Duas Metades {HS}

By harry_crush

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" Tu és diferente. O diferente acaba por assustar as pessoas. " Skylar era apenas uma rapariga de sete anos... More

Informações
Prólogo
|1| lift ✅
|2| universe ✅
|3| again ✅
TRAILER ✅
|4| books ✅
|5| numbers ✅
|6| toy ✅
|7| sad ✅
Olá!
|8| paralyzed ✅
|9| fear ✅
|10| love
|11| princess
|12| happy
Desabafo...
|13| problem
|14| lie
|15| girl
|16| pain
|17| courage
|18| heart
|19| life
|20| monster
|21| different
|22| revelation
|23| yes
Nova fic! Ajudem-me
|24| boy
|25| tired
|27| drunk
|28| perverted
|29| weak
|30| feelings
Nova Fanfic
|31| greens
|32| mom
|33| kiss
|34| secrets
|35| stars
|36| likes
|37| brother
|38| Prom
|39| hospital
|40| childhood
|41|goodbye
|42| first love
|43| letter
|44| dad
|45| ignorant
|46| changes
|47| home
|48| risky plan
|49| new
ESTA CONTA VAI SER ELIMINADA

|26| pub

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By harry_crush


Acordei por volta das nove da noite com gritos estridentes; ouvia o meu nome várias vezes, a batucar nos meus ouvidos sensíveis. Continuava a ignorar o som, até que senti algo tocar na pele do meu braço. Suspirei e suspirei várias vezes, até abrir os olhos e ver Kelly e Yasmin diante de mim.

" Finalmente! " Disse Yasmin. " Nós estamos a tentar acordar-te à dez minutos. " Terminou, a suspirar.

" Despacha-te! Não temos a noite toda. " Retorquiu Kelly, a olhar para o fundo dos meus olhos.

Foi naquele momento em que reparei no que elas traziam nas suas indumentárias; a Yasmin, de certa forma distinguia-se pela sua boca vermelha e o seu vestido comprido e avermelhado, porém bastante justo, vendo-se assim as curvas do seu corpo evidentes. A sua altura cresceu graças ao saltos altos pretos, enormemente e muito exagerados. A Kelly, trazia em si roupa quase normal e maquilhagem simples e sofisticada. A saia preta de seda que lhe chegava até aos joelhos, fazia um enorme contraste com a blusa cinzenta de mangas que a mesma trazia no seu corpo. O seu cabelo estava atado num coque mal feito, mas perfeitamente lindo aos olhos da sociedade de hoje em dia. Estavam as duas muito bonitas. No meio delas, e neste momento, descabelada e com uma roupa larguíssima, parecia uma maluca. Talvez até o fosse.

" Como é que vocês entraram no meu quarto? " Perguntei, a esfregar os olhos.

" Com um pouco de chantagem. " Yasmin disse, a piscar-me o olho.

" O quê? " Estava confusa. Tinha acabado de acordar e não estava a ter noção da realidade ao meu redor.

" Não interessa. Despacha-te! " Yasmin disse, a gritar.

Levantei-me num ápice. As minhas pernas ficaram ligeiramente trêmulas e então dirigi-me para o armário onde tinha guardado as minhas roupas. Tirei de lá a minha sweat-shirt branca simples, e as minhas calças de ganga. Foi o bastante para ouvir exclamações atrás de mim.

" Tu vais para um bar, não para a escola. " Retorquiu Yasmin, como era de se esperar.

" Vocês querem ir para um bar? " Abri bastante os olhos. " Nem pensem que eu vou. " Estava preparada para deitar-me novamente na cama, mas a Kelly impediu-me.

" Tu nem penses que vais voltar a deitar-te e ficar uma noite inteira aqui dentro. Tens dez minutos para despachares-te e vestires o que quiseres. Se não estiveres despachada, nós mesmo tratamos de ti. " Disse a Kelly, saindo do quarto com a Yasmim.

Aquilo atingiu a minha mente; lembrei-me da aula em que falámos da festa na casa dos irmãos Wood e em como eu estava convencida a ir; não me parecia que havia muitas diferenças entre um bar e uma festa em casa de alguém. Ambos tinham bebidas, pessoas com excesso de álcool no sangue e fumo tóxico pelo ar. Não que eu tivesse ido a muitas festas, mas sabia que era assim na maior parte das vezes: os livros relatavam isso e os filmes mostravam a pura realidade das festas.

Ainda a olhar para a minha branca sweat, decidi vesti-la logo, antes que me arrependesse. Foi o mesmo com as calças de ganga. Não me importei com mais nada, nem com maquilhagem, muito menos com o cabelo. Agarrei na minha carteira, na chave e no meu pequeno telemóvel e foi assim que sai do quarto. As duas raparigas estavam à minha espera do outro lado, com os braços cruzados. Quando olharam para mim, tiveram a mesma reação: arregalaram os olhos.

" Vais assim? " Claro que foi Yasmin a dize-lo.

" Sim, e já estão com muita sorte em eu ter concordado com isto. " Revirei os olhos. Não tinha dito nada mais que a verdade.

" Vais com essas All Star desgastadas? " Yasmin disse, ao ignorar o que eu tinha dito interiormente.

Irritei-me. " Que eu saiba, um bar não tem regime de vestuário. As pessoas vão como querem. Vivemos livremente, certo? " Terminei, com a raiva à flor da pele.

Acho que ela decidiu-me ignorar e não dar luta. Ou ignorou-me porque estava cansada de insistir ou porque não queria gerar uma confusão tumultuosa. Não tinha concordado com isto, disse para mim mesma quando acabámos de descer os degraus do hotel e passámos pela recepção. Se eu não tivesse concordado com isto ao início, talvez a minha vida tão - assim por dizer - monótona - tivesse ficado tão monótona como era. Mas eu concordei e eu não me arrependo disso. Não sabia, ao sair do hotel o que o futuro me reservava, mas podia dizer que o nervosismo crescia na minha pele enquanto nós três percorríamos as ruas sinuosas e sombrias de Bakersfield. O hotel tinha ficado para trás e eu não gostava muito disso.

Estava com medo; nunca fui muito de sair à noite e parecia que as ruas estavam tão assustadoras como nos filmes de terror, aqueles que eu deteso ver, evito a todo o custo. Mas não as poderia evitar. Cada passo nosso parecia ser mais ensurdecedor que o anterior. Os tacões da Yasmin formavam um barulho estridente pelas ruas vazias e o nosso silêncio agravava-se nos nossos corações. Meti as mãos nos bolsos da sweat e comecei a respirar irregularmente quando vi algumas sombras ao fundo da rua. Já estava a fazer um filme na minha cabeça, onde imagens um pouco impróprias apareciam tão repetidamente como as memórias inevitáveis da minha mente. Engoli em seco.

" Estamos quase a chegar? " Perguntei, com uma voz mais aguda.

" Sim. " Respondeu-me Kelly. " É já alí. " Apontou para o fundo da rua.

Deus. Repetia essa palavra na minha cabeça. Não via nada além da escuridão, mas parecia-me ouvir uns burburinhos incostantes de vez em quando, a espalharem-se pelo ar. Comecei a ver luzes mais à frente, onde a escuridão conseguia desaparecer minimamente. Havia um letreiro onde estava identificado o nome do bar. Blue. Franzi a testa. Que nome estranho para um local onde as paredes eram tão vermelhas como o sangue que fluía nas minhas veias. Vi que tínhamos chegado ao nosso destino; adentrámos no bar e foi rápido para eu sentir todas as sensações más deste mundo.

O álcool no ar, o cheiro de fumo a pairar pelos corpos das pessoas, o ruído estridente da música, as pessoas a roçarem-se umas nas outras, o calor dentro deste pequeno sítio e o enjoo que senti depois de tudo isso; parecia realmente um filme, e não a vida real. Fiquei paralizada no tempo a olhar para a algazarra constante que não reparei nas minhas duas amigas a afastarem-se. Segui-as e vi que se dirigiam ao balcão. Sentaram-se numas cadeiras que por alí haviam e vi que a Yasmin não tardou muito para falar com o garçom.

" Boa noite. " Disse-lhe, pausadamente.

Ele estava a limpar alguns copos. Virou-se para ela, subitamente, e sorriu.

" Boa noite, madame. " Disse. " O que deseja? " Perguntou-lhe.

Conseguia ver-se perfeitamente nos olhos e nos gestos da Yasmin que ela estava interessada naquele homem, na casa dos vinte; e ele não era assim tão bonito. Tinha um cabelo perfeitamente arrumado e uns olhos azuis exuberantes. Era musculado e tinha um sorriso muito amigável. Mas não era bonito, não sei; o seu cabelo não era desgrenhado e encaracolado. Os seus olhos tampouco chegavam ao verdejante tumultuoso e muito menos o seu sorriso conseguiria ser tão brilhante como o do rapaz que eu estava a pensar. O seu corpo não era magro. Era demasiado musculado. Suspirei. Os meus pensamentos estavam a consumir-me.

" Três Shots, por favor. " Respondeu-lhe a Yasmin.

Olhei na sua direção.

" Oh, não. Eu não bebo. " Disse com convicção.

O garçom até parou o que estava a fazer para olhar para mim.

" Já ouvi muitas pessoas, particularmente mulheres, dizerem isso e tornarem-se clientes habituais deste bar. " Referiu tal coisa e eu só queria revirar os olhos.

" É a primeira vez dela num bar. " Yasmim disse, a esfregar-me no semblante tal coisa. Senti as minhas bochechas ruborizarem.

" Por ser a primeira vez, não quer dizer que seja a primeira vez que eu tenha de me embebedar. " Disse-lhe.

O garçom sorriu.

" Oh, a primeira vez? " Disse, nada surpreendido. " Não esperem que ela beba. Parece ser uma pessoa muito certa do que diz. " Terminou, a entregar copos com algo translúcido a Kelly e Yasmin. Elas agradeceram.

Cruzei os braços. Como poderia deduzir ele uma coisa daquelas, se nem me conhecia? Agora que me apercebo, sou uma pessoa mesmo muito mal humorada e com raiva do mundo ao meu redor. Não gostava que argumentassem coisas sobre mim, sem me conhecerem tão bem assim. Parece que está a tentar meter-se comigo, mas como isso me parece impossível, deduzo que esteja a meter-se com Yasmin indiretamente, disfarçadamente.

Não me sentia nada confortável neste sítio; não era o meu tipo de sítio. Haviam muitas pessoas, muito ruído e muito calor agrupado. Nem havia ar condicionado. Eu somente conseguia respirar uma vez, porque depois ficava completamente sem ar, sufocada em mim própria. E as horas não passavam rapidamente. Nada parecia colaborar comigo; as pessoas dançavam, Kelly bebia com Yasmin, o garçom preparava bebidas para outras pessoas, e eu ficava a observar o local ao meu redor.

" Eu vou dançar para a pista. " A Kelly disse, já com excesso de álcool no sangue.

Olhei com preocupação para ela. " Tem cuidado. Não aceites bebidas de alguém que não conheç..." Fui interrompida.

" Já sei dessa treta toda. " Disse-me e desapareceu rapidamente pela pista. A Yasmin já lá estava.

Estava a tentar aconselhá-la. Parecia que não, mas eu preocupava-me bastante com as minhas amigas e achava incorreto o que estavam a fazer com elas próprias. Talvez eu tivesse uma visão diferente sobre o álcool se não fosse filha de uma alcoólatra, mas acho que não valia a pena ficar bêbado. Não mudaria nada na nossa vida: psicologicamente e fisicamente ficaríamos iguais no dia seguinte, as nossas lembranças voltariam para nos assombrar e até poderíamos de uma certa perspectiva, não nos lembrarmos de nada que tenhamos feito anteriormente, tendo de viver com a incerteza para sempre.

Neste bar, provavelmente haviam pessoas deprimidas, com o desejo de esquecer tudo de uma vez por todas, como a mulher vestida de vermelho do outro lado do bar. Já tinha bebido mais de cinco copos de álcool e estava rodeada de homens; via-se pelo olhar opaco e confuso, que estava deprimida, não tinha a vida que queria. Conseguia distinguir-se essa mulher da outra mais distante que ela, com um vestido preto, que estava rodeada dos amigos. Bebiam sem parar e falavam de coisas habituais. Essa mulher tinha um olhar feliz, havia brilho, luminosidade por detrás do seu azul intenso. Esta era a diferença entre beber para esquecer e beber para estar alegre. Quem não soubesse essa diferença, não sabia nada sobre a vida ao seu redor.

" Skylar! " Assustei-me com o chamamento estridente por mim, entrecortado pelo ruído da música aqui dentro. " Skylar?! " Ouviu-se outravez, mais perto. Eu conhecia aquela voz.

Abri bastante os olhos ao olhar para trás e deparar-me com ele. Arregalei-os ainda mais ao ver o seu estado repugnante; os seus olhos estavam tingidos da cor vermelha, álcool circulava pelo seu sangue fluente. O verdejante tinha desaparecido, o verde que eu tanto admirava. Meti a mão para tapar a minha boca aberta. Na sua mão trazia uma bebida alcoólica e os seus lábios estavam mais rosados que nunca, húmidos. Havia um rapaz ao seu lado que o tentava segurar; parecia que estava a protegê-lo de si mesmo e das suas próprias ações. Quando tentou aproximar-se de mim, cambaleeou para trás e a minha primeira ação foi levantar-me, para o ajudar. Fiquei frente a frente com o mesmo; as diferenças de altura assustavam-me, a sua alteração do comportamento habitual assustava-me.

" Skylar... És mesmo tu? " Perguntou, com a sua voz rouca e alcoolizada.

______________

Tam tam tam.... Ok não me matem por eu ter acabado nesta parte mas teve mesmo de ser. Tipo eu amei escrever este capítulo omds tanta emoção aqui! E ok eu esqueci-me de dizer olá. Então mil olás!!

Gostaram do capítulo? Preparem-se para o próximo porque vai ser muito, mas MUITO intenso, vai acontecer muita coisa inesperada e o harryzito vai ser um estupido....Ou um querido! Deixo-vos na dúvida. Eheheh.

Eu estive aqui a pensar e não sei em que atriz a Skylar é capaz de se enquadrar. Já pensei na Holland Roden ( Lydia em Teen Wolf ) mas a Sky é tímida para isso. Então neste momento, a Sky é alguém sem identidade. Ahah isto soa mesmo mal. Se alguém souber o nome de alguma atriz que se enquadre com a Sky, comente! Diga-me! Agradecia muito.

Meu deus, sou o tipo de escritora que deixa avisos muito longos depois dos capítulos. Desculpem por isso!! Beijinhos e até ao próximo capitulo.







Harry_Crush.

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