Uma Lição de Amor ✔

By PricaWenzel

129K 9.5K 2.3K

Anahí e Alfonso, dois pacientes de um mesmo hospital se conhecem de uma forma pouco convencional. Ela dá... More

Nota da Autora!
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Epílogo
Agradecimentos!

Capítulo 08

2.3K 156 35
By PricaWenzel


Anahí

Acordei sentindo que minha cabeça ia explodir. Eu mal fazia ideia do que tinha acontecido ontem à noite, só lembro de chegar na boate e roubar de Roman uma garrafa de tequila. E a ressaca misturada ao sonho absurdo com Poncho não ajudava em nada naquele momento.

Foi um sonho meio louco e nada haver. Primeiro ele me pegava nos braços e eu apagava, depois acordava numa praia vestindo um biquíni e uma saída de praia e ele só de bermuda me olhava com aqueles olhos verdes e perfeitos me convidando pra entrar na água. Mas a parte mais confusa foi quando nos beijamos e eu acordei percebendo que aquilo era o que eu mais queria na minha vida que fosse verdade.

Abri os olhos e não reconheci o quarto onde estava. Ali não era a casa da Mai e muito menos a MINHA casa.

"Ai merda, onde eu to?!", pensei apavorada e ergui a manta, feliz ao ver que estava vestida como ontem.

Quem quer que tenha me trazido até aqui, provavelmente não encostou a mão em mim, pois, estava tudo em ordem e ela não se daria ao trabalho de me vestir de volta se fizesse algo.

Apertei meus olhos com força tentando lembrar da noite passada. Lembrei do sócio do Ramon mandando virem me buscar e Ramon falando algo sobre ligar pro último que me ligou. Arregalei os olhos com força. A última pessoa que me ligou ontem foi o Poncho, Maite não deu sinal de vida ou estaria na casa dela.

Então eu estava na casa do Poncho? Droga! Ele me viu naquele estado? Será que o pai dele também vira e a qualquer momento viria me dar um sermão?! Não, eu não ia ficar pra descobrir.

"Espera ai!", pensei lembrando de algo. Alfonso está no hospital, então não pode ter ido me buscar, o que significa que não to na casa dele. Sentei na cama aliviada. Mas me levantei ao me perguntar:

- Onde eu to então?

Poncho: Na casa do Ucker. - respondeu entrando no quarto e arregalei os olhos pasma.

Any: Aonde eu to? - tornei a perguntar olhando em volta.

Poncho: Que bom que acordou, como ta se sentindo? - sorriu pra mim e senti um aperto no coração.

Any: Mal... Como vim parar aqui? Como você veio parar aqui? - o olhei confusa.

Poncho: O Ramon me ligou ontem e me pediu pra te buscar na Nebraska porque você tinha bebido além da conta e não estava em condições de voltar pra casa. - respondeu e eu abaixei a cabeça morta de vergonha.

Any: Então não foi sonho? Você foi mesmo até lá ontem e... Me trouxe no... Seu colo? - perguntei sem jeito.

Poncho: Sim! - assentiu e sua face era calma demais pro meu gosto.

Any: Ai que vergonha... Eu não queria que tivesse me visto daquele jeito. - pedi querendo que um buraco se abrisse no chão e eu pudesse me enfiar dentro. - E onde disse que estou?

Poncho: Na casa do meu amigo Ucker, o namorado da Dulce.

Any: Ele me viu bêbada também? - perguntei apavorada.

Poncho: Não, só te viu inconsciente sendo carregada por mim. - abaixei a cabeça suspirando. - Você não me contou aquele dia no hospital que vai à Nebraska com frequência e enche a cara.

Any: Não é o que ta pensando, eu não sou alcoólatra é que... - tentei encontrar um modo de dizer que ele entendesse. - O álcool é como um calmante pra mim, eu sei que são horríveis, que fazem mal à saúde, mas são minha válvula de escape. - dei de ombros sentindo a garganta arder e os olhos marejarem. - Depois que sai do hospital aquele dia eu me enfiei na casa da Mai e não sai de lá até hoje... Eu não estava bem com tudo o que seu pai disse e ainda por cima tendo que ficar sem ir te ver... E ontem quando você me ligou, foi como se meu copo já estivesse cheio e transbordasse... Não aguentei mais ficar sozinha na casa da Maite, as palavras do seu pai me vieram na cabeça e eu senti que estava sufocando, que eu precisava de alguma coisa pra me acalmar, normalmente conversar com pessoas, como você e a Mai me tranquiliza, me distrai e... Não penso em besteiras! Mas ontem sem nenhum de vocês... Não deu pra aguentar a pressão. - confessei abaixando a cabeça. - Sei que deve ta me achando horrível e concordando com seu pai agora, mas... Não sabia pra onde ir ou o que fazer... Precisava te esquecer um pouco... Esquecer a saudade que eu estava de você! - o olhei ao dizer aquilo.

Em resposta Poncho me abraçou e senti meu coração disparar como da vez que ele quase me beijou. Ele afagou meus cabelos sendo gentil demais como sempre pra fazer censuras ou me julgar. Isso aumentou meu choro me fazendo soluçar e molhar sua blusa. Tentando me conter perguntei:

- Por que você não faz como a maioria? - me soltei o olhando. - Por que não me insulta, não diz que to fazendo tudo errado, não briga comigo ou me rejeita?

Poncho: Por que acho que já fizeram isso demais com você Any. - respondeu enxugando meu rosto e meu coração acelerou de novo. - E eu não posso te culpar por uma coisa que eu causei!

Any: Você não causou nada, isso é típico de mim. - respondi dando de ombros.

Poncho: Mesmo assim eu causei e por isso não sou ninguém pra julgar vc. - enxugou meu rosto de novo.

Any: Obrigada por me fazer tão bem assim. - o olhei nos olhos e ele sorriu.

Poncho: Devo tomar cuidado pra não virar seu vício? - perguntou brincando.

Any: Acho que deve. - entrei na brincadeira sorrindo.

Ficamos em silêncio apenas nos olhando. Eu não sabia o que fazer, nem o que falar. Sentia tanta falta dele que tinha medo de dizer algo e estragar alguma coisa entre nós.



Alfonso


Eu queria ser capaz de dizer alguma coisa que trouxesse de volta o brilho dos olhos dela que eu tanto gostava. Queria que ela relaxasse e curtíssemos uma conversa como aquele dia na praça. Me lembrei de uma coisa que podia, mas não aconteceu naquele dia. Só que antes que eu tomasse alguma atitude o celular dela tocou.

- Droga! - resmungou ao ver o nome Maite na tela do celular. - Ela vai me matar, pensa no seu pai furioso, agora multiplica por 09, é como a Maite deve estar comigo. - fez uma careta e eu sorri quando ela atendeu. - Pronto?!

- PORRA ANAHÍ ONDE VOCÊ SE METEU? EU CHEGO EM CASA AGORA E DESCUBRO QUE VOCÊ SAIU ONTEM DAQUI, DA PRA FALAR AONDE FOI? - ela perguntou aos berros e nós dois ouvimos.

Any abriu a boca pra responder, mas tomei o celular da mão dela dizendo:

- Maite, bom dia tudo bem? Aqui é o Poncho, Any está comigo e ela está bem agora, não precisa se preocupar.

Mai: E o que ela ta fazendo com você? - perguntou séria do outro lado da linha.

Poncho: Nada demais, ela já vai voltar pra casa, mas preciso de um favor seu... Pode me encontrar no mercado principal de San Ángel? - perguntei e Any me olhou confusa.

Mai: Pra que?

Ela pensou um pouco antes de concordar.

- Nos vemos às 13hrs ok?

Mai: Beleza, até mais tarde! - respondeu e desligou.

Any: O que quer com a Mai e o Derrick? - cruzou os braços me estudando.

Poncho: Nada ué. - dei de ombros.

Any: Não vai falar de mim com eles né? - estreitou os olhos.

Poncho: Não, relaxa... Mas agora se arruma, tem que buscar seu carro na Nebraska e comer algo antes de ir.

Any: Ta bom então. - deu de ombros e ficou de pé.

Eu sei que mentir é feio, mas precisava me encontrar com Maite e Derrick, ou só Maite à sós. Havia coisas em Any que eu não entendia, coisas que ela fazia e que pra mim não tinham lógica nenhuma. Só alguém que a conhecesse tão bem quanto seus pais poderia responder minhas perguntas. E esse pessoa era Maite, sem dúvidas.

Quando deixei Any na boate e inventei uma desculpa pra ir embora, não fazia ideia de como ela era curiosa, como se tivesse um radar que detectasse quando alguém falava ou estava prestes a falar dela. Deu o que fazer pra convencê-la a ficar e me deixar ir sozinho até o mercado.

Porém, consegui e quando cheguei lá apenas Maite estava e já me esperava.

- Sei que não me chamou até aqui pra fazer convites à mim e ao Derrick, o que quer saber sobre minha amiga?

Poncho: Caramba você é rápida. - respondi impressionado e sentei de frente pra ela.

Mai: É eu sou, agora me fala, o que você quer saber?

Poncho: Antes de começar quero que você saiba que a Any voltou a beber.

Mai: O que? - perguntou assustada.

Poncho: É, mas se acalma, ela só ficou um pouco alterada naquela boate Nebraska e me ligaram pra buscá-la, mas ela está perfeitamente bem e não ouve nada. - omiti algumas partes pra tranquilizá-la. - Mas o que quero saber é... Desde quando ela tem esses problemas com álcool?

Mai: Bom, Any nunca foi de beber e só adquiriu essa mania após o segundo suicídio.

Poncho: E como foi?

Mai: Uns idiotas a viram e a chamaram pra sair, ela estava em um dia de descontrole quando brigou com a mãe, e aceitou... Ela viu eles bebendo, fez o mesmo, se sentiu bem, feliz, mas acabou entrando em coma alcoólico e quase morreu, como ela diz esse suicídio foi sem querer... Mas desde então sempre que fica nervosa, triste, depressiva, ela se enfia num bar e enche a cara, isso ta acontecendo tem uns 06, 07 meses... E me dói vê-la desse jeito porque Any não era assim antes do pai morrer. - respondeu com tristeza. 

Poncho: E como ela era? - perguntei curioso.

Mai: Ah como vou te dizer... Any era do tipo de garota encantadora, era impossível não gostar dela, apesar dos problemas que ela sempre teve com a mãe, ela tinha o pai com ela, o idolatrava e ele a fazia se sentir querida e amada, e ela devolvia sendo amável com todos... Ela antigamente era de fazer piadas, zombar das coisas, fazer planos, loucuras! - respondeu e me lembrei do passeio aquele dia, eu tinha tido a companhia da Any de antigamente, da amiga que eu percebia que Maite sentia uma falta enorme. - Mas depois que o pai dela morreu, tudo mudou... Ela não fez mais piadas, só algumas sarcásticas envolvendo morte... Quase nunca sorri verdadeiramente e está sempre séria ou triste... Resumindo está do modo como a viu, não é mais a amiga que eu conhecia. - respondeu e notei que ela fazia força pra não chorar.

Poncho: E esse lance com a mãe dela? Sempre foi assim? - especulei.

Mai: Ah sempre, as duas nunca se deram, Marichello nunca a amou, só a teve pra segurar o Henrique, pai da Any... E quando ele morreu as duas pararam de fingir que se davam, às vezes não culpo a Any sabe? Com a casa que ela tem, até eu ficaria fora o dia todo ao invés de ficar lá. - deu de ombros.

Poncho: Entendo! - respondi assentindo.

Mai: Poncho eu não sei o que você fez pra minha amiga, mas... Ela gosta de você e ficou muito mal com o que seu pai disse dela, sei que ela não é má pessoa apesar de fazer o que faz.

Poncho: Eu sei disso, ou não teria salvado a vida dela.

Mai: Como assim? - me olhou confusa.

Poncho: Eu doei o sangue pra ela naquela cirurgia, o que significa que se Any tivesse morrido naquele acidente, o coração dela seria transplantado em mim. - respondi sério nem um pouco feliz com aquilo.

Mai: Ela sabe disso?

Poncho: Acho que não e não encontrei um momento certo pra falar isso pra ela, não sei como ela pode reagir.

Mai: Melhor assim por enquanto... Acho que encontrei alguém que também gosta da minha amiga.

Poncho: Por mais difícil de acreditar que possa ser, eu gosto dela Mai... De verdade, me faz bem ficar na companhia dela, garota nenhuma me tratou como ela me trata. - sorri.

Mai: E eu garanto que nunca a trataram como você a trata. - sorriu.

Poncho: Obrigado por ser amiga dela e por ter tomado conta dela durante esse tempo.

Mai: De nada... Fica mais fácil com ajudantes. - sorriu dando de ombros e rimos.

Poncho: Maite me faz um favor? - a olhei atento.

Mai: O que?

Poncho: Pode entregar esse bilhete à Any? - perguntei estendendo um papel.

Mai: Claro, mas posso saber o que ta escrito aqui? - perguntou sem jeito.

Poncho: É um convite! - respondi sorrindo.

Mai: Ta bem... Mais alguma coisa pra saber?

Poncho: Por enquanto não... Mas você é uma boa pessoa, Derrick têm sorte.

Mai: Eu quem tenho sorte por tê-lo. - sorriu apaixonada.

Ficamos conversando por mais um tempo. Logo em seguida Maite se despediu e eu fui pra casa.



Anahí


Estava deitada no sofá da sala da Mai quando ela apareceu. Me sentei e perguntei:

- O que vocês conversaram?

Mai: Não falamos de você se é o que quer saber... Bom ele só me explicou como foi parar na casa do Ucker.

Any: Sei que está brava comigo.

Mai: É eu estou. - respondeu séria.

Any: Tem alguma coisa que eu possa fazer pra ser perdoada? - a olhei fazendo careta.

Mai: Você sabe a resposta. - respondeu séria.

Respirei fundo me sentindo envergonhada por fazer isso com as pessoas que eu tanto gostava.

Mai: Esse bilhete é pra vc. - respondeu estendendo o papel pra mim ainda um tanto brava por ontem.

Any: Obrigada! - forcei um sorriso e peguei o papel.

Mai: De nada! - respondeu séria e se afastou.

Estreitei os olhos e curiosa desdobrei a folha encontrando uma caligrafia inclinada.


Quero te mostrar o quanto é especial pra mim!

Me encontre no endereço abaixo às 20:00hrs...

Estarei esperando!

Poncho...

Restaurante: Tock Plaza Las Américas, Metepec.


Guardei o bilhete no bolso da minha calça e subi indo me arrumar sentindo uma euforia desconhecida. Ao sair do banho foi que saquei que não tinha muitos opções de roupa.

- MAITEEE! - gritei sabendo que ela era minha única salvação.



Alfonso


Esperei em frente ao restaurante com as mãos nos bolsos da calça jeans. Estava tão nervoso e ansioso que me senti com 11 anos quando beijei a primeira garota na minha vida. Não estava entendendo nada, mas Any conseguia despertar em mim coisas diferentes. Diferentes de tudo que já senti por algo ou alguém antes.

Um taxi estacionou em frente ao restaurante e fiquei de boca aberta quando Any desceu. Ela estava perfeita, delicadamente maquiada, usando botas, calça preta e uma blusa de frio vermelha. Os cabelos enrolados nas pontas completavam o visual. Espero que ela entenda meu plano.



Anahí

Alfonso se aproximou de mim, segurou minha mão e a beijou. Na mesma hora senti que mil borboletas povoavam meu estômago e desejei que ele fizesse a mesma coisa, mas em outro lugar.

Poncho: Vamos entrar?

Assenti e Alfonso me conduziu pra dentro do restaurante.

Any: Que lugar lindo. - admirei enquanto nos sentávamos.

O garçom logo se aproximou e fizemos nossos pedidos. Conversamos animadamente enquanto a comida não chegava e continuou assim, depois que ela chegou.

Poncho: Isso ta uma delícia. - elogiou e eu não poderia concordar mais com ele.

Assim que acabamos de comer, Poncho se levantou.

- Conte até dez e me encontre na saída dos fundos do restaurante.

Estreitei as sobrancelhas enquanto ele se afastava. Contei até dez como ele falou e discretamente me levantei e o encontrei na saída dos fundos do restaurante como ele pediu.

- O que estamos fazendo?

- Hei vocês dois! - o gerente do restaurante se aproximou.

Quando vi o cara entendi o que estava havendo e sai correndo com Poncho. Viramos dois quarteirões depois e paramos em frente à uma moto Hornet preta e laranja, ela era linda e perfeita.

- É sua? - perguntei pasma.

Em resposta ele simplesmente enfiou o capacete e subiu na moto estendendo um capacete pra mim. Assim que montei na moto e coloquei o capacete, Poncho acelerou e nos tirou de lá.

Paramos uns 10 minutos depois em frente à uma praça. Quando descemos, eu comecei a rir.

Poncho: O que foi? - ele me olhou.

Any: É que... Foi hilário o que fizemos né? - perguntei rindo. - Sair do restaurante sem pagar a conta.

Poncho: Realmente... Mas foi bom ter matado essa vontade com você do meu lado. - sorriu e senti o rosto arder. - Um item pra você tirar da lista que fez aquele dia.

Any: Sim, foi legal fazer isso com vc. - sorri de volta.



Alfonso


Anahí deitou no chão da praça perto de uns balanços sem se importar em sujar a roupa ou desarrumar o cabelo como a maioria pensaria, sorrindo ela me olhou.

- Na boa, eu achava que eu fosse maluca, mas você é mais... O que te deu pra fazer aquilo? - me olhou.

Poncho: Acho que loucura e um pouco de vontade também. - sorri dando de ombros e deitei ao lado dela. - Viu a cara dele?

Any: Vi. - ela respondeu ficando séria.

Me inclinei apoiando minha cabeça no cotovelo e a encarei. Ela me olhou ao perceber que estava sendo observada e perguntou com um tímido sorriso nos lábios:

- O que foi?

Poncho: É que... Tem dias que quero fazer uma coisa, mas não sei se devo. - respondi sério.

Any: Por que você não tenta? Prometo que não vou te xingar! - respondeu me olhando de volta.

Depois daquela injeção de incentivo foi impossível conter o impulso e a vontade que tomava conta de mim. Afastando uma mecha dos cabelos dela, aproximei meu rosto do dela, conseguindo finalmente tocar meus lábios nos seus sem que Maite nos interrompesse com seus telefonemas.



Anahí


Acho que meu coração parou de bater, pois, aquele beijo entorpeceu todos os meus sentidos.
Poncho percebeu que eu não estava oferecendo resistência e introduziu sua língua na minha boca dando mais movimento ao beijo. Meu estômago começou a revirar, meu coração a acelerar, as mãos ficaram geladas enquanto eu as levava até os cabelos macios dele. Ele tinha os lábios doces, convidativos e envolventes, muito mais perfeitos do que em meus sonhos. Não queria parar de beijá-lo, parecia impossível e absurda a ideia de parar. Eu me sentia a garota mais feliz do mundo, pela primeira vez na vida.

Continue Reading

You'll Also Like

457K 13.8K 27
Você e sua mãe tinham acabado de se mudar para a casa do seu padrasto e foi então que você descobriu que teria um meio-irmão, você só não esperava sa...
364K 37.3K 44
O que pode dar errado quando você entra em um relacionamento falso com uma pessoa que te odeia? E o que acontece quando uma aranha radioativa te pica...
18K 1.6K 50
❁ Onde, Selena é uma garota-crescida! Que tenta fazer de tudo, para esquecer seu ex namorado. Porém ela ainda o-ama. E esse sentimento continua recí...
996K 59.3K 47
Atenção! Obra em processo de revisão! +16| 𝕽𝖔𝖈𝖎𝖓𝖍𝖆 - 𝕽𝖎𝖔 𝕯𝖊 𝕵𝖆𝖓𝖊𝖎𝖗𝖔| Fast burn. Mel é uma menina que mora sozinha, sem família e s...