento, ela passou o tempo todo com ele. Claramente seduzindo o filho da patronesse, mas é claro que o adolescente desengonçado e cheio de espinhas, que só conhecia livros não notou o interesse financeiro dela". O irmão de John gargalhava do mais novo, coisas que só quem tem irmãos pode entender.

"Ei", ele chamou a atenção de todos na sala, "caso alguém queira ver, tem umas fotos dele aqui na lareira".

"Christopher", seu pai chamou a atenção dele, e na hora ele abaixou a cabeça.

"Voltando", Martha prosseguiu a explicação. "Eles se tornaram companhia constante. Meu filho finalmente estava vivendo. Mesmo que isso significasse parecer o cachorrinho dela. Então eu fiz o que qualquer mãe zelosa poderia fazer, eu a chamei para uma conversa franca. Avisei que se ela magoasse meu bebê eu quebraria as duas pernas dela de uma maneira que talvez um dia ela voltasse a andar. Mas não foi isso que a afastou do meu filho. Foi um jovem engenheiro militar. Diabolicamente lindo e sedutor. Ela só não entendeu que ele queria uma aventura e não uma família. Não naquele momento. E engravidar quando foi convidada para se tornar a primeira bailarina da companhia não ajudou muito no humor instável da jovem", um suspiro de dor passou pelo rosto de Martha.

"Catherine, entenda. Sua mãe não era uma pessoa má. Nem seu pai. Eles eram jovens. Eu conversei com ela algumas vezes durante a gravidez, ela estava encantada com a possibilidade de ser mãe. Ficou abalada quando foi obrigada a abrir mão do posto que lutou a vida inteira para conseguir. Mas ela amava você. Não vou mentir que viveram um romance de conto de fadas. Seu pai era um homem lindo. Mas era aventureiro. Ele traiu sua mãe? Não sei. Conhecendo a fama do seu pai, tenho certeza que sim. Vendo a dedicação dele a ela quando ela adoeceu, aposto minha vida que não. Quando ela estava no penúltimo ou no último mês de gravidez eu a encontrei e notei que algo estava errado. Ela estava exatamente como você está agora, magra, desidratada, desgrenhada. Mas tinha um brilho nos olhos que me amedrontou. Ela estava doente. A depressão a pegou no final da gravidez. Eu fui ao enterro dela. Eu e seu pai. Ela só parou de lutar, acho que cansou da luta e desistiu".

Catherine chorava tão dolorosamente, que a vontade de John era colocar sua menina nos braços e acalentá-la, mas não conseguia se mover.

"Seu pai não suportou a dor de perder sua mãe, a culpa, me perdoe filha, de perder você. A mãe de Sophie tirou você dele. Seu avô, o pai de Charles a tomou dela depois que Charles se matou".

O irmão de John se sentou na mesinha de frente para Cat. "Cunhada, acho que o Spencer pode até te contar melhor isso que eu, porque eu sempre impliquei tanto com meu irmão por causa dessa história que nós quase nos afastamos. Mas, é verdade, ele namorou sua mãe, e ele sofreu quando o ela o largou. Eu pensei que meu irmão morreria de amor. Ele já era nerd, mas depois disso ele se tornou uma coisa estranha e quando Spencer disse que iria entrar para o exército, o idiota ali foi junto. Um dia, depois que você apareceu na vida dele, eu estava implicando novamente com ele por causa da Sophie e minha mulher nos olhou e disse algo que nenhum de nós consegue esquecer..."

Finalmente John encontrou sua voz e conseguiu falar, "Chris, não. Mamãe contou a história como ela sabe, como eu contei para ela. Você conhece a história como acha que foi. Mas o que sua mulher falou me mostrou que eu sempre estivesse errado". Ele tirou seu irmão da frente de Catherine e sentou-se segurando suas mãos.

"Sou capaz de ir ao inferno por você. E voltar de lá. Desde que você saiu daquele restaurante que eu não durmo, não trabalho, não como, não malho, não faço nada. Mas por você, para ter você de volta eu sou capaz de lutar contra qualquer coisa, qualquer um. Eu nunca me imaginei lutando por sua mãe. Sofri quando ela me deixou? Talvez mais do que possa me lembrar. Mas não era amor, era orgulho ferido. Sofri quando vi o vazio nos seus olhos no restaurante? Não. Eu morri quando você saiu pela porta. Mas estou lutando para voltar a vida e merecer ter você na minha vida. Porque absolutamente nada tem graça sem você".

Finalmente ela olhou nos olhos de John e o que ele viu ali não era mais o vazio. Finalmente. Finalmente, ele sabia que poderia ter uma esperança. Sem levantar os olhos para o noivo, ela simplesmente apertou seus dedos e falou tão baixo que quase não permitiu ser ouvida por mais ninguém, "Fome".

Jonathan ficou em pé em um pulo, puxando-a para seus braços e caminhando em direção à escada. Antes de chegar ao primeiro degrau teve uma ideia e então chamou Nick para ajudar Cat a tomar um banho e se trocar.

9)

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