Uma Lição de Amor ✔

By PricaWenzel

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Anahí e Alfonso, dois pacientes de um mesmo hospital se conhecem de uma forma pouco convencional. Ela dá... More

Nota da Autora!
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Epílogo
Agradecimentos!

Capítulo 42

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By PricaWenzel


Alfonso

Quando saímos da faculdade fomos pro shopping junto com os outros na intenção de almoçar lá.

Chris: Amor fica calma! - ouvi Chris dizer quando sentamos na mesa.

Poncho: O que aconteceu? - perguntei interessado.

Angel: Uma das garotas que mora na minha república foi embora e só eu e a Celina, a garota que mora comigo, não damos conta de pagar o aluguel e todas as despesas, precisamos de mais uma menina pelo menos.

Poncho: E se não encontrarem o que aconteceu?

Angel: Vamos ter que sair da casa... Só que ai como vamos continuar estudando aqui?

Dulce: Calma, vai aparecer alguém.

Ucker: Se a gente souber de algo avisamos.

Angel: Valeu gente! - forçou um sorriso.

Derrick: O que acham de irmos ao boliche um dia desses.

Any: Ah, mas eu mal sei jogar. - fez bico.

Poncho: Eu te ensino princesa, não é difícil. - sorri e a beijei.

Mai: Tem que ser bom professor hein. - brincou.

Ucker: Ainda bem que vocês se entenderam. - sorriu.

Poncho: Não da pra ficar muito tempo brigado com essa teimosa. - sorri abraçando Any.

Any: Run olha quem fala. - desdenhou sorrindo tão feliz quanto eu.

Ficamos brincando e conversando a tarde inteira no shopping e me lembrei de quando era obrigado a me divertir no hospital. Só de pensar naquele lugar e nas pessoas que ainda estavam lá eu sentia um arrepio. Permiti me deslocar um pouco e reparar no grupo à minha volta. Minha namorada e meus amigos, as pessoas mais importantes pra mim, socializando juntos. Eu não fazia ideia de como me sentia bem perto de todos eles.



Anahí

À noite depois de tomar banho fui pro quarto de Poncho.

- Meu amor, como ta indo o... Poncho o que você tem? - perguntei assustada vendo ele sentado na cama.

Poncho: Nada Any... Eu to bem. - respondeu ofegante.

Any: Não ta nada, o que você tem? - me aproximei assustada.

Poncho: Só to com um pouco de falta de ar.

Any: Tomou os remédios?

Poncho: Estão no banheiro! - respirou fundo.

Any: Espera que eu pego! - desci da cama às pressas e fui pro banheiro.

Quando voltei entreguei os remédios à ele. Poncho os tomou enquanto o olhava aflita.

Poncho: Calma meu amor, já vai passar. - respondeu acariciando meu rosto.

Any: É muito fácil pra você me pedir pra ter calma. - respondi e minha vista começou a embaçar.

Poncho: Vem cá! - suspirou largando o copo no criado e puxou minha mão.

Deitei na cama com ele e suspirei o abraçando. Meu medo aumentou quando ao escutar o batimento do coração dele percebi que estava desregulado.

- Poncho a gente tem que ir pro hospital, você não esta bem. - respondi o olhando.

Poncho: Daqui a pouco os remédios vão fazer efeito e vai ficar tudo bem.

Any: Eu vou chamar seu pai. - respondi com medo que ele piorasse.

Me afastei, mas quando ia levantar da cama, Poncho me puxou.

- Não precisa chamar meus pais, vai preocupá-los à toa.

Any: Mas ele é médico e...

Poncho: Any! - me calou pondo os dedos sobre meus lábios. - Eu to bem... Fica calma ok?

Any: Tem certeza? - perguntei mordendo os lábios.

Poncho: Tenho, vem cá. - me abraçou e deitamos na cama. - Agora mudando de assunto, o que você queria quando entrou aqui? - acariciou meus cabelos.

Eu sabia que ele estava tentando me distrair, mas eu estava assustada demais pra cair na conversa dela. Apesar disso suspirei e entrei no jogo dele.

- Queria saber onde você deixou os livros que pegou sexta na biblioteca.

Poncho: Estão ali perto do PC por quê?

Any: Não é que, eu ia te ajudando com o trabalho. - dei de ombros o encarando.

Poncho: Ah, mas eu ainda não fiz minha parte e tem dois meses pra entregar não se preocupa não.

Any: Só queria adiantar.

Poncho: Não sabia que você era meio nerd? - brincou me dando um selinho.

Any: Não sou nerd. - respondi me faz endo de ofendida.

Poncho: Você entende tudo de ligações iônicas e manda muito bem em Anatomia. - sorriu.

Any: Só por isso não quer dizer que eu sou nerd. - respondi sorrindo.

Poncho: Não tem importância, eu vou te amar de qualquer jeito. - sorriu acariciando meu rosto.
Quando nossos lábios se uniram me esqueci do que mais estava me assustando. Ao nos separarmos Poncho me aconchegou em seus braços e beijou meus cabelos. Suspirei e rapidamente peguei no sono, mas prestando muita atenção e acordando várias vezes durante à noite pra ver se ele estava bem.



Alfonso

Na manhã seguinte depois que a aula acabou fechei meu caderno e encarei Any que se entregara ao sono e agora dormia com a cabeça encostada na mesa. Marcos um dos meus amigos perguntou:

- Hei o que ela tem hoje? Mal prestou atenção à aula de Anatomia e ela curte Anatomia, não curte?

Poncho: É, ela gosta, mas (o encarei), digamos que dei trabalho pra ela durante a noite e nem percebi.

Marcos: Como assim?

Poncho: Bom já te contei sobre a insuficiência que eu tenho no coração. Acontece que ontem à noite eu passei mal e Any como sempre ficou preocupada, como ficou no quarto comigo, acordou várias vezes durante a noite pra ver se estava tudo bem. Eu não percebi nada, só me toquei porque ela me contou.

Marcos: Poxa vida, que barra hein! - fez uma careta.

Poncho: É, mas um tem o outro e isso torna as coisas mais fáceis. - sorri.

Marcos: Que sorte a sua cara, quisera eu ter uma garota como a Any por perto. - sorriu e desencostou da mesa. - Eu vou comer alguma coisa e já venho ta?

Poncho: Beleza! - sorri assentindo.

Quando Marcos saiu da sala, puxei uma cadeira e sentei perto de Any. Ela acordou antes que eu tivesse tempo de tocá-la e sorriu ao me ver.

- Está anotando tudo direitinho? - perguntou sonolenta acariciando minha mão, a cabeça ainda deitada na mesa.

Poncho: Eu to, por quê?

Any: Porque vou precisar que me explique depois. - suspirou fechando os olhos.

Poncho: Não devia ter ficado a noite inteira acordada. - respondi sério.

Any: Eu tinha que ter certeza que você ia ficar bem.

Poncho: Então vai pra casa, tira o resto da manhã pra dormir.

Any: Mas eu vou ficar com falta. 

Poncho: Meu amor você não ta prestando atenção na aula, tem mais umas 2 horas pra ir embora, vai pra casa, dorme um pouco e quando eu chegar, se quiser, te explico a matéria de hoje.

Any: É uma ideia tentadora. - sorriu de olhou fechados.

Me levantei sorrindo e beijei os cabelos dela.

- Então vamos, eu vou com você até o táxi pra garantir que não vai cair de sono no chão.

Any: Palhaço, você ta muito engraçadinho. - fez bico se levantando.

Poncho: Posso te pegar no colo se quiser. - sorriu piscando.

Any: Nem pensar, prefiro a companhia andando. - sorriu abraçando meu braço e deitou a cabeça no meu ombro.

Poncho: Então, vamos dorminhoca. - brinquei beijando sua testa.

Quando chegamos na portaria da faculdade, acabei tocando num assunto meio delicado.

- Sabe... Você não quis saber de ir atrás do seguro pra resgatar seu carro, mas se você estivesse com ele aqui, você iria chegar em casa mais depressa.

Any: O que quer dizer com isso Poncho? - me olhou séria.

Poncho: Que eu acho que você devia aceitar a ajudar da sua mãe.

Any: De qual das duas ta falando? - se afastou, cruzando os braços.

Suspirei sabendo que tinha tocado num assunto delicado, Any sempre reagia assim quando falava da família.

- Se você se incomoda de me trazer é só me avisar, que eu venho de táxi, ônibus, a pé se for preciso.

Poncho: Any não disse isso, que mal tem te trazer aqui se moramos na mesma casa agora?
Any: Então por que fica falando delas?

Poncho: Olha me desculpa, eu não devia ter tocado nesse assunto, me perdoa. - me aproximei dela arrependido.

Any se afastou não querendo que eu chegasse perto, mas insisti até conseguir abraçá-la.

- Me perdoa! - repeti a abraçando com força.

Any: Só não toca mais nesse assunto, por favor. - pediu retribuindo o abraço.

Poncho: Ta bom, me desculpe, não vou falar mais disso. - me afastei dela, a encarando.

Any: Ta vindo um táxi eu vou nessa. - mudou de assunto.

Poncho: Ok... Quando quiser eu te passo as anotações ok?

Any assentiu e se virou acenando pro táxi.

Poncho: Não vai me dar um beijo? - perguntei antes que entrasse e fosse embora.

Any assentiu se aproximando e segurou meus rosto, unindo seus lábios nos meus. Envolvi meus braços em torno da cintura dela e abri caminho entre os lábios dela com minha língua, dando mais movimento ao beijo.

Any: Te amo!

Poncho: Também te amo. - sorri acariciando seu rosto.

Any: Até mais tarde.

Poncho: Até! - respondi e lhe dei um selinho antes que fosse embora.

Esperei ela entrar no táxi e voltei pra sala.



Anahí

Acho que só percebi como estava cansada quando cheguei na casa de Poncho e me deparei com a escada que eu teria que subir até chegar à minha desejada cama. Suspirei sabendo que não tinha outro jeito.

Quando finalmente abri a porta tirei minha sapatilha, fui no guarda-roupa peguei dois travesseiros e me deitei de bruços. Nem me preocupei em trocar de roupa ou arrumar a cama porque apaguei assim que fechei os olhos.

Não faço ideia de quanto tempo dormi, só sei que acordei com deliciosos beijos - que eu conhecia muito bem - percorrendo meu rosto e pescoço, acompanhados da voz mais linda desse mundo, me chamando.

- Chego cedo! - resmunguei me virando.

Poncho: Cedo nada, já são quase duas da tarde.

Any: Há quanto tempo chegou? - estreitei os olhos estranhando.

Poncho: Uma hora e meia, não quis te acordar, mas minha mãe insistiu pra eu trazer seu almoço. - se afastou e foi então que vi a bandeja de café ao pé da cama.

Any: Você não existe, era só me acordar que eu descia pra comer com vocês. - sorri derretida.

Poncho: Acontece que já almoçamos... Falta você! - colocou a bandeja no meu colo.

Any: Mesmo assim não precisava fazer isso.

Poncho: Precisava sim, a garota que eu mais amo nesse mundo merece que eu faça tudo por ela. - sorriu.

Any: Assim vai me estragar e depois não vai agüentar hein?! - respondi segurando seu rosto entre minhas mãos.

Poncho: Se você deixar eu vou te dar o mundo Any! - afirmou olhando nos meus olhos.

Any: E o seu amor você me dá? - acariciei seu rosto.

Poncho: Ele já é seu, assim como meu coração! - sorriu.

Any: Então eu já tenho o mundo que eu quero. Não preciso de mais nada. - sorri e o puxei o beijando.

Poncho mordiscou meu lábio inferior quando nos afastamos. Uma trapaça muito suja que ele sempre usava quando queria me provocar e isso acabou me fazendo sorrir.

- É melhor comer antes que esfrie. - encarou a comida se afastando.

Assenti notando que estava faminta e em minutos comi tudo o que estava no prato, uma surpresa já que não sou de comer exageradamente como Poncho parece gostar de fazer.

Poncho: Assim que eu gosto! - sorriu afastando a bandeja e sentou do meu lado.

Encostei a cabeça no seu ombro e Poncho beijou meus cabelos. Suspirou encostando sua cabeça na minha e ficamos em silêncio por alguns segundos, até eu me manifestar.

Any: Estive pensando em uma coisa.

Poncho: O que? - inclinou a cabeça me olhando.

Any: Acho que vou me candidatar pra morar com a Angelique na república dela.

Poncho: Por quê? - estreitou os olhos desgostoso.

Any: Porque não é certo eu ficar aqui na sua casa.

Poncho: Por que não? O que tem de mau ficar aqui? Você e meu pai estão se dando super bem, minha mãe te adora e eu amo ficar perto de você. Por que quer ir? Você não gosta de ficar comigo? - me olhou meio ofendido.

Any: Como você é bobo... A coisa que eu mais amo nesse mundo é ficar do seu lado. - sorri.

Poncho: Então por que quer que a gente fique longe um do outro? - fez bico e eu soube que ele estava apelando de novo.

Any: Meu amor, eu não vou me mudar pra Austrália, só vou mudar de bairro... É estranho quando me perguntam onde eu moro e eu respondo "na casa do meu namorado, com os pais dele".

Poncho: E eles têm o que com isso? Eles pagam suas contas?

Any: Não, mas não to falando por eles, to falando por mim. Eu me sinto mal, eu adoro sua mãe, eu e seu pai estamos nos dando super bem, não quero que comecem a pensar mal de mim... Ou que falem mal de mim pra eles, sem contar que eu... Tenho medo que você enjoe de mim.

Poncho: Ai, como acha que eu vou enjoar de você?

Any: Ah não sei, ficar me vendo todo dia, toda hora, não tem sossego nem na sua casa, isso pode te cansar.

Poncho: Agora é você quem ta bancando a boba... Eu amo você, ter você comigo é o que mais me deixa feliz. Mas e se eu passar mal como ontem? Quem vai cuidar de mim?

Any: Chantagista! Você ainda vai ter sua mãe e eu corro pra cá ou pro hospital se alguma coisa te acontecer.

Poncho: Ah, mas eu não quero que você vá embora. - fez bico.

Any: Eu prometo que não vai mudar nada... Que você vai enjoar de ver a minha cara de qualquer jeito.

Poncho: Run, não sei não. - resmungou.

Any: Pensa também que pra ajudar uma amiga... Por favor, vai. - pedi fazendo bico.

Poncho: Run, quero ver o que minha mãe vai achar disso. - resmungou apoiando minha cabeça no ombro dele.

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