Apesar de Você

By Droppada

551K 44K 6.8K

CONTÉM BOOK TRAILER. Apesar de Você conta a história de Lana Fontenelle; filha de empresários ricos, estudan... More

Book-trailer
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Bônus- Linc
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21 (Zack)
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Bônus- Linc
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Bônus Frances- A conversa
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Bônus-Linc
Capítulo 42 (Zack)
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Bônus- Linc
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Bônus- Linc
Capítulo 57
Capítulo 58 (Zack)
Capítulo 59
Penúltimo Capítulo
Final
Epílogo
Agradecimentos

Capítulo 56

3.7K 390 129
By Droppada

Meu pescoço dói. Abro meus olhos lentamente, e minha cabeça lateja como se alguém tivesse dado marteladas em meu cérebro. Noto uma fita grudada em minha boca, e quando tento tocá-la, sinto uma pressão nos meus pulsos, seguido dos meus tornozelos.

Cordas!

Escuto o som de motor de carro, e pelo lugar apertado e escuro, sei que Linc foi cavalheiro o suficiente para apenas me jogar nesse porta malas como um saco de merda.

O espaço apertado reduz a oxigenação, o que deixa difícil respirar. Tento manter a calma, mas o medo de algo acontecer a mim ou ao meu bebê me assusta.

Meu senso de sobrevivência grita a todo vapor. Chuto a lataria do carro com toda a força que consigo reunir em meu corpo. O carro perde velocidade, e meu coração palpita, fazendo-me resfolegar.

Escuto um assovio do lado de fora entoando alguma música horripilante, pois sinto vontade de correr. O porta malas se abre, fazendo-me cobrir os olhos o melhor que posso, para evitar que a luz do sol os machuque.

—Olá meu amor. Dormiu bem? —Sinto seus dedos acariciar meu rosto, e o mexo bruscamente para evitar seu toque. —Qual é? Não fique chateada comigo. Se eu não fizesse você dormir, a horda de seguranças teria nos impedido de sair.

Desvio o olhar para outro ponto.

—Diga que sentiu minha falta. —Ele retira a fita da minha boca com brutalidade, fazendo minha pele arder.

—Por que você está fazendo isso? Aproveite sua liberdade! Fuja do país, reconstrua sua vida, tente ser uma pessoa melhor! Senão, renda-se para as autoridades; você estará dando o primeiro passo para ficar em paz consigo mesmo Linc. —Digo na esperança de fazê-lo desistir do que quer que esteja tramando fazer comigo.

—Você acha... Acha que fazendo isso... Eu posso me sentir melhor? Sentir o vazio que corrói meu peito ir embora? —Ele me encara com um misto de descrença e credulidade.

—Sim. —Forço um sorriso fraco encarando-o com esperança; não nele, mas em mim. Se ele está ao menos pensando no assunto, significa que tenho uma chance. —Claro que pode!

Digo de maneira calma e delicada. Como que falando com uma criança que está desolada ao perder seu brinquedo favorito.

O olhar perdido torna a focar em meu rosto. De repente ele começa a gargalhar de maneira bizarramente doente, fazendo-me recuar para o fundo do porta malas.

—Eu não preciso mudar; muito menos ficar em paz comigo mesmo. —Ele agarra meu rosto. —Só preciso de você, preciso vê-la em você.

—Ver quem? —Digo assustada.

—Luna. —Ele diz com o maxilar travado.

—O quê?

Ele se abaixa até nossos narizes estarem alinhados. Meu corpo tenciona. Ele encosta seus lábios nos meus, e os lambe pedindo passagem para sua língua. Permaneço petrificada; controlando-me ao máximo para não vomitar de repulsa.

—ABRA. A. BOCA! —Ele me fuzila com o olhar.

Encaro-o com todo o asco que consigo expressar em minha feição, e cuspo em seu rosto. Ele me encara sem acreditar.

—SOCORRO! SOCORRO! —Grito á plenos pulmões.

—ISSO! GRITE SUA VADIA! SOCORRO! —Ele repete minha súplica rindo e retira um lenço do bolso da calça; limpando o rosto furiosamente. —ESTAMOS LONGE DA CIVILIZAÇÃO!

Ele grita apertando meu maxilar.

—Você nunca aprende Lana! Porra! —Ele paira sua mão sobre a minha barriga, apertando-a relativamente forte. —Nunca aprende.

Solto um gemido de dor.

—Vá. Se. Foder. -Digo entre dentes.

Seus olhos parecem pegar fogo de raiva. Ele recoloca a fita em minha boca, e volto a chutar a lataria.

—Se eu me foder... —Ele se aproxima do meu rosto novamente. —Irei garantir que você vá comigo.

Ele olha minha barriga com repulsa, passa a mão no nariz e tira uma arma da cintura.

É meu fim! Meu coração quase sai pela minha boca. Fixo meus olhos nos dele; se for me matar, que pelo menos veja o nojo estampado em meu rosto.

—Tenha bons sonhos.

É tudo o que ouço antes de sentir uma pancada na cabeça.

***

Sinto cheiro de lavanda. Abro meus olhos, mas o fecho novamente devido ao ardor. Pisco algumas vezes, e por alguns instantes tenho a sensação de tudo ter sido apenas um pesadelo e eu ainda estar dormindo no sofá da sala, enquanto espero Dasha chegar do passeio com Ariana.

Dasha, minha filha! Lembro-me do seu rostinho e, isso é o suficiente para fazer meus olhos marejarem.

Sento-me na cama, e olho á minha volta. O ambiente é amplo, bem arrumado e perfumado. Os móveis no quarto estão perfeitamente espalhados diante da decoração rústica completamente masculina.

Afasto a coberta das minhas pernas, e levanto-me. Escuto o som de corrente batendo no chão, e logo noto que ela está em volta do meu tornozelo direito, preso á algo no chão. Tento inutilmente tirá-la do meu tornozelo, mas falho. Pelo menos tem metros o suficiente para me deixar explorar o local.

Vejo algumas molduras em cima de uma mesa ao canto, e ando até elas. Uma em particular me chama a atenção. Pego a moldura em minhas mãos, para olhar melhor os traços da garotinha loira, de olhos brilhantes, que segura apertado uma boneca de pano com os olhos da mesma cor que os seus.

—Luna Hoselvet Klanfield? —Pergunto a mim mesma. —O que eu tenho a ver com essa garota?

Abandono à foto em cima da mesa, e caminho para a outra moldura. Um Linc adolescente sorri envergonhado para a câmera.

—Ela era linda, não era? —Pulo de susto ao ouvir a voz de Linc tão perto.

—Sim. —Viro-me e o encontro parado na soleira da porta com uma bandeja na mão.

—Você me lembra ela. —Ele sorri de lado. —Venha, trouxe o jantar.

Caminho lentamente até a cama. Sento-me e encaro meus pés, ouvindo seus passos ecoando pelo quarto. Levanto minha cabeça, e o vejo depositar a bandeja no criado mudo ao lado da cama. Ele anda até um banco perto da porta, e o arrasta colocando-o em minha frente, sentando-se em seguida.

—Coma. —Ele diz de maneira bondosa.

—Quem é Luna?

—Eu disse para comer. —Ele diz de maneira grosseira, e decido não irrita-lo.

Pego a bandeja do criado mudo, e corto um pedaço pequeno do bife, levando-o até minha boca.

—Logo após o seu jantar, você irá tomar um banho, e esperar a nossa filha chegar. —Ele suspira e se levanta.

—Filha? —Pergunto confusa.

—Claro! Você se esqueceu da nossa Dasha? —Ele contorna meu rosto com o dedo, e fico sem reação.

—Não! Por favor, deixe-a longe disso! Você já tem a mim não tem? Eu sou sua! Deixe-a com meus pais. —Abandono a bandeja e me ajoelho aos seus pés.

Ele afaga meus cabelos.

—Eu ia matá-la. Mas você me fez pensar, Lana. Quero reconstruir minha vida com você; quero ter uma família! Você, eu, Dasha e esse bebê em seu ventre.

—Por favor, por favor. Tenha a mim, deixe-a. —Suplico em meio aos soluços.

—Se você colaborar... Talvez ganhe o meu favor.

Levanto-me do chão, e aproximo meu rosto do dele.

—Você é maluco. —Ele me olha com deboche.

—Sou sim, por você.

Sinto vontade de soca-lo até ver a vida se dissipando dos seus olhos.

—Eu vou te matar. —Digo com convicção. —Grave bem minhas palavras.

Ele joga a cabeça para trás e gargalha.

—Eu duvido. —Ele me encara com fúria. —Você não é ninguém, Loirinha. Pelo menos não alguém bom o suficiente para me matar. Já em outros aspectos...

Ele sorri com malicia. Um barulho do lado de fora desvia sua atenção. Ele me empurra e caio sentada na cama. A arma é retirada da sua cintura com habilidade enquanto ele caminha até a porta. Um choro de criança faz meu coração parar, e o sorriso de Linc se alargar.

—Nossa filha chegou! Ela é tão linda!

Ele sai de minha vista e o desespero volta com força. Ele retorna com Dasha no colo, fazendo-me ficar á beira da insanidade.

Mamãe. —Ela diz com seus olhinhos marejados, esticando os braços em minha direção.

—Linc, por favor, me entregue ela. —Levanto-me e caminho em sua direção.

—Pare aí mesmo. —Ele aponta a arma para Dasha que volta a chorar. —Quero que conheça uma amiga; a pessoa que ajudou a transformar tudo isso aqui em realidade.

Ele faz um gesto para alguém, e a pessoa entra. Perco o equilíbrio, e tenho que me segurar na parede. A incredulidade toma conta de mim, e me sinto traída. Uma confusão de medo, revolta e raiva se instaura em meu íntimo.

—Surpresa, Laninha! —Ela sorri de maneira tão doente quanto Linc.

—V-você?

***


Olá leitoras lindas, como vão? Estou tão excitada com o final de MPT, mas estou percebendo que nem todos estão como eu. Notei que o índice de leituras e votos caiu bastante e, isso não é muito animador. Se for alguma coisa com a minha escrita, por favor, não hesitem em me falar; além de ajudar o livro, estará me ajudando.

Espero que estejam super curiosas para saber quem é essa pessoa misteriosa. A primeira pessoa que acertar o nome dessa vilã terá seu user na dedicação do próximo capítulo. A partida será dada em 3,2,1... Valendo!

Não se esqueçam do votinho e do seu comentário.

Câmbio desligo.

Continue Reading

You'll Also Like

13.9K 994 48
Santoro Caccini destruiu tudo o que eu tinha. Eu o odeio porque matou o meu herói, acabou com a minha família e os meus sonhos. Agora ele me quer de...
523K 46.4K 61
Os irmãos Lambertt, estão a procura de uma mulher que possa suprir o fetiche em comum deles. Anna esta no lugar errado na hora errada e assim que cru...
642K 37.1K 41
O que aconteceria se uma simples proposta virasse amor? Julie Oliveira é uma jovem de 19 anos que já está na universidade. Sua vida é perfeita, mesmo...
213K 18K 63
Você foi a melhor coisa que me aconteceu, e ninguém, jamais, vai roubar tudo que vivemos. Do seu, Ben!