Capítulo 5

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Olá leitores queridos, quase uma semana de ausência, espero que não tenham se esquecido da nossa ruiva cantora...

Continuem dando ideias, todas serão aproveitadas de alguma maneira, mesmo que o livro esteja pronto! kkkk

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Catherine acordou assustada, suando frio e tremendo. Não importava o quando o pesadelo fosse ruim, ela não gritava. Nunca.

Naquela noite a programadora teve novamente o mesmo pesadelo que a acompanhava desde criança, desde antes de ir morar no internato. Só que ao contrário das outras vezes, naquela noite não foi a imagem do avô que a socorreu, segurando-a forte em seus braços e trazendo a segurança e o amor que ele sempre transmitia. Mesmo que fosse um homem duro e exigente, pouco acostumado com demonstrações clara de apreço e afeto.

Todas as vezes que tinha aquele pesadelo, Cat acordava na parte em que o avô a segurava e ela parava de cair interminavelmente por um tubo longo, estreito, pegajoso, escuro e com pequenas saliências que machucavam sua pele. Porém, naquela noite, quando fez o primeiro show com os meninos da banda de seu antigo amigo de brincadeiras infantis, ela foi salva por um par de olhos castanhos escuros, tempestuosos, sem nada do calor que aquela cor tem o poder de transmitir. Aliás, a menina agora tinha a sensação que era olhada com ódio. Tudo bem, ela deu um banho de café no cara, mas no dia seguinte ele até apareceu com um copo novinho para ela. Isso se ela realmente sonhou com aquele homem.

 Isso se ela realmente sonhou com aquele homem

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Depois de uma noite mal dormida, em que pesadelos variados a mantiveram acordada, tudo o que Cat não queria era ter que participar de mais um ensaio com a banda, só que ela havia combinado com os meninos que passariam novamente algumas músicas que não funcionaram bem na noite anterior. Todos deveriam estar no bar lá pelas 16:00, assim todos teriam tempo para ver onde erraram, passar as músicas, mudar o setlist e, principalmente, descansar antes do show. Assim que chegasse ao bar, a menina aproveitaria para deixar muito claro que não queria fazer parte da banda, que só aceitou cantar com eles os três dias porque o dono do bar praticamente os chantageou.

Enquanto corria pela calçada Cat ia pensando que novamente estava atrasada. Como sempre, resignou-se com sua falta de pontualidade. Quando chegou ao bar, todos já estavam posicionados, ensaiando e brincando.

"Oi meninos", passou correndo por eles, "Oi, você é a Julie, namorada do Michael?", pegou o braço da menina e nem deu tempo para que a outra respondesse, foi puxando em direção aos fundos do bar. "Ele fala muito de você, no pouco tempo que eu o vejo, só que ele nunca conseguiria dizer o quanto você é linda. Obrigada por aceitar vir, eu tenho um favor enorme para te pedir. As músicas que eu escolhi para cantar precisam de um piano e nenhum dos meninos toca. Eu até que sei tocar, mas não muito bem e meu braço ainda está meio ferrado de um tombo, e pelo que o Michael falou você é uma virtuose, então pensei que se você não se importasse em fazer parte do show, poderia tocar essas músicas para que eu faça backing".

"Querida, você não faz backing", Julie respondeu com uma pitada de diversão na voz. "Você domina o palco. Porém, se é para ajudar meu namorado, eu não tenho o menor problema. Vamos ver as músicas?"

Enquanto as duas discutiam as músicas, Michael chegou por trás de Julie e começou a ver a lista. De repente ele deu um grito, "Você não tem juízo não? Essa música aqui você não canta nem sobre meu cadáver, escolhe outra".

Julie deu um pulo na cadeira, "Eu quem você pensa que é para gritar assim? Se a gente quer tocar essa porcaria de música, nós vamos tocar essa porcaria de música".

"Ela não canta essa música, simples. Se insistir eu cancelo o show", Michael saiu pisando duro do palco e resmungando. Já Cat ficou totalmente sem graça.

"Julie, me desculpe", começou a falar, mais a voz da jovem falhou, os olhos começando a encher de água, "eu não queria que vocês brigassem. Vamos escolher outra música tá?"

"Nada disso, essa música vai ficar um arraso na sua voz. Sabe eu tenho uma inveja fodida do seu timbre. Fica aqui, eu já volto".

Julie foi atrás de Michael já com o dedo apontado para a cara dele "Que merda é essa de gritar com a gente? Caramba, Michael, você assustou tanto ela que agora a Cat tá lá chorando. Pode tratar de ir pedir desculpas para ela e dizer que ela pode cantar o que quiser."

"Julie, foi mal, mas essa música ela não pode cantar de jeito nenhum. Até pelo que sinto por você, eu não suportaria ouvi-la cantando a música que fiz para ela"

"Foda-se para quem você fez a merda da música. Foda-se as fantasias que você tem quando escuta a porra da música, a melodia é linda, a letra é um arraso e tenho certeza que com a voz rouca da Cat vai ter fila de dobrar o quarteirão para comprar o cd. E pode apostar que vou convencê-la a gravar essa música no cd de vocês. Agora vai lá e pede desculpas para ela."

Quando eles voltaram para o cantinho onde Cat anda ficou sentada, a menina estava debruçada sobre o piano, tirando uns acordes, lembrando-se das aulas de música no internato. Pensando em todo o inferno que foi aquilo. A garota encontrava-se tão distraída que nem os ouviu se aproximando, concentrada tocando um jazz que o avô adorava, sentindo as lágrimas escorrendo por sua face.

"Desculpe, não queria desafinar o piano."

"Desafinar o piano?! Você toca melhor que eu. Aliás, você é uma caixinha de surpresas, senhorita Moore, mais algum talento oculto que uma namorada ciumenta precise saber antes de deixá-la sozinha com o namorado burro dela?"

"Eu vou para casa me arrumar, tenho que fazer umas coisas por lá", a menina desconversou, não queria mais ficar por ali. Não suportava que gritassem com ela. "Eu volto antes do show, se vocês ainda quiserem que eu cante. Bom, escolham qualquer música, para mim tanto faz."

"Tanto faz é o cacete", Phill chegou pelos camarins para buscar a amiga e ajudar na mudança, claro que ela esqueceu que marcou com ela. "Eu escolhi as músicas que gosto de te ouvir cantando enquanto fica no banho, e não vou perder a chance de ver você no palco cantando para mim", ele a abraçou de um jeito possessivo e deu um beijo na testa. "O que o babaca mimado aí fez?", Phill pergunta notando minhas lágrimas.

"Nada, Phill, vamos embora, temos um monte de coisas para fazer. É para voltar?"

Julie deu um abraço apertado e um beijo dizendo, "Acho bom estar mais linda que ontem, quero dividir o palco com uma diva".

Michael tentou falar alguma coisa, mas a maneiraque Phill o olhou fez com que o guitarrista desistisse.    

Programando o Amor - A História de Cat & JohnOnde as histórias ganham vida. Descobre agora