Uma Lição de Amor ✔

By PricaWenzel

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Anahí e Alfonso, dois pacientes de um mesmo hospital se conhecem de uma forma pouco convencional. Ela dá... More

Nota da Autora!
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Epílogo
Agradecimentos!

Capítulo 15

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By PricaWenzel



Alfonso

Acordei com dificuldades para abrir os olhos devido à claridade, mas assim que vi que tudo ao meu redor era branco descobri onde eu estava. Eu tinha voltado pro hospital, como sempre acontecia.

Manuela: Filho! - ouvi a voz da minha mãe e ela se aproximou ao ver que eu tinha acordado.

Poncho: O que aconteceu comigo? - perguntei confuso só me lembrava da dor no meu peito.

Manuela: Você sofreu uma pequena "falha" cardíaca, não é nada grave, mas vai precisar ficar uns dias internado.

Poncho: Ah droga! - resmunguei tendo noção do tédio que me esperava.

Manuela: Filho é pro seu bem, não queremos tomar outro susto, estavam todos preocupados com você quando chegamos aqui. - respondeu com toda a calma de sempre.

Foi então que me dei conta de uma coisa. Ela disse "estavam todos preocupados com você quando chegamos". Isso só significava uma coisa. Any tinha vindo pro hospital e agora não estava aqui comigo. Há quanto tempo eu estava desacordado? Será que meu pai tinha falado alguma coisa pra ela? Algo que a impedisse de vir me ver? Encarei minha mãe e com a cara mais séria e o pior humor do mundo perguntei:

- Cadê a Any?

Manuela: Não está aqui filho. - respondeu com toda a calma.

Poncho: Esta aonde então? - perguntei sério.

Manuela: Na casa da amiga dela... Ucker e Dulce a levaram pra lá ontem.

Poncho: Há quanto tempo to desacordado?

Manuela: Umas 19 horas, por ai.

Poncho: Que horas são agora?

Manuela: Quase 08 horas da manhã.

Suspirei sabendo que era relativamente cedo pra ligar, ela podia estar dormindo, mas eu precisava falar com ela. Eu necessitava vê-la e tinha que ser naquele momento. Não dava pra esperar.

- Me dá meu celular mãe. - pedi estendendo a mão.

Manuela: Pra que?

Poncho: Anda mãe, me dá logo. - insisti impaciente.

Ela estendeu o celular sem escolha e disquei os números do celular dela às pressas. Se ela não atendesse eu ligaria na casa da Maite, mas não sossegaria até falar com ela, até ouvir a voz dela.

Prendi a respiração quando começou a chamar. O celular estava ligado, ela ouviria e acordaria se estivesse dormindo.



Anahí

Acordei com meu celular tocando e no início não queria atender, mas então me lembrei que podiam ser notícias do Poncho e quase cai da cama ao pegar o celular. Atendi sem nem ver o número.

- Pronto!

- Any?! - reconheci a voz apreensiva no mesmo instante. Era ele, ele estava bem aparentemente.

Any: Poncho é você? Você está bem? - perguntei totalmente desperta e alerta.

Poncho: Não sei, não to me sentindo bem. - ele respondeu e percebi que estava sério.

Any: Por quê? O que você tem? - perguntei preocupada e comecei a procurar roupas limpas.

Poncho: Não sei explicar! - escutei ele suspirar. - Any preciso ver você, vem pro hospital, por favor. - ele parecia apavorado, tão apavorado quanto eu ficara quando desmaiara.

Any: Mas o seu pai...

Poncho: Que se dane o meu pai Any, eu quero ver você, preciso te ver entendeu? - ele enfatizou as palavras.

Senti meu coração explodir de felicidade apesar da situação. Ele queria me ver tanto quanto eu queria vê-lo. Será que isso era um tipo de pista pra me alertar de que ele gostava de mim da mesma forma que eu gostava dele? Respirei fundo achando melhor deixar aquilo pra lá, eu queria vê-lo e ele queria me ver era isso que importava. "Que se dane o seu pai!", pensei quase dizendo isso pra ele por telefone.

Poncho: Any você vai vir não vai? - ele perguntou apreensivo com meu silêncio.

Any: Em 10 minutos eu to ai... Beijos! - respondi sorrindo eufórica.

Poncho: Beijos, to te esperando. - respondeu com a voz tranquila e podia vê-lo sorrir do outro lado da linha.



Alfonso

"Nunca vi 10 minutos demorar tanto!", eu pensava sem conseguir parar de olhar a porta. Já fazia 20 minutos que eu tinha ligado pra ela, o dobro do tempo que ela me disse que levaria pra chegar. 

- Será que meu pai a barrou e não ela deixou subir? Isso explica a demora! - constatei comigo mesmo.

Resolvi levantar da cama e ir procurá-la ou procurar meu pai e tirar satisfação. Mas foi pôr o pé pra fora e ela apareceu na porta. Percebi pelo aparelho que meu coração disparou indo de 103 para 115 bpm.

Any: Oi! - ela disse sem jeito entrando lentamente no quarto.

Poncho: Oi! - respondi sorrindo como bobo por vê-la na minha frente.

Any: Você deu um baita susto na gente ontem hein?! - brincou forçando um sorriso, mas eu via o medo que passara estampado nos olhos marejados dela.

Poncho: Me desculpa, a última coisa que queria ontem era passar mal e assustar você.

Any: Você ta bem agora é o que importa. - ela respondeu forçando um sorriso.

Percebi que ela tinha parado a uns 02 metros da cama e não tinha se aproximado, como se estivesse com medo de alguém passar e ser pega e eu sabia exatamente de quem ela estava com medo.

- Vem cá. - estendi minha mão.

Any: Tudo bem, não quero arrumar problemas com seu pai. - forçou um sorriso confirmando minhas suspeitas.

Poncho: Any não te chamei pra ficar parada ai, vem aqui. - insisti a chamando.

Ela mordeu o lábio ainda apreensiva, mas se aproximou de mim. Assim que minha mão alcançou a dela a puxei e a beijei aproveitando pra fazê-la deitar na cama comigo.

- Poncho se o seu pai...

Poncho: Esqueci meu pai. - respondi calando os lábios dela em mais um beijo, me dando conta do quanto ela me fez falta por mais que naquelas 18 horas eu tenha passado desacordado.

Quando nos separamos ela suspirou e escondeu o rosto no vão do meu pescoço enquanto envolvia um braço em torno do meu quadril por cima da coberta. Beijei o topo da sua cabeça e fiquei acariciando seus cabelos. Até perceber que ela chorava.

- O que foi? - perguntei tentando ver seu rosto.

Any: Não... (balbuciou) Não gosto te ver aqui, nesse hospital por minha causa.

Poncho: Any para com isso, por favor. - pedi a abraçando com força.

Any: Eu queria trocar de lugar com você... Você não merece estar aqui, eu que mereço. - continuou chorando.

Poncho: Any não fala essas coisas, por favor. - pedi erguendo seu rosto fazendo-a me olhar.

Any: Eu não queria dar meu coração pra você só teoricamente, eu queria te dar meu coração literalmente, queria que ele estivesse batendo ai dentro de você pra que nunca mais precisasse passar por isso. - confessou.

Segurei a mão dela e a levei até meu peito.

- Ta sentindo isso? - perguntei a olhando nos olhos. 

Any: To! - assentiu respirando fundo.

Poncho: Eu posso te afirmar que o meu coração bate muito mais feliz desde que você entrou na minha vida e que teoricamente ele já é seu... E o seu coração só me interessa ter teoricamente, porque de nada ele vai me adiantar senão estiver batendo ai dentro de você, te mantendo viva pra mim! - respondi seriamente.



Anahí

Mordi meu lábio inferior pra conter a resposta que martelava na minha cabeça querendo escapar. "Eu te amo!"

Sem coragem de dizer o que eu realmente queria, tentei demonstrar o que sentia quando o beijei. Por sorte Alfonso apertou os braços em volta de mim e me senti segura, mas não o suficiente pra lhe dizer o que queria. A língua dele buscou e encontrou a minha iniciando uma caricia que me impediu de pensar. O único momento em que meu medo de perdê-lo sumia, ou se tornava inconsciente era quando estávamos nos beijando.

Não consegui conter um suspiro de alívio quando ele mordiscou meu lábio inferior. Abri os olhos encontrando os olhos dele que me olhavam com tanta ternura, com tanto... Amor, que me fez quase ter certeza de que ele me amava, do mesmo jeito que eu acabara de descobrir que o amava.

- Fiquei com saudades! - confessei sentindo meu rosto arder.

Poncho: Eu também, tanto que não aguentei esperar até mais tarde e arrisquei te acordar. - respondeu acariciando meu rosto. - A propósito, desculpa se acordei você.

Any: Não importa... Você pode me acordar todos os dias se quiser. - sorri.

Poncho sorriu de volta e segurou meu rosto entre as mãos o trazendo pra perto e me dando um beijo.

- Run, run!

Me separei dele assim que ouvi o som e me sentei na cama às pressas com medo de que fosse Carlos. Ao ver que quem nos interrompera fora Viviane, uma das enfermeiras do Poncho, relaxei um pouco.

Poncho: O que foi Viviane? - ele perguntou num tom divertido.

Viviane: Ta na hora dos seus exames, precisamos saber como está esse coração.

Poncho: Garanto que muito bem. - respondeu e me pegou de surpresa quando me abraçou por trás me fazendo deitar na cama com ele.

Any: Poncho, não! - respondi envergonhada tentando me soltar, mas ele não deixou.

Viviane: Poncho já percebi que vocês estão apaixonados. - ela brincou sorrindo, mas levei aquilo à sério. - Mas você precisa fazer os exames e ela pode voltar depois.

Poncho: Ta bom, ta bom. - respondeu de mau humor e me soltou. - E você senhorita (me encarou) se não voltar quando eu terminar os exames, eu vou te procurar no hospital inteiro entendeu? - ameaçou.

Any: Ok, entendi. - respondi sorrindo e o beijei.

Poncho: Ótimo assim que eu gosto. - respondeu cruzando os braços.

Any: Até daqui a pouco. - respondi sorrindo e me afastei. - Tchau Viviane!

Viviane: Tchau Any! - sorriu pra mim quando passei por ela.



Alfonso

Uns 20 minutos depois, após fazer um angiografia e um Raio-X ampliado do tórax voltei pro meu quarto. Sorri já esperando ver Any entrar, mas foi grande minha decepção quando quem apareceu foram meus pais e pela primeira vez na vida os vi discutindo seriamente.

Manuela: Não vou mais discutir isso com vc.

Poncho: O que aconteceu? - perguntei sem entender nada.

Manuela: Seu pai viu a Any aqui.

Poncho: Você falou com ela? - perguntei sério.

Manuela: Não por que não deixei, por sorte ela não o viu, mas agora seu pai está dizendo que não vai deixá-la entrar aqui e ficar com você. - respondeu e percebi a fúria na voz dela, nunca tinha visto minha mãe tão nervosa e brava.

Carlos: Já te expliquei o que penso e é isso que vou fazer.

Manuela: Se você mandar essa menina embora terá sérios problemas comigo. - avisou séria.

Carlos: O que quer dizer com isso? - perguntou surpreso.

Manuela: Que você não vai afastar essa menina do nosso filho e que é melhor começar a prestar atenção nas qualidades dela ou vou ficar muito zangada com você. - ameaçou e eu não consegui evitar de sorrir.

Carlos: Ta me ameaçando Manuela? - perguntou incrédulo e eu não contive o riso.

Manuela: Entenda como quiser, agora vá verificar os exames do nosso filho e não me aborreça mais! -ordenou, apontando a porta, expulsando-o do quarto.

Meu pai abriu a boca pra responder, mas vendo que não ia adiantar de nada suspirou e saiu da sala.

- Mãe sabia que a senhora me dá medo às vezes? - perguntei sorrindo.

Manuela: Não tem que se preocupar comigo, estou do seu lado, amor. - sorriu.

Poncho: Obrigado! - agradeci sinceramente.

Manuela: Está apaixonado por ela né? - perguntou, mas parecia mais uma confirmação.

Poncho: O que vai me responder se eu disser que tenho certeza que sim?

Manuela: Aproveite! - sorriu piscando pra mim. - Simplesmente isso... Aproveite seus momentos com ela.

Poncho: Eu amo você mãe, obrigado! - sorri.

Manuela: De nada! - sorriu com ternura como só uma mãe coruja faz.



Anahí

Sai do elevador e sem querer entrei na aérea neonatal. Fui até o berçário e parei no vidro olhando os bebês deitados ali. Foi impossível não sorrir ao vê-los. Eu gostava de criança, elas me encantavam, mas nunca me passou pela cabeça ter uma ou mais de uma.

- Como seria um bebê igual à esse, mas sendo filhinho ou filhinha meu e do Poncho?! - me perguntei sorrindo e então me dei conta da besteira que tinha acabado de falar. - O que eu to dizendo droga? - me perguntei séria e olhei em volta me certificando de que ninguém tinha ouvido aquele absurdo.

Olhei meu celular e vi que já passavam das 9:30. Achei melhor voltar ao quarto de Poncho e ver se ele já tinha chegado e mesmo com medo de encontrar o pai dele por lá, minha vontade de vê-lo vencia aquele medo.

Sorri olhando os bebês uma última vez e dei as costas entrando no elevador. Quando a porta se abriu novamente sai devagar olhando pros dois lados do corredor não querendo encontrar Carlos. Suspirei ao não vê-lo e segui até o quarto de Poncho. Relaxei e sorri ao vê-lo conversando com a mãe, mas parou assim que me viu na porta.

- Ta atrasada!

Eu sorri com o comentário e me aproximei a tempo de ouvir a mãe dele dizer:

- Vou deixar vocês dois sozinhos, mas pensa no que te falei querido.

Poncho: Pode deixar. - ele sorriu com cumplicidade pra ela.

Manuela: Tchau querida. - sorriu pra mim ao passar e saiu do quarto.

Poncho: Senta aqui! - pediu na metade da cama.

Me aproximei e fiz o que ele me pediu olhando atentamente pra ele. Poncho estreitou os olhos e me perguntou:

- Por que ta me olhando assim?

Any: Não sei, mas to com a impressão de que você ta escondendo algo de mim. - o olhei atentamente.

Poncho: O que eu esconderia algo de você? - perguntou sorrindo.

Any: Isso que eu queria saber... Você ta com cara de quem ta aprontando. - respondi e ele riu.

Poncho: Você é muito desconfiada sabia? - acariciou minha mão.

Any: É você quem tem essa cara de sem-vergonha. - sorri o encarando.

Poncho: Não to armando nada, de verdade. - sorriu e beijou minha mão.

Any: Run vou acreditar em você. - sorri derretida.

Poncho sorriu de volta e me puxou pela mão. Me aproximei e meu coração disparou quando nossos lábios se uniram de novo. Segurei seu rosto entre as mãos sentindo a aspereza onde a barba começava a nascer.

- Eu... - sussurrei, mas parei mordendo o lábio inferior, não tinha coragem de me declarar.

Poncho: Que? - perguntou me olhando.

Any: É... Precisamos ver o que vamos fazer durante os dias que você ficar aqui. - inventei a desculpa.

Poncho: Ah isso... Vai ter que pensar em algo, eu não tenho ideia. - respondeu desanimado.

Any: Vou pensar em alguma coisa então, enquanto isso, me conta como foram seus exames?

Poncho: Ah iguais como os anteriores. - respondeu dando de ombros e começou a me explicar como tinham sido as coisas.

Ficamos conversando até a hora do almoço quando o horário de visita terminou e eu tive que ir embora.




Alfonso


Depois que Any foi embora acabei dormindo e só acordei quando Ucker chegou e me cutucou.

- E ai bonitão como é que você ta?

Poncho: Bem. - respondi sorrindo. - Mas sem um pingo de vontade de ficar aqui.

Ucker: Eu imagino, estaria sentindo a mesma coisa no seu lugar. - respondeu sorrindo.

Poncho: Mas que bom que veio, preciso da sua ajuda cara. - usei um tom sério dessa vez.

Ucker: Me ajuda em que? - cruzou os braços.

Poncho: Quero fazer uma serenata pra Any, acha isso muito brega?

Ucker: Cara você ta apaixonado, sério, ela te pegou de jeito. - respondeu rindo.

Poncho: Ucker eu to falando sério, acha que se eu fizer ela vai gostar?

Ucker: É claro que vai, garotas adoram essas frescuras de declaração, flores, poesia.

Poncho: Falando assim nem parece que você ta apaixonado. - respondi cruzando os braços.

Ucker: Você sabe que eu amo a minha namorada e realmente só amando muito pra fazer o que quer fazer.

Poncho: Só que não posso fazer isso sozinho, vou precisar de ajuda. - o encarei.

Ucker: Por que to achando que vai sobrar pra mim? - o olhei.

Poncho: Ah cara, por favor, sem o Chris aqui você é o único com quem eu posso contar.

Ucker: Me diz o que você quer fazer exatamente?

Poncho: Bom chegar na casa da Mai e fazer a serenata pra ela. - dei de ombros.

Ucker: E vai fazer só isso? - me olhou incrédulo e não entendi por que.

Poncho: Vou, o que mais você quer? - questionei perdido.

Ucker: Cara essa é a pior declaração de amor que eu já vi alguém planejar.

Poncho: Ah é? Então faço o que? Desde quando virou o doutor romântico? Você acabou de me dizer que as garotas adoram esses lances de serenatas, flores e poesia. - resmunguei.

Ucker: Realmente elas adoram e é exatamente por isso que a sua é a pior declaração do mundo... Não basta só chegar lá e cantar simplesmente, você tem que causar um impacto quando ela te ver e tem que dizer algo romântico pra ela quando acabar de fazer a serenata... Ir lá e só cantar não dá, você tem que unir as três coisas que elas gostam ou não vai impressionar. - respondeu com toda a sabedoria.

Poncho: Ta entendi, causar impacto, cantar e falar algo que a impressione. - respondi tentando decorar aquelas palavras.

Ucker: Exatamente, mulheres adoram esse lance de sinceridade, você tem que chegar, fazer a serenata e se declarar de coração, não lendo um poema qualquer e sim falando algo de dentro do seu coração.

Poncho: Eu acho que você finge não ser romântico.

Ucker: Não enche vai, mas o que deu em você pra querer fazer serenata?

Poncho: Pra você entender melhor, acho que sinto pela Any o mesmo que você sente pela Dulce.

Ucker: Ou seja, ta apaixonado por ela! - concluiu sério.

Poncho: Exatamente! - respondi assentindo.

Ucker: Entendo. - respondeu pensativo.

O olhei percebendo que ele ficara quieto, como se pensasse em algo. Vendo que ele não dizia nada perguntei:

Poncho: E ai você me ajuda?

Ucker: Ta ajudo, mas como vai fazer isso estando internado aqui? - me perguntou confuso.

Poncho: Pode deixar que eu dou meu jeito. - respondi sorrindo cheio de expectativas.

Ucker: E qual seria seu jeito?

Poncho: Vou planejar algo e ai te aviso... Alerte a Dulce, pois, talvez eu precise dela também.

Ucker: Ok! - assentiu.

Poncho: E falando nela... Por que não veio com você?

Ucker: Ah ela tinha umas coisas pra fazer. - me explicou e ficamos conversando e planejando as coisas.

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