Uma Lição de Amor ✔

By PricaWenzel

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Anahí e Alfonso, dois pacientes de um mesmo hospital se conhecem de uma forma pouco convencional. Ela dá... More

Nota da Autora!
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Epílogo
Agradecimentos!

Capítulo 05

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By PricaWenzel


Alfonso


Pedimos dois churros de chocolate bem grandes e deixei ela pagar, após insistir muito. Sentamos no banco próximo dali e começamos a comer.

- Cara isso é muito bom, preciso pegar a receita com esse homem. - disse.

Any: Você sabe cozinhar? - me encarou com um sorriso surpreso.

Poncho: Claro é um dos meus hobby's preferidos, um dia vou cozinhar algo pra você. - prometi sorrindo.

Any: Hum quero só ver. - ela sorriu saboreando seu churros. - Sabe... Eu também gosto de cozinhar... Meu pai sempre dizia que as mulheres devem conquistar os homens pelo estômago, mas tenho uma dúvida.

Poncho: Qual? - a encarei atento.

Any: Como se conquista pelo estômago um homem que sabe cozinha como você? Afinal você não se surpreenderia com nada que eu fizesse já que você cozinha também. - ela deu de ombros e eu assenti. - E daí como fica então?

Poncho: Bom! - respondi pensativo. - Você não vai precisar conquistar o homem pelo estômago se o estiver conquistado de outras maneiras. - respondi a olhando nos olhos jogando a indireta.



Anahí


A resposta dele não poderia ter me pegado mais desprevenida. Ele havia jogado uma indireta ou aquela era uma resposta casual e eu é quem estava viajando achando que tinha recebido uma cantada? Sem saber a resposta, arrumei uma neutra que fizesse eu parecer na minha como quem não tinha entendido nada.

- É uma boa resposta. - sorri e me xinguei mentalmente ao sentir meu rosto arder.

Quando vi que o sorriso dele tinha aumentado fiquei sem graça sabendo que ele tinha percebido que eu ficara constrangida e corada. Como se tivesse lembrado de algo ele ficou sério e perguntou:

- Espera ai você disse que o passeio era surpresa.

Any: E era por que não sabíamos qual lugar você ia escolher. - respondi sorrindo.

Poncho: É uma boa resposta. - ele respondeu sorrindo pra mim e me senti uma boba.

Any: Poncho posso te fazer uma pergunta? - perguntei terminando meu churros e joguei o papel no lixo.

Poncho: Pode! - assentiu fazendo o mesmo que eu.

Any: Você já namorou alguma vez? - o olhei atenta tendo medo que ele me tomasse por intrometida.



Alfonso

A pergunta dela me pegou de surpresa. A encarei e respondi:

- Apesar de ter chegado perto, nunca namorei.

Any: O que quer dizer com... Ter chegado perto? - ela perguntou séria.

Poncho: Bom eu já tive meus rolos por ai, já fiquei com algumas garotas e até com duas americanas (ela ergueu as sobrancelhas surpresa), foi quando fui fazer um tratamento nos Estados Unidos. - completei e ela assentiu entendendo. - Mas de todas que eu fiquei, só teve uma garota que eu quis namorar.

Any: E vocês ficaram juntos? Não deu certo?

Poncho: Não deu certo, eu a conheci aqui no México há uns dois anos, ela sabia do meu problema e não pareceu se importar... Eu estava fora dos hospitais e saímos por algumas semanas e quando eu estava prestes a pedi-la em namoro eu precisei ser operado e fiquei 03 semanas no hospital... Por consideração, eu acho, ela foi me visitar, mas eu notei que estava diferente, fria, posso dizer... Então quando recebi alta ela me deu a notícia de que não queria nada comigo... Deu uma desculpa dizendo que eu era um cara incrível, maduro, bonito, mas que eu e ela não íamos dar certo porque ela era do tipo de garota livre e que aquelas semanas no hospital tinha sido difíceis pra ela e que ela não sabia como lidaria com aquilo daquele momento em diante.

Any: Acho que ela pensou que a sua vida era totalmente normal e que você nunca precisaria ficar internado, tomar remédios ou ir parar num hospital. - ela respondeu e assenti. - Você ficou muito mal?

Poncho: Um pouco porque eu gostava dela, mas não estava apaixonado e no fim foi melhor as coisas não terem dado certo, éramos muito diferentes e ela não tinha maturidade pra lidar com o lado negro da minha doença... Ela conheceu o Poncho que você está vendo agora e quando me viu num hospital, pálido, sem forças e cheio de medicamentos, um verdadeiro doente, aquilo a assustou e ela pulou fora enquanto tinha tempo.

Any: Você fala de um jeito como se não se importasse com a rejeição dela. - me olhou atenta.

Poncho: Eu não ligo porque é como a maioria agiria Any e eu sabia que isso podia acontecer quando a conheci e estava preparado pra levar um fora dela, doeu um pouco na época, mas depois vieram outras garotas, eu a esqueci fácil e vi que foi melhor assim... E nunca mais tentei namorar ninguém! - dei de ombros.

Any: Então como eu você nunca namorou.

Poncho: Você também nunca namorou? - a olhei surpreso e ela assentiu, como era possível uma garota linda e encantadora como ela nunca ter namorado? - Por quê? - perguntei curioso.

Any: Nunca gostei de alguém o suficiente pra isso. - deu de ombros.

Poncho: Eu tenho vontade de ter uma namorada, mas... Acho que exigiria demais dela, porque por um lado, quero do meu lado uma garota que goste de mim e se preocupe comigo, mas não quero sacrificá-la a fazendo pensar que tem que viver no hospital comigo... Já tenho minha mãe que faz isso. - dei de ombros.

Any: Não acho que a sacrificaria... Quando você ama uma pessoa você faz tudo por ela e com prazer, tenho certeza que ela ficaria lisonjeada e muito feliz em ter uma desculpa pra ficar perto de você o tempo todo. - ela sorriu me surpreendendo com aquela resposta, parecia que ela estava se colocando no lugar da "namorada". - Bom é o que qualquer garota pensaria tendo um cara bonito como você como namorado. - ela sorriu e eu sorri de volta.

Poncho: Você pensaria assim? - perguntei a estudando pra ver sua reação.

Any: Se eu fosse sua namorada? - assenti. - Ah sim! - sorriu sem graça e meu sorriso aumentou. - Mas me diz além de namorar o que mais você tem vontade de fazer?

Poncho: Não sei... Eu sou meio maluco, gostaria de algum dia pular de paraquedas, andar de asa-delta, pular de bung-jump, esquiar na neve... Ah sei lá, tanta coisa! - parei pra pensar. - Acampar, entrar no cinema às escondidas, sai de um restaurante sem pagar a conta. - ri e ela riu junto comigo. - Não sei, acho que são coisas que tenho vontade de fazer com alguém ou sozinho mesmo. - sorri.

Any: Então vamos fazer uma lista! - ela sorriu e tirou da bolsa um bloco de notas e uma caneta.

Poncho: Lista de que? - perguntei confuso.

Any: Como de que? - ela perguntou me encarando. - Das coisas que você tem vontade e vai fazer, ou sozinho ou com alguém. - ela respondeu colocando o bloco no colo e tirou a tampa da caneta. - Vamos ver... Você disse pular de paraquedas, asa-delta, bung-jump, esqui... - ela foi repetindo tudo o que eu tinha falado enquanto escrevia no papel concentrada. - Tem coisas aqui que eu gostaria de fazer. - sorriu escrevendo.

Poncho: Ah é? O que? - sorriu interessado.

Any: Ah tudo (deu de ombros), você tem planos bem interessantes e nunca fiz nenhuma dessas coisas, acho que gostaria de fazer um dia também... Vou copiar essa lista pra mim. - sorriu.

Poncho: Ou podemos fazer juntos. - dei a ideia.

Any: Ia ser bem legal. - respondeu parando de escrever e me olhou sorrindo. - Pronto, escrevi o que você falou, tem mais alguma coisa? - neguei com a cabeça sem ideias e ela abriu a bolsa pra guardar o bloco e a caneta.

Pensando bem tinha uma coisa que eu queria fazer, algo que não ia gastar dinheiro, nem tempo. Algo que podia fazer naquele exato momento. Uma coisa que eu queria muito mais do que algum conteúdo daquela lista.

Poncho: Any! Tem mais uma coisa que eu quero fazer. - respondi a olhando sério.

Any: O que? - abriu a tampa da caneta novamente e me olhou atenta.

Poncho: Só que vou precisar da sua ajuda pra isso. - respondi sério e me aproximei dela.

Com uma das minhas mãos toquei o rosto macio e quente dela sentindo que meu coração ia parar de bater. Ela me olhou nos olhos sem expressar reação alguma e então abaixou o olhar encarando meus lábios. Era a deixa que eu precisava. Sem perder mais tempo aproximei meus lábios dos dela.

Any deu um pulo e se afastou, achei que tinha sido rejeitado, mas a ouvi dizer furiosa:

- Merda de celular! - resmungou tirando o desgraçado aparelho da bolsa.

Ignorando a chamada Any encarou a hora e numa mistura de decepção e desanimo comentou:

- São quase 02 da tarde, você precisa voltar pro hospital. - me olhou.

Poncho: Tudo bem! - suspirei frustrado e fiquei de pé, ela levantou junto comigo.

Any: Desculpa por isso. - pediu sem jeito mostrando o celular. - Minha amiga Maite fica no meu pé se eu não dou notícias, acho que ela tem medo que eu... - parou justificando com as mãos.

Poncho: To bem não esquenta. - neguei com a cabeça sem querer que ela explicasse algo que eu entendia.

Any: Bom, vamos embora então né? - deu de ombros segurando a bolsa com as duas mãos.

Poncho: É, parece que não temos outro jeito! - respondi decepcionado.




Anahí

No caminho de volta pro hospital não conversamos em nenhum momento. Acho que estávamos concentrados demais pensando no que quase tinha acontecido pra pensarmos em outra coisa ou tentarmos puxar assunto com o outro.

Maldita hora que Maite foi me ligar, alguma vez eu fui inconveniente com ela como ela acabou de ser comigo? Eu sempre fiz de tudo pra não atrapalhá-la com Derrick então por que ela foi me atrapalhar (mesmo sem querer) com o Poncho? Eu tinha vontade de socar o volante de tanta raiva que estava.

"Que droga!, esse pensamento não saia da minha cabeça. Eu queria tanto ter sido beijada por ele. Se eu tivesse coragem acho que enfiaria o pé no freio fazendo esse carro parar e o beijaria como teria acontecido 15 minutos atrás se a besta da Maite não tivesse me ligado justo NAQUELE momento.



Alfonso

As feições serias e aborrecidas de Any me faziam quase ter certeza de que ela estava tão chateada como eu por termos sido interrompidos. E apesar da minha enorme frustração, ver estampado no rosto dela o quanto estava chateada me deixou feliz. Tudo bem que o beijo que eu tanto quero não tenha rolado, mas AINDA podia rolar. E da próxima vez, prometi a mim mesmo, eu não deixaria nada atrapalhar nós dois.

Any: Será que notaram sua falta? - perguntou me olhando rapidamente e agradeci por ter quebrado o silencio.

Poncho: Provavelmente! - dei de ombros não me importando.

Any: Acha que vão ficar muito bravos com a gente? - fez uma careta.

Poncho: Ninguém vai ficar mais bravo do que o meu pai, isso eu tenho certeza. - sorri.

Any: Por quê? Seu pai é muito rigoroso?

Poncho: Meu pai é o Carlos, Any! - respondi sorrindo.

Any: Que?! - ela brecou com tudo em cima do farol que fechou. - Por que não me contou antes? Ou por que ele mesmo não me contou? Ele me operou, falou de você... Por que não disse que era seu pai? - o sinal abriu e ela deu partida ainda abalada.

Poncho: É por uma questão de descrição e eu acabei esquecendo de falar, quando falei dos meus pais eu os descrevi como são... Gentis, amáveis e preocupados comigo, não achei que tinha necessidade de dizer nomes.

Ela virou a esquina chegando ao hospital e desligou o carro dizendo:

-Tudo bem, eu só assustei... Conheço seu pai há mais de um ano e nunca soube de você... Ah merda! - ela soltou ficando séria e sua cara de pânico me assustou. - Agora sim eu to morta! - abaixou a cabeça preocupada. - Eu vou ter que enfrentar seu pai e ao mesmo tempo seu médico, que são a mesma pessoa... Carlos vai querer me esganar quando souber que estava comigo, vai te mandar ficar longe de mim e vai me proibir de vir visitar você. - respondeu parecendo preocupada me deixando imensamente feliz.

Poncho: Any! (chamei erguendo seu rosto pra que me olhasse) meu pai pode controlar minha dieta, meus remédios, meus horários aqui dentro do hospital, mas acaba nisso... Ele não vai controlar com quem eu devo ou não conversar, nos meus amigos e nos meus relacionamentos, quem dita às regras sou eu! - respondi sério.

Ela mordeu os lábios e soltando um leve sorriso respondeu:

- To me sentindo como um marmanjo irresponsável querendo leva a filhinha virgem do papai pro mau caminho.

Eu ri da piada dela e lhe dei um beijo na testa. Não era exatamente ali que eu queria beijá-la, mas não podíamos correr riscos de algum médico ou enfermeira ver alguma cena e sair fofocando pelo hospital.

- Vamos enfrentar meu pai então! - sorri a olhando nos olhos.

Any: Parece uma excelente ideia. - sorriu com ironia e desceu do carro.

Eu desci e tirei a cadeira de rodas. Enquanto Any soava o alarme eu desdobrava a cadeira. Após sentar, ela me empurrou pra dentro do hospital. Conseguimos passar despercebidos. Até chegarmos ao meu quarto, onde Carlos, meu pai e cardiologista, me esperava com uma cara nada amigável.

- Onde você estava Alfonso? 

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